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Demências 1 Demências É um declínio cognitivo e/ou comportamental crônico e progressivo que causa restrições nas atividades de vida diária e que não pode ser explicado por alterações da consciência, da mobilidade e do sensório. Definição da OMS: Síndrome - usualmente de natureza crônica ou progressiva - na qual a deterioração da função cognitiva está além do esperado para a idade, afetando memória, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, aprendizagem, linguagem e julgamento. O comprometimento cognitivo pode ser acompanhado, e ocasionalmente precedido, de deterioração do controle emocional, do comportamento social ou da motivação. O diagnóstico é clínico, mas testes laboratoriais e de imagem são geralmente utilizados para identificar as causas tratáveis. O tratamento é de suporte. O DSM-V abrange as síndromes demenciais na classificação de transtornos neurocognitivos. Eles abrangem: delirium, o TNC maior (corresponde à demência), o TNC leve (corresponde ao comprometimento cognitivo leve) e seus subtipos etiológicos Pode ocorrer em qualquer idade, mas afeta principalmente os idosos. É responsável por mais da metade das internações em casas de saúde. Podem ser classificadas em: Primárias ou degenerativas Tipo Alzheimer ou não Alzheimer Senil ou pré-senil Cortical ou subcortical Irreversível ou potencialmente reversível Comum ou rara DEMÊNCIA X DELIRIUM Demência: afeta principalmente a memória, costuma ser causada por alterações anatômicas no encéfalo, tem início mais lento, e geralmente é irreversível. Delirium: afeta principalmente a atenção, costuma ser causado por enfermidade aguda ou toxicidade por fármacos (às vezes com risco de morte) e, geralmente, é reversível. ENVELHECIMENTO COGNITIVO FISIOLÓGICO Algumas funções cognitivas começam a declinar sutilmente a partir da terceira década de vida, mas esse declínio é variável. Em geral, as mudanças normais do envelhecimento não são progressivas, diferentemente dos quadros demenciais. O adulto normal se esquece, se lembra de que esqueceu e mais tarde lembra o que esqueceu. O portador de demência esquece, esquece que esqueceu e não está preocupado com isso segundos depois. A medida que o comprometimento cognitivo avança e o indivíduo apresenta maior prejuízo em sua funcionalidade, pode-se diagnosticar uma síndrome demencial. Demências 2 ETIOLOGIA Podem resultar de distúrbios primários do cérebro ou de outra condição. Os tipos mais comuns são: Doença de Alzheimer Demência vascular Demência com corpos de Lewy Demência frontotemporal Demência associada ao HIV Mecanismos priônicos, num geral A síndrome também pode ocorrer em pacientes com doença de Parkinson, doença de Huntington, paralisia supranuclear progressiva, doença de Creutzfeldt-Jakob, síndrome de Gerstmann-Straussler- Scheinker, neurossífilis, TCE ou certor tumores cerebrais localizados em áreas envolvidas na cognição. OBS: O paciente pode ter > 1 tipo (demência mista). Existem outros distúrbios que podem levar à demência: Distúrbios estruturais do cérebro, metabólicos e toxinas Causam uma deterioração lenta da cognição, mas muitas vezes pode ser solucionada com tratamento. Depressão Pode simular a demência ou coexistir com ela. Inclusive, pode ser a primeira manifestação da doença. Fármacos Em especial os benzodiazepínicos e anticolinérgicos podem causar ou agravar temporariamente os sintomas da demência, assim como o álcool, mesmo em quantidades moderadas. SINAIS E SINTOMAS A demência afeta a cognição de forma global. Curso da doença O início é gradual, embora os membros da família possam perceber os déficits subitamente (ex: quando ocorre comprometimento de função). Em geral, a demência é progressiva, mas o grau de progressão varia bastante e depende da causa. Ela abrevia a expectativa de vida, mas a estimativa de vida varia. Os sintomas podem ser divididos em: Precoces (leve) Memória recente afetada: dificuldade de aprendizado e em reter novas informações. Problemas de linguagem: paciente tem dificuldade em encontrar palavras Alteração rápida de humor Mudança de personalidade Demências 3 Dificuldade progressiva em atividades independentes da vida cotidiana: geralmente respondem com irritabilidade, hostilidade, agitação. Pensamento abstrato, percepção e julgamento afetados. Limitação da capacidade funcional por: agnosia, apraxia, afasia. Intermediários (moderada) Incapacidade de aprender/evocar novas informações. Redução de memória para eventos remotos Auxílio em atividades básicas da vida cotidiana Alterações da personalidade podem evoluir: irritação, ansiedade, egoístas, inflexíveis, furiosos OU passividade, com afeto monótono, depressão, indecisão, ausência de espontaneidade, afastamento de situações sociais. Distúrbios comportamentais Perda da orientação têmporo-espacial: não podem utilizar as pistas ambientais e sociais de modo eficaz. Podem se perder, ter dificuldade de encontrar seu próprio quarto ou banheiro. Risco de quedas ou acidentes secundários à confusão. Sensação ou percepção alterada: pode culminar em psicose com alucinações e delírios paranoides e persecutórios. Padrões de sono desorganizados Tardios (grave) Não realizam atividades da vida cotidiana: não andam, alimentam-se, etc. Memória recente e remota perdidas Dificuldade/Incapacidade de deglutição Risco de desnutrição, pneumonia e úlceras de pressão. Mutismo Demência terminal resulta em coma e morte: geralmente por infecção. DIAGNÓSTICO Deve-se: diferenciar delirium de demência; identificar causas tratáveis clinicamente e por exames de laboratório e de imagem; realizar exames neuropsicológicos formais. Critérios clínicos As diretrizes diagnósticas da National Institute on Aging Association para Alzheimer especificam que um diagnóstico geral da demência exige todos os seguintes: Sintomas cognitivos ou comportamentais interferem na capacidade de funcionar no trabaho ou fazer atividades diárias habituais. Sintomas representam uma queda em relaao aos níveis anteriores de funcionamento. Sintomas não explicados por delirium ou transtorno psiquiátrico. OBS: O comprometimento cognitivo ou comportamental deve ser diagnosticado com base em uma combinação de história do paciente e de alguém que conhece o paciente, além de uma Demências 4 avaliação da função cognitiva. O comprometimento deve envolver > ou = 2 dos seguintes domínios. Capacidade prejudicada de adquirir e lembrar de novas informações (perguntas repetitivas) Raciocínio e manuseio prejudicados de tarefas complexas e julgamento ruim. Disfunção de linguagem Disfunção visuoespacial Alterações na personalidade, comportamento ou conduta Avaliação da função cognitiva O miniexame do estado mental é frequentemente usado como teste de triagem. O melhor teste de triagem para memória é um teste de curto prazo, de modo que os pacientes com demência não passam nesse teste. Outro teste avalia a capacidade de identificar múltiplos objetos em uma categoria (animais, plantas, mobília). Os pacientes com demência esforçam-se muito para nomear poucos objetos. Testes neuropsicológicos devem ser feitos quando a história e teste do estado mental não são conclusivos. Eles avaliam o humor e vários domínios cognitivos. Demoram entre 1h-3h, e são realizados ou supervisionados por um neuropsicólogo. Domínios analisados → Atenção complexa → Função executiva → Aprendizagem e memória → Linguagem → Função perceptomotora → Cognição social OBS - Montreal Cognitive Assessment: teste de rastreio cognitivo para detectar comprometimento cognitivo leve em pessoas com desempenho normal no MEEM. OBS - Teste do Desenho do Relógio: rastreio cognitivo. Avaliação da funcionalidade A funcionalidade está diretamente relacionada com a função cognitiva, em especial a memória e as funções executivas. Os instrumentos que avaliam a funcionalidade podem ser avaliações subjetivas (relatos do próprio paciente ou de terceiros) e objetivas (observa-se diretamente o desempenhodo indivíduo) Atividades básicas da vida diária → Índice de independência da vida diária (KATZ): avalia seis áreas do funcionamento, como banhar-se, vestir-se, ir ao banheiro, transferência da cama/cadeira, continência dos esfincteres e alimentação. Se houver dependência em duas áreas, considera-se dependência moderada. Se houver em quatro ou mais, o indivíduo é considerado muito dependente → Escala de Bayer de Atividades de Vida Diária Atividades instrumentais da vida diária Demências 5 → Índice de Pfeffer → Escala DAFS-R: avalia seis domínios por meio de diversas tarefas, como orientação temporal, comunicação, habilidade para lidar com dinheiro, habilidade para fazer compras, vestir- se/realizar higiene pessoal e alimentar-se. Exames laboratoriais e genéticos Para todos os pacientes devem ser solicitados: hemograma, creatinina, ionograma, TSH, albumina, enzimas hepátivas, vitamina B12, ácido fólico, cálcio. Glicemia e perfil lipídico também podem ser incluídos Se sugerirem uma doença específica, pode-se realizar testes para HIV (principalmente em pessoas com < 60 anos), sorologia para sífilis, punção lombar, doença priônica, doença autoimune. Biomarcadores para o Alzheimer podem ser úteis em ambientes de pesquisa, mas não na clínica. Pesquisa de mutações de PPA, PS1 e PS2 é recomendada em caso de doença de Alzheimer com história familiar compatível com herança autossômica dominante. Neuroimagem Realizar TC ou RNM na avaliação inicial da demência, ou após qualquer alteração inexplicável na cognição, ou no estado mental. OBS - Diagnóstico diferencial: ao caracterizar melhor a atrofia de regiões específicas, a RNM oferece vantagens na formulação de um diagnóstico diferencial. Podem identificar doenças estruturais potencialmente reversíveis (hematomas, hidrocefalias, neoplasias), distúrbios metabólicos e distúrbios irreversíveis. EEG Tem papel limitado na avaliação específica das demências, podendo auxiliar o diagnóstico de doença de Creutzfeldt Jakob, do delirium e de outras encefalopatias metabólicas. Nas síndromes demenciais, os achados são inespecíficos e geralmente relacionados com a lentificação difusa do traçado. Diagnóstico diferencial → Comprometimento da memória associado à idade: Alterações na cognição que ocorrem com o envelhecimento. Os idosos têm uma deficiência relativa de recordar em comparação aos jovens. Essas alterações não afetam o funcionamento diário e, portanto, não indicam demência. As primeiras manifestações são semelhantes às da demência. Quando essas pessoas têm bastante tempo para aprender novas informações, seu desempenho é bom. → Comprometimento cognitivo leve: Causa maior perda de memória do que o comprometimento de memória associado à idade (declínio além do esperado pra idade, escolaridade e nível socioeconômico). Contudo, não preenche critérios suficientes para demência e não há comprometimento significativo da funcionalidade. Prevalência aumenta com a idade, e homens parecem ter maior risco. Outros fatores de risco são: baixa escolaridade, fatores de risco cardiovascular, presença de genótipo e4 da apolipoproteína E, deficiência de vitamina D, desordens respiratórias do sono, etc. Demências 6 Pode permanecer estável, regredir ou progredir para demência. → Declínio cognitivo subjetivo: declínio persistente autoexperimentado da capacidade cognitiva, apesar de desempenhos normais em testes cognitivos padronixados usados para classificar o comprometimento cognitivo leve. TRATAMENTO Foca em: Medidas para garantir a segurança Prevenir acidentes, tratar transtornos do comportamento, planejar alterações à medida que a demência progride. Fornecimento de estímulos adequados, atividades e tarefas Reforço frequente da orientação (relógios e calendários grandes), um ambiente familiar animado e alegre, estímulos novos mínimos, atividades regulares pouco estressantes, exercícios, terapia ocupacional e musicoterapia, terapia em grupo Eliminação de fármacos com efeitos sedativos ou anticolinérgicos São fármacos que tendem a agravar a demência. Assistência aos cuidadores Tratamento farmacológico As intervenções farmacológicas têm mais evidências científicas e melhores resultados, num geral, no Alzheimer. São dividos em dois grupos: → Drogas antidemência: Esses fármacos inibem a acetilcolinesterase, aumentando o nível de acetilcolina cerebral. Seu uso se baseia no conhecimento de que no Alzheimer existe, em estágios iniciais, acometimento de corpos celulares de neurônios colinérgicos do prosencéfalo basal. A disfunção da neurotransmissão colinérgica no hipocampo e no córtex seria responsável pela disfunção cognitiva. Os inibidores da colinesterase são: Donepezila: 5-10mg/dia VO (em geral à noite). É um inibidor seletivo da acetilcolinesterase, com ação periférica e central. Rivastigmina: dose inicial 1,5mg VO 2x/dia; dose de manutenção 6m-12mg/dia VO, dividido em 2 tomadas. Inibe a acetilcolinesterase e a butirilcolinesterase. Tem ação periférica e central Galantamina: 8mg/dia VO como dose inicial e 16-24mg/dia VO como dose de manutenção (formulação de liberação prolongada). Inibe a acetilcolinesterase e modula os receptores nicotínicos. Têm efeitos modestos na reversão do declínio cognitivo, e na maioria das vezes apenas estabilizam os sintomas da DA. Também temos: Memantina (antagonista NMDA): dose inicial de 5mg/dia e 20mg/dia para manutenção, dividido em 2 tomadas diárias. Tem eliminação renal, pouca interação medicamentosa e boa Demências 7 tolerabilidade. Pode ajudar a diminuir a perda de memória da demência moderada a grave, e pode ser sinérgico quando utilizado com um inibidor de colinesterase. A memantina é um antagonista não competitivo dos receptores de glutamato NMDA. OBS: Até o momento nenhuma medicação se mostrou eficaz para tratar o comprometimento cognitivo leve. Questiona-se se ocorre pela ausência de efeito das medicações testadas ou da heterogeneidade dos pacientes tratados. → Sintomáticos (sintomas comportamentais): O tratamento farmacológico deve ser iniciado apenas quando os sintomas comportamentais não respondem às intervenções não farmacológicas e não estão relacionados com uma condição médica subjacente ou com o efeito de medicações. Pode ser realizado com anticolinesterásicos, antidepressivos, antipsicóticos (preferidos os atípicos) - menores efeitos colaterais extrapiramiadais), estabilizadores do humor e anticonvulsivantes. OBS - Pacientes com sinais de depressão: tratar preferencialmente com antidepressivos não anticolinérgicos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS). Ex: sertrlina, escitalopram, citalopram e trazodona. Arranjos para o tratamento no final da vida ALGUNS TIPOS DE DEMÊNCIA Alzheimer Demência frontotemporal Caracterizada por sintomas comportamentais e alterações de linguagem associadas à atrofia cerebral em regiões frontais e temporais anteriores. Ocorre em indivíduos mais jovens que na DA. Ocorre na faixa dos 45-65 anos, sendo a segunda causa de demência pré-senil. Fatores genéticos envolvem mutações no gene da proteína tau (MAPT). É constituída por três entidades: Variante comportamental (DTF) Apresenta: Déficits frontais: disfunção executiva com falta de planejamento e organização, distraibilidade e perseveração motora, além de dificuldade em testes de fluência verbal. Graus variados de apatia, desinibição, perda do interesse na socialização, no autocuidado e nas responsabilidades pessoais Comportamento social inadequado “Insight” geralmente prejudicado Retardo na procura por assistência Movimentos repetitivos, acumulação, mudanças no comportamento alimentar e hiperoralidade. https://www.notion.so/Alzheimer-9b827cd521c8493bb445c6a58be2a394 Demências 8 Expressividade emocional diminuída, afeto inapropriado, baixa tolerância à frustração e irritabilidade, labilidade emocional, pobreza de julgamento, inflexibilidade. Alterações neurológicas sutis nas fases iniciais, comoalguns reflexos primitivos . Nas fases tardias, há comprometimento neurológico mais acentuado, inclusive com disfunção de esfincteres. Sintomas psicóticos Demência semântica Afasia progressiva primária Afasia progressiva primária com surgimento gradual Diagnóstico: história clínica, testes neuropsicológicos, escalas comportamentais e neuroimagem apresentam boa acurácia. O DSM-5 estabelece que deve haver: Surgimento insidioso e progressão gradual Com declínio proeminente na cognição social e/ou nas capacidades executivas e três ou mais dos seguintes sintomas para a variante comportamental: Desinibição comportamental Apatia ou inércia Perda de empatia Comportamento perseverante, estereotipado ou compulsivo/ritualístico Hiperoralidade e mudanças na dieta. Demência vascular Compreendida no conceito de comprometimento cognitivo vascular, que abrange desde indivíduos com déficits mínimos até a demência. É a segunda causa de demência no mundo Principais fatores de risco são os mesmos da DCV, além de etnia negra e baixa escolaridade. Diagnóstico Além da caracterização de síndrome demencial, deve-se determinar que a doença cerebrovascular é a patologia dominante, que responde pelo déficit cognitivo. Acomete principalmente: atenção complexa, velocidade de processamento e função frontal. Demência com corpos de Lewy e outras com parkinsonismo A demência com corpos de Lewy constitui uma das formas de parkinsonismo associadas à demência e a sintomas psiquiátricos. Pode acontecer em pacientes dos 50-80 anos, com sobrevida de 5-7 anos. Corpos de Lewy São inclusões neuronais compostas de neurofilamentos proteicos anormalmente fosforilados, agregados com ubiquitina e alfa-sinucleína. Nessa doença estão presentes no tronco cerebral, em estruturas límbicas, neocorticais e no bulbo olfatório (pode causar anosmia nas fases prodrômicas) Clínica Demências 9 Apresentação insidiosa, e as características centrais consistem na tríade: Flutuações acentuadas da cognição, em especial da atenção (mais marcante). Alucinações visuais recorrentes, Parkinsonismo espontâneo (bradicinesia, rigidez, tremor em repouso e instabilidade postural) Também apresenta: Letargia diurna Olhar “para nada” Fala desorganizada Alucinações visuais Sensibilidade aumentada a neurolépticos, podendo manifestar sintomas extrapiramidais (mesmo com antipsicóticos atípicos) Outras Paralisia supranuclear progressiva Tauopatia com instabilidade postural e quedas para trás, paralisia do olhar vertical, acinesia com rigidez mais axial que apendicular. Degeneração corticobasal Tauopatia com início dos sintomas entre 50-70 anos, e critério mandatório é ausência de resposta à L-DOPA Atrofia de múltiplos sistemas Sinucleopatia Demências rapidamente progressivas Grupo de condições que evoluem de modo subagudo em período inferior a 1 ano ou em meses, semanas ou até mesmo dias, podendo ser rapidamente fatais. Com certa frequência são passíveis de tratamento e reversão, tornando-se de extrema importância a avaliação e o diagnóstico rápidos, uma vez que a demora pode levar a sequelas irreversíveis. Classificam-se em: Neurodegenerativas Imunomediadas Vasculares Infecciosas Metabólicas Tóxicas Tumorais Doença por príon (sDCJ - mais conhecida e mais frequente) Demências 10 sDCJ Seus aspectos clínicos compreendem um quadro de demência associado a manifestações comportamentais, extrapiramidais, cerebelares e mioclonias. Ocorre geralmente entre os 50-70 anos. A RNM é o exame complementar mais sensível para o diagnóstico. A análise do LCR demonstra elevação da proteína. A biópsia é esclarecedora, mas não realizada com frequência. Lembrar da possibilidade de coexistência com DA e/ou DCL.