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Planejamento Estratégico
Estratégia Empresarial
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
Desenvolvimento do material: Ismael Garcia 
1ª Edição
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Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Estratégia Empresarial
Para Início de Conversa: ................................................................................. 4
Objetivo: ......................................................................................................... 4
1. Origens, Evolução do Conceito de Estratégia ........................... 5
2. Os 5 Ps da Estratégia ................................................................................ 7
3. Tipologia das Estratégias e a Formulação da 
Estratégia Empresarial ............................................................................. 9
Referências ........................................................................................................ 11
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Para Início de Conversa:
Sabemos que as organizações estão inseridas em um mercado 
extremamente competitivo, global e tecnológico, no qual há necessidade 
de inovações constantes, eficiência produtiva e altos índices de 
lucratividade, de maneira a atender aos seus clientes com excelência 
diuturnamente.
Os gestores dessas organizações devem estar preparados para guiar suas 
organizações, na maioria das vezes, em mares revoltos, sendo necessário 
um planejamento estratégico estruturado e dinâmico o suficiente para 
acompanhar as constantes mudanças do sociedade do Terceiro Milênio.
Vamos apresentar uma visão de como as organizações poderão 
conseguir vantagens competitivas diante desses cenários cada vez 
mais desafiadores. 
Objetivo:
Entender a evolução histórica da estratégia e sua importância para o 
mundo dos negócios, ampliando essa visão com a proposta de Mintzberg 
com os 5 Ps e vários tipos de estratégias. 
 
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1. Origens, Evolução do Conceito de Estratégia 
 A quantidade de empresas no Brasil e no mundo que buscam 
uma melhor visão estratégica, diante da complexidade do cenário atual, 
velocidade das mudanças e a inclusão maciça das tecnologias nos 
meios de produção, forçam as organizações a buscarem constantemente 
aperfeiçoamento dos seus processos, novas técnicas de produção e 
ferramentas gerenciais no intuito de ajudar no processo gerencial.
Figura 1: Origens, evolução do conceito de estratégia. Fonte: Dreamstime.
Desde dos primórdios das primeiras civilizações até os dias atuais é 
possível perceber ações de planejamento, passando da Grécia Antiga, da 
China Sun Tzu, com a sua obra A arte da guerra, egípcios, persas, romanos, 
dentre tantas outras civilizações onde se pode constatar a utilização de 
um planejamento estratégico. 
A palavra strategia tem origem grega, que deriva de strategos, que, por sua 
vez, vem de stratos, que significa exército, e ago, que significa liderança, 
o que nos permite concluir que sua origem primitiva está ligada ao 
militarismo, no qual os generais atenienses deixaram de estar ao lado 
de seus pelotões e passaram a comandá-los a distância, tomando uma 
posição de melhor visibilidade para tomar decisões mais assertivas.
Figura 2: Temístocles – General Ateniense. Fonte: Wikimedia. 
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No mundo empresarial, o conceito de estratégia é muito mais recente, 
somente com a Revolução Industrial que as dificuldades e necessidades 
de estruturar uma organização que abrigasse tantas pessoas ao mesmo 
tempo, objetivando o lucro e a produtividade e, ao mesmo tempo, 
brigando com concorrentes e tentando satisfazer clientes fizeram com 
que esse conceito tão antigo fosse trazido para dentro das organizações 
como uma ferramenta capaz de ajudar no processo organizacional.
Figura 3: Revolução Industrial – Fonte: Wikimedia. 
Principalmente a partir dos anos 1950 do século passado, o 
planejamento estratégico foi decisivamente inserido no dia a dia das 
grandes organizações, já que os processos de mudanças foram se 
tornando cada vez mais intensos e em períodos cada vez menores, 
efeitos da globalização e melhoria contínua tecnologia nas empresas e 
na sociedade.
Importante ressaltar que, nas décadas de 1950 e 1960, as organizações 
utilizavam o que poderíamos chamar de um planejamento operacional, 
somente chegando ao nível de planejamento estratégico nos anos 1970, 
efeito da grande instabilidade e crises sucessivas, como a crises do 
petróleo, desemprego e outras.
Muitos poderiam pensar que um momento turbulento ou mesmo dentro 
de crises sucessivas, não seria possível implementar um planejamento 
estratégico, mas é exatamente ao contrário.
Segundo Oliveira (2018), “os executivos deveriam entender que este é o 
momento primordial para as empresas terem planejamento estratégico 
estruturado, pois só assim eles poderão delinear um futuro esperado 
para suas empresas”.
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O planejamento estratégico pode ser conceituado como uma ferramenta 
que auxilia aos gestores tomarem decisões que impactem o futuro da 
organização de maneira mais assertiva, com resultados mais próximo 
possível do esperado.
Alguns autores deixam evidenciado esse conceito, conforme a seguir:
Segundo Oliveira (2018) “o planejamento estratégico corresponde ao 
estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas 
pelo administrador para a situação em que futuro tende a ser diferente 
do passado”.
Para Chiavenato (2010), “a administração não ocorre por acaso. O 
planejamento define o que a organização pretende fazer no futuro e 
como deverá fazê-lo”. 
A tática que era usada pelo grande estrategista, Napoleão 
Bonaparte, era ter um grande exército de massa sempre se 
movimentando com grande velocidade, recorrendo a ofensiva 
como surpresa, o que era decisivo na luta da infantaria, na luta 
travada corpo a corpo, tendo como arma fundamental a baioneta 
(BRASIL ESCOLA, 2020).
Sendo assim, podemos verificar que as empresas absorveram os 
conceitos de estratégia do militarismo no seu dia a dia, como parte 
fundamental para a sua manutenção sadia, com competitividade 
perante ao mercado, produzindo com eficiência, satisfazendo aos 
seus clientes e, principalmente, sendo capaz de mudar de direção 
antecipando-se ao mercado.
2. Os 5 Ps da Estratégia 
Dentre os principais autores de planejamento estratégico não poderia 
ficar de fora Henry Mintzberg, que é professor da Universidade de McGill 
e é PHD pelo MIT, autor de diversos livros sobre estratégia como, “A 
ascensão e a queda do planejamento estratégico”, “Safári de Estratégia” 
e vários outros, sem contar com mais de uma centena de artigos 
acadêmicos sobre o tema.
Foi Mintzberg que trouxe a baila o conceito dos 5 Ps: os da Estratégia, 
que é plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva, já que o conceito 
de estratégia até então era muito amplo e de difícil entendimento e 
aplicabilidade. A estratégia como:
Plano: No primeiro P, temos o plano, pois o autor coloca a ideia da 
estratégia como um plano, em que as ações da empresa são elaboradas 
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e pensadas antes da prática, antes de colocar ações no mercado e todas 
as decisões devem ser tomadas de forma consciente e propositada e 
nunca por impulso.
 ▪ Pretexto: O segundo P é o pretexto, em que, para o autor, a empresa 
busca passar para o mercado uma mensagem falsa ou verdadeira, 
com o intuito de superar ou enganar aconcorrência, tal qual se faz 
em vários jogos, como o Dead of Winter, o pôquer ou, até mesmo, a 
“purrinha”, que têm o famoso blefe.
 ▪ Padrão: O terceiro P é o padrão, no qual o autor entende que as ações 
do cotidiano são aprendidas e aperfeiçoadas com o passar do tempo, 
sem grandes alterações e tendo ações pontuais de gestão.
 ▪ Posição: O quarto P é a posição, nele, o autor entende que é importante 
a empresa compreender a sua posição no mercado, conhecer 
profundamente suas relações com o ambiente interno e externo, assim, 
encontrando um nicho de atuação no mercado.
 ▪ Perspectiva: O quinto P é a perspectiva, no qual o autor entende que 
essa estratégia é mais subjetiva, intuitiva, pois está ligada aos valores, 
cultura e pensamento dos direção da empresa. Logo, essa estratégia 
se apoia significativamente na visão de mundo, dos conhecimentos 
dos executivos da empresa.
Figura 4: Os 5 Ps da estratégia. Fonte: Adaptada de Mintzberg (2010).
Sem dúvidas, a velocidade das mudanças no ambiente dos negócios tem 
forçado as empresas a formular e implementar melhores estratégias, a 
fim de se manterem competitivas no mercado.
É mister saber que formulação da estratégia adequada à empresa é 
um desafio gigante, em razão da necessidade de respostas rápidas ao 
mercado que torna-se mais dinâmico a cada dia, fazendo a estratégia, 
como levantado por Mintzberg, passar a ser um diferencial competitivo.
Os 5Ps 
da estratégia
Plano
PretextoPadrão
Posição Perspectiva
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Assim sendo, ter profundo conhecimento da classificação das estratégias, 
conforme as ideias de Mintzberg, é fundamental para as organizações 
tenham consciência da situação em que se encontram e como devem 
se posicionar para o futuro, pautado em um planejamento estratégico 
assertivo objetivando a competitividade da empresa. 
3. Tipologia das Estratégias e a Formulação da 
Estratégia Empresarial 
Ao pensar estrategicamente as ações de uma empresa, é possível que 
se queira encontrar uma fórmula ou “receita de bolo”, algo pré-moldado 
e de fácil aplicação, mas quando nos deparamos com a realidade 
da diversidade das organizações, é perceptível que não existe uma 
única maneira para se formular estratégias para a grande gama de 
organizações existentes no mercado. 
Assim sendo, fica evidente que é necessário observar as características 
de cada negócio, suas necessidades, então, pensar na melhor maneira de 
formular uma estratégia específica para empresa.
Segundo Ansoff (1990), “o processo de formulação da estratégia não se 
aplica em uma ação imediata”.
Diante desse cenário, é possível entender que existem vários tipos de 
estratégia em que cada uma delas será mais adequada ao mercado e às 
características de cada empresa.
Segundo Oliveira (2018), as estratégias devem ser implementadas de 
acordo com o momento de cada empresa, que pode estar voltado à 
sobrevivência, à manutenção, ao crescimento ou ao desenvolvimento no 
seu mercado, sendo estas os principais tipos de estratégias.
 ▪ Estratégia de sobrevivência: Usada quando a empresa passa por 
um período ruim, com resultados negativos e ameaças do ambiente 
externo, em que os gestores devem buscar reduzir custos, despesas e 
parar com todos os investimentos ou mesmo partir para um processo 
de desinvestimento, ressaltando que essa estratégia não consegue se 
manter por um longo período.
 ▪ Estratégia de manutenção: O gestor pode adotá-la ao perceber 
ameaças no mercado, mas a empresa possui vários pontos fortes, 
como a sua saúde financeira, domínio de tecnologia etc. Apresenta 
três aspectos que podem ser adotados pelos gestores: a estabilidade, 
o nicho e a especialização.
 ▪ Estratégia de estabilidade: Busca, de maneira defensiva, a manutenção 
do estado de equilíbrio ameaçado pelo ambiente externo.
 ▪ Estratégia de nicho: Busca dominar um segmento de mercado para 
manter vantagens competitivas, dessa forma, precisa focar seus 
esforços e recursos nessa direção.
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 ▪ Estratégia de especialização: A empresa busca alcançar a 
liderança do mercado pela especialização em um único ou poucos 
produtos/serviços.
 ▪ Estratégia de crescimento: O gestor deve observar que, apesar de 
a empresa ainda ter muitos pontos fracos, o ambiente externo é 
propício para o seu crescimento. Dessa forma, é possível que a 
empresa venha lançar novos produtos, aumentar vendas etc. Com 
oportunidades visíveis pelos gestores da empresa, é possível que eles 
venham a adotar estratégias de inovação, internacionalização, joint 
venture (associação entre empresas) e expansão no mercado.
O gestor foca nos pontos fortes e nas oportunidades com o objetivo 
de desenvolver a sua empresa, procurando novos mercados, clientes 
ou tecnologias. Essa nova visão permite aos gestores uma ou mais 
posturas, como o desenvolvimento de mercado, de produto, financeiro, 
de capacidades (união entre empresas, uma fraca em tecnologia e com 
grandes oportunidades, e a outra forte em tecnologia) e de estabilidade 
(fusão de empresas).
 
Figura 5: Tipos de Estratégia. Fonte: Adaptado de Oliveira (2018).
Assim, podemos concluir que a vantagem competitiva pode ser entendida 
como a capacidade de uma empresa em gerar maior valor agregado do 
que as demais empresas do seu mercado de atuação.
DIAGNÓSTICO
INTERNO
Predominância de pontos 
fracos
Predominância de pontos fracos
EXTERNO
Predominância 
de ameaças
Postura estratégica de 
sobrevivência
Postura estatégica de 
manutenção
redução de custos 
desinformação liquidação de 
negócio
estabilidade 
nicho
especialização
Predominância 
de 
oportunidades
Postura estratégica de 
crescimento
Postura estratégica de 
desenvolvimento
Inovação Internacionalização
Joint venture
Expansão
De mercado de produção
financeiro
de capacidades
de estabilidade
Diversificação
Horizontal
Concêntrico
Conglomerativa
Interna
Mista
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Como vimos neste estudo, o cenário das organizações é cada dia 
mais competitivo, o que torna necessário saber utilizar muito bem a 
ferramenta de planejamento estratégico, para que a organização consiga 
vislumbrar um futuro perene com lucratividade e eficiência.
Com o passar do tempo, conforme aprendemos neste capítulo, os 
conceitos de estratégia originados no militarismo, foram aos poucos 
introduzidos no mundo da administração, chegaram com uma ferramenta 
fundamental para as organizações modernas, utilizando vários tipos 
de estratégias, cabendo ao gestor escolher a estratégia que melhor se 
adequa às características da empresa.
Em resumo, podemos entender que não existe uma única estratégia, 
mas sim várias, para diferentes tipos de cenários e empresas, em que o 
flexibilidade e capacidade de mudar estratégias ao longo da trajetória 
da empresa, são fundamentais para se alcançar o sucesso empresarial.
Referências
ANSOFF, H. I. A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 1990. 
BRASIL ESCOLA. Napoleão Bonaparte: estratégias de guerra. 2020. 
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/
napoleao-bonapar te-estrategias-guerras .htm#:~ :text=A%20
t%C3%A1t i ca%20que%20era%20usada , como%20arma%20
fundamental%20a%20baioneta. Acesso em: 16 set. 2020.
CERTO, S. C. et al. Administração estratégica: planejamento e implantação 
da estratégia. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2 ed. Rio de Janeiro: 
Campus, 2010.
MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B. W.; LAMPEL, J. Safári de estratégias: 
um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2 ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2010.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e 
práticas - 34 ed. São Paulo: Atlas, 2018.
SILVA, R. O. Teorias da administração. 3 ed. São Paulo: Pearson, 2013.
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https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/napoleao-bonaparte-estrategias-guerras.htm#:~:text=A%20t%C3%A1tica%20que%20era%20usada,como%20arma%20fundamental%20a%20baioneta.
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/napoleao-bonaparte-estrategias-guerras.htm#:~:text=A%20t%C3%A1tica%20que%20era%20usada,como%20arma%20fundamental%20a%20baioneta.https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/napoleao-bonaparte-estrategias-guerras.htm#:~:text=A%20t%C3%A1tica%20que%20era%20usada,como%20arma%20fundamental%20a%20baioneta.
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https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia/napoleao-bonaparte-estrategias-guerras.htm#:~:text=A%20t%C3%A1tica%20que%20era%20usada,como%20arma%20fundamental%20a%20baioneta.
	Estratégia Empresarial
	Para Início de Conversa:
	Objetivo:
	1. Origens, Evolução do Conceito de Estratégia 
	2. Os 5 Ps da Estratégia 
	3. Tipologia das Estratégias e a Formulação da Estratégia Empresarial 
	Referências

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