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Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Tópicos da Prova Oral de Neurofisiologia 1) Broca, Wernicke e fascículo arqueado Área de Broca: é o local do cérebro associado a produção da palavra falada e fica no giro frontal inferior. Essa área processa a informação recebida da área de Wernicke em um padrão detalhado e coordenado para a vocalização e, depois, projeta o padrão por meio de uma área de articulação da fala na ínsula para o córtex motor, que inicia os movimentos adequados. Quando ocorre uma lesão nessa área é gerada a afasia não fluente, tendo a fala lenta e poucas palavras passíveis de serem pronunciadas. Área de Wernicke: é uma área que se localiza no hemisfério esquerdo do cérebro e está envolvida com a compreensão da informação auditiva e visual. Uma lesão nessa região devido a um tumor, um AVC ou outro pode gerar a afasia de Wernicke que é uma afasia fluente, em que o paciente consegue comunicar, mas fala palavras sem sentido e não consegue dar sentido ao que ouve, entretanto não percebe que o faz. Fascículo arqueado: é uma organização de feixes de fibras que está relacionado a associação entre as áreas de Wernicke e Broca. Por isso uma lesão nessa região gera a afasia de condução, em que ocorre o pensamento correto do que se quer comunicar, mas não consegue o fazer de fato, pois a condução entre um e outro está prejudicada. A fala do paciente também é fluente, já que a área de Broca está funcionando, mas o discurso é permeado por hesitações e pausas. Hoje essas lesões são mais relacionadas com problemas ocasionados na região da audição. 2) Funções da medula espinhal(geral): - Estabelece uma conexão direta com o meio externo da maior parte do organismo, através dos nervos espinhais. - Tem importante papel no controle dos movimentos e das sensações corporais. - Conduz os impulsos nervosos do corpo até o córtex. - Coordena atividades musculares e reflexos. - Carrega os impulsos motores vindos do encéfalo. - É um facilitador em uma série de funções. 3) Funções do tronco encefálico (Geral) Fica situado entre a medula espinhal e o cérebro. É a área do SNC responsável pelo controle da pressão arterial, deglutição, respiração e batimentos cardíacos. O tronco cerebral possui três porções: o bulbo, a ponte e o mesencéfalo. É no tronco encefálico que se encontra fixo o cerebelo. O bulbo se relaciona diretamente com funções vitais principalmente do sistema cardiorrespiratório, pressão arterial e alguns reflexos. A ponte está envolvida com sono, respiração, deglutição, equilíbrio. E o mesencéfalo é por onde as vias descendentes mais importantes passam, como por exemplo as corticospinais e a corticobulbar. Tumores nesta região podem provocar fraqueza, visão dupla, Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 rigidez muscular ou problemas com a sensibilidade, movimentos dos olhos, audição, movimento facial, coordenação dos pés ou deglutição. 4) Quimiorreceptores e ventilação: Receptores estimulados por uma alteração na composição química do ambiente nos quais estão localizados. Os efeitos das variações da bioquímica do sangue sobre a ventilação são mediados via quimiorreceptores respiratórios - os corpos carotídeos e aórticos e os grupos de células no bulbo e em outros locais que são sensíveis a mudanças químicas do sangue. A frequência da ventilação está aumentada em proporção à gravidade da hipoxia das células quimiorreceptoras das carótidas. Estes receptores são ativados primeiramente por uma redução na pressão parcial de oxigênio (Pao2), mas também respondem a um aumento na pressão parcial de dióxido de carbono (Paco2) e pH. Os quimiorreceptores exercem seus efeitos principais sobre a respiração; entretanto, sua ativação também leva a vasoconstrição. Um efeito direto da ativação de quimiorreceptores é aumentar a atividade nervosa vagal. O nervo glossofaríngeo leva informações dos quimiorreceptores do corpo carotídeo até o núcleo do trato solitário. O efeito final da estimulação do glossofaríngeo é causar vasodilatação, venodilatação, hipotensão, bradicardia e uma diminuição do débito cardíaco. 5) Baroceptores São mecanorreceptores que servem para controle da pressão arterial momento a momento. O reflexo dos barorreceptores é considerado um sistema de controle de alto ganho, que mantém a pressão arterial dentro de limites normais em períodos de segundos a minutos. O receptor é tônico e é ativado caso sofra distorção durante a distensão do vaso sanguíneo. Nesse caso canais mecanossensíveis seriam abertos nas terminações nervosas dos receptores. A abertura destes canais pode levar a uma despolarização da membrana e levar a um aumento da frequência de potenciais de ação transmitidos pela terminação nervosa. Além disso em relação ao perceber um aumento de PA, os barorreceptores mandam informações principalmente ao sistema do nervo vago, indicador do sistema nervoso parassimpático, que irá ativar uma resposta inibitória de baixa de PA. Já caso ocorra uma súbita baixa da PA os barorreceptores irão sinalizar para que haja menor excitação dos neurônios gabaérgicos que são relacionados ao sistema parassimpático. 6) Medos atávicos Os medos atávicos representam os medos compartilhados pela maioria de nós e por nossos ancestrais. Os medos atávicos passam a ser uma adaptação coletiva às ameaças mais graves. Medo do escuro (representações demoníacas associadas ao escuro, privados do melhor sentido que é a visão), de réptil (quando mamíferos surgiram, éramos predados por grandes répteis) e de cair (reflexo de apreensão, vivíamos agarrados na mãe para andar na copa das arvores). Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 7) Sinapse química e elétrica Químicas: são a maioria das que ocorrem no nosso organismo e são aquelas que são mediadas por neurotransmissores Elétricas: são mais rápidas, não dependem de neurotransmissores para ocorrer, possui conexons (por onde passa a corrente), ocorre menos no organismo, mas em predomínio de ocorrer na região do miocárdio. 8) Composição iônica celular e plasmática Celular: K+ (hipo/hipercalemia), Plasmática: Na+ (hipo/hipernatremia), Cl- (hipo/hipercloremia), Ca++ (hipo/hipercalcemia). 9) Parada cardíaca e morte neuronal Níveis excessivos de glutamato ocorrem em resposta à isquemia, anóxia, hipoglicemia ou trauma. O glutamato e alguns dos seus agonistas sintéticos são únicos pelo fato de, quando atuam nos corpos celulares neuronais, eles podem produzir um influxo tão demasiado de Ca2+ que os neurônios morrem. Esta é a razão pela qual a microinjeção dessas excitotoxinas é usada na pesquisa para produzir lesões discretas que destroem corpos celulares neuronais sem afetar axônios vizinhos. Há uma evidência crescente de que as excitotoxinas desempenham um papel importante no dano cerebral devido ao acidente vascular encefálico (AVE). Portanto a isquemia que gera o aumento de glutamato e esse produz um influxo demasiado de cálcio, o que gera morte neuronal. Isso pode ocorrer por exemplo após um infarto, o qual gera uma isquemia do miocárdio. Parada cardíaca Falta de oxigênio para os tecidos Falha da bomba de Na/K Falhava produção de ATP Fica muito sódio intracelular Lança glutamato Glutamato se liga a receptores AMPA e NMDA Entra cálcio na célula Morte neuronal. 10) PPSE(potencial excitatório pós-sináptico) e PPSI A área de fluxo de corrente assim criada é tão pequena que não drena carga positiva suficiente para despolarizar toda a membrana. Em vez disso, um PEPS é registrado. O PEPS resultante da atividade em um botão sináptico é pequeno, mas as despolarizações produzidas por cada um dos botões ativos se somam. Os PEPS são produzidos por alguns estímulos, mas outros estímulos produzem respostas hiperpolarizantes. Um PIPSpode ser produzido por um aumento localizado no transporte de cl-. Quando um botão sináptico inibitório se torna ativo, o transmissor liberado desencadeia a abertura dos canais de c1- na área da membrana celular pós-sináptica abaixo do botão. O c1- move-se a favor do seu gradiente de concentração. O efeito resultante é a transferência de carga negativa para a célula, de modo que o potencial de membrana aumenta (fica mais negativo). Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 PPSE PPSI (hiperpolarizantes) - Abertura canais de Na+. - Fechamento canais vazantes de K+. - Abertura de canais de K+ (cóclea e aparelho vestibular). - Abertura de canais de Cl- (células ciliadas do epitélio olfatório – 1° par craniano) - Abertura de canais de Cl-. - Fechamento dos canais vazantes de Ca++ e Na+. - Abertura dos canais de K+. 11) Modos e abertura de canais iônicos Voltagemdependentes: os quais dependem de que um potencial elétrico seja atingido para que eles abram. Esse tipo é mais econômico uma vez que em um único estímulo que atinja a voltagem mínima necessária muitos canais serão abertos. Ligantesdependentes: são canais iônicos que podem abrir em resposta à ligação de um ligante. Para formar um canal, este tipo de receptor de membrana celular tem uma região intramembranal com um canal hidrofílico (atraído pela água) no meio dele. O canal permite que íons atravessem a membrana sem precisar tocar o núcleo hidrofóbico da camada fosfolipídica. Quando um ligante se liga à região extracelular do canal, a estrutura da proteína se modifica de uma forma tal que íons de um tipo específico, tais como cálcio e cloro podem passar. Dependentes de estiramento ou pressão: nesse caso o citoesqueleto se liga aos canais e à membrana, ao passo que ocorrer uma deformação isso gera um estímulo. O principal exemplo desse caso é o estímulo de tato. 12) Receptores ionotrópicos e metabotrópicos Receptores ionotrópicos: um canal de membrana é aberto quando um ligante se liga ao receptor; e uma ativação do canal geralmente provoca um breve aumento na condutância iônica. Assim, estes receptores são importantes para a transmissão sináptica rápida e dá uma resposta mais precisa. Exemplo: receptor nicotínico de Ach. Receptores metabotrópicos: são receptores acoplados à proteína G, que tem 7 domínios transmembrana (GPCR), e a ligação de um neurotransmissor a esses receptores inicia a produção de um segundo mensageiro que modula os canais voltagem-dependentes nas membranas neuronais. Ação muito mais duradoura. Exemplo: receptor muscarínico de Ach. 13) Potencial de ação do músculo esquelético, cardíaco e do NSA Músculo esquelético: O potencial de repouso do músculo esquelético é de cerca de -90 m V. Assim como nos neurônios a despolarização se dá pelo influxo de Na+, e a repolarização é principalmente pelo efluxo de K+. Além disso, contração nas células musculares esqueléticas é coordenada pela regulação de Ca2+ do sistema actina-miosina. A repolarização ocorre pelo fechamento dos canais vazantes de K+ e fechamento dos canais de Na+. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Músculo cardíaco: O potencial da membrana em repouso é de -80 m V. A estimulação produz um potencial de ação propagado que é responsável por iniciar a contração. A despolarização nesse caso é seguida por um platô antes que o potencial de membrana retorne à sua linha basal. A despolarização inicial rápida se deve à abertura de canais de Ca2+ dependentes de voltagem, semelhantes àquela que ocorre no músculo esquelético. A repolarização inicial rápida se deve ao fechamento dos canais de Na+ e à abertura de um tipo de canal de K+. O subsequente platô prolongado se deve a uma abertura lenta, mas prolongada, dos canais de Ca2+ dependentes de voltagem. A repolarização final até o potencial de membrana de repouso se deve ao fechamento dos canais de Ca2 e a um aumento lento e retardado do efluxo de K+ através de vários tipos de canais de K+. NSA: O nodo sinoatrial é o marca-passo cardíaco que dispara mais rápido, comandando os demais marca-passos cardíacos. Isso acontece automaticamente. A despolarização começa pela abertura de canais de sódio. Quando a acetilcolina se liga a receptores muscarínicos do tipo M2, ocorre a abertura de canais Depois em torno de -5 mV, abrem-se canais voltagem-dependente transitórios de Ca 2+ que permitem a entrada de íons cálcio. Entre -40mV e -30mV, abrem-se os canais voltagem-dependente permanentes/de longa duração de Ca, despolarizando a célula. Em +30 mV, abrem-se os canais voltagem-dependente de K+ para a saída de íons K+, repolarizando a célula. 14) ACh e seus receptores A acetilcolina é o transmissor na junção neuromuscular, nos gânglios autônomos, nas junções de órgãos que têm como alvo nervos parassimpáticos pós-ganglionares, e em algumas junções que têm como alvo nervos simpáticos pós-ganglionares. A muscarina, mimetiza a ação estimuladora da acetilcolina no músculo liso, miocárdio (M2) e nas glândulas. Estas ações da acetilcolina são chamadas de ações muscarínicas, e os receptores envolvidos são receptores colinérgicos muscarínicos. Em gânglios simpáticos e nos músculos esqueléticos, a nicotina mimetiza as ações estimuladoras da acetilcolina. Estas ações da acetilcolina são chamadas de ações nicotínicas e os receptores envolvidos são os receptores colinérgicos nicotínicos. 15) Botulismo e tétano A acetilcolina é o neurotransmissor responsável pela junção neuromuscular e, portanto, essas duas toxinas irão atuar nesse sistema da ACH. Toxina botulínica: a ACH depois de se unir ao seu receptor depende da liberação de Ca++ e da fusão da vesícula sináptica e da membrana plasmática pela mediação de proteínas. A toxina botulínica impede a fusão entre a vesícula e a membrana, não permitindo a liberação da ACH, causando PARALISIA FLÁCIDA (hiporreflexia/arreflexia e hipotonia). Toxina tetânica: age na glicina que é um inibidor da ACH, portanto impedindo a glicina de atuar ocorre uma liberação incessante da ACH, ocasionando uma PARALISIA ESPÁSTICA (hiperreflexia e hipertonia). Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 16) Agonistas e antagonistas colinérgicos Bloqueador nicotínico na placa motora muscular: relaxamento muscular. Bloqueador muscarínico no coração(acetilcolina tem efeito inibidor no coração): aumento da frequência cardíaca. Bloqueador muscarínico no músculo liso: diminuição das contrações intestinais, diminuição do sistema autônomo parassimpático. 18) Bloqueadores competitivos e despolarizantes dos receptores nicotínicos Em gânglios simpáticos e nos músculos esqueléticos, a nicotina mimetiza as ações estimuladoras da acetilcolina, por isso são chamados de receptores nicotínicos colinérgicos, os quais são ionotrópicos. Os receptores nicotínicos são subdivididos entre aqueles encontrados no músculo, na junção neuromuscular e aqueles encontrados no SNC e gânglios autônomos. Além disso também está presente no encéfalo. Os bloqueadores nicotínicos, portanto, são os que impedem a ação da ACH pois irão prejudicar essa transmissão do impulso nervoso e como consequência relaxar a musculatura. Dentre os bloqueadores existem os bloqueadores competitivos e os despolarizantes. Despolarizantes: esse tipo causa uma despolarização mais prolongada da placa motora, ao contrário daqueles com curta duração, e leva a uma insensibilidade dos canais iônicos, o que permite o bloqueio neuromuscular. Competitivos: como indica o nome eles competem com a ACH pelos mesmos sítios, fazendo com que ela se ligue menos a seus receptores e também causando uma resposta de bloqueio neuromuscular. 18) Miastenia Gravis e Lambert Eaton Miastenia Gravis: doença autoimune que produz anticorpos contra receptores colinérgicos nicotínicos. Músculos esqueléticosficam fracos e cansam facilmente. Lambert Eaton: fraqueza muscular é causada por um ataque autoimune contra um dos canais de Ca2+ voltagem-dependentes nas terminações nervosas da junção neuromuscular. Isso diminui o influxo normal de cálcio que provoca a liberação de acetilcolina. 19) Fenilcetonúria É causada por um excesso de fenilalanina que não é processada. Isso ocorre pela falta de uma enzima que irá quebrar a fenilalanina em tirosina. Essa fenilalanina em excesso gera toxicidade e provoca morte neuronal. Gera uma deficiência mental grave pelo acúmulo de grandes quantidades de fenilalanina e seus derivados cetoácidos no sangue, nos tecidos e na urina. O tratamento é uma dieta sem a presença de fenilalanina para que essa não fique acumulada. Importante ressaltar que isso não gera problemas na rota pois continua havendo a entrada de tirosina. O exame que é feito para diagnóstico é o teste do pezinho, o qual é responsável pelo diagnóstico de outras doenças metabólicas também. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 20) Dopamina (Parkinson X Esquizofrenia) Parkinson: é o resultado de uma degeneração de neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra. Esquizofrenia: a atenção foi inicialmente dirigida para a superestimulação dos receptores de dopamina D2 do sistema límbico. A anfetamina, que provoca a liberação de dopamina, bem como de noradrenalina no cérebro, provoca psicose semelhante à esquizofrenia. Os níveis cerebrais dos receptores D2 são elevados em esquizofrênicos, e há uma correlação positiva clara entre a atividade antiesquizofrênica de vários fármacos e sua capacidade de bloquear receptores D2. 22) Nor e Adr no sistema cardiovascular Adrenalina: principalmente receptores betas - Se liga aos receptores beta do NSA: gera entrada de Na+ e despolarização, causa aumento de FC - Se liga aos receptores beta dos vasos músculos: faz vasodilatação e por isso diminui a resistência periférica, pouca subida da PA (PS aumenta pouco e PD diminui). Noradrenalina: principalmente receptores alfas - Se liga aos receptores alfa do NSA: gera entrada de Na+ e despolarização, causa aumento de FC. - Se liga aos receptores alfa dos vasos que irrigam as vísceras: provoca vasoconstrição e por isso aumenta resistência periférica. Gera aumento de PA → baroceptores percebem e aumentam as descargas no vago e glossofaríngeo - bradicardia reflexa (liberação de ACH). 22) LTP e LTD Potenciação de longa duração (LTP): é o aumento de longa duração da amplitude dos potenciais excitatórios numa sinapse. Ocorre aumento da sensibilidade da sinapse. É uma melhoria duradoura na transmissão do sinal entre dois neurônios, que resulta em estimulá-los de forma síncrona. Depressão de longa duração (LTD): é caracterizada por uma diminuição na força sináptica. Ocorre redução da sensibilidade sináptica. Ela é produzida pela estimulação mais lenta dos neurônios pré-sinápticos e está associada a um menor aumento do Ca2 + intracelular do que aquele que ocorre na LTP. Ambas são consideradas marcas de memória num determinado circuito neural. 23) Morte neuronal gerada por isquemia Níveis excessivos de glutamato ocorrem em resposta à isquemia, anóxia, hipoglicemia ou trauma. O glutamato e alguns dos seus agonistas sintéticos são únicos pelo fato de, quando atuam nos corpos celulares neuronais, eles podem produzir um influxo tão demasiado de Ca2+ que os neurônios morrem. Esta é a razão pela qual a microinjeção dessas excitotoxinas é usada na pesquisa para produzir lesões discretas que destroem corpos celulares neuronais sem afetar axônios vizinhos. Há uma evidência crescente de que as excitotoxinas Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 desempenham um papel importante no dano cerebral devido ao acidente vascular encefálico (AVE). Portanto a isquemia que gera o aumento de glutamato e esse produz um influxo demasiado de cálcio, o que gera morte neuronal. Isso pode ocorrer por exemplo após um infarto, o qual gera uma isquemia do miocárdio. 24) Tato epicrítico É o tato discriminativo, que permite o reconhecimento da forma, tamanho e textura dos objetos. Tato discriminativo é transmitido pela via da coluna dorsal (lemnisco medial) para o núcleo ventral póstero-lateral no tálamo e então para o córtex somatossensorial primário. Estímulos vindos da parte inferior do corpo entram pela coluna dorsal e sobem pelo fascículo grácil. Estímulos vindos da parte superior do corpo entram pela coluna dorsal e sobem pelo fascículo cuneiforme, mais lateral. 25) Topognosia, estereognosia e propriocepção Topognosia: é a capacidade de perceber a discriminação entre dois pontos (teste feito com o compasso para a identificação de ter a sensação tátil de um ou dois pontos, locais com maior campo(costas) são mais difíceis de serem sentidos, se comparados com locais de menor campo (mão). Estereognosia: é a percepção da forma e natureza de um objeto sem a utilização da visão. Pessoas normais podem prontamente identificar objetos como chaves e moedas. Essa capacidade é comprometida quando as colunas dorsais são danificadas. A inabilidade em se identificar um objeto pelo tato é chamada de agnosia tátil. Ela também tem um grande componente cortical. A estereognose comprometida é um sinal inicial de dano ao córtex cerebral e, algumas vezes, ocorre na ausência de qualquer defeito detectável na sensação de tato e pressão, quando há uma lesão no córtex sensorial primário. A estereognosia pode ser visual, auditiva, de cor,… Propriocepção: os proprioceptores estão localizados nos músculos, nos tendões e nas articulações e transmitem informações sobre o comprimento tensão muscular. 26) Fibras intrafusais e Órgão Tendinoso de Golgi As fibras intrafusais estão posicionadas em paralelo às fibras extrafusais (as unidades contráteis regulares do músculo). As fibras intrafusais não contribuem para a força total do músculo, em vez disso, exercem uma função puramente sensorial, uma vez que geram sinais para o controle muscular. É através delas que o indivíduo tem consciência do grau de estiramento do Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 musculo. Há dois tipos de fibras intrafusais: saco nuclear e cadeia nuclear. São controladas por moto neurônios gama. O órgão tendinoso de golgi é o receptor para o reflexo miotático inverso. Este órgão consiste em uma coleção de terminações nervosas nodosas semelhantes a uma rede entre os fascículos de um tendão. São estimulados tanto por estiramento passivo quanto por contração ativa do músculo. Detecta a tensão muscular. 27) Reflexo miotático Quando um músculo esquelético com sua inervação intacta é estirado, ele se contrai. Esta resposta é chamada de reflexo de estiramento ou reflexo miotático. O órgão sensorial que é o receptor está dentro do músculo, no fuso muscular. Os impulsos irão desse fuso para o SNC por fibras rápidas que passam diretamente para neurônios motores do mesmo músculo e isso que gera o reflexo de estiramento. O principal neurotransmissor é o glutamato e os principais exemplos desse reflexo são o reflexo patelar e o aquileu. Alterações são comuns em casos de diabetes, alcoolismo e toxinas. Hiporreflexo: danos nas fibras, no fuso ou nos neurônios motores. Hiperreflexo: danos relacionados com vias descendentes como a corticoespinal. 28) Motoneurônio Gama É o suprimento nervoso motor próprio de cada fuso muscular. Há dois tipos de neurônios motores gama. Dinâmicos, que suprem as fibras em saco nuclear dinâmicas, e estáticos, que suprem as fibras em saco nuclear estáticas e as fibras em cadeia nuclear. 29) Contração do masseter e ativação de motoneurônio gama Bruxismo: faz com que a pessoa fique ativando os motoneurônios gama, que faz com que ocorraliberação de ACH a noite toda e, portanto, ocorre contração muscular principalmente do masseter, por isso o paciente relata dor muscular ao acordar. Má oclusão dentária: a maioria dos indivíduos faz mais força de um lado do que do outro na mastigação, ativando mais os motoneurônios de um lado do que do outro, portanto a pessoa desenvolve problemas posturais em relação a essa força. Ansiedade: ativa mais os motoneurônios gama, tendo hiperreflexia, portanto dor muscular 30) Reflexos Glabelar, Orbicular da Boca e Mentual Reflexo glabelar: O reflexo glabelar é evocado ao se percutir com um martelo ou com o dedo a região da glabela, entre as sobrancelhas, de um paciente. O reflexo habitual é a contração dos mm. orbiculares dos olhos (inervação = ramos zigomáticos e temporais do nervo facial), levando a fechamento repetido dos olhos. No entanto, esse reflexo sofre um fenômeno chamado esgotabilidade, ou seja, a percussão repetida extingue a resposta motora. Nos pacientes Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 parkinsonianos e naquelas com lesões no circuito frontal/subcortical, esse reflexo é inesgotável (sinal de Meyerson). Reflexo orbicular da boca: O reflexo orbicular dos lábios (snout reflex, reflexo do focinho) ocorre quando, à percussão dos lábios com um abaixador de língua, há enrugamento dos lábios. Trigêmio-ponte-facial. Reflexo mentual: caracteriza-se com o fechamento da boca ao se percutir, com um martelo de reflexos, o mento. Suas fibras aferentes: ramo mandibular do nervo trigêmeo e a eferência também se encontra no ramo mandibular do nervo trigêmeo. 32) Reflexos Bicipital e Tricipital Esse reflexo é obtido com o antebraço semifletido e supinado, apoiado sobre o braço do próprio examinador. O examinador percute o tendão distal do bíceps interpondo o polegar. Ocorre o estímulo a partir do músculocutâneo entre c5 e c6. A resposta normal é a flexão e supinação. Já o tricipital é obtido percutindo o tendão do tríceps logo acima da sua inserção no olécrano. O reflexo normal é a extensão do braço feita pelo nervo radial, integrando c7 e c8. 32) Reflexos Patelar e Aquileu Reflexo patelar: é um tipo de reflexo miotático. O teste do tendão patelar testa a função do nervo femoral e os seguimentos L2-L4 da medula espinhal. A ausência ou diminuição deste reflexo é conhecida como sinal de Westphal. Podemos testar o reflexo patelar simplesmente percutindo-se o tendão patelar com um martelo de reflexos; essa ação estira o músculo quadríceps e inicia um reflexo de estiramento dinâmico, fazendo a perna se estender subitamente para frente. Reflexo aquileu: é um reflexo que ocorre quando o tendão de Aquiles é percutido enquanto o pé está em flexão plantar. Um resultado positivo ocorre quando o pé se move em direção à sua superfície dorsal. O reflexo checa se as raízes nervosas S1 e S2 estão intactas e pode ser indicativo de patologia do nervo isquiático. 3 manobras reflexo aquileu: 33) Reflexos Cutâneo Plantar e Abdominais O reflexo cutâneo plantar avalia os motoneurônios superiores e é feito em decúbito dorsal, com os membros em extensão. Faz a excitação da planta do pé em L iniciando medialmente, como uma curva. A resposta normal é a contração dos músculos flexores. A resposta anormal pode ser obtida com o sinal de Babinski, em que ocorre a reativação do reflexo de dorsiflexão plantar de L5 até S2 em indivíduos com alguma alteração piramidal, que gera a dorsiflexão e abertura em leque dos dedos. Esse sinal pode ser percebido como normal em bebês. Já os reflexos cutâneos abdominais ocorrem pela inervação em T7-T9. É feito rralizando uma leve pressão no sentido transversal da periferia para a linha Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 alba. A resposta normal é a contração de um lado só dos músculos abdominais e a retração parietal. 34) Reflexo Pupilar e Consensual É um reflexo que controla o diâmetro das pupilas em resposta à intensidade (luminância) da luz que incide sobre a retina dos olhos, auxiliando, desse modo, na adaptação a vários níveis de iluminação. O estímulo luminoso na retina de um lado do olho determina a contração pupilar homolateral, ação chamada reflexo pupilar direto, mas também leva a contração da pupila contralateral, efeito esse denominado, reflexo pupilar consensual. Consensual: Nervo óptico Núcleo pré- tectal mesencéfalo superior Núcleo de Edinger-Westphal (dos dois lados) Nervos oculomotores. As fibras aferentes atingem o núcleo de Edinger-Westphal tanto do lado ipsilateral quanto do lado contralateral. 35) Clônus É causado por AVC, epilepsia, esclerose, lesão medular. Ao empurrar o pé do paciente depois ele fica mexendo para frente e para trás. Ao estirar ocorre reflexo de estiramento gerando contração. Ao contrair ocorre o reflexo do OTG e isso faz com que estire de novo como reflexo. Como o paciente tem lesão de córtex ele não consegue parar o movimento. Ao retirar a função do córtex (célula de Renshaw), o motoneurônio não é inibido pela liberação de glicina e por isso que o movimento segue. 36) Leis de Pfluger Mesmo com a destruição dos hemisférios cerebrais e encéfalo, a rã continua a apresentar uma série de comportamentos como reflexo postural, de equilíbrio e movimentos natatórios. Isto é possível porque estes comportamentos estão associados a medula e independem da presença dos centros neuronais superiores. Maior o estímulo = maior a reação. Lei da Localização: Coloca ácido em menor concentração no pé da rã e com a medula intacta ela tem um pequeno estímulo de retirada na pata estimulada. Lei da Unilateralidade: Quando aumenta a concentração de acido acético, o estímulo dado a rã vai subir na medula e fazer um estímulo de retirada maior, que fara mexer a perna toda. Lei da Simetria(não há em humanos, equivale ao reflexo de extensão Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 cruzada): maior concentração de acido, atinge mais segmentos da medula espinal, irradia para o outro lado e faz reflexo de retirada nas duas pernas. Lei da Irradiação: mais acido, começa a pegar a intumescência cervical e o animal tem reflexo de retirada nas duas pernas e na pata anterior do mesmo lado estimulado. Lei da Generalização: motoneurônios de todos os membros foram estimulados com o aumento da intensidade do estímulo. Lei da Coordenação: coloca um papel com ácido acético no peito(membros superiores) ou nas costas(membros inferiores) da rã, só com a medula ela retira o papel. 37) Peridural e Raquidiana Raquidiana: é um tipo de anestesia que irá perfurar todas as meninges, até chegar na região do LCR no espaço subaracnoideo. Nessa anestesia a pessoa deixa de sentir dor e qualquer sensibilidade ao toque, além de perder totalmente os movimentos. Além disso a quantidade de fármacos usados nesse tipo de anestesia é menor. Peridural: é um tipo de anestesia que não irá perfurar todas as meninges, ficando na região ao redor do canal espinhal. Nesse caso o anestésico serve para tirar a sensibilidade de dor. Nesse caso são usados mais quantidades de fármacos e a administração do anestésico fica sendo constante durante o procedimento. OBS: A complicação mais comum das anestesias raquidianas e peridurais é a dor de cabeça, que ocorre quando há extravasamento de liquor pelo furo feito pela agulha no canal espinhal. Essa perda de líquido provoca uma redução da pressão do liquor ao redor de todo o sistema nervosos central, sendo esta a causa da dor de cabeça. 38) Hodologia Sensorial da medula espinhal Anestesia: 1 ou mais modalidades sensoriais ausentes. Analgesia: dor ausente. Hipo ou hiperestesia: diminuição ou aumento da sensibilidade. Algia: dor em geral. Alodinia: aumento da dor. Parestesia: sensibilidade alterada(formigamento).No feixe espinotalâmico antero-lateral temos tato protopático, pressão temperatura e nocicepção. Tato protopático e pressão entram pelo corno dorsal da medula, decussam até o funiculo anterior e criam o trato espinotalâmico anterior, na altura da ponte se junta com o espinotalâmico lateral pra formar o lemnisco espinal. Sobem até o núcleo ventral postero-lateral do tálamo e depois atinge o córtex cerebral. Pressão e temperatura entram pelo corno dorsal da medula, cruzam para o lado oposto e formam o trato espinotalâmico lateral, na altura da ponte se junta com o espinotalâmico anterior e formam o lemnisco espinal. Sobem até o núcleo ventral postero-lateral do tálamo e depois atingem o córtex cerebral. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Propriocepção consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória entram na medula pelos fascículos grácil e cuneiforme e sobem até o bulbo, cruzam o plano médiano e formam o lemnisco medial. Sobem até o núcleo ventral posterolateral do tálamo e então para a área somestésica do cortéx. A propriocepção inconsciente entra pelo corno dorsal no funículo lateral do mesmo lado, sobem para formar o trato espinocerebelar posterior que termina no cerebelo. Também há fibras que cruzam no plano medial para o funículo lateral do lado oposto, sobem pra formar o trato espinocerebelar anterior, aí as fibras cruzam de novo antes de chegar no cerebelo, uma vez que a via é homolateral. 39) Hodologia Motora da medula espinhal O trato rubro espinal: motricidade voluntária córtex motor → fibras decussam no núcleo rubro do mesencéfalo → neurônios motores Os tratos retículo-espinais: movimentos automáticos formação reticular → interneurônios motores O trato vestíbulo-espinhal: orientação postural núcleos vestibulares do bulbo → neurônios motores O trato corticoespinhal anterior: motricidade voluntária córtex → primeiro neurônio motor → fibras formam a cápsula interna → fibras descem por todo o TE → corticoespinal anterior decussa no bulbo e corticoespinal lateral decussa na medula → neurônios motores O trato teto-espinhal: reflexos espontâneos de proteção. colículos superiores → decussam no bulbo → neurônios motores 40) Lesões da medula espinhal (Imagem corte horizontal) Lesão corno ventral direito = paralisia flácida ipsilateral, afeta motricidade do mesmo lado. Esmagamento todo lado direito da medula = motricidade lado esquerdo normal, paralisia flácida lado direito, perda de tato protopático, dor e temperatura do lado direito e esquerdo. Tato epicrítico lado esquerdo conservado. 42) Lesões da medula espinhal (3 casos) Caso1 : - Acima da lesão: normal - Lesão: paralisia flácida bilateral, perda de sensibilidade bilateral, arreflexia, atonia - Abaixo: igual ao local de lesão Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Caso 2: - Acima: normal - Lesão: atonia, arreflexia, paralisia flácida bilateral, perda de sensibilidade bilateral - Abaixo: libera mais ACH pela falta de neurônios gicinérgicos → hipertonia bilateral, hiperreflexia bilateral, paralisia espástica e perda de sensibilidade total (lesão não deixa informação subir) Sinal de Babinski positivo nos dois pés: ao estímulo no dorso do pé ocorre dorsiflexão plantar e a abertura dos dedos → volta ao reflexo de bebês (possuem o reflexo, mas não possuem o sinal, já que é um reflexo não patológico). Caso 3: - Acima: normal - Lesão lado direito: movimentação normal, sensibilidade perdida de dor e temperatura (TETL). - Lesão lado esquerdo: não consegue ter saída de neurônio motor, possui atonia e arreflexia (paralisia flácida), perde total a sensibilidade pela perda das fibras lesada. - Abaixo da lesão lado direito: movimento “normal”, pois o corticoespinal pois decussa já nas pirâmides de esquerdo para o lado direito e desce normal pelo lado direito, que não foi lesado. Perda de dor e temperatura, já que TETL decussa na medula, do lado direito para o lado esquerdo, que está lesado. - Abaixo da lesão lado esquerdo: paralisia espástica, já que a corticoespinal decussa do lado direito para o esquerdo nas pirâmides, não conseguindo passar a área da lesão, por isso não inibe os neurônios ACH, pela perda de neurônios glicinérgicos. Mantém dor e temperatura já que TETL decussa na medula do lado esquerdo para o lado direito, que não está lesado. → Perda de sensibilidade em uma perna e de motricidade (Sinal de Babinski positivo) na outra. 42) Vias tetospinal e reticulospinal Tetospinal: origina-se no colículo superior, que, por sua vez, recebe fibras da retina e do córtex visual. O trato tetospinal situa-se no funículo anterior dos segmentos mais altos da medula cervical, onde estão os neurônios motores responsáveis pelo movimento da cabeça, e pertence ao sistema anteromedial da medula. Está envolvido em reflexos visuomotores, em que o corpo se orienta a partir de estímulos visuais. Reticulospinal: promovem a ligação de várias áreas da formação reticular com os neurônios motores da medula. Controlam os movimentos tanto voluntários como automáticos, a cargo dos músculos axiais e proximais dos membros, e pertencem ao sistema medial da medula. Determinam o grau adequado de contração desses músculos, a fim de colocar o corpo em uma postura de partida. Suporte postural básico para as vias laterais. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Pontino: aumenta os reflexos antigravitacionais da medula, facilitando os extensores e a manutenção da postura ereta. Atua mantendo o comprimento e a tensão muscular. Bulbar: efeito oposto, liberando os músculos antigravitacionais do controle reflexo. 43) Vias vestíbulo espinhal e rubro espinhal Vestibular → ME (vestibuloespinhal): parte do aparelho vestibular (com o sáculo que determina a aceleração linear vertical , o utrículo que detecta aceleração linear horizontal e canal semicircular que detecta aceleração angular), vai para os núcleos vestibulares (nervo vestibulococlear), que vai até a ME. Portanto essa via conecta a movimentação com a musculatura axial do sistema motor da ME. A via no núcleo vestibular está próximo da área postrema, por isso ocorre o estimulo do vômito ao ativar muito a via (carro, brinquedos que giram). A labirintite desordena o sistema vestibular. Via rubroespinhal: todos os neurônios que saem do núcleo rubro e vão para a medula possuem influência da via corticorubral, a qual fica inibindo o núcleo rubro. Enquanto que a corticoespinal lateral é a principal via de movimento e é voluntária. Na musculatura axial existe influência da corticoespinhal ventral. O núcleo rubro age predominantemente sobre membros superiores aumentando o tônus em flexões, enquanto que núcleos vestibulares aumentam o tônus em extensão (contra gravidade) de superiores e inferiores. Lesões anteriores ao núcleo rubro (acima): fica decorticado, pela perda do córtex. = núcleo rubro continua aumentando flexão de membros superiores, enquanto que os núcleos vestibulares aumentam a extensão dos inferiores, gerando a rigidez da decorticação, paciente em estágio vegetativo. Lesões posteriores ao núcleo rubro (abaixo): descerebração, perde diencéfalo e telencéfalo. = lesão no núcleo rubro que não ativa flexores nos membros superiores, e núcleos vestibulares predominam na extensão em membros superiores e inferiores, gera rigidez de descerebração, mais grave que a anterior. 44) Mediadores da dor A lesão tecidual libera bradicinina e prostaglandinas que sensibilizam ou ativam nociceptores, que, por sua vez, liberam substância P e opeptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP). A substância P atua nos mastócitos, provocando a degranulação e liberação de histamina, a qual ativa os nociceptores. A substância P provoca o extravasamento do plasma e o CGRP dilata os vasos sanguíneos; o edema resultante provoca liberação adicional de bradicinina. A serotonina (5-HT) é liberada pelas plaquetas e ativa os nociceptores. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Células lesadas também liberam substâncias químicas, como o K+ que despolariza diretamente os terminais nervosos, tornando os nociceptores mais responsivos (sensibilização). Ação da aspirina: bloqueia a enzima COX nas duas isoformas. O bloqueio enzimático resulta na inibição da biossíntese de prostaglandinas. 45) Drogas para tratamento da dor Drogas: o ácido aracdônico é quebrado pela Xcox que gera prostaglandinas. Ao impedir esse ciclo inibindo a cox diminui a sensibilidade a dor. Todo fármaco que entra no organismo de forma sistêmica gera paraefeitos. O paraefeito é relacionado a diminuição da prostaglandina, a qual tem efeito na inibição de ácido clorídrico no estômago, sem essa ação aumenta essa secreção, podendo aumentar chances de úlcera ou rompimentos dela. Em pacientes com úlceras se usa o fármaco nivux, o qual é um combinado de inibidor da Xcox junto de um inibidor de prótons. Morfina: se liga a receptores opióides. Bloqueia a informação de dor na medula e no SNC, impedindo a passagem do estímulo em ambos os locais. Pasurta: usado para enxaqueca. Anticorpo monoclonal para receptores CGRP. Bloqueia esse peptídeo que é o receptor da calcitonina, esse peptídeo irá aumentar o estímulo a dor e aumentar a secreção de macrófagos. Intervenção com gelo: faz vasoconstrição e diminui o processo inflamatório, além disso a sensibilidade térmica compete com a informação de dor já que as duas entram no corno dorsal, podendo diminuir o estímulo de dor. Pimenta: informação estimula terminações de calor inicialmente e depois estimula o estímulo de dor, indo pelo nervo trigêmeo, por isso a dor pode ser estimulada, mas não necessariamente gera estímulo desconfortável. O mesmo ocorre com sensibilidade a hortelã, menta, cheiro de gasolina. 46) Vias da dor Fibras dos termorreceptores e nociceptores fazem sinapse nos neurônios do corno dorsal da medula espinal. Os axônios desses neurônios do corno dorsal cruzam a linha média e ascendem no quadrante ventrolateral da medula espinal, onde formam a via espinotalâmina ventrolateral. As fibras dentro desse trato fazem sinapses no VPL. Alguns neurônios do corno dorsal que recebem estímulos nociceptivos fazem sinapses na formação reticular do tronco encefálico (via espinorreticular) e, então, se projetam para o núcleo centrolateral do tálamo. Depois córtex somatossensorial primário (giro pós-central). 47) Dor referida (teorias) Dor referida: dor sentida na superfície da pele mas que é na verdade visceral. Segue a ideia dos dermátomos: paciente refere a dor em locais de mesma origem embrionária do local da lesão, por exemplo dor no braço esquerdo ou no coração pode ser tanto um sintoma de infarto como gases. As teorias para as dores referidas são a teoria de convergência (fibras da pele e da víscera convergem para o mesmo local na medula) e a da facilitação (caminhos das dores são diferentes mas fibras da visceral possuem algumas colaterais que acabam por Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 estimular fibras da pele). Acredita-se que é um misto das duas que justificam a dor referida. 48) Dor trigeminal É uma dor facial intensa devido a disfunção do 5° par craniano. Uma causa comum de neuralgia do trigêmeo é a existência de uma artéria mal posicionada, que comprime o nervo trigêmeo numa região próxima do local de onde este emerge do cérebro. Por vezes, nas pessoas mais jovens, a neuralgia do trigêmeo é consequência de uma lesão dos nervos, causada pela esclerose múltipla. Ocorre geralmente em uma região da face em apenas um dos lados. O reflexo trigêmino-vagal caracteriza-se pela súbita instalação de bradicardia, disritmia, hipotensão simpática, apneia e/ou hipermotilidade gástrica decorrente do estímulo da porção sensitiva do nervo trigêmeo e do território do nervo vago. Mais comumente, ocorre quando do estímulo da divisão oftálmica do nervo trigêmeo, da maxilar ou da mandibular. 49) Hodologia dos núcleos da base Núcleos da base: - Na parte da substância cinzenta existem aglomerados de corpos de neurônios, os quais formam esses núcleos da base. - Cada um deles fica em uma região não se concentram todos na mesma parte. São um local de “consulta” do córtex para que ações sejam realizadas e então com a devolução da resposta a ação pode ser realizada pelo córtex motor, para realização de movimentos, por vias diretas e indiretas. - A via direta vai fazer ativação: córtex leva glutamato para o estriado. Esse tem neurônios que secretam GABA no globo pálido, inibindo esse, liberando menos neurotransmissores, permitindo mais ação do tálamo, o qual poderá liberar mais glutamato no córtex → ATIVAÇÃO. - A via indireta vai fazer inativação: córtex excita o estriado o qual vai liberar GABA no globo pálido lateral inibindo esse, esse irá liberar menos GABA no núcleo subtalâmico de Luys, permitindo que esse libere mais glutamato no globo pálido medial, permitindo que esse libere mais GABA no tálamo, o tálamo libera, portanto, menos glutamato no córtex → INIBIÇÃO. 50) Parkinson A doença de Parkinson tem tanto características hiper quanto hipocinéticas. É o resultado de uma degeneração de neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra. As características hipocinéticas da doença de Parkinson são a acinesia e a bradicinesia (dificuldade em realizar movimentos voluntários, caminhada lenta, arrastada), e as características hipercinéticas são a rigidez com sinal de roda denteada (aumento do tônus muscular) e o tremor em repouso. Os pacientes também apresentam instabilidade postural (deficiência de equilíbrio e coordenação). Na doença de Parkinson, o estímulo dopaminérgico para o putame é perdido. Isto resulta na diminuição da inibição e no aumento da excitação do núcleo subtalâmico para o globo pálido interno. O aumento total na resposta inibitória para o tálamo e Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 tronco encefálico desorganiza o movimento. Dificuldade para andar em escada rolante pois não consegue fazer a parada quando chega ao destino. 52) Núcleo subtalâmico de Luys Conjunto de pequenos núcleos situados no diencéfalo, inferior ao tálamo e superior à substância nigra. Histologicamente formam uma região compacta com vasos sanguíneos em abundância e fibras mielinizadas dispersas. Esses neurônios são excitatórios e usam glutamato como seu principal neurotransmissor. Em indivíduos saudáveis esses neurônios são inibidos por células do globo pálido lateral. Entretanto se essa região estiver lesada o núcleo de Luys irá ser superexcitado e irá provocar distúrbios motores que podem ser hipercinéticos (balismo) ou hipocinéticos (Parkinson). Estudos mostram que a estimulação desse núcleo realmente ameniza os sintomas do Parkinson. 52) Organização histológica do cerebelo O cerebelo tem um córtex cerebelar externo separado pela substância branca dos núcleos cerebelares profundos. O córtex cerebelar possui três camadas: uma camada molecular externa, uma camada de células de Purkinje, que tem apenas uma célula de espessura, e uma camada granular interna. Há cinco tipos de neurônios no córtex: célula de Purkinje (sinapses inibitórias: GABA, taurina e motilina), granular (estímulo excitatório: Glutamato), em cesto (GABA), estrelada (GABA) e célula de Golgi (GABA, taurina e motilina). 53) Mecanismo defuncionamento do cerebelo Funcionamento: sistema liga-desliga. As fibras que chegam são de dois tipos, musgosas e trepadeiras. As trepadeiras vêm da oliva inferior e as musgosas de todos os outros locais. Quando estão chegando fazem sinapses excitatórias e se ligam ao núcleo, liberando neurotransmissores, fazendo o sistema de liga. Depois, essas informações sobem para o córtex cerebelar. Após isso ambas as fibras despolarizam as fibras de Purkinje que liberam GABA, as quais inibem as células do núcleo cerebelar, fazendo o sistema de desliga. 54) Lesões cerebelares Danos ao cerebelo levam a várias anormalidades características, incluindo hipotonia, ataxia e tremor de intenção. Ataxia é a incoordenação devido a erros na taxa, variação, força e direção do movimento. A ataxia se manifesta, não apenas na marcha de base larga, instável, "de bêbado" dos pacientes, mas também em defeitos dos movimentos especializados envolvidos na produção da fala, de modo que resulta numa fala arrastada e escandida (disartria, "fala de escaneamento"). Os movimentos voluntários também são muito anormais quando o cerebelo é danificado. Por exemplo, a tentativa de tocar um objeto com um dedo resulta em passar além do ponto. Esta dismetria, ou passar do ponto, inicia imediatamente uma ação corretiva grosseira, mas a correção ultrapassa o ponto para o outro lado, e o dedo oscila para trás e para frente. Esta oscilação é chamada de tremor de intenção. Outra característica da doença cerebelar é a Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 incapacidade de "pisar no freio" para parar o movimento prontamente. Normalmente, por exemplo, a flexão do antebraço contra a resistência é rapidamente verificada quando a força de resistência é subitamente interrompida. O paciente com doença cerebelar não pode parar o movimento do membro e o antebraço voa para trás em um amplo arco. Esta resposta anormal é conhecida como o fenômeno de rebote. Essa é uma das razões importantes pela qual esses pacientes mostram disdiadococinesia, a incapacidade de realizar rapidamente movimentos alternando os lados opostos. 55) Vestíbulo, espino e cérebro cerebelo São vias eferentes. - Vestíbulo-cerebelo: ocorre no floculonodular, do vestibulocerebelo para os núcleos vestibulares e vice versa, sendo ipsilateral. - Espinocerebelar: tem fibras que saem do vermis e que saem do hemisfério medial. As do vermis saem pelo núcleo fastigial e descem na medula para comporem as vias retículo espinal que é contralateral e a vestibuloespinal que pode ser contra ou ipsilateral. As do hemisfério medial vão para o núcleo interpósito que compõe o núcleo rubro e córtex motor, sendo contralaterais. - Cerebrocerebelar: ocorre no hemisfério lateral, vai para o núcleo denteado, tálamo e compõe o córtex motor e pré-motor, sendo contralaterais. A musculatura axial é controlada pelo lobo floculonodular e pelo vermis, enquanto que a musculatura apendicular é controlada pelos hemisférios cerebelares. 56) Via córtico-mesencefálica Junto dos tratos córtico-pontino e córtico-bulbar, faz parte das fibras do trato piramidal. 57) Lesões de lll e lV pareS Lesões motoras: ipsilaterais. - III par: inerva todos menos o oblíquo e o reto-lateral, o paciente fica com estrabismo divergente. Lesa o elevador da pálpebra, gerando ptose. Não permite mióse, deixando o olho em midríase. - IV par: inerva o oblíquo superior, por isso olho tem tendência a descer e ficar mais medial 58) Via córtico-pontina As fibras corticopontinas carregam informações do córtex motor primário para o núcleo pontino ipsilateral na ponte ventral, e a projeção pontocerebelar então carrega essas informações para o cerebelo contralateral por meio do pedúnculo cerebelar médio. Permitem a modificação das ações à luz de resultados, ou correção de erros, e são, portanto, importantes no aprendizado de habilidades motoras. 59) Lesões de V,VII, VII e VIII pares - V par: inerva o masseter, lesão gera dificuldade de fechar a boca Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 - VI par: inerva o reto-lateral e gera estrabismo convergente - VII: inerva quase todos os músculos da face, flacidez e paralisia. Lesão em córtex do lado direto gera paralisia espástica do lado esquerdo e vice-versa. A lesão no nervo gera a paralisia flácida ipsislateral, pois o nervo daquele lado não funciona mais (Paralisia de Bell). - Lesões VIII par: relacionadas com lesões no aparelho vestibular e na cóclea. Costumam ser ipsilateral. comprometimento auditivo, alterações visuais e no equilíbrio, e alterações dos músculos da face (por compressão do nervo facial), vertigem, nistagmo (movimentos involuntários dos olhos). 60) Via Córtico Bulbar Os movimentos executados pelo córtex são retransmitidos por meio dos tratos corticospinais e dos tratos corticobulbares para os neurônios motores. O trato corticobulbar é composto por fibras que passam do córtex motor para os neurônios motores dos núcleos do trigêmio, facial e hipoglosso. Os neurônios corticobulbares terminam tanto diretamente nos núcleos dos nervos cranianos quanto nos seus interneurônios antecedentes no interior do tronco encefálico. Seus axônios atravessam o joelho da cápsula interna, o pedúnculo cerebral (medial aos neurônios do trato corticospinal) para descender, com as fibras do trato corticospinal, na ponte e no bulbo. 61) Lesões de IX,X,XI e XII pares - IX par: inerva o estilo-faríngeo, relacionado com a deglutição - X par: relacionado com a deglutição, inerva as pregas vocais, lesão de fala. - XI par: inerva o trapezio e esternocleidomastoide, paralisia flácida. - XII par: paralisia flácida na língua 62) Via córticospinal lateral Os movimentos executados pelo córtex são retransmitidos por meio dos tratos corticospinais e dos tratos corticobulbares para os neurônios motores. Os tratos corticospinal lateral e rubrospinal estão envolvidos com os músculos distais dos membros e, particularmente, no caso do trato corticospinal lateral, com movimentos voluntários especializados. Os neurônios do trato corticospinal lateral realizam conexões monossinápticas com os neurônios motores, especialmente aqueles envolvidos com os movimentos especializados. Representa 80% das fibras do trato corticospinal. 63) Via corticoespinal ventral 10%, coordena musculatura axial, decussa apenas na medula. 64) Lesões anteriores e posteriores ao núcleo rubro Lesões anteriores ao núcleo rubro = fica decorticado, predomínio dos flexores pelo núcleo rubro (membros superiores) e dos extensores (membros inferiores) pelos núcleos vestibulares. Rigidez de decorticação. Lesões posteriores ao núcleo rubro = descerebração, lesão no núcleo Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 rubro que faz flexão dos membros superiores. Os nucleos vestibulares irao fazer extensão nos membros superiores e inferiores. Rigidez de descerebração. 65) Sono REM O sono REM é assim nomeado pelos rápidos movimentos com os olhos que são feitos durante esse estágio. Além disso é um estágio que possui perda de tônus muscular e um padrão de baixa amplitude e alta frequência. Outra característica do sono REM é a ocorrência de potenciais fásicos grandes que se originam dos neurônios colinérgicos na protuberância e passam rapidamente para o corpo geniculado lateral e a partir deste para o córtex occipital. Eles são chamados de complexos pontogenículo-occipitais (PGO). O tônus dos músculos esqueléticos no pescoço é acentuadamente reduzido durante o sono REM. O sono REM e o sonho estão intimamente associados. O exame de tomografia por emissão de pósitrons (PET) em humanos durante o sono REM mostra um aumento de atividade na área pontina, na amígdala eno giro do ângulo anterior, mas atividade menor no córtex pré-frontal e parietal. A atividade nas áreas de associação visual aumenta, mas há uma diminuição no córtex visual primário. Isto é consistente com o aumento de emoção e a operação de um sistema neural fechado seccionado das áreas que relacionam a atividade cerebral ao mundo externo. 66) Sono não REM Movimentos oculares lentos e circulares. Encéfalo inativo e músculos ativos. Sonambulismo e ato de falar. O sono NREM apresenta quatro estágios. À medida que uma pessoa começa a adormecer, ela entra no estágio 1, o EEG mostra um padrão de baixa voltagem e frequência mista. O ritmo teta (4 a 7 Hz) pode ser observado nesse estágio inicial do sono de ondas lentas. Ao longo do sono NREM, há alguma atividade da musculatura esquelética, mas não ocorrem movimentos dos olhos. O estágio 2 do sono NREM é marcado pelo aparecimento de ondas sinusoidais chamadas de fusos do sono (12 a 14 Hz) e ondas bifásicas ocasionais de alta voltagem chamadas de complexos K. No estágio 3 do sono NREM, um ritmo delta de alta amplitude (0,5 a 4 Hz) domina as ondas no EEG. A lentidão máxima do traçado com ondas de grande amplitude e baixa frequência é observada no estágio 4 (mais profundo) do sono NREM. 67) Orelha externa, média e interna Orelha externa: A orelha externa canaliza as ondas sonoras para o meato acústico externo. Do meato acústico externo as ondas sonoras passam para a membrana timpânica Orelha média: A orelha média é uma cavidade cheia de ar do osso temporal que se abre por intermédio da tuba auditiva para a nasofaringe, e da nasofaringe, para o exterior. Os três ossículos auditivos, o martelo, a bigorna e o estribo, estão localizados na orelha média. O estribo está ligado com a janela oval nessa região. Dois pequenos músculos esqueléticos, o tensor do tímpano e o estapédio, também estão localizados na orelha média. A contração do primeiro retrai o martelo Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 medialmente e diminui as vibrações da membrana timpânica; a contração do último retrai a placa basal do estribo para fora da janela oval. Orelha interna: é o labirinto. Dividida em uma parte mais externa que possui a perilinfa e uma parte mais interna dentro da anterior que possui a endolinfa. O labirinto possui três componentes: a cóclea, (contendo receptores para a audição), os canais semicirculares (contendo receptores que respondem à rotação da cabeça) e os órgãos otolíticos (que contêm receptores que respondem à gravidade e à inclinação da cabeça). Na cóclea está presente o órgão de Corti, o qual contém os receptores auditivos altamente especializados (células ciliadas). 68) Surdez condutiva Se refere ao impedimento da transmissão do som na orelha externa ou média e compromete todas as frequências sonoras. Entre as causas da surdez de condução estão a obstrução do canal auditivo externo com cera (cerume) ou corpos estranhos, a otite externa (inflamação da orelha externa, "orelha do nadador") e a otite média (inflamação da orelha média), provocando acúmulo de líquido, perfuração do tímpano e osteosclerose, na qual o osso é reabsorvido e substituído por osso esclerótico que cresce sobre a janela oval. 69) Surdez neurosensorial É mais comumente o resultado da perda de células ciliadas da cóclea, mas também pode ser devida a problemas no oitavo nervo craniano ou no interior das vias auditivas centrais. Ela frequentemente compromete a capacidade de ouvir determinadas alturas de sons, enquanto outras não são afetadas. Os antibióticos aminoglicosídeos, como a estreptomicina e a gentamicina, obstruem os canais mecanossensitivos nos estereocílios das células ciliadas (especialmente das células ciliadas externas) e podem levar à degeneração celular, produzindo a perda de audição neurossensorial de função vestibular anormal. Danos nas células ciliadas por ruído, tumores no VIII par, ou perda natural das células ciliares ou degradação no VIII par. 70) Órgão de corti O órgão de Corti, na membrana basilar, se estende do ápice à base da cóclea e, portanto, tem uma forma em espiral. Esta estrutura contém os receptores auditivos altamente especializados (células ciliadas) cujos processos perfuram a dura lâmina reticular semelhante a uma membrana que é sustentada pelas células pilares ou bastonetes de Corti. Vários processos finos chamados de ligamentos apicais ligam a ponta de cada estereocílio com o lado de seu vizinho mais elevado, e na junção se encontram canais de cátions sensíveis mecanicamente no processo mais alto. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Quando os estereocílios menores são puxados em direção aos maiores, o tempo de abertura desses canais aumenta. O K+ - o cátion mais abundante na endolinfa - e o Ca2+, entram através do canal e produzem a despolarização. 71) Teste de Weber Método: coloca-se o diapasão para vibrar na testa do paciente. Normal: irá ouvir igualmente dos dois lados. Surdez de condução: o ouvinte irá ouvir melhor no ouvido lesado devido a ausência do fenômeno de mascaramento do ruído ambiental. Surdez neurossensorial: o ouvinte terá a audição pior do lado lesado. 72) Teste de Rinne Método: base de um diapasão em vibração colocada no processo mastoide até que o indivíduo não o ouça mais, sendo então segurado no ar próximo da orelha. Normal: escuta vibração no ar depois que a condução óssea terminou. Surdez de condução: vibrações no ar não são ouvidas após o fim da condução óssea. Surdez sensorineural: vibração escutada no ar depois que a condução óssea se encerrou, desde que a surdez do nervo seja parcial. 73) Teste de Schwabach A condução óssea do paciente é comparada com aquela de um indivíduo normal. Caso o paciente possua surdez de condução, a condução óssea melhor que a normal (defeito de condução exclui o ruído de mascaramento). Caso a surdez seja neurossensorial a condução óssea é pior que a normal. 74) SNA – Pupilas e glândulas salivares Simpático: Midríase: ocorre a dilatação da pupila para que a visão fique melhor no caso de luta ou fuga. A informação sai da medula, vai para o gânglio cervical superior e libera noradrenalina pelos receptores alfa 1, suas fibras radiais. Drogas que fazem a midríase (para exames oftálmicos por exemplo) são agonistas de receptores alfa da adrenalina e bloqueadores de acetilcolina e por isso geram a dilatação. Além disso, ao cérebro é agradável a midríase, por isso a pupila dilata quando amamos alguém e parece ser atraente quando dilatada. Glândulas salivares: a luta ou fuga estimula pouco volume de saliva, caso seja ativado esse sitema vai desativar o parassimpático, e no cálculo final apesar da produção pelo parassimpático a não produção pelo simpático sendo muito maior acaba diminuindo a salivação total. Parassimático: Mióse: diminui a pupila Glândulas salivares: estimula muito o volume de saliva. Por isso quando ativado mesmo com a inativação de simpático ocorre muito aumento do parassimpático, aumentando a quantidade de saliva total. Pode dobrar, Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 principalmente durante o sono, além de que com a boca aberta não conseguimos deglutir. 75) SNA-Coração e Vasos Simpático Miocárdio: é mais ativado, produz mais adrenalina, ativa mais o bombeamento para que possa ocorrer a maior produção de ATP. O coração tecnicamente é uma víscera, e os vasos que irrigam vísceras são com receptores alfa, fazendo vasoconstrição. Liberamos mais adrenalina, consome mais ATP, por isso não faria sentido ter vasoconstrição. Nesse sentido, o principal vasodilatador das coronárias é a adenosina, que garante que ocorra a vasodilatação nesse caso Parassimpático Miocárdio: A maior ocorrência de infarto ocorre em manhasfrias, pois ocorre uma vasoconstrição devido ao frio e caso já exista alguma obstrução pode precipitar um infarto agudo do miocárdio. 76) SNA-Pulmões e TGI Simpático Pulmões: Broncodilatação, redução da secreção das glândulas brônquicas. Trato gastrintestinal: Inibe o peristaltismo, contrai os vasos sanguíneos e redireciona o sangue para os músculos esqueléticos, contrai os esfíncteres anais. Parassimpático Pulmões: broncoconstrição, aumenta a secreção das glândulas. Trato gastrintestinal: estimula o peristaltismo e a digestão, relaxa os esfíncteres anais. 77) SNA-Sistema Reprodutor Simpático: Ejaculação Parassimpático: Ereção ou aumento de fluxo sanguíneo no clitóris 78) SNA-Farmacologia Básica colinérgica A acetilcolina é liberada nas terminações nervosas de todos os neurônios pré-ganglionares, neurônios pós-ganglionares parassimpáticos e em alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos (glândulas sudoríparas, fibras vasodilatadoras simpáticas). Os neurônios pós-ganglionares simpáticos restantes liberam noradrenalina. Alguns fármacos atuam no mecanismo de liberação da acetilcolina, nos receptores nas terminações nervosas colinérgicas modulando a liberação do neurotransmissor. Agonista de acetilcolina na pupila: miose. Antagonista de acetilcolina na pupila: midríase. Agonista de Ach nas glândulas salivares: aumento da secreção. Antagonista de Ach nas glândulas salivares: diminuição da secreção. Basicamente acetilcolina atua no parassimpático... Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 79- SNA-Farmacologia Básica Noradrenérgica e Adrenérgica Os neurônios pós-ganglionares simpáticos são noradrenérgicos. A medula suprarrenal é essencialmente um gânglio simpático no qual as células pós- ganglionares perderam seus axônios e secretam noradrenalina e adrenalina diretamente na corrente sanguínea. A noradrenalina, a adrenalina e a dopamina são encontradas no plasma. A adrenalina e uma parte da dopamina são provenientes da medula suprarrenal, mas a maior parte da noradrenalina se propaga para a corrente sanguínea a partir das terminações nervosas simpáticas. Fármacos noradrenérgicos e adrenérgicos atuam nas próprias terminações nervosas e possuem a ação de modular a liberação do transmissor. 80) Ritmos circadianos Ritmo alfa: Em adultos humanos que estão acordados, porém em repouso, com a mente divagando e os olhos fechados, o componente mais notável do EEG é um padrão bastante regular de ondas em uma frequência baixa e uma amplitude alta. Este padrão é o ritmo alfa. Ele está́ associado a uma diminuição dos níveis de atenção. Ritmo beta: Quando a atenção está focada em algo, o ritmo alfa é substituído por uma atividade irregular de baixa voltagem, o ritmo beta. Outro termo para esse fenômeno é resposta de alerta, porque está correlacionada ao estado desperto, alerta. Ritmo gama: As oscilações gama de 30 a 80 Hz são muitas vezes observadas quando um indivíduo está acordado e tem a atenção focada em algum acontecimento. Essas são frequentemente substituídas por uma frequência irregular rápida à medida que o indivíduo inicia a atividade motora em resposta a um estímulo. Ritmo sono-vigília: uma liberação aumentada de GABA e uma liberação reduzida de histamina aumentam a probabilidade de sono NREM por meio da desativação do tálamo e córtex. A vigília ocorre quando a liberação de GABA é reduzida e a liberação de histamina é aumentada. Ciclo de secreção de melatonina na pineal: A síntese e secreção de melatonina estão aumentadas durante o período escuro do dia e são mantidas em um nível baixo durante as horas de luz do dia. Cortisol = hormônio do estresse, liberado mais durante o dia. Inibe o sistema imune. 81) Fome O hipotálamo controla o peso corpóreo. Por um tempo da vida ele mantém o peso e depois de um tempo ele irá contribuir para que ocorra o aumento de peso. Hipotálamo lateral é o centro da fome, a destruição causa perda de apetite. Hipotálamo dorsomedial é o centro da saciedade, a destruição gera a apetite voraz. Inibição do hipotálamo dorsomedial: uso de drogas como cocaína e anfetamina (metabolismo basal aumenta muito). Ao parar o uso das drogas o hipotálamo irá regular muito mais alto o novo peso corpóreo normal. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 82) Controle da temperatura corporal - Medida de temperatura mais precisa: retal - Temperatura média: 36,7 - AVC: reduz temperatura corporal para que ocorra menos morte neuronal, baixando o metabolismo para ter hipotermia. - Produção de calor no organismo: a principal fonte de calor no humano é a contração muscular, por isso trememos em casos de frio. O principal músculo que participa disso é o miocárdio, cerca de 80% da força dele, gerando calor principalmente para a região do tórax. Outras maneiras de produzir calor são ingestão de alimentos, processos metabólicos básicos. Processos que ajudam na perda de calor são - Os complexos NAV (nervo, artéria e veia) no corpo são estratégias para manter a temperatura, já que o sangue arterial é mais aquecido do que o sangue venoso. Ocorre troca de calor entre eles, passando da artéria para a veia. - Ritmo circadiano ao longo do dia: a temperatura mais baixa do corpo é entre 5 e 6 da manhã (mais tempo sem incidência solar). A maior temperatura corporal ocorre entre meio dia e 14h. - Hipertireoidismo: maior temperatura corporal, pelo aumento da FC, mais receptor beta no miocárdio, pois fica mais sensível a adrenalina. - Hipotireoidismo: menor temperatura corporal, pela diminuição de FC, menos receptor beta no miocárdio, pois fica menos sensível para adrenalina. - Situações estressantes aumentam a temperatura corporal, por gerar mais contração muscular. - Ciclo circadiano: variação da temperatura devido a variação hormonal do ciclo - Respostas do organismo ao passar frio: porção posterior do hipotálamo - Mais tremor para aumentar contração muscular - Fome: mais ingestão aumenta a temperatura para quebra e produção de energia. - Aumento da atividade voluntária, para aumentar a temperatura corpórea. - Vasoconstrição (para não perder calor para o meio, gera palidez) e aumento da FC. - Posição encolhida (menos superfície de troca, menos perda de calor) - Piloereção: forma camada de a84)r que é isolante térmico. - Respostas do organismo ao calor: porção anterior do hipotálamo - Anorexia: já que o corpo já está quente, inicialmente se regula a temperatura e ao abaixar a pessoa sente fome depois de muita atividade (produção de calor). - Apatia e inércia, para não aumentar ainda mais a temperatura. - Vasodilatação cutânea (para perder calor para o meio, pele avermelhada) e diminuição FC. - Sudorese - Aumento da respiração Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 - Febre: hipotálamo regula uma nova temperatura mais alta como base. A febre ocorre como ação bactericida e tumoricida, pois com o aumento da temperatura pequena muitas bactérias que morrem, assim como pequenos tumores. 83) Oxitocina - Contrações uterinas, começam pela liberação de oxitocina pelo bebê. - A liberação de oxitocina durante o parto e o encaixe do bebê para o nascimento tem um feedback positivo de aumentar cada vez mais a liberação. Depois do nascimento do bebê ocorre mais liberação de oxitocina para a mãe liberar a placenta. - Serve para a ejeção do leite na amamentação, gera um pico de oxitocina na mãe e no bebê. - O aumento do estresse dificulta a liberação de oxitocina e prolactina. - Amor materno: mãe aumenta o pico de oxitocina. - Amor romântico: testes feitos com arganazes do campo e da montanha demonstram que o aumento da oxitocina exarceba a neofobia (conhecer novos parceiros), enquanto que o bloqueio do lançamento de oxitocina aumenta a promiscuidade. Além disso foi constatadoque a oxitocina possui mais eficiência em fêmeas, devido a relação que se estabelece de que a testosterona tenha algum antagonismo com a oxitocina. Em indivíduos que estão apaixonados é possível perceber uma maior ação de giro do cíngulo, hipocampo, núcleo accumbens e hipotálamo. Enquanto que existe uma maior inibição de amígdala, córtex frontal e pré-frontal. 84) Memória não declarativa, memória de trabalho Como observado anteriormente, a memória de trabalho mantém a informação que chega disponível por um curto período de tempo enquanto decide o que fazer com ela. É esta forma de memória que nos permite, por exemplo, procurar um número de telefone e depois relembrar aquele número enquanto pegamos o telefone e o digitamos. Ela consiste no que tem sido chamado de executivo central, localizado no córtex pré-frontal, e em dois “sistemas de ensaio”: um sistema verbal para reter memórias verbais e um sistema paralelo visuoespacial para reter os aspectos visuais e espaciais dos objetos. O executivo conduz a informação para esses sistemas de ensaio. 85) Memória semântica, memória episódica A memória explícita é um dos tipos de memória e é a do conhecimento factual sobre as pessoas, os lugares e os objetos. Ela é dividida em memória semântica para fatos (p. ex., palavras, regras e linguagem) e memória episódica para eventos. Memórias explícitas que são inicialmente exigidas para atividades como andar de bicicleta podem se tornar implícitas, uma vez que a tarefa seja completamente aprendida. Os dois tipos de memória explícita estão relacionados com o lobo temporal medial do hipocampo. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 86) Amígdala A amígdala está intimamente associada ao hipocampo e está́ envolvida emocionalmente com a codificação e recordação de memórias carregadas de emoção. Durante a recuperação de memórias assustadoras, os ritmos teta da amígdala e do hipocampo se tornam sincronizados. Em humanos normais, eventos associados a emoções fortes são recordados com mais facilidade do que eventos sem alteração emocional, mas em pacientes com lesões bilaterais da amígdala, esta diferença está ausente. A síndrome de Kluver-Bucy é um distúrbio de comportamento resultante de um funcionamento inadequado de ambos os lobos temporais (núcleos centrais) ou quando eles são removidos cirurgicamente. Esta síndrome caracteriza-se por causar um quadro de hipersexualidade e hiperoralidade, além de redução de agressividade. Após a remoção ou mau funcionamento dos corpos amigdaloides, os pacientes apresentam alteração comportamental, ficando impossibilitados de avaliar situações de perigo, bem como não demonstram medo diante de situações adversas. 87) Paciente HM HM era um paciente que sofria de crises bilaterais dos lobos temporais que se iniciaram após um acidente de bicicleta quando criança. Seu caso foi muito estudado e levou a uma maior compreensão da relação entre o lobo temporal e a memória declarativa. HM foi submetido a uma remoção cirúrgica bilateral da amígdala, de grandes porções da formação para-hipocampal e de porções da área de associação do córtex temporal. As crises de HM foram mais bem controladas após a cirurgia, mas a remoção dos lobos temporais levou a déficits de memória. Ele manteve a memória de longa duração para eventos que ocorreram antes da cirurgia, mas passou a sofrer de amnésia anterógrada. Sua memória de curta duração estava intacta, mas ele não podia comprometer novos eventos com a memória de longa duração. Ele tinha uma memória processual normal e podia aprender novos problemas e tarefas motoras. Seu caso foi o primeiro a chamar a atenção para o papel crítico dos lobos temporais na formação de memórias declarativas de longa duração e implicar essa região na conversão das memórias de curta para longa duração. Trabalhos posteriores demonstraram que o hipocampo é a estrutura principal no interior do lobo temporal envolvida nessa conversão. Como HM reteve as memórias anteriores à cirurgia, seu caso também mostrou que o hipocampo não está envolvido no armazenamento da memória declarativa. 88) Amnésia retrógrada e anterógrada Retrógrada: amnésia para os eventos antes do evento que causou a amnésia. Anterógrada: amnésia para os eventos após o evento que causou a amnésia. 89) Alzheimer A doença de Alzheirner é o distúrbio neurovegetativo relacionado à idade mais comum. O declínio da memória inicialmente se manifesta como uma perda Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 de memória episódica, que impede a lembrança de acontecimentos recentes. A perda da memória de curta duração é seguida por uma perda geral das funções cognitivas e de outras funções encefálicas, além de agitação, depressão, necessidade de cuidado constante e, eventualmente, morte. Tanto fatores genéticos quanto ambientais contribuem para a etiologia da doença. A maior parte dos casos é esporádica, porém uma forma familiar de doença é observada em uma forma precoce da doença. Um achado interessante, que pode muito bem ter amplas implicações fisiológicas, é a observação agora confirmada por rigoroso estudo prospectivo - de que atividades frequentes que exigem esforço mental, tais como fazer palavras cruzadas difíceis e jogar jogos de tabuleiro, retardam o início da demência cognitiva devido à doença de Alzheimer e a doença vascular. A explicação para esse fenômeno "use-o ou perca-o" é ainda desconhecida, mas certamente sugere que o hipocampo e suas conexões têm plasticidade como outras partes do cérebro e como os músculos esquelético e cardíaco. 90) Phineas Cage Foi um operário americano que, num acidente com explosivos, teve seu cérebro perfurado por uma barra de metal. O caso de Phineas Gage atualmente é considerado uma das primeiras evidências científicas que apontavam que lesões nos lóbulos frontais eram capazes de alterar as emoções, interações sociais e até mesmo a personalidade de um indivíduo. Após o acidente, os lobos frontais, passaram a ser associados às funções mentais e emocionais que ficaram alteradas. Gage parecia ter perdido parte do tato social, e se tornou agressivo, explosivo e até mesmo profano. Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27 Guilherme Barbosa e Maria Eduarda Perobelli – ATM 27
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