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Ana Elisa A. G. 
GD 1 – Sd. Geriátricas 
 
A saúde do idoso está estritamente 
relacionada com a sua funcionalidade 
global, definida como a capacidade de gerir 
a própria vida ou cuidar de si mesmo. 
 
o Bem-estar biopsicossocial-cultural-
espiritual, e não simplesmente a 
ausência de doenças. 
o Avaliar capacidade de praticar 
atividades de vida diária (AVD). 
 
Autonomia: capacidade individual de 
decisão e comando sobre as suas ações, 
estabelecendo e seguindo as próprias 
regras (cognição e humor). 
 
Independência: capacidade de realizar algo 
com os próprios meios (mobilidade e 
execução). 
 
Cognição: capacidade mental de 
compreender e resolver os problemas do 
cotidiano. E constituída por um conjunto 
de funções corticais, formadas pela 
memória (capacidade de armazenamento 
de informações), função executiva 
(capacidade de planejamento, 
antecipação, sequenciamento e 
monitoramento de tarefas complexas), 
linguagem (capacidade de compreensão e 
expressão da linguagem oral e escrita), 
praxia (capacidade de executar um ato 
motor), gnosia (capacidade de 
reconhecimento de estímulos visuais, 
auditivos e táteis) e função visuoespacial 
(capacidade de localização no espaço e 
percepção das relações dos objetos entre 
si). 
 
Humor: motivação necessária para os 
processos mentais. 
 
Mobilidade: capacidade de deslocamento 
do indivíduo. Depende da postura/marcha, 
da capacidade aeróbica e da continência 
esfincteriana. 
 
Comunicação: capacidade de estabelecer 
relacionamento produtivo com o meio 
(habilidade de se comunicar). Depende da 
visão, audição e fala. 
 
Incontinência urinária: uma das grandes 
síndromes geriátricas família, por sua vez, e 
outro elemento fundamental para o bem-
estar biopsicossocial e sua ausência e 
capaz de desencadear ou perpetuar a 
perda de autonomia e independência do 
idoso (insuficiência familiar). 
 
Síndromes semelhantes, 
independentemente de doenças 
especificas, denominadas gigantes da 
geriatria, síndromes frequentes e que 
atuam diretamente na saúde do idoso, 
totalizando os 7 “Is” da Geriatria. 
 
 
 
 
 
 
Incapacidade cognitiva 
 
Designa o comprometimento das funções 
encefálicas superiores capaz de prejudicar 
a funcionalidade da pessoa. 
 
o As alterações nas funções 
superiores que não apresentam 
prejuízo na funcionalidade do 
paciente não podem ser 
classificadas como incapacidade 
cognitiva. Essas alterações 
Saúde do Idoso 
Ana Elisa A. G. 
constituem o transtorno cognitivo 
leve. 
 
o Avaliar prejuízo na funcionalidade 
do indivíduo ou perda de AVDs. 
 
Detectar as alterações na funcionalidade 
dos idosos pelo desempenho em suas 
atividades básicas ou instrumentais de 
AVD’s por intermédio das escalas de Katz4 
e de Lawton-Brody5, respectivamente. 
 
 
Miniexame do Estado Mental 
(MEEM) 
Principal teste de triagem das funções 
encefálicas superiores. 
Nível de escolaridade: 
o Escore 18: indivíduos analfabetos 
o Escore 26: com escolaridade 
superior a oito anos. 
A história pregressa constitui-se em 
elemento dos mais importantes para a 
distinção entre a demência e as doenças 
psiquiátricas 
 
O critério mais utilizado para o diagnóstico 
da demência encontra-se no Manual 
Estatistico e Diagnostico de Desordens 
Mentais (DSM-IV), definido pela 
Associacao Americana de Psiquiatria, em 
que o diagnóstico de demência é definido 
pelo desenvolvimento de múltiplos déficits 
cognitivos. 
 
 
Estabelecer a etiologia da síndrome 
demencial após o estabelecimento do seu 
diagnóstico sindrômico. 
 
Avaliar causas de demência 
potencialmente reversíveis. 
Exames complementares: hemograma, 
dosagem de TSH, de vitamina b12, de ácido 
fólico e a análise da função renal, que 
podem ser expandidos para a avaliação 
das provas de função hepática, pesquisa 
de antiVIH, VDRL e a realização de algum 
exame de imagem com especificidade para 
o diagnostico aventado. 
 
Avaliação clínica e complementar do 
paciente: capaz de afastar as seguintes 
causas de demência (agrupadas 
mnemonicamente pela palavra TIME): 
 
1. tóxicas: uso de drogas, álcool, metais 
pesados, drogas psicoativas. 
2. infecciosas: neurossífilis, infecção pelo 
VIH. 
3. metabólicas: deficiência de vitamina B12 
e de ácido fólico, hipotireoidismo, 
Ana Elisa A. G. 
hiponatremia, insuficiência renal e 
hepática. 
4. estruturais: hidrocefalia de pressão 
normal, hematoma subdural e tumores. 
 
Demência 
 
Causas potencialmente reversíveis, são 
decorrentes de processos degenerativos 
primários, entre as quais 50-60% associam-
se a Demência de Alzheimer (DA). Demais 
grupos: doença por corpos de Lewy, 
fronto-temporal, vascular e mista. 
 
 
 
 Manifestações Clínicas 
 
o Após os 65 anos de idade. 
o Redução na produtividade funcional 
associada a realização de tarefas 
complexas, assim como 
desorientação espacial, alteração no 
comportamento, perda da memória 
recente e dificuldade para aprender 
novas informações. 
 
 Evolução 
 
Progressiva redução do rendimento 
funcional e da capacidade cognitiva. 
 
Fase moderada: associa-se a insônia, 
confusão mental, agitação, afasia e 
apraxia. 
 
Estágio avançado: distúrbios motores, 
dificuldade para deglutir e incontinência 
urinária. 
 
Fase Terminal: mutismo e/ou intensa 
disfagia. O óbito ocorre, na maioria dos 
casos, por infecções, em geral, após 10-15 
anos do início da doença. 
 
 
 Tratamento 
 
Farmacológico: drogas antidemenciais, 
como: inibidores da acetilcolinesterase 
(donepezil 5-10 mg/dia, rivastigmina 6-
12mg/dia e galantamina 16-24 mg/dia); e 
nos antagonistas dos receptores do 
glutamato (memantina 20 mg/dia). 
 
A alteração neurobiológica mais marcante 
da DA e a disfunção colinérgica, por isto o 
tratamento farmacológico visa a aumentar 
o tônus colinérgico, por intermédio da 
inibição da acetilcolinesterase. 
 
Controle das alterações comportamentais: 
antidepressivos e de antipsicóticos. 
 
Benzodiazepinicos devem ser evitados 
devido a seus efeitos colaterais, 
especialmente sua capacidade de 
provocar quedas em idosos. 
 
Delirium (estado confusional 
agudo) 
 
Síndrome neurocomportamental causada 
por comprometimento transitório da 
atividade cerebral, secundário a uma causa 
orgânica. 
 
Distúrbio de início súbito que envolve a 
consciência, a atenção, a cognição e a 
percepção e que tende a variar (flutuar) ao 
longo do dia. 
 
Pode ser: hiperativo, hipoativo ou misto. 
Hiperativo: aproximadamente 1/3 dos 
casos. 
 
Principais causas: infecções, 
medicamentos, intercorrências clinicas e 
hospitalizações. 
Ana Elisa A. G. 
 
 Tratamento: 
 
Medidas gerais que visam a corrigir os 
distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-
básicos, promover a nutrição adequada, 
retirar a contenção, estimular a mobilidade 
e a mudança de decúbito, proteger a via 
aérea e promover a reorientação o espacial 
e temporal do paciente. 
 
Tratamento especifico: remoção da causa 
básica ou fator precipitante, além do 
controle da sintomatologia. 
 
 
Depressão 
Humor deprimido; diminuição do interesse 
e do prazer na maioria das atividades 
(anedonia); insonia ou hipersonia; ganho 
ou perda de peso acima de 5%; redução da 
capacidade de concentração; agitação ou 
lentificação psicomotora; fadiga; ideia 
inapropriada de menos valia ou de culpa; 
pensamento recorrente de morte ou de 
ideação suicida. 
 
Mais de duas semanas, com perturbação 
ou alteração da capacidade funcional e não 
relacionada ao abuso de alguma 
substancia, condição medica ou luto. 
 
 Diagnostico 
Requer a presença de cinco desses 
sintomas, incluindo, obrigatoriamente, 
humor deprimido ou anedonia. 
 
 
 
 
 Tratamento 
 
Medicamento associado ou não a 
psicoterapia. Antidepressivos. 
Eletroconvulsoterapia (ECT): casos 
urgentes, refratários ou quando o 
tratamento farmacológico não é seguro. 
 
A escolha da droga a ser utilizada baseia-
se, principalmente, na análise das 
comorbidades clinicas e, sobretudo, nos 
seus efeitos colaterais e na 
susceptibilidade dos pacientes.Iatrogenia 
Significa qualquer alteração patogênica 
provocada pela pratica medica. É 
fundamental evitar iatrogenia em idosos 
devido a sua natural vulnerabilidade mais 
acentuada as reações adversas associadas 
as drogas, as intervenções não-
medicamentosas, decorrentes da 
senescência, do risco de polipatogenia e de 
polifarmácia, alem de incapacidades. 
 
1. iatrofarmacogenia: decorrente do uso de 
medicamentos, de polifarmácia, da 
interação medicamentosa e do 
desconhecimento das alterações 
farmacocinéticas e farmacodinâmicas 
associadas ao envelhecimento. 
2. internação hospitalar: que pode 
potencializar os riscos decorrentes do 
declínio funcional, da subnutrição, da 
imobilidade, da úlcera de pressão e da 
infecção hospitalar. 
3.iatrogenia da palavra: associada ao 
desconhecimento de técnicas de 
comunicação de más notícias. 
Ana Elisa A. G. 
4. iatrogenia do silêncio: que decorre da 
dificuldade de ouvir adequadamente o 
paciente e sua família. 
5. subdiagnóstico: pela tendência a atribuir 
todas as queixas apresentadas pelo idoso 
ao fenômeno “da idade”, o que pode 
resultar grave erro. 
6. cascata propedêutica: em que a 
solicitação de exames e feita de forma 
desnecessária, extensiva, sem indicação 
precisa. 
7. distanásia: caracterizada pelo 
prolongamento artificial da vida sem 
perspectiva de reversibilidade, com 
sofrimento para o paciente e sua família. 
8. prescrição de intervenções fúteis e/ou 
sem comprovação científica: que impõem 
ao paciente risco desnecessário. 
8. iatrogenia do excesso de intervenções 
reabilitadoras: o excesso de “equipe 
interdisciplinar” pode trazer 
consequências desfavoráveis ao paciente, 
assim como o faz a polifarmácia. 
GD2: Consenso Brasileiro de 
Medicamentos Potencialmente 
Inapropriados para Idosos 
 
 
A escolha do medicamento apropriado 
para cada doença em particular é um 
processo complexo, pois é essencial que a 
prescrição seja clinicamente efetiva, segura 
e tenha uma relação de custo-benefício 
satisfatória. 
 
o Reações adversas a medicamentos 
(RAM). 
 
Muitas RAM são evitáveis se houver uma 
preocupação com a identificação e a 
prevenção do uso de medicamentos 
potencialmente inapropriados (MPI) e de 
combinações indesejáveis. Esse fato é de 
grande relevância clínica, em especial na 
população idosa, por diversos fatores: 
1. O aumento progressivo do número de 
idosos em todo o mundo. 
2. A elevada prevalência de múltiplas 
doenças crônicas concomitantes. 
3. O uso frequente e simultâneo de vários 
medicamentos. 
4. A interferência das alterações 
fisiológicas do processo de 
envelhecimento na farmacocinética e 
farmacodinâmica, aumentando o risco de 
toxicidade causada pelos medicamentos. 
o Depressão, constipação, quedas, 
imobilidade, confusão mental e 
fraturas de quadril. 
o Aumento do risco de 
hospitalização e mortalidade, 
tornando-se um relevante 
problema de saúde pública para a 
população idosa. 
o As RAM são a forma mais comum 
de iatrogenia nos idosos. 
Deve-se fazer julgamentos clínicos, ou 
explícitos, fundamentados em padrões 
predeterminados. 
As listas de MPI para idosos mais citadas e 
utilizadas são os Critérios de Beers, 
desenvolvidos nos Estados Unidos, e o 
Screening Tool of Older Persons’ Potentially 
Inappropriate Prescriptions (STOPP) 
o 2008: desenvolvida na Europa a 
primeira versão do STOPP. Nesses 
critérios, os medicamentos/classes 
farmacológicas foram agrupados 
por sistemas fisiológicos, incluindo 
casos de interações fármaco-
fármaco, fármaco-doença e de 
prescrição duplicada de 
medicamentos de mesma classe. 
o 2012 e 2015: novas versões dos 
critérios de Beers. Esses incluem 
listas de medicamentos/grupos 
farmacológicos que devem ser 
evitados em todos os idosos, 
aqueles que devem ser evitados 
em idosos com determinada 
condição clínica e os que devem 
ser utilizados com precaução. 
Ana Elisa A. G. 
O propósito desses instrumentos é 
melhorar a qualidade e a segurança da 
prescrição para idosos. 
Adaptar a lista de medicamentos à 
realidade nacional é importante, pois 
muitos medicamentos citados nos critérios 
desenvolvidos em outros países não estão 
disponíveis no Brasil. 
o Diferenças na prática clínica, no 
nível socioeconômico e nas 
regulamentações do sistema de 
saúde, influenciam na conduta das 
prescrições. 
Evitar o uso de MPI para idosos e é uma 
importante estratégia de saúde pública, 
pois, em muitos países, os instrumentos 
para detecção de MPI para idosos foram 
fundamentais para otimizar a postura de 
prescrição apropriada para idosos e reduzir 
os desfechos negativos relacionados à 
farmacoterapia nessa população, como 
RAM preveníveis, hospitalizações, 
incapacidades e morte. 
A classificação de um fármaco como MPI 
não configura uma contraindicação 
absoluta para o uso em idosos devendo 
considerar racionalmente a relação risco-
benefício, da disponibilidade de agentes 
alternativos e de recursos não 
farmacológicos, da escolha da menor dose 
necessária, das potenciais interações 
medicamentosas e do monitoramento dos 
efeitos no paciente. 
 Após a prescrição, o monitoramento 
consciente dos riscos associados ao uso 
desses medicamentos pode evitar que 
efeitos adversos passem desapercebidos 
ou sejam confundidos com sintomas de 
novas doenças ou condições clínicas. 
o Podem levar a novas prescrições e, 
desse modo, às cascatas iatrogêni-
cas. 
Portanto, os critérios de MPI não 
constituem apenas listas de 
medicamentos a serem evitados em 
idosos, mas também ferramentas que 
auxiliam na detecção de eventos adversos 
e na prevenção de desfechos negativos, 
iatrogênicos e indesejados. 
Cada paciente se comporta de forma 
muito singular e diversas variáveis podem 
influenciar nos resultados clínicos (ex: 
tempo de exposição ao medicamento). 
Assim, o julgamento clínico é fundamental 
na individualização da prescrição médica, 
conforme as circunstâncias do paciente e 
os objetivos do tratamento. 
GD 3: Dellirium 
 
 
É uma síndrome neurocomportamental 
causada pelo comprometimento 
transitório da atividade cerebral, de curso 
flutuante com alterações dos níveis de 
consciência. 
 
Redução da capacidade de focalizar, 
sustentar ou desviar a atenção pelo 
comprometimento global das funções 
cognitivas, principalmente memoria, 
percepção e linguagem, com alterações no 
ciclo sono-vigilia. 
 
Complicação mais frequente da 
hospitalização de idosos. 
 
o Delírio x Dellirium: delírio é 
caracterizada por imaginações irreais e 
é uma doença neuropsiquiátrica. 
 
Epidemiologia 
Pós operatória: em até 50% dos casos de 
hospitalização e ente 70 a 80¢ para casos 
de terapia intensiva. 
 
Fisiopatologia 
Origem em disfunções corticais e 
subcorticais, afetando diversos sistemas 
neurotransmissores. 
 
Lentificação difusa no traçado 
electroencefalográfico dos pacientes com 
essa disfunção, sugerindo tratar-se de 
distúrbio generalização das funções 
Ana Elisa A. G. 
corticais, incluindo tálamo, gânglios basais 
e formação reticular da ponte. 
 
A neutrotransmissão colinérgica, base 
neuroquímica dos circuitos neuronais 
córtico-subcorticais, são fatores 
importantes para o dellirium. 
 
 
 
Fatores Predisponentes 
Presença de algum outro déficit cognitivo 
prévio, doença básica grave, 
comorbidades comumente associadas à 
pilifarmacoterapia, particularmente se 
entre as múltiplas medicações em uso 
incluem-se drogas com ação 
anticolinérgica, anti-histamínica, sedativo-
hipnóticos ou narcóticos, que conferem 
risco duas a três vezes o desenvolvimento 
do delirium, déficit funcional, idade 
avançada, insuficiência renal crônica, 
desidratação e deficiências da visão ou da 
audição. Déficit visual, desidratação, déficit 
cognitivo, doença grave. 
 
 
GD 4: Depressão 
 
 
Síndrome psiquiátrica caracterizada por 
humor deprimido, perda do interesse ou 
prazer, alterações do funcionamento 
biológico, com repercussões importantes 
na vida do indivíduo e com duração no 
mínimo de meses a um ano. 
 
o Sentimentos, funcionamentocorporal, 
comportamento, capacidade para lidar 
com decisões e pressões do dia a dia. 
 
o Abrange dimensões psicológica, 
biológica e social. Repercussões 
econômicas e familiares. 
 
o Aumenta morbimortalidade por 
doença coronariana, neoplasias, 
infecções, nutrição, suicídio, quedas, 
imobilidade e perda independência 
funcional. 
 
Epidemiologia 
 
o Ocorre mais no sexo feminino e pode 
ocorrer em qualquer faixa etária. 
 
Fatores de Risco 
 
o Maior em mulheres. 
 
o Modificações recentes no 
ambiente desencadeadores de 
pressão (luto, etc). 
 
o Perda do suporte social. 
 
o Doenças crônicas. 
 
Quadro Clínico 
 
Tristeza patogênica: qualidade negativa, 
desagradável, sensação profunda de vazio 
e difícil de se expressar. Diferente da 
tristeza normal. Ela pode estar ausente ou 
sobrepuja por outras manifestações da 
doença. Em casos graves, pode ter uma 
Ana Elisa A. G. 
anestesia dos sentimentos, como se tudo 
fosse igual. 
 
o Anedonia: redução ou perda da 
capacidade de sentir prazer a situações 
que antes davam prazer, alegria e bem 
estar. Sorri menos ou para de sorrir, 
reduz gosto pelas coisas. 
 
o Ansiedade, irritabilidade, mal humor, 
impaciência, medo: medo de ficar 
sozinho ou afastamento social, 
hipocondria. 
 
o Lentificação do pensamento: demora 
no raciocínio, ruminações inúteis, 
ideias negativas, preocupações, 
pessimismo e baixa autoestima. Vida 
não vale a pena. Pode haver desejo de 
cometer suicídio como forma de 
escapar da dor. 
 
o Atenção: comprometida, difícil 
concentração em leitura e 
conversação. Aumento da distração. 
 
o Distorção da realidade: hipocondria, 
mudar o passado, etc. 
 
o Choro imotivado. 
 
o Lentificação e redução do rendimento: 
pode ocorrer em todas as áreas, 
redução da capacidade de enfrentar 
problemas. 
 
o Isolamento. 
 
o Distúrbios de sono: despertar precoce 
sentindo-se pior pela manhã e 
aparenta dificuldade para levantar, 
pesadelos, insônia. Pode haver 
também hiperinsônia. 
 
o Redução de energia: sente-se cansado, 
desanimado, fraco, sem iniciativa, 
dores no corpo. 
 
o Apetite: excesso ou baixo. 
 
o Perda de interessa sexual. 
 
o Sentimento de desvalia ou culpa. 
 
o Ansiedade. 
 
Diagnóstico 
 
 
Avaliação do Idoso Depressivo 
 
o Avaliação Clínica: anamnese e exame 
físico. 
o Avaliação Funcional: atividades da 
vida diária. 
o Avaliação social: suportes e estresses. 
o Avaliação laboratorial: hemograma, 
íons, glicemia, testes de função renal, 
tireoideana e hepática, dosagem de 
vitamina B12 e ácido fólico e urinálise. 
 
 
Ana Elisa A. G. 
 
 
Tratamento 
Melhora nos sintomas, na qualidade de 
vida, no estado clinico geral, redução da 
morbimortalidade, redução de recaídas e 
melhora dos sintomas. 
Eletroconvulso terapia: em casos mais 
graves. 
 
o Tratamento Biológico 
Farmacoterapia 
1) Antidepressivos trisciclicos (ADTs): 
três anéis. Primeira linha para quadros 
de maior depressão, custo benefício 
favorável. Mecanismo de ação se dá 
pelo bloqueio na receptação de 
noradrenalina e serotonina pelos 
terminais pré-sinápticos. Aminas 
terciarias e secundárias. Reações 
adversas podem ser pelos efeitos 
cardiovasculares, anticolinérgicos e 
anti-histaminicos. 
 
 
Aminas secundárias: 
 
 
2) Inibidores seletivos da receptação de 
serotonina (ISRS): melhor para 
idosos. Mecanismo de ação se dá pelo 
bloqueio seletivo da receptação da 
serotonina em terminais pré-
sinápticos. Indicado para depressão 
menos grave. Fluoxetina tem a meia 
vida mais longa e mais inibição de 
enzimas hepáticas, apresentando 
maior risco de efeitos colaterais. 
Principais efeitos colaterais: redução 
do apetite, náuseas, vômitos, diarreia, 
constipação, sincope, bradicardia, 
cefaleia, ansiedade, irritabilidade, 
agitação, sintomas extrapiramidais, 
alteração do equilíbrio e quedas. 
 
 
 
3) Inibidores de moaminoxidase (IMAO): 
eficácia comprovada. Indicada para 
casos de depressão refrataria não 
responsiva a outros antidepressivos. 
Mecanismo de ação se dá pelo 
aumento da disponibilidade de 
serotonina, dopamina e noradrenalina, 
através da inibição da monoaminidase, 
enzima que degrada a noradrenalina. 
Hopotensão ortostática, crises 
hipertensivas. Disfunção sexual. 
Irritabilidade. insoonia quando 
associados a drogas 
simpaticomiméticas. 
 
Ana Elisa A. G. 
 
 
4) Antidepressivos de dupla ação: 
inibidoras da receptação de serotonina 
e noradrenalina. Boa tolerabilidade e 
eficácia, menos efeito noradrenergico. 
Apresenta menos efeitos 
dopaminérgico, serotoninérgico, 
muscarinico, colinérgico, alfa-
adrenergico e histamínico e manos 
risco de interações medicamentosas. 
 
 
 
Eletroconvulsoterapia (ETC) 
 
Indicada para casos selecionados. Dá-se 
por meio da aplicação de uma corrente 
elétrica que provoca uma convulsão 
tonico-clonica generalizada. Ocorre uma 
restauração de neurotransmissores do 
equilíbrio interhemisferico ou a ação 
especifica sobre hipotálamo ou lobos 
frontais. Seguro e eficaz, necessárias 12 
sessoes, 2 a 3 vezes por semana, sob 
narcose. Indicadas em causa de risco de 
suicídio, necessidade de melhora rápida, 
intolerância a outros tratamentos, recusa 
alimentar. 
 
Abordagens psicossociais 
Psicoterapia (terapias cognitivo-
comportamental, interpessoal, de 
orientação psicodinâmica), principalmente 
como asjuntantes ao tratamento. 
 
GD 5: Demências Reversíveis 
 
 
Afecções de caráter cognitivo 
comportamental classificadas como doença 
cerebral crônica ou encefalopatia. 
 
Tem efeito catastrófico no paciente e na 
família dele. Pacientes com algum tipo de 
demência degenerativa podem ter a 
superposição de um quadro reversível. 
 
O tratamento visa a melhora o quadro 
cognitivo basal e a qualidade de vida do 
paciente. 
 
Etiologia 
Dividido em irreversíveis ou degenerativas 
e reversíveis ou secundarias. 
 
As secundarias tem início rápido, 
alterações motoras e da marcha precoces 
e limitantes, história previa de doença 
neurológica ou TCE, alcoolismo, aparência 
geral debilitada, polipatogenia, 
polifarmacia e exame neurológico 
anormal. 
 
 
 
Causas Estruturais 
 
 Hidrocefalia de pressão normal (HPN) 
Expressão da alteração no fluxo do liquido 
cefalorraquidiano fora do sistema 
ventricular, caracterizada como uma 
Ana Elisa A. G. 
resistência aumentada à sua absorção. 
Maioria é idiopática. 
 
Caracterizada pela tríade: Distúrbio de 
marcha (nível sensório-motor superior) 
sendo o sintoma mais proeminente, 
incontinêcia urinaria (incontinência de 
urgência, sendo mais tardios) e declínio 
cognitivo. 
Hidrocefalia ao exame de imagem sem 
atrofia cerebral. 
 
 Hematoma subdural 
Evento inicial é traumático. 
 
Fatores predisponente: atrofia cerebral, 
aterosclerose, convulsões, discrasias 
sanguíneas e alcoolismo, mas também 
pode ter origem espontânea. 
 
Fase inicial: pequena coleção sanguínea 
de origem venosa, localizada sobre os 
hemisférios cerebrais. 
 
É um quadro de demência progressiva. 
 
Déficits de memória, falhas na atenção e 
flutuações ao despertar. Quando crônico 
pode ser um quadro reversível também. 
 
 Tumores Cerebrais 
Podem ser de origem primaria do encéfalo 
ou metastáticos (quase que a maioria). 
 
Em idosos, podem ser secundários a: 
Lesões causadas pelo tumor: déficit 
cognitivo (manifestado por quadros 
demenciais) é mais evidente do que na 
hipertensão intercraniano (cefaleia e 
papiledema). Ocorre pela atrofia cerebral 
secundaria ao envelhecimento. 
 
Mecanismos dela são explicados pela 
infiltração local com comprometimento 
dos neurotransmissores e tratos nervoso. 
o Déficit cognitivo secundário a 
cirurgia: acomete tecido 
perilesional sadio. 
o Déficit cognitivo secundário a 
radioterapia: encefalopatia difusa 
por radionecrose, 
leucoencefalopatia e atrofia 
cerebral. 
o Déficit cognitivo secundário ao uso 
de anticonvulsivantes: 
carbamazepina, fenitoina ou ácido 
valproico podem causar alteções 
de memória e atenção.o Distúrbio secundário ao distúrbio 
de humor: depressão e ansiedade. 
 
 Traumatismo crânio-encefálico (TCE) 
Déficit cognitivo crônico e permanente 
gerando grande impacto nas AVDs. 
 
Déficit de memória, atenção e 
aprendizados. 
 
Trauma direto sob o lobo frontal e o lobo 
temporal anterior resultam em contusão, 
hematoma e hemorragia e o contragolpe 
pode causar hemorragia intracraniana e 
hipoxemia. Forças rotacionais e de 
aceleração podem originar estiramento 
dos axônios com consequente gliose e 
alterações nas sinapses nervosas. 
 
Disfunção do sistema colinérgico está 
relacionada na fisiopatologia. 
 
Causas metabólicas 
 
 Hipotireoidismo 
Achados neuropisiquiatricos no idioso são 
inespecíficos e de início abrupto e indioso. 
Lentificação do pensamento, apatia, 
deteriorização na personalidade, perda 
global da função intelectual e sonolência 
excessiva. Pode incluir nos casos graves, 
paranoide, alucinações e psicose. 
 
TSH elevado e T4 livre reduzido. 
 
Levotiroxina pode melhorar o quadro. 
 
Tiroidite de Hashimoto a encefalopatia 
pode manifestar como um quadro de 
vasculite e incapacidade cognitiva leve ou 
como uma demência difusa e rapidamente 
progressiva. Presença de vários anticorpos 
antitireoide. 
Ana Elisa A. G. 
Melhora clinica após altas doses de 
corticoide. 
 
 Deficiência de Vitamina B12 
Prejuizo de atenção e abstração, 
lentificação do pensamento, alterações de 
memória, alucinações, delirium, 
depressão, paranoia, mania, demência. 
 
Parestesias nas extremidades, ataxia de 
marcha, alterações na sensação vibratória 
e fraqueza de membros. 
 
Pode estar associada ao Alzheimer. 
 
GD6: Demências Irreversíveis 
 
 
Deteriorização das funções cognitivas, 
associada à redução da capacidade 
funcional global de um indivíduo. 
 
o Pode estar associada a alterações do 
comportamento e da personalidade. 
 
o A incidência e a prevalência aumentam 
com a idade. 
 
o Demência não é sinônimo de 
comprometimento da memória. 
 
Alterações cognitivas, alterações de 
comportamento e associação com 
prejuízo funcional são semelhanças nos 
tipos de demência. 
 
As síndromes demenciais são um grupo de 
doenças com características bem distintas 
umas das outras, tanto nos aspectos 
clínicos quanto nos tratamentos. 
 
No início achava-se que o enrijecimento 
arterial (esclerose) fosse uma das causas 
da demência. Depois achava-se que era o 
Alzheimer a principal, mas é apenas uma 
entre as diversas. (Alzheimerização ou 
demência senil). Em 1993, o NINDS-AIREN 
definiu critérios para o diagnóstico de 
demência vascular. 
Deve-se evitar o uso de 
anticolinesterasicos para pacientes que 
apresentam quadro demencial que não 
seja hipocolinergico, como as demências 
fronto-temporais. 
 
Demência não Alzheimer 
 
 Demência Vascular 
Resultado da presença de doença cérebro 
vascular isquêmica ou hemorrágica, assim 
como da injuria cerebral resultante do 
hipofluxo cerebral. 
 
Critérios de Diagnostico 
 
Critérios dos DSM-IV: mais sensibilidade e 
menos especificidade. Mais utilizados na 
pratica clínica. 
 
Critérios do NINDS-AIREN: baixa 
sensibilidade e alta especificidade. Mais 
recomendados para fins de pesquisa 
clínica. Pode ser provável, possível ou 
definitivo, seguindo os seguintes critérios: 
 
1) Demência Vascular PROVAVEL inclui 
a presença de todos os achados a 
seguir: 
1) Demência: é o declínio cognitivo a 
partir de um nível mais elevado de 
funcionamento e manifestado 
pelo comprometimento da 
memória e de duas ou mais 
funções cognitivas (orientação, 
controle motor, praxia, atenção, 
linguagem, funções visuespacial e 
executiva), analisando exame 
clinico e documentado pela 
realização de testes 
neuropsicológicos. O déficit 
cognitivo deve afetar nas AVD’s, 
independente do déficit motor ou 
sequela motora. 
2) Doença cérebro-vascular: presença 
de sinais focais no exame 
neurológico como hemiparesia, 
paralisia focal central (hemiface 
inferior), sinal de Babinsky, déficits 
sensoriais, hemianopsia e disartria 
Ana Elisa A. G. 
consistentes com o diagnóstico 
de AVC (com ou sem história de 
AVC), e evidencias relevantes de 
doenças cérebro-vasculares na 
neuroimagem. 
3) Relação vascular entre demência e 
doença cérebro-vascular: deverá ser 
confirmada por: a) demência três 
meses após o avc; b) 
deteriorização das funções 
cognitivas ou flutuaçãodos 
déficits cognitivos. 
2) Diagnostico de demência vascular 
provável é apoiado por: distúrbios de 
marcha precoce: apraxia da marcha, 
marcha magnética, parkinsonismo; 
história de sincopes, quedas ou 
tonturas; urge-incontinencia urinaria 
sem causa urológica; paralisia 
pseudobulbar; mudanças de 
personalidade, humor, abulia, 
depressão, incontinência emocional, 
retardo psicomotor ou disfunção 
executiva. 
 
 
Espectro da demência vascular e a doença 
de Alzheimer 
 
Pode haver a coexistência das duas. 
 
Não existem marcadores 
anatomopatológicos, clínicos ou de 
neuroimagem absolutos do diagnostico 
delas. 
 
Ambos são comuns com o 
envelhecimento, dificultando a distinção 
da participação de cada um deles no 
desenvolvimento do quadro demencial. 
 
Apenas 1/3 dos pacientes com demência 
vascular apresenta demência vascular 
pura, ou seja, doença cérebro-vascular sem 
qualquer componente neurodegenerativo. 
 
A demência vascular é mais frequente o 
comprometimento da função executiva, 
com desatenção e lentificação 
psicomotora, enquanto na doença de 
Alzheimer o comprometimento da 
memória episódica é mais característico. 
 
A disfunção executiva é responsável por 
mais repercussão nas AVD’s mais 
complexas ou instrumentais. 
 
A dismnésia não é elemento central no 
reconhecimento clinico da demência e sim 
a perda do controle da função executiva. 
 
O controle da função executiva é o 
elemento fundamental no diagnóstico de 
demência e não a memória. 
 
O início e a progressão da doença de 
Alzheimer é lento e gradual, enquanto na 
doença vascular é lento e gradual e após 
AVC. 
 
Na demência vascular não há declínio 
cognitivo significativo no período de seis 
meses ou menos, ao contrário da doença 
de Alzheimer. 
 
A maioria dos pacientes com demência 
vascular apresentam lesões vasculares nas 
vias colinérgicas, com redução da 
produção de acetilcolina. 
 
A demência vascular tem sobrevida menor 
que a doença de Alzheimer por conta da 
associação a doenças cardiovasculares em 
outras localizações. 
 
Tratamento farmacológico especifico 
 
Baseia-se no diagnóstico e controle dos 
fatores de risco de aterosclerose e doença 
cérebro-vascular. 
 
As drogas antiplaquetárias, 
endarterectomia carotídea, 
anticoagulação na fibrilação atrial, controle 
da hipertensão arterial, dislipidemia e 
diabetes mellitus são base do tratamento 
preventivo. 
Ana Elisa A. G. 
Anticolinesterasicos e memantina podem 
ser benéficos, particularmente na presença 
de neurodegeneração ou doença de 
Alzheimer (demência mista). 
 
 
 
 
 Demência por Corpos de Lewy 
 
A sintomatologia cognitiva, 
comportamental, motora, autonômica e 
os distúrbios do sono respondem bem ao 
uso de anticolinesterasicos e apresentam 
grande hipersensibilidade aos 
antipiscicoticos típicos, podendo induzir a 
consequências fatais. 
 
Idade média de 60 a 80 anos e sebrevida 
de 6 a 10 anos. 
 
É uma doença degenerativa complexa, do 
tipo alfa-sinucleinopatia, estritamente 
relacionada a doença de Parkinson e a 
doença de Alzheimer. 
 
Marcador histopatológico: inclusões 
neuronais chamadas corpos de Lewy e 
neuritos de Lewy distribuídas na regiao 
cortical e subcortical. 
 
Diagnostico 
 
A incapacidade cognitiva resulta não 
somente do déficit cognitivo mas também 
da sintomatologia neuropisiquiátrica, 
motora, autonômica e da parassonia. 
 
O perfil neuropsicológico da demência 
caracteriza-se pelo marcante déficit de 
atenção, disfunção executiva e da função 
visuoespacial. A fluência verbal apresenta-
se bastante comprometida. 
 
Há presença de flutuação da cognição, 
caracteriza-sepor mudanças súbitas na 
cognição e atenção, que podem durar 
minutos, horas ou dias, as vezes simulando 
quadro confusional agudo. 
 
GD7: Como diagnosticar as 
causas demenciais 
 
 
A prevalência de demência duplica a cada 
cinco anos após os 60 anos, resultando em 
aumento exponencial com a idade. 
 
Demência: síndrome caracterizada por 
declínio de memória associado a déficit de 
pelo menos uma outra função cognitiva 
(linguagem, gnosias, praxias ou funções 
executivas) com intensidade suficiente 
para interferir no desempenho social ou 
profissional do indivíduo. 
 
Comprometimento da memória: embora 
essa função possa estar relativamente 
preservada nas fases iniciais de algumas 
formas de demência, como a DFT. 
 
Ana Elisa A. G. 
Avaliação cognitiva 
 
Testes de rastreio: miniexame do estado 
mental complementada com testes que 
avaliam diferentes componentes do 
estado cognitivo fáceis de serem 
realizados (os de memória, evocação 
tardia de listas de palavras ou de figuras, 
por exemplo, os de fluência verbal, número 
de animais em um minuto, e o desenho do 
relógio). 
 
Avaliação neuropsicológica detalhada é 
recomendada especialmente nos estágios 
iniciais de demência em que os testes 
breves podem ser normais ou apresentar 
resultado limítrofe. 
 
Avaliar desempenho nas AVD’s. 
 
Diagnostico diferencial: 
 
Exames laboratoriais e de neuroimagem, 
além da constatação de perfil 
neuropsicológico característico 
(diagnóstico diferencial das demências 
degenerativas) 
 
Exames laboratoriais obrigatórios: 
hemograma, as provas de função 
tiroidiana, hepática e renal, as 
transaminases hepáticas, as reações 
sorológicas para sífilis e o nível sérico de 
vitamina B12. 
o Avalia causas potencialmente 
reversíveis de demência e 
detecção de patologias 
associadas. 
Exames de neuroimagem estrutural 
(tomografia computadorizada ou 
ressonância magnética de crânio): 
o DV ou de DA com doença 
cerebrovascular (DCV): alterações 
vasculares sugestivas do diagnóstico e 
outras condições, como tumores, 
hidrocefalia ou hematoma subdural 
crônico. 
o Demências degenerativas (DA, DCL e 
DFT): os exames laboratoriais são 
normais, e os de neuroimagem 
estrutural revelam atrofia cortical, que, 
embora constitua alteração 
inespecífica, pode eventualmente 
apresentar distribuição topográfica 
sugestiva. Nessas condições, o 
diagnóstico se baseia em grande parte 
na história clínica, bem como no perfil 
neuropsicológico. 
 
Doença de Alzheimer (DA) 
 
Principal causa de demência. 
 
Fisiopatologia: ocorre um processo 
degenerativo que acomete inicialmente a 
formação hipocampal, com posterior 
comprometimento de áreas corticais 
associativas e relativa preservação dos 
córtices primários, resultando em 
alterações cognitivas e comportamentais, 
com preservação do funcionamento 
motor e sensorial até as fases mais 
avançadas da doença. 
 
Primeiro sintoma: declínio da memória, 
sobretudo para fatos recentes (memória 
episódica), e desorientação espacial, 
aspectos cognitivos em grande parte 
dependentes da formação hipocampal. 
 
Forma insidiosa, com piora lentamente 
progressiva, pode haver períodos de 
relativa estabilidade clínica possam 
ocorrer. 
 
Alterações de linguagem (principalmente 
anomia), distúrbios de planejamento 
(funções executivas) e de habilidades 
visuoespaciais surgem com a evolução do 
quadro. 
 
Faixa pré-senil (antes dos 65 anos), os 
distúrbios de linguagem podem ser a 
manifestação predominante do processo 
demencial, enquanto sintomatologia 
psicótica (como idéias delirantes, 
sobretudo de caráter persecutório, e 
alucinações) é habitualmente mais comum 
nos pacientes mais idosos. 
 
 
 
Ana Elisa A. G. 
Diagnostico 
 
Quadro clinico compatível e na exclusão de 
outras causas de demência por meio de 
exames laboratoriais e de neuroimagem 
estrutural. 
 
A tomografia computadorizada e a 
ressonância magnética revelam atrofia da 
formação hipocampal e do córtex cerebral, 
de distribuição difusa ou de predomínio em 
regiões posteriores. Esses pacientes 
preenchem os critérios diagnósticos da 
denominada DA provável. 
 
DA possível, em que os pacientes 
apresentam variações na forma de 
apresentação ou evolução clínica e 
também nos casos em que outras 
condições passíveis de produzir demência 
estejam presentes, porém sem serem 
consideradas, com base em juízo e 
experiência clínica, responsáveis pelo 
quadro demencial. 
 
O diagnóstico definitivo só é possível por 
exame anatomopatológico. 
 
Demência Vascular (DV) 
 
Causada por efeitos de grandes lesões 
tromboembólicas (demência por múltiplos 
infartos), mas inclui também os estados 
lacunares e as lesões únicas em locais 
estratégicos (tálamo, giro angular 
esquerdo, núcleo caudado), demência 
associada a lesões extensas da substância 
branca (doença de Binswanger), 
angiopatia amilóide e demência por 
acidentes vasculares cerebrais 
hemorrágicos. 
 
Fatores de risco para a DV são os mesmos 
relacionados ao processo de aterogênese 
e doenças relacionadas: idade, hipertensão 
arterial, diabetes, dislipidemia, tabagismo, 
doenças cérebro e cardiovasculares, entre 
outros. 
 
 
 
Diagnostico 
 
História clínica e avaliação 
neuropsicológica e exames de 
neuroimagem (tomografia 
computadorizada ou ressonância 
magnética, dando-se preferência a esta 
pela melhor possibilidade de identificação 
de infartos lacunares) e presença de 
fatores de risco predisponentes. 
 
O elemento diagnóstico principal, no 
entanto, é o estabelecimento de relação 
causal entre o comprometimento 
cerebrovascular e o quadro demencial. 
 
Em outros estudos, os principais 
discriminantes no diagnóstico entre DA e 
DV foram: história de AVC prévio, sintomas 
neurológicos focais (como hemiparesia, 
ataxia, hemianopsia ou também alterações 
neuropsicológicas focais, como afasia e 
heminegligência), curso flutuante com 
piora em degraus e início abrupto. 
 
 Pacientes portadores de hipertensão 
arterial podem apresentar instalação 
insidiosa e curso lentamente 
progressivo, evocando o padrão 
evolutivo da DA. Nesses casos, a DV é 
usualmente secundária a infartos 
lacunares acometendo substância 
branca periventricular e núcleos da 
base. 
 
Demência por Corpos de Lewy (DCL) 
 
Quadro Clínico 
 
Presença de duas dessas manifestações: 
flutuação dos déficits cognitivos em 
questão de minutos ou horas, alucinações 
visuais bem detalhadas, vívidas e 
recorrentes e sintomas parkinsonianos, 
geralmente do tipo rígidoacinéticos, de 
distribuição simétrica. 
 
Declínio cognitivo na DCL é progressivo e 
interfere na capacidade funcional do 
indivíduo (funções executivas, capacidade 
de resolução de problemas e atividades de 
vida diária). 
Ana Elisa A. G. 
A atenção, as funções executivas e as 
habilidades visuoespaciais são os domínios 
cognitivos mais comprometidos nas fases 
iniciais, com relativa preservação da 
memória. Este é talvez o de maior 
relevância para o diagnóstico diferencial 
com a DA. 
 
Episódios frequentes de quedas ou 
síncopes. 
 
A resposta dos sintomas parkinsonianos 
(rigidez e acinesia) à levodopa é 
usualmente pobre na DCL, diferentemente 
do que ocorre na doença de Parkinson 
idiopática. Outro aspecto importante é a 
hipersensibilidade ao uso de neurolépticos, 
que agravam os sintomas de 
parkinsonismo, muitas vezes sem melhora 
dos sintomas psicóticos. 
 
Demência Frontotemporal (DFT) 
 
Alterações precoces de personalidade e de 
comportamento, além de alterações de 
linguagem (redução da fluência verbal, 
estereotipias e ecolalia), de início insidioso 
e caráter progressivo. A memória e as 
habilidades visuoespaciais encontram-se 
relativamente preservadas. As alterações 
de comportamento podem se apresentar 
como isolamento social, apatia, perda de 
crítica, desinibição, impulsividade, 
irritabilidade, inflexibilidade mental, sinais 
de hiperoralidade e descuido da higiene 
pessoal. 
 
Sintomas depressivos, preocupações 
somáticas bizarras e estereotipias motoras 
também podem ocorrer.o Esses sintomas podem preceder as 
alterações intelectuais, e alguns 
testes neuropsicológicos de 
rastreio, como o miniexame do 
estado mental, podem estar 
normais no início, alterando-se 
com a evolução da doença. 
 
Desse grupo de demências fazem parte a 
doença de Pick, a degeneração dos lobos 
frontais e a demência associada à doença 
do neurônio motor (esclerose lateral 
amiotrófica). Pode também ser incluída a 
demência semântica, também 
denominada 
 
Como variante temporal das DFTs. Esse 
grupo de condições ocorre mais 
frequentemente na faixa pré-senil (antes 
dos 65 anos). 
 
DFT apresentam reflexos primitivos, em 
especial sinais de frontalização (reflexos de 
preensão palmar, de sucção e de projeção 
tônica dos lábios), ao exame neurológico. 
Sinais de perseveração motora e 
comportamentos de utilização 
(exploração incontrolável de objetos no 
ambiente) também são frequentes. 
Eventualmente podem apresentar sinais 
parkinsonianos, particularmente evidentes 
em alguns casos de ocorrência familiar. 
 
As já referidas alterações da afetividade e 
do comportamento social decorrem do 
predomínio frontal da atrofia cerebral. No 
caso da demência semântica, no entanto, 
como o processo degenerativo afeta 
principalmente os lobos temporais 
(sobretudo à esquerda), o quadro clínico 
se caracteriza por déficit de memória 
semântica. 
 
O diagnóstico diferencial das diversas 
formas de DFT se baseia na história clínica, 
no exame neurológico e na identificação 
de perfil característico à avaliação 
neuropsicológica. Na degeneração dos 
lobos frontais, na doença de Pick e na 
demência associada à doença do neurônio 
motor, ocorre comprometimento 
predominante de funções executivas com 
relativa preservação da memória. Na 
demência semântica, o desempenho em 
testes de nomeação, categorização 
semântica e fluência verbal (número de 
animais em um minuto, por exemplo) é 
muito comprometido, com anomia, perda 
progressiva do significado das palavras e 
da capacidade de reconhecimento visual 
(objetos e seres vivos, incluindo faces 
conhecidas). Nos pacientes com demência 
associada à doença do neurônio motor, o 
Ana Elisa A. G. 
exame neurológico revela déficit de força 
muscular, amiotrofia e fasciculações 
acometendo os membros superiores e 
inferiores e também, muitas vezes, a 
língua. 
 
O diagnóstico diferencial entre a 
degeneração dos lobos frontais e a doença 
de Pick só é possível com base no exame 
anatomopatológico. 
 
Os exames de neuroimagem estrutural 
costumam revelar atrofia dos lobos 
frontais e da porção anterior dos lobos 
temporais na degeneração dos lobos 
frontais, na doença de Pick e na demência 
associada à doença do neurônio motor, 
enquanto na demência semântica a atrofia 
afeta os lobos temporais, com predomínio 
à esquerda. A tomografia por emissão de 
fóton único (SPECT cerebral) é 
particularmente útil nesses casos, 
evidenciando marcada hipoperfusão das 
regiões acima descritas, desproporcional 
ao grau de atrofia.

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