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FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais Processo de Trabalho e Processo de Produzir Mais-Valia Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Vaniele Soares da Cunha Copello 1ª Edição Copyright © 2021, Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio. Núcleo de Educação a Distância www.unigranrio.com.br Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação Nara Pires Pró-Reitoria de Programas de Graduação Lívia Maria Figueiredo Lacerda Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária Carlos de Oliveira Varella Núcleo de Educação a Distância (NEAD) Márcia Loch Sumário Processo de Trabalho e Processo de Produzir Mais-Valia Para Início de Conversa... ............................................................................... 4 Objetivo ......................................................................................................... 4 1. Categoria Trabalho ....................................................................................... 5 2. O Processo de Trabalho ou o Processo de Produzir Valores-de-Uso ............................................................................................. 8 3. O Processo de Produzir Mais-Valia ....................................................... 10 Referências ........................................................................................................ 13 FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 3 Para Início de Conversa... O trabalho é entendido como o elemento fundamental da construção do ser social, ou seja, é a base da qual o homem se constitui em ser social, um ser pensante que transforma a natureza para satisfazer suas necessidades, de modo a garantir a sua existência. É uma atividade exclusivamente humana, pois em seu sentido ontológico, ele é o intercâmbio entre homem e natureza, em um processo onde ele a transforma teleologicamente, ao produzir valores de uso. O processo de trabalho é composto por três elementos: a matéria a que se aplica o trabalho (objeto de trabalho), os meios de trabalho (instrumental de trabalho) e a atividade adequada a um fim (o trabalho). O processo de trabalho é a atividade dirigida com o fim de criar valores- de-uso, de apropriar os elementos naturais às necessidades humanas. O resultado do processo de trabalho é um produto, que quando é agregado o valor de troca, ele se torna uma mercadoria. Interessa ao capitalista que o valor da força de trabalho seja sempre inferior ao valor que essa força de trabalho produz no processo de trabalho. O trabalhador tem a expectativa de receber pela quantidade de trabalho que empregou na produção da mercadoria, e é aqui que Marx aponta o fenômeno da mais-valia. Objetivo ▪ Compreender a categoria trabalho. ▪ Identificar o processo de trabalho ou o processo de produzir valores- de-uso. ▪ Analisar o processo de produção da mais-valia. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 4 1. Categoria Trabalho A partir dos ensinamentos marxistas, o trabalho é entendido como o elemento fundamental da construção do ser social, ou seja, é a base da qual o homem se constitui em ser social, um ser pensante que transforma a natureza para satisfazer às suas necessidades, de modo a garantir a sua existência. O trabalho é dialético e contínuo e assume um caráter mediador entre o homem e natureza, que paralelamente, ao transformar a natureza, ele também se transforma. De acordo com Marx (2013, p.255), “o trabalho é, antes de tudo, um processo entre homem e a natureza, processo este em que o homem, por sua própria ação, medeia, regula e controla seu metabolismo com a natureza”. O trabalho é uma atividade exclusivamente humana, pois em seu sentido ontológico, ele é o intercâmbio entre homem e natureza, em um processo onde ele a transforma teleologicamente, ao produzir valores de uso. O valor de uso é a forma natural que a mercadoria se manifesta e apenas tem valor para uso e coincide com a sua forma natural palpável. É um tipo de valor que se mostra no uso ou no consumo para satisfazer, apenas, às necessidades humanas. O trabalho do homem, enquanto ser social, se diferencia da atividade do ser orgânico, como a abelha, que produz o mel; e o bicho-da-seda, que produz os fios que viram tecidos. Essa diferença se dá pelo fato do ser humano conseguir projetar suas ações antes de realizá-las, enquanto os animais as fazem de forma instintiva, de acordo com a sua natureza. Essa possibilidade do ser humano antever suas ações, chama-se de capacidade teleológica e a partir dela o indivíduo pode agir de acordo com a determinada finalidade previamente formulada. Figura 1: Homem trabalhando, a partir de sua capacidade teleológica. Fonte: Dreamstime. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 5 Figura 2: Abelha produzindo mel de forma instintiva, de acordo com sua natureza. Fonte: Dreamstime. De acordo com Marx (2013, p.255, 256): ‘‘ Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão e a abelha envergonha mais de um arquiteto humano com a construção dos favos de suas colmeias. Mas o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador, e, portanto, idealmente. Ele não apenas efetua uma transformação da forma da matéria natural; realiza, ao mesmo tempo, na matéria natural, o seu objetivo. ’’ Dessa forma, do ponto de vista ontológico, pode-se afirmar que a capacidade teleológica é algo particular do do ser social; e a partir dessa capacidade, a atividade de trabalho é concretizada. Nesse sentido, para a realização do trabalho são necessárias duas etapas: a prévia-ação e a objetivação. Todo trabalho humano, requer, em primeiro lugar, um planejamento, que seria a prévia-ação ou ideação. Esse momento antecede a concretização da ação, no campo da abstração. O momento seguinte da prévia-ação, acontece a objetivação, ou seja, é o momento em que o que foi planejado, a partir da capacidade teleológica, se concretiza, isto é, a materialização do foi idealizado. A partir do que foi mencionado, pode-se afirmar que não existe ser social sem o trabalho, que, ao mediar a relação entre o homem e a natureza, tem a sua função social transformação da natureza para que o homem crie bens necessários para sua existência. O ser social, para Lukács, compõe as três esferas ontológicas, juntamente com a esfera inorgânica e biológica. O ser inorgânico é referente aos minerais, que não possui vida em sua especificidade. O ser biológico, está relacionado ao estado de natureza de poder reproduzir a vida, e passa pelo processo de nascimento, crescimento, reprodução e morte. O FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 6 ser social que possui a capacidade teleológica, se comunica a partir de uma linguagem articulada e consegue fazer escolhas entre alternativa concretas. Essas três esferas estão articuladas de forma indissolúvel e não há ser social sem as demais. Cabe destacar que o trabalho se configura em uma atividade coletiva, ou seja, o sujeito nele envolvido está sempre inserido em um conjunto de outros sujeitos, e nunca isolado. Dessa maneira, podemos afirmar que, o que se denomina enquanto social é o caráter coletivo da atividade do trabalho, no qual não é uma ação individual, mas uma cooperação entre seres humanos. O trabalho é uma atividade coletiva, pois, ao se objetivar socialmente, responde a necessidades sociais e históricas e produz formas de interação entre os seres humanos. ‘‘ O trabalho implica mais que a relação sociedade / natureza: implica uma interação nomarco da própria sociedade, afetando os seus sujeitos e a sua organização. O trabalho, através do qual o sujeito transforma a natureza (e, na medida em que é uma transformação que se realiza materialmente, trata-se de uma transformação prática), transforma também o seu sujeito: foi através do trabalho que, de grupos de primatas, surgiram os primeiros grupos humanos – numa espécie de salto que fez emergir um novo tipo de ser, distinto do ser natural (orgânico e inorgânico): o ser social. [...] o trabalho não é apenas uma atividade específica de homens em sociedade, mas é, também e ainda, o processo histórico pelo qual surgiu o ser desses homens, o ser social. (NETTO; BRAZ, 2012, p.34) ’’ Conforme abordado anteriormente, o trabalho é a categoria fundante do ser social e o desenvolvimento do ser social resulta no processo de humanização, processo por meio do qual as determinações naturais, sem deixar de existir, jogam um papel cada vez menos relevante na vida humana”. (NETTO; BRAZ, 2012, p.39) A coletividade da atividade de trabalho pode ser percebida no momento em que o ser social troca conhecimentos e experiências. Essa troca pode ser é realizada a partir da comunicação com uma linguagem articulada. É importante ressaltar que o ser social não se resume apenas no trabalho, pois, quanto mais se desenvolve, mais objetivações são criadas, e o trabalho é apenas uma delas. Nesse sentido, outra categoria expressa melhor esse processo, a práxis, que não envolve apenas o trabalho, mas todas as outras objetivações humanas. O conceito de práxis é muito anterior à filosofia marxista, com raízes no pensamento de Aristóteles, mas foi por intermédio do pensador alemão Karl Marx que tal conceito, progressivamente, se aprofundou, passando a ser o elemento central do materialismo histórico. Fonte: Educação UOL (s.d). FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 7 2. O Processo de Trabalho ou o Processo de Produzir Valores-de-Uso Como vimos no tópico anterior, o trabalho é o fator fundante do ser social, é um processo constante e dialético, no qual o homem transforma a natureza para atender suas necessidades, através da sua capacidade teleológica, o homem modifica a natureza ao produzir valor de uso. A atividade destinada a criar os valores de uso é realizada pelo processo de trabalho que permite apropriar os elementos naturais às necessidades humanas. O processo de trabalho é composto por três elementos: 1. A matéria a que se aplica o trabalho – objeto de trabalho. 2. Os meios de trabalho – instrumental de trabalho. 3. A atividade adequada a um fim – o trabalho. Podemos configurar como o objeto de trabalho os recursos naturais ou o elemento do qual será aplicado o trabalho humano. Este elemento pode ser uma matéria-prima ou, até mesmo, um objeto preexistente. Como objeto preexistente, temos o minério, por exemplo, que existe na natureza independentemente de o homem interferir nela. Já a matéria-prima, são os objetos que precisam ser transformados para uma finalidade específica, isto é, é quando este objeto de trabalho precisa sofrer alguma interferência, como o minério já extraído da mina e que agora será lavado. Dessa forma, “toda matéria-prima é objeto do trabalho, mas nem todo objeto do trabalho é matéria-prima. O objeto de trabalho só é matéria-prima quando já sofreu uma modificação mediada pelo trabalho”. (MARX, 2013, p.328) Para ser mais claro, podemos trazer como exemplo, o processo de trabalho de uma costureira. Para produzir um vestido, ela precisa de objetos de trabalho como: o tecido, a linha, os botões, os colchetes. Figura 3: Matérias-primas de uma costureira: linhas e botões. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 8 Os meios de trabalho são os instrumentais que o trabalhador utiliza sobre o objeto de trabalho. Consideram-se também como meios de trabalho as condições sociais em que trabalha, como por exemplo as instalações, como as fábricas, toda a infraestrutura envolvida, como o fornecimento de energia, de água etc. Logo, ‘‘‘Num sentido mais amplo, o processo de trabalho inclui entre seus meios, além das coisas que medeiam o efeito do trabalho sobre seu objeto e, assim, servem de um modo ou de outro como condutores da atividade, também todas as condições objetivas que, em geral, são necessárias à realização do processo. (MARX, 2013, p.330’) ’’ Trazendo o exemplo da costureira, os instrumentos de produção são a tesoura, a agulha e a máquina de costura, a estrutura do ateliê, a energia elétrica utilizada, entre outros. Figura 4: Meios de trabalho de uma costureira: máquina de costura e tesoura. Cabe ressaltar que tanto a criação, quanto a utilização dos meios de trabalho, são características específicas do trabalho humano. O outro elemento que compõe o processo de trabalho é a ação adequada a um fim, ou seja, é o próprio trabalho. O ser humano utiliza das matérias oferecidas pela natureza para satisfazer às suas necessidades, mas ele só consegue se apropriar delas modificando-as de acordo com suas finalidades. O processo de trabalho se completa quando, a partir da atividade de trabalho, com a utilização dos meios, transforma-se o objeto em um produto. Este produto é um valor de uso, um material que foi extraído da natureza modificado às necessidades humanas. Voltando ao processo de trabalho da costureira, o vestido seria o resultado final de seu processo, um valor de uso, que modificou um material da natureza para atender às suas necessidades humanas pela mudança de forma. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 9 Figura 5: Produto final do processo de trabalho de uma costureira: um vestido. Assim, o resultado do processo de trabalho, que é o produto, envolve os meios de produção (formados pelos objetos e meios de trabalho) e a atividade de trabalho (o trabalho produtivo). Ressalta-se que o trabalho se enquadra enquanto um processo de consumo, pois ele consome os bens materiais (objetos e meios de trabalho). Esse tipo de consumo, é um consumo produtivo e não individual. Consumo individual → para satisfazer às necessidades vitais. ≠ Consumo produtivo → retorna para um novo processo de trabalho. Quando a esse produto é agregado um valor de troca, ele se torna uma mercadoria. De acordo com Marx, “a riqueza das sociedades onde reina o modo de produção capitalista aparece como uma “enorme coleção de mercadorias”, e a mercadoria individual como sua forma elementar”. (MARX, 2011, p.157) 3. O Processo de Produzir Mais-Valia Como vimos anteriormente, o processo de trabalho é a atividade dirigida com o fim de criar valores de uso, de apropriar os elementos naturais às necessidades humanas. O resultado do processo de trabalho é um produto, que quando é agregado o valor de troca, ele se torna uma mercadoria. A mercadoria, os meios de produção e de subsistência necessitam ser transformados em capital. Isso só é possível numa relação onde quem detém os meios de produção e de subsistência possam comprar a força de trabalho de quem a detém. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 10 Ocorre uma mudança na divisão social do trabalho, os burgueses passam a deter os fatores que compõem o processo de trabalho, por meio da compra e da concentração da posse de meios de produção e de força de trabalho. Há um a separação entre o trabalhador e o local para realizar de seu trabalho A burguesia, como classe dominante, é a quem detém os meios de produção e de troca. Para ela, produção de valores de uso passa a ser apenas o caminho para a criação de valores de troca. No mesmo momento em que a classe burguesa se desenvolve, desenvolve-se, também, outra classe, a que tem a força de trabalho no processo de produção, e que precisa vendê-la para sobreviver. ‘‘ Na mesma medida em que a burguesia – isto é, o capital – se desenvolve, também o proletariado se desenvolve. A classe trabalhadora moderna desenvolve-se: uma classe de trabalhadores, que vive somente enquanto encontratrabalho e que só encontra trabalho enquanto o seu labor aumenta o capital. (MARX, K.; ENGELS F., 2006, p.19-20) ’’ É justamente na contradição dessas duas classes, que ocorre a dinâmica do sistema capitalista. O processo de produção simples fica mais complexo quando o capitalista passa a deter os fatores que constituem o processo de trabalho, por meio da compra e da concentração da posse de meios de produção e de força de trabalho. Passa a burguesia a consumir a mercadoria, a força de trabalho que adquiriu, fazendo o detentor dela, o trabalhador, consumir os meios de produção com o seu trabalho. Para Marx, a finalidade do processo capitalista de trabalho é produzir mercadorias de forma que seu valor seja maior do que a soma dos valores da força de trabalho e dos meios de produção gastos no processo que constituiu sua produção. ‘‘ Primeiramente, ele quer produzir um valor de uso que tenha um valor de troca, isto é, um artigo destinado à venda, uma mercadoria. Em segundo lugar, quer produzir uma mercadoria cujo valor seja maior do que a soma do valor das mercadorias requeridas para sua produção, os meios de produção e a força de trabalho, para cuja compra ele adiantou seu dinheiro no mercado. Ele quer produzir não só um valor de uso, mas uma mercadoria; não só valor de uso, mas valor, e não só valor, mas também mais-valor. (MARX, 2011, p.337-338) ’’ A mercadoria é a consolidação da unidade entre valor de uso e valor de troca, e a sua produção é a ligação do processo de trabalho de formação de valor, que, por sua vez, é determinado pela quantidade de trabalho materializado em seu valor de uso e pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 11 Quando a burguesia compra força de trabalho, visa ao processo de valorização. Nesse processo, a qualidade útil do trabalho é condição indispensável para a criação de valor, mas fundamentalmente, para a apropriação de mais valor. ‘‘ Na verdade, o vendedor da força de trabalho, como o vendedor de qualquer outra mercadoria, realiza seu valor de troca e aliena seu valor de uso. Ele não pode obter um sem abrir mão do outro. O valor de uso da força de trabalho, o próprio trabalho, pertence tão pouco a seu vendedor quanto o valor de uso do óleo pertence ao comerciante que o vendeu. O possuidor de dinheiro pagou o valor de um dia de força de trabalho; a ele pertence, portanto, o valor de uso dessa força de trabalho durante um dia, isto é, o trabalho de uma jornada. (MARX, 2013, p.347) ’’ Interessa ao capitalista que o valor da força de trabalho seja sempre inferior ao valor que esta produz no processo de trabalho. O trabalhador tem a expectativa de receber pela quantidade de trabalho que empregou na produção da mercadoria, e é aqui que Marx aponta o fenômeno da mais-valia. Sendo assim, compreende-se o termo mais-valia para designar a diferença entre o salário pago e o valor do trabalho produzido, ou seja, o trabalho excedente que não é remunerado ao trabalhador. A produção da mais-valia pode ocorrer duas formas: a mais-valia absoluta e a mais-valia relativa. Compreendemos a mais-valia absoluta como aquela que é realizada com o aumento da jornada de trabalho para se produzir mercadorias, sem acréscimo ao salário do trabalhador. A apropriação desse trabalho excedente fica com o capitalista. A mais-valia absoluta é a que fundamenta o sistema capitalista. Por meio desta, tem-se o ponto de partida para a mais-valia relativa, que não prolonga a jornada de trabalho, mas sim o trabalho excedente, sua produção revoluciona totalmente os processos técnicos de trabalho e as combinações sociais. Ela surge e se desenvolve na subordinação formal do trabalho ao capital. A partir do avanço tecnológico, concretiza-se ainda mais a extração da mais-valia relativa, pois há o aumento na produção de mercadoria, o que não se configura em melhorias para o trabalhador. Com o desenvolvimento tecnológico, há uma diminuição na jornada de trabalho, no entanto, consegue-se um aumento na quantidade do que é produzido. Quanto mais as máquinas conseguem produzir em menos tempo, maior é a mais-valia. O trabalho é dialético, contínuo e assume um caráter mediador entre o homem e a natureza. Ao transformar a natureza, o ser humano também se transforma. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 12 O processo de trabalho é a atividade dirigida com o fim de criar valores de uso e apropriar os elementos naturais às necessidades humanas. Quando a esse produto é agregado um valor de troca, ele se torna uma mercadoria. A mercadoria é a consolidação da unidade entre valor de uso e valor de troca. A sua produção é a ligação do processo de trabalho de formação de valor, que é determinado pela quantidade de trabalho materializado em seu valor de uso e pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. Referências BRAZ, M.; NETTO, J. P. Economia política: uma introdução crítica. São Paulo: Cortez, 2012. MARX, K. O capital: crítica da economia política: Livro I: o processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2013. UOL. Práxis - Marx e Gramsci - Natureza e luta de classes. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/praxis---marx- e-gramsci-natureza-e-luta-de-classes.htm#:~:text=O%20conceito%20 de%20pr%C3%A1xis%20%C3%A9,elemento%20central%20do%20 materialismo%20hist%C3%B3rico. Acesso em: 04 nov. 2020. FHTMESS: Trabalho e Espaços Sócio Ocupacionais 13 Processo de Trabalho e Processo de Produzir Mais-Valia Para Início de Conversa... Objetivo 1. Categoria Trabalho 2. O Processo de Trabalho ou o Processo de Produzir Valores-de-Uso 3. O Processo de Produzir Mais-Valia Referências
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