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Avaliação de Pesquisa Lilian de Lima Fernandes

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Escola e Sociedade
Aluno (a): Lilian de Lima Fernandes 
Data: 31/08/2022
Atividade de Pesquisa 
NOTA:
ORIENTAÇÕES:
· Ler atentamente as instruções contidas no documento é de fundamental importância na realização da avaliação.
· Para esta atividade o aluno poderá utilizar-se das ferramentas de pesquisas como: internet, artigos científicos, manuais técnicos, livros e literaturas disponibilizadas em nossa biblioteca.
· Preencha todos os dados referente a sua identificação como: nome completo, data de entrega.
· As respostas poderão ser de escritas forma manual e/ou digitadas abaixo de cada pergunta. 
· Ao terminar a avaliação o arquivo deverá ser salvo com o nome: "Avaliação de Pesquisa" (nome do aluno).
· Envie o arquivo pelo sistema em formato digital em pdf ou word.
Bons Estudos!
1. Com base no texto da aula, argumente qual é a importância da vida em sociedade.
Se observarmos os seres que vivem em nosso planeta, notaremos que macho e fêmea de algumas espécies vivem isoladamente, unindo-se apenas no período de acasalamento. No entanto, sabemos que a maioria dos animais busca a vida em conjunto. Antigamente, associados em grupos, os homens dividiam as tarefas, otimizando o tempo e melhorando a qualidade de vida por meio das relações sociais. A partir do pensamento de Thomas Hobbes, a sociedade é uma necessidade humana, posto que o indivíduo não vive sozinho. Se entregue à sorte individual, esse homem só encontrará dificuldades e morte, mas se optar pela vida coletiva, haverá a necessidade de se ter leis, um contrato social e a normalização dos costumes. Resta observar, então, que muito embora o vetor de adaptação mais evidente seja o do indivíduo conformando-se aos modelos sociais, o julgamento que ele realiza acerca desses modelos pode levá-lo a ações capazes de mudar alguns padrões preestabelecidos da sociedade. Acreditar que é inexorável a adaptação dos indivíduos às normas da sociedade e que os padrões sociais são imutáveis corresponde a crer também que a sociedade em que vivemos é estática e imutável, o que não é verdade. Embora o mais comum seja o indivíduo ser influenciado pelo seu meio e se adaptar a ele, também não podemos desconsiderar as possibilidades de uma pessoa questionar os padrões já existentes de sua sociedade e de instaurar algumas mudanças. O ser humano se completa na sociedade. A cultura é a verdadeira responsável pela nossa natureza. Ela, evidentemente, não substitui a força dos fatores biológicos na constituição da vida humana. Sabemos, por exemplo, que o fator genético possui grande influência sobre o indivíduo, mas, como afirma Geertz (1989), “nós somos animais incompletos e inacabados que nos completamos e acabamos por meio da cultura”. A vida em sociedade é uma das tarefas mais importantes que se apresentam em nossa condição humana. O universo da escola, seja pelas características intrínsecas de vida social que apresenta ou por ser uma antecipação da dinâmica social da vida adulta, é um dos modelos mais concretos e importantes da sociabilidade. Nesta aula, vimos a base do que é esse viver em comum, suas principais características, o desenvolvimento do homem como ser social e as formas de poder que estabelece em sua sociedade. 
2. Elabore um exemplo para cada uma das formas de degeneração do poder, a saber: tirania, oligarquia e corrupção.
Tirania: o abuso de poder (quando um agente público age de forma ilegítima contra à liberdade individual do cidadão); • a opressão ao povo (uso de força física como mecanismo de controle social); • crueldade (redução de direitos sociais e leis excludentes); • dominação através de violência; • ameaça a quem se opõe ao governo. No governo tirano, é comum que o líder governamental utilize o medo e o terror como forma de controle coletivo, a fim de perpetuar o seu poder e domínio social. Entretanto, alguns governantes utilizam-se dos ressentimentos sociais com o apoio da mídia e dos meios de propaganda para gerar uma cultura de adoração ao líder, frequentemente proveniente de informações e promessas enganosas. Adolf Hitler, caracteriza-se como um líder tirano em razão do seu governo autoritário. No governo de Hitler houve perseguição a oposição política, uso ilegítimo do poder em prol de interesses individuais, atentado à vida humana e violação dos direitos individuais e coletivos da sociedade. Oligarquia Oligarquia é uma forma de governo controlada por um pequeno número de pessoas. Esse pequeno grupo se utiliza da manutenção no governo para permanecer no poder, concentrar renda e expandir seus privilégios sobre a classe dominada. Ou seja, seus interesses sempre estão sempre acima dos da maioria. Entre os exemplos estão grupos políticos ou partidos, que se mantêm no poder por práticas consideradas antiéticas, como o nepotismo. Também são formas de exercício da oligarquia as práticas de: • Meritocracia • Militarismo • Plutocracia • Tecnocracia • Teocracia Corrupção Na questão política, a corrupção relaciona-se muito com o suborno, isto é, quando pessoas se utilizam de um cargo importante para exigir dinheiro de alguma pessoa. Tendo isso em vista, se um prefeito exige suborno para realizar a construção de um hospital em determinado local, por exemplo, ele está sendo corrupto. Uma das maiores dificuldades para o exercício da política no mundo integrado, globalizado, é o fato de que o universo político está sempre se associando a práticas ilícitas, como o favorecimento de grandes corporações multinacionais por políticos de determinado país, lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, conexões com máfias e demais associações criminosas etc. A corrupção, nesse nível, é percebida, mas nem sempre interrogada, investigada. Isso porque a rede de esquemas ilegais que ela movimenta é incalculável.
3. Com base no que foi estudado, argumente qual a relação entre pensamento social e educação na época estudada nesta aula.
Neste breve retrospecto da educação pudemos perceber que há uma profunda e inseparável união entre pensamento social e educação. As formas e os conteúdos educativos estão em sincronia com o pensamento de sua época. Ao mesmo tempo, é justamente a boa educação que pode propiciar novos pensadores e formuladores de novas ideias para a sociedade. Podemos concluir, portanto, que o pensamento social e a educação caminham juntos, um alimentando o outro, no objetivo que o homem sempre se colocou, o de compreender, o quanto mais possível, o mundo e a existência. As relações entre pensamento social e escola sempre estiveram presentes nos diversos momentos da história. A escola, como uma das instituições mais importantes do contexto social, carrega importantes funções entre as quais podemos destacar a política organizacional e formativa, pois cabe a essa instituição o papel de educar os cidadãos. Isso significa dizer que o projeto educacional de uma escola deve visar, entre outros objetivos, transmitir o conjunto de valores de determinada cultura. Isso possibilita coesão e sincronia entre os indivíduos de uma sociedade de modo a haver consenso no julgamento moral das ações cotidianas. Por essas razões, encontramos no pensamento dos mais diversos filósofos e cientistas sociais grande preocupação com a educação de seus contextos. O aspecto educacional das ideias desses pensadores geralmente é dado de modo direto – quando elegem a escola como foco de suas palavras – ou indireto – quando abordam a questão dos valores sociais, dos significados culturais e das condutas públicas. Sem nos enveredarmos por discussões teológicas, concentremo-nos no foco de nossa temática, ou seja, percebamos como essa forma de pensamento social conduz à educação que se desprende de valores como os do corpo, dos prazeres ou das riquezas. A educação afinada com os propósitos cristãos concentrava-se na disciplina e na ascese, ou seja, na prática da norma moral. Muito da tradição do que conhecemos por educação moral, ainda hoje, deve certa herança aos preceitos preconizados pelo ensino medieval. No entanto, diferentemente da época medieval, nos dias de hoje consideramosque a educação deve ser laica, ou seja, independente do direito à crença de qualquer aluno, pois as orientações que fundamentam o ensino devem ter caráter eminentemente pedagógico. O Renascimento, movimento cultural (literário, artístico e filosófico) posterior à Idade Média, teve início na Itália (séculos. XIV ao XVI) e sua principal característica é a retomada dos valores gregos e romanos nas artes, na cultura e no conhecimento em geral. Além de promulgar reavivamento de muitos aspectos da cultura greco-romana clássica, durante esse período também houve muitas mudanças na relação entre pensamento social e educação. O período foi designado como o do renascer, porque nessa época a sociedade ocidental, que durante dez séculos esteve guiada pelo pensamento católico, voltou-se para as preocupações ligadas propriamente ao homem e seu mundo humano. No entanto, ao estudar o homem pelas suas características naturais, uma diferença menor (ou, de fato, inexistente) começa a aparecer entre homem nobre e o homem do povo. Todos nós, ricos ou pobres, temos características comuns como seres humanos, ideia inadmissível em tempos anteriores aos do Renascimento. Lentamente, a noção do homem como ser biológico e o mundo como realidade material, ambos atendendo a leis físicas, foram constituindo-se como fatos. No entanto, mudanças tão profundas no pensamento social e na educação costumam gerar controvérsias e, nesse caso, não foi diferente. O pensamento social costuma não aceitar grandes mudanças em pouco tempo. A educação também costuma ser assim. A pedagogia não abandona suas práticas a qualquer momento, e é preciso que haja um grande movimento nas formas do conhecimento para novos saberes serem incorporados à prática educativa. Isso nos ajuda a compreender a força da tradição oral e dos saberes que passam de pais para filhos. Uma escola que queira romper padrões ou implantar novos saberes precisará sempre de argumentos favoráveis e bastante convincentes para fórmulas antigas cederem às novidades.
4. Com base no que foi estudado, argumente quais seriam as vantagens e as desvantagens dos três tipos de educação não crítica: Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova e Pedagogia Tecnicista.
Pedagogia Tradicional Comecemos por entender as características da Pedagogia Tradicional. Esse modelo de ensino, como o próprio nome diz, tem seu fundamento na tradição. Tradição moral, tradição intelectual e tradição de ensino. As escolas representantes do ensino tradicional são aquelas nas quais os fundamentos da disciplina (da conduta) são levadas ao mais alto grau. Todo saber está nas mãos do professor, que o transmite aos alunos como se eles fossem elementos passivos na relação de ensino e aprendizado. Para o professor que segue essa vertente, o bom aluno é aquele que obedece às regras e tira boas notas. Para esse estudante obter seu êxito escolar é preciso conhecer muito sobre tudo o que foi apresentado pelo professor. O estudo, nesse caso, tem critério quantitativo, e o conteúdo a ser reproduzido pelo aluno em suas avaliações deve ser sempre o mais semelhante possível à explicação do mestre, dos livros e dos materiais de referência. A criatividade e a espontaneidade assumem possibilidades muito limitadas dentro desse processo. No imaginário de nossa sociedade, a Pedagogia Tradicional é responsável por dotar o processo de ensino-aprendizagem de caráter “forte” e disciplinado, sem espaço para distrações e individualidades. A partir de todo esse cerceamento da liberdade individual, advinda da pedagogia tradicional, resta pouco espaço para uma crítica social, o que exigiria flexibilidade nas opiniões e troca de ideias. Essa vertente pedagógica já conta com ideias preestabelecidas e, assim, não há nada para o aluno acrescentar. Por essas razões é que a Pedagogia Tradicional deve ser considerada uma teoria não crítica da educação. Até a primeira metade do século XX esse era o modelo pedagógico mais difundido, inclusive nas escolas públicas de todo país. Hoje ainda existem muitos focos desse tipo de educação, com evidentes mudanças disciplinares. Essas escolas que visam estritamente à transmissão de conteúdos e à disciplinarização de seus alunos podem ser classificadas como seguidoras de uma teoria educacional não crítica. Pedagogia Nova Como o modelo da Pedagogia Tradicional foi se desgastando, houve anseio cada vez maior por alguma forma de educação que não fosse tão repressora e disciplinarizadora. A partir de meados do século XX, surge um movimento educacional caracterizado por ser o contraponto da Pedagogia Tradicional. Esse movimento ficou conhecido como Pedagogia Nova. São representantes desse movimento a chamada Escola Nova, o Construtivismo, o método Montessori, entre outros. A tônica principal desses métodos foi a de tentar inverter os pressupostos dá até então hegemônica Pedagogia Tradicional. Assim, no lugar do ensino em quantidade, preconizava-se a qualidade; lugar da disciplina, foi defendida a liberdade; no lugar do professor como senhor do saber, o aluno como descobridor do conhecimento. O interesse passou a ser a palavra de ordem na prática pedagógica e o professor o estimulador do descobrimento do mundo. Quando temos um descontentamento, é evidente termos a necessidade de modificar aquilo que está nos incomodando. Assim ocorreu com a Pedagogia Nova. Todos os seus principais fundamentos estão ligados a uma simples inversão dos valores da Pedagogia Tradicional. Dessa forma, a Pedagogia Nova não foi capaz de tocar na questão da crítica educacional porque não questionava os antigos pressupostos pedagógicos à luz da realidade social. Com isso, a Pedagogia Nova também deve ser entendida como teoria não crítica. De fato, se notarmos as propostas que essa “nova” vertente pedagógica preconiza, perceberemos que não houve criação de nenhuma estratégia para a realidade social passar a fazer parte do conteúdo educativo. Ao flexibilizar a disciplina e centrar o foco no interesse do aluno, a educação da Pedagogia Nova continuou alheia à sociedade, enfatizando o comportamento do aluno exclusivamente dentro dos muros da escola. Por exemplo, se há uma diferença social entre os alunos, tal diferença não será objeto de trabalho pedagógico, mas simplesmente será respeitada a forma como cada indivíduo se manifesta. De acordo com a Pedagogia Tradicional, essas diferenças sociais dadas entre os estudantes não poderiam existir; o que essa vertente propunha era a equalização de seus alunos. Já na Pedagogia Nova, as diferenças são respeitadas, mas tanto em uma como em outra vertente, essas diferenças não serviram para demonstrar realidades diversas, para propor discussões sobre tais diferenças, enfim, para construir um cenário crítico no qual o aluno fosse capaz de interpretar sua própria realidade social e também a dos seus colegas. A escola da Pedagogia Nova continuou, portanto, apartada da realidade social, vivendo em um mundo próprio. Pedagogia Tecnicista O terceiro tipo de teoria educacional representante das teorias não críticas é a Pedagogia Tecnicista. Como nem o modelo da Pedagogia Tradicional nem o da Pedagogia Nova foram capazes de produzir certos resultados – por exemplo, o de garantir ao aluno formação suficiente para o trabalho – surgiu uma pedagogia com objetivos extremamente pragmáticos, voltada para a qualificação profissional do aluno. A Pedagogia Tecnicista deixou de lado tanto os conteúdos tradicionais, tão valorizados pela Pedagogia Tradicional, como as estratégias de interesse e criatividade do aluno, focos da Pedagogia Nova. Com isso lançou-se um objetivo pragmático e direto: capacitar o aluno para tarefas práticas, no sentido técnico e operacional. Baseada em pressupostos mecânicos da ciência, esse tipo de educação não se preocupou com a autonomia do aluno, tampouco com sua cultura geral ou capacidade de reflexão. Essas são virtudes desejáveis, mas não necessárias à formação do homem técnico. Segundo esse mesmo pressuposto, esse homem técnico é aquele que realiza tarefas, operacionaliza ações, reduz os custos, aumentaa produtividade, maximiza os lucros, tudo sem muita abstração ou envolvimento pessoal, que podem distanciá-lo do modo prático de entender a vida. A escola, como um todo, absorveu muito desse espírito técnico, em especial nas décadas finais do século XX, quando a Pedagogia Nova se encontrava desacreditada. Há alguns exemplos bastante expressivos desse tipo de educação, que são as chamadas escolas técnicas ou escolas de ensino profissionalizante. Era comum no final do século XX, e ainda é nesse começo de século XXI, alunos que não logram êxito na escola optarem pelo ensino profissionalizante. Torna-se claro como esse modelo educativo está distante de qualquer possibilidade crítica, pois antes de proporcionar qualquer reflexão do aluno e da sua realidade social, limita- -se a inserir o indivíduo no mundo do trabalho. A escola, nesse caso, aparece como mero trampolim para a inclusão social, sem formar o indivíduo para o exercício da cidadania consciente. É evidente que nem toda escola de ensino profissionalizante pode ser enquadrada nesse modelo pedagógico, mas também é claro que existem variáveis nas escolas de ensino tradicional ou da Pedagogia Nova. O que estamos abordando aqui são as características gerais de cada uma dessas vertentes da teoria pedagógica e a convergência das três em torno da questão da não criticidade.
5. Seguindo os passos propostos por Dermeval Saviani para uma teoria crítica em educação, apresentados e adaptados por esse texto, proponha um tema simples de aula e descreva brevemente como esse tema seria tratado em cada um dos cinco passos de uma educação crítica.
1º passo – prática social Trata-se de partir da realidade social dos alunos para construir o conhecimento. De acordo com a Pedagogia Tradicional, o professor oferece o conteúdo sem se importar com a realidade social dos alunos. Na Pedagogia Nova, a realidade do aluno também é indiferente à prática pedagógica, pois o foco está no interesse de transformação dessa realidade. Na educação que possui caráter crítico, a realidade do discente seria o ponto de partida para uma prática pedagógica social, pois contextualiza as experiências vividas pelos alunos no âmbito do processo de ensino-aprendizagem. A partir daí, essa educação crítica diagnostica o contexto do aluno para aplicar os conteúdos e métodos mais coerentes com ele. Como exemplo podemos citar um determinado professor em sala de aula de matemática, por exemplo, onde a maioria dos alunos têm dificuldades com números, cálculos e geometria, o professor não investiga a vida social do aluno que neste dado momento poderá estar passando por problemas sociais, familiar, psicológicos, dentre outros. 2º passo – problematização nessa etapa, espera-se que os conhecimentos propostos pela educação sejam capazes de se relacionar com a realidade social, de modo a formar problemas a serem trabalhados. Portanto, nessa fase não são apresentadas soluções práticas, como é o caso da vertente educacional tecnicista, mas é construído um panorama amplo em torno das relações entre os conhecimentos trabalhados pela escola e as possibilidades de modificação da vida social que tais saberes podem propiciar. Exemplificamos nessa fase em que o aluno deverá ser capaz de se relacionar com a realidade social dos outros alunos, de modo que os “problemas” formados possam serem trabalhados pelo mesmo, através de soluções práticas. 3º e 4º passos – instrumentalização e catarse Para os fins desse texto, evitando compor um referencial muito detalhado, propomos uma abordagem do terceiro e do quarto passos em conjunto. Ambos se referem, basicamente, à autonomia que o conhecimento pode trazer ao aluno. A problematização dos conhecimentos à luz de seu contexto realizada no passo anterior deve ser incorporada pelos alunos de modo que eles possam, efetivamente, levar o aprendizado para além dos muros da escola e aplicar seus saberes para obtenção de melhor qualidade de vida. Aqui, nos indica por exemplo que um aluno que aprende matemática, possa ter autonomia de no conhecimento, da resolução, de modo que ele possa levar o que aprendeu, além da escola e aplicar o conhecimento para melhoria de sua qualidade de vida. 5º passo – prática social O último passo volta ao ponto de partida, que é a prática social. No entanto, nessa fase com a herança dos ganhos dos passos anteriores espera-se que o aluno seja capaz de voltar à prática social com conhecimentos suficientes para capacitá-lo a interpretar e transformar essa prática. Sua relação com o meio social agora deve ser autônoma e consciente. A escola dotou o indivíduo da capacidade de refletir por meio de uma educação crítica. Essa educação não se limitou a saberes sem relação com o mundo em que ele vive – como fazem as pedagogias não críticas – tampouco tentou inculcar-lhe uma visão de mundo conformada e imóvel como preconizam as teorias crítico-reprodutivistas. Nesta prática, o aluno deve ser capaz de ter senso crítico, devido ao aprendizado adquirido nas práticas anteriores, sendo capaz de voltar a prática social com conhecimentos suficientes, por exemplo em matemática para capacitá-lo a interpretar e transformar essa prática. Deve atuação autônoma e consciente no meio social em que vive.
6. Apresente quatro frases, criadas por você ou transcritas de alguma fonte, sendo que a primeira delas deve ser exemplo de dogmatismo, a segunda de ceticismo, a terceira de relativismo e a quarta de pragmatismo.
Dogmatismo: "Os gatos foram colocados no mundo para refutar o dogma de que todas as coisas foram criadas para servir ao homem." Ceticismo: “Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser cético.” Relativismo: “A certeza absoluta de que não existem certezas absolutas.” Pragmatismo: “É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”
7. Seguindo a mesma característica interdisciplinar e de relação entre a escola e a realidade social, proponha outros dois temas (diferentes dos que foram tratados nesta aula) que possam ser, em sua opinião, interessantes para o trabalho educativo. Justifique, em cada um deles, as razões que o fazem pensar que tais temas sejam adequados para o trabalho pedagógico.
Quando um professor inova na forma de ensinar acaba envolvendo todos os seus alunos e ele não terá mais que gastar tanto tempo chamando a atenção deles para que prestem atenção na aula. Por isso, é preciso aproximar-se da realidade dos alunos para dentro da sala de aula e proporcionar uma experiência real por meio de métodos prazerosos e interessantes. Os professores se esforçam, tentam chamar a atenção deles e repassar o conteúdo a ser aprendido, mas são poucos os que prestam atenção. Mas isso não acontece pela falta de profissionalismo dos educadores e, sim, por falta de interesse dos alunos. Por isso, uma forma de conseguir chamar a atenção deles é aproximando o ensino da realidade deles. Trazendo o conteúdo a ser dado em sala de aula de forma simples e interessante acaba envolvendo os alunos. Colocando situações do dia a dia com as quais ele convive, dentro da sala de aula, vai chamar a atenção deles e o aprendizado se dará de forma mais simples. Quando um professor inova na forma de ensinar acaba envolvendo todos os seus alunos e ele não terá mais que gastar tanto tempo chamando a atenção deles para que prestem atenção na aula. Por isso, é preciso aproximar-se da realidade dos alunos para dentro da sala de aula e proporcionar uma experiência real por meio de métodos prazerosos e interessantes. Uma forma de conseguir isso é promovendo uma investigação dos problemas da localidade onde eles residem. Dessa forma, o ensino estará se aproximando da realidade dos alunos e a motivação será instantânea. Promover oficinas com diversos temas que estejam dentro da realidade deles é outra opção muito interessante, até porque, nessas oficinas, os alunos podem vivenciar situações do dia a dia deles, enxergar os problemas e encontrar as soluções de forma muito simples e prática. Um bom exemplo dessaaproximação da realidade com o ensino pode ser tirado da própria sala de aula. Boas partes das escolas públicas não possuem ar-condicionado nas salas de aula. Com isso, o calor é insuportável para os estudantes e para os professores. Mas, essa pode ser uma ótima união da realidade com o ensino, pois os educadores podem se unir em torno de um único projeto: criar um sistema de refrigeração. Claro que isso dá trabalho, mas é apenas um exemplo. Têm-se um problema do dia a dia (o calor) e a solução (um sistema de refrigeração) que pode ser utilizada em todas as disciplinas a fim de conseguir um protótipo que os próprios alunos criarão. Assim, eles absorverão diversos conteúdo em um único projeto e em um espaço de tempo muito curto.
8. Suponha uma escola situada em um bairro no qual se registram altos índices de criminalidade, inclusive entre crianças e jovens. No entanto, nesse mesmo bairro, há alguns movimentos sociais constituídos, por exemplo, o de grafiteiros ou aficionados por hip-hop. O que você poderia propor para que a escola pudesse se relacionar melhor com a comunidade e até mesmo contribuir para amenizar o quadro de violência descrito?
No contexto citado, eu sugeriria a união dos jovens para o aproveitamento das habilidades artísticas dos grafiteiros, por exemplo, para pintar imagens e desenhos pedagógicos e atuais nos muros da escola, fazendo com que estes jovens sejam reconhecidos na comunidade e a escola seria preservada em sua estrutura física e quanto ao aos aficionados pelo hip-hop, criaria a “escola aberta” ao fins de semana promovendo eventos culturais e artísticos como dança e apresentações sob a supervisão do gestor da instituição.
9. De acordo com Hobbes, quais são os principais fatores constituintes da “discórdia” entre os homens e como eles podem ser associados ao ambiente escolar?
De acordo com Hobbes, as três causas da discórdia entre as pessoas seriam a competição, a desconfiança e a glória. Tentemos, então, entender como essas causas podem se manifestar no ambiente escolar, gerando violência, indisciplina e outras formas comuns de conflito.Assim, podemos notar na socialidade de uma sala de aula, por exemplo, as disputas de poder e todo um conjunto de manifestações por meio do qual podemos inferir uma lógica do comportamento humano – não individual ou psicológica – mas social. É exatamente aí que existem pontos de intersecção que permitem paralelos entre o pensamento de Hobbes com o cotidiano da escola. A competição na sala de aula Como precondição da formação da estrutura social de uma “sala de aula” podemos supor que as pessoas que a constituem, ou seja, os alunos e professores são – em suas esferas individuais – constituintes de outros tipos de socialidade, tais como a familiar, comunitária etc. À medida que esses indivíduos se encontram no tempo e espaço delimitado pela classe, fazem-se participantes de uma nova relação social. Essa relação traz consigo, evidentemente, fortes traços da presença dos indivíduos em suas outras socialidades, em outras palavras: cada um traz para “dentro da sala” suas crenças, ideologias e visões de mundo. No entanto, é licito afirmar que a constituição daquele espaço de convivência representa o estabelecimento de uma nova realidade que se forma a partir da convivência entre os alunos e professores que não se conheciam anteriormente e que irão dividir o mesmo espaço, defendendo ideias, realizando atividades e, claro, competindo entre si. A própria estrutura sobre a qual estão montados os procedimentos escolares pode ser interpretada como estimulante dessa competição, por meio de sua meritocracia (notas avaliativas, chamadas, manifestações de apoio e valorização dos “bons alunos” etc.). O título de “melhor aluno da sala” sempre esteve em disputa de modo tácito, senão francamente explícito. Não menos importantes são as disputas entre os alunos em torno da construção de uma imagem de si próprios que, inevitavelmente, entra em competição com a imagem do outro. Por fim, lembrando ainda Hobbes quanto à igualdade natural dos homens – que nos impinge à competição –, notemos que, se essa igualdade não parece tão explícita na sociedade como um todo, em uma sala de aula ela aparece claramente. Pois, pelo raciocínio de Hobbes, o desejo de competição é tão mais evidente quanto mais clara for a constatação de igualdade entre os indivíduos. Dessa forma, já que a escola busca organizar seus alunos de forma a igualá-los – seja pela faixa etária, pelo nível de escolaridade etc. –, eles, por sua vez, competem entre si para se distinguirem um dos outros. A desconfiança na sala de aula Para compreendermos a segunda razão da discórdia entre os homens, que é a desconfiança, partamos da seguinte análise: notemos que, se os indivíduos competem entre si para garantir individualmente certas vantagens ou destaque, eles desconfiam uns dos outros para preservarem tais vantagens já garantidas, evitando que alguém possa destruí-las ou miná-las a qualquer momento. Portanto, o aluno que se une a outro que possui um bom desempenho escolar para realizar um trabalho em duplas, por exemplo, pode sofrer a desconfiança do segundo por poder estar “se aproveitando” da inteligência do aluno considerado bom. Outro aluno que ri de alguma atitude ou fala de seu colega pode estar igualmente tentando sobressair-se à imagem deste. O aluno que demonstra demasiado apego ao professor pode estar buscando, apenas, certo ganho com isso (ou evitar alguma perda). Enfim, inúmeros são os exemplos que ilustram essas ocasiões em que pode surgir a atitude de desconfiança. A glória e a sala de aula A terceira razão da discórdia entre os homens, por fim, é ainda mais facilmente extraída da primeira. A competição concede, ela própria, a glória como prêmio aos seus vencedores, e aos perdedores, a humilhação. Entre as lembranças mais constrangedoras da maior parte das pessoas, invariavelmente habitam episódios vividos no ambiente escolar. Também as glórias parecem mais explícitas e sensíveis quando conquistadas no palco social de uma sala de aula. O melhor aluno da sala é um destaque e tem seus momentos de glória. Para ele, a escola é um veículo importante para a sua valorização e ele se identifica com o rótulo que lhe é oferecido de inteligente, culto etc. No entanto, notemos que o líder da algazarra, o bagunceiro, aquele que mais vezes foi alvo de problemas e sanções disciplinares, também – em muitos casos – é um personagem valorizado pelos alunos. A glória desse aluno “líder”, nesse caso, advém do fato de ele desafiar os limites das regras impostas, de lutar contra as autoridades e de ser o herói dos que se sentem rejeitados pela escola. Temos de perceber que, em última análise, é a própria estrutura escolar que está propiciando a glória a esse aluno. Em um ambiente de não rivalidade, esse personagem não teria sentido. Muitas vezes, ao punir o aluno, a escola acaba por aumentar o poder desse estudante. Essa questão é mais profundamente discutida quando considerarmos a temática da indisciplina. Mas, mesmo aqui, onde estamos pensando na relação de poder nos âmbitos social e escolar, cabe destacar que, o contrato, como estamos vendo, é uma forma de não se estabelecer lados tão antagônicos e, assim, evitar que alguns vejam nas rivalidades contra a escola um ganho para si. Em outras palavras, o fato de estabelecermos um pacto de convivência entre os vários personagens participantes do ambiente escolar oferece uma pequena garantia de que o objetivo da escola é ser parceira dos alunos e não sua fonte de opressão.
10. Que relações podemos estabelecer entre erro X sucesso, fracasso X indisciplina?
Consideraremos como erro a atitude ou resposta do aluno que não corresponda à solução esperada para certo problema de uma atividade escolar. A tendência da escola, muitas vezes, é de se isentar da culpa de um fracasso escolar e passá-la para a ação pedagógica. Na verdade, isso seria um processo de empobrecimento educativo, pois vejamos: se aquele problema oferecido aos alunos é suficientemente complexo, evidentementeque propiciará erros. Não devemos, portanto, entender o erro do aluno como um desvio ou deterioração da solução para o fracasso escolar, mas como parte mesmo de tal solução. Quantos problemas não foram solucionados na história da humanidade depois de inúmeras tentativas errôneas? O erro pode ser encarado como uma etapa do acerto. Como disse o filósofo italiano Benedetto Croce (2001, p. 34), o erro absoluto simplesmente não existe. Isso porque quando se erra, há a intenção do acerto e, dessa forma, ao menos a intenção é correta, fato que invalida a possibilidade de um erro absoluto. Se alguém ainda duvidar e pensar, “mas e se mesmo a intenção for a de errar?” Bom, nesse caso, se a intenção era a de errar, e, houve de fato o erro, trata-se de um acerto.
Avaliação de Pesquisa: Escola e Sociedade

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