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Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalhador (DORT)

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INTRODUÇÃO
Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são definidos
como um conjunto de patologias que atingem estruturas como músculos, tendões,
nervos, fáscias, ligamentos e líquidos articulares (sinóvias), tendo suas causas e
agravos por fatores laborais decorrentes, na sua grande maioria, da utilização excessiva
e/ou errônea do sistema musculoesquelético e da sua falta de tempo para recuperação.
De forma geral, as doenças incluídas nessa categoria apresentam evolução
insidiosa e com diferentes graus de incapacidades, que podem ser temporárias ou
permanentes. Possuem ainda origem multifatorial e suas etiologias incluem, além dos
conhecidos estressores físicos, biomecânicos e ergonômicos, questões psicossociais e
organizacionais.
No Brasil, segundo o Estudo Saúde Brasil 2018, realizado pelo Ministério da Saúde,
tanto as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) quanto os Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho representam as doenças que mais afetam os trabalhadores,
tendo havido um aumento de 184% nos registros entre os anos de 2007 e 2016.
Segundo a mesma pesquisa, os profissionais mais acometidos foram faxineiros,
operadores de maquinários, alimentadores de linhas de produção e cozinheiros, sendo as
queixas/enfermidades mais recorrentes as lesões nos ombros e inflamação em articulações
e tecidos que recobrem os tendões.
Apesar das Lesões por Esforços Repetitivos (LER) não serem
obrigatoriamente um distúrbio relacionados ao trabalho, quando vinculados a uma
atividade laboral tornam-se um subgrupo importante e expressivo dos DORT.
Como o próprio nome já bem descreve, a LER é causada por atividades realizadas de
forma repetitiva e continuada sem tempo hábil de descanso para o maquinário
musculoesquelético, na qual há incompatibilidade entre a exigência das tarefas e as
capacidades funcionais do indivíduo.
Dentre esse amplo grupo de patologias, citaremos a seguir a Síndrome do Túnel do
Carpo, Epicondilite, Dedo em Gatilho e Bursite, traçando para cada qual sua
definição, fisiopatologia de forma resumida, fatores de risco de natureza ocupacional,
quadro clínico e medidas de tratamento, controle e prevenção.
Além desses, também será abordada nos mesmos moldes a Tenossinovite de De
Quervain, que apesar de não se enquadrar especificamente como uma LER por não ter
sua causa primária necessariamente no esforço repetitivo, é também uma causa
recorrente, e por isso de importância dentre os Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho.
Síndrome do Túnel do Carpo
Definição
A síndrome do túnel do carpo (STC) é definida pela compressão dolorosa do nervo
mediano do túnel do carpo, unilateral ou bilateral, sendo essa considerada a mais
recorrente síndrome compressiva de nervos periféricos.
A prevalência entre mulheres quando comparada aos homens (9:1),e é
comumente observada na faixa-etária entre 40 e 59 anos. (FILHO e OLIVEIRA, 2017)
Pode ser definida como aguda, causada por traumas, ou crônica, que requer
avaliação mais criteriosa.
Todavia, a classificação mais importante em relação a STC cursa em relação a sua
etiologia, podendo essa ser idiopática ou de origem secundária.
Na STC idiopática a afecção é associada a fatores como idade, genética e
antropometria (mais especificamente ao tamanho do túnel do carpo), além de questões
relacionadas ao estilo de vida, sendo o tabagismo, a obesidade e o sedentarismo fatores de
risco.
Por sua vez, como causas secundárias devem ser consideradas as anomalias de
continente, que versam sobre as modificações da parede do túnel do carpo, geralmente em
decorrência de irregularidades ósseas, anomalias do conteúdo, que abarcam uma gama
maior de outras patologias, e a chamada síndrome do túnel do carpo dinâmica, na qual
os movimentos realizados de forma repetitiva e continuada, a compressão, ou ainda a
exposição à vibração intensa, levam a um aumento de pressão no interior e estresse
da estrutura em questão.
No tocante a fisiopatologia, o processo relacionado ao desenvolvimento da STC
de origem laboral é simples e refere-se basicamente ao desenvolvimento da
anormalidade estrutural das fibras nervosas decorrente da desmielinização
segmentar localizada, consequência da compressão do túnel do carpo por muito
tempo e que, inclusive, pode levar a um processo isquêmico transitório na região.
1.2 Fatores de risco de natureza ocupacional
De forma geral, incluem-se como fatores de risco para o desenvolvimento da
patologia:
· a necessidade do uso da força durante os movimentos;
· a compressão da palma das mãos e punhos por longos períodos;
· a exposição a altas vibrações;
· gestos repetitivos de flexão e extensão do punho;
· má utilização dos objetos de trabalho;
· não realização de pausas programadas para descanso dos membros;
· falta de recursos ergonômicos; e
· exposição a baixas temperaturas.
1.3 Quadro Clínico
A STC tem início e instalação insidiosa, com quadro variável a depender da
atividade realizada pelo paciente e o estágio de acometimento. Entretanto, de forma
geral, dentre os sinais e sintomas mais comumente relatados estão:
· Dor
· Hipoestesia;
· Parestesia nos dedos;
· Dor irradiada para a região proximal do braço e ombro;
· Diminuição de força de preensão;
· Déficit sensitivo; e
· Hipotrofia da musculatura tenar.
Cabe ainda ressaltar que em relação ao estágio da doença, é comum na fase
inicial quadro sintomatológico brando, com percepção apenas de dor
localizada e leve parestesia dos dedos, sendo vivenciada apenas no período
noturno. Já no desenvolver da patologia, demais sintomas começam a ser
percebidos e referidos em qualquer horário, sendo considerado o estágio avançado
quando na existência de déficit motor e/ou sensitivo.
1.4 Tratamentos e Medidas de Controle e Prevenção
Como forma de tratamento para a STC, é preciso, primeiramente, a avaliação e
definição do estágio da patologia. Casos mais leves e agudos podem ser tratados com
a imobilização noturna da mão e antebraço acometido e, eventualmente, com o uso de
anti-inflamatórios. Porém, casos crônicos podem requerer infiltração de corticoide, bem
como àqueles considerados graves e/ou avançado medidas mais invasivas, como
cirurgias de retinaculotomia (secção do retináculo dos flexores) corte en este ligamento
para dejarlo abierto y aumentar el espacio dentro del túnel para que deje de comprimir
al nervio mediano. Este procedimiento provoca una mínima traslación de los flexores
2 Epicondilite
2.1 Definição e Fisiopatologia
A epicondilite lateral, mais conhecida pelo nome em inglês “cotovelo de tenista”, é
uma patologia frequentemente encontrada hoje tanto no esporte (particularmente o
tênis) quanto nas atividades profissionais, seja pela força (ofícios manuais, construção,
etc.)
É uma tendinopatia caracterizada por uma degeneração crónica do tendão e
principal responsável da dor na região do epicôndilo lateral dos inviduos entre os 30
e os 60 anos de idade, dor que no membro dominante do sexo feminino parece ser
mais severa e duradora (Dimitrios, 2016).
A epicondilite lateral (EL) é uma lesão decorrente microtraumas ou
microrrupturas da musculatura extensora, em especial, do extensor radial curto do
carpo que desencadeiam reação inflamatória frente aos esforços repetitivos nas atividades
com a mão como torcer, virar, apertar as mãos ou segurar com força, (Kachanathu et al.,
2019).
2.2 Fatores de risco de natureza ocupacional
Considera-se como fator de risco toda profissão que exige esforço repetitivo e
contínuo ou atividades que usam muito movimentos com o punho do tipo virar, torcer,
apertar sendo essas:
● Carpinteiro
● Dentista
● Tenista
● Faxineiro
● Operadores de máquinas fixas
2.3 Quadro Clínico
A apresentação dos sinais e sintomas da epicondilite lateral pode ser aguda,
subaguda ou insidiosa.
· O paciente refere dor localizada ao nível do epicôndilo lateral que piora gradualmente
· Irradiação da dor para a região dorso-lateral do antebraço.
·Limitação dos movimentos
· Hipoestesia
· Déficit sensitivo
No início da doença, a dor geralmente é localizada e leve e no estágio
avançado aparecem outros sintomas e sinais como a irradiação da dor, déficit motor
e sensitivo.
2.4 Tratamentos
Em relação ao tratamento, inicialmente pode-se lançar mão de antiinflamatórios e
crioterapia, além de repouso relativo do punho, alongamento, exercícios isométricos e
isotônicos (a partir de 2-3 semanas).
Todavia, se os sintomas persistirem, é feita a imobilização do punho com tala
do antebraço, podendo também, em último caso, ser necessária intervenção cirúrgica
para tratamento artroscópico, com a ressecção do tecido patológico e estimulação
da irrigação sanguínea local

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