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Disturbios Osteomusculares

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Distúrbios Osteomusculares 
ENTORSE 
à DEFINIÇÃO 
A entorse é uma lesão ligamentar, em que 
ocorre estiramento ou ruptura de ligamentos, 
podendo ocorrer devido a movimentos 
violentos de uma articulação, sendo uma das 
lesões mais comuns na população ativa e nos 
atletas. 
Geralmente, acontece quando pisamos em 
falso ou durante a prática de esportes, 
envolvendo, portanto, lesão dos ligamentos 
laterais. 
à MECANISMOS DA LESÃO 
A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelos 
mecanismo contensor dos ligamentos talo-
fibular anterior, talo-fibular posterior e calcâneo-
fibular. 
 
O mecanismo de lesão habitual é a inversão do 
pé com flexão plantar do tornozelo, numa 
intensidade além do normal, que acontece 
geralmente ao pisar em terreno irregular ou 
degrau. 
Assim, esse movimento proporciona uma lesão 
que se inicia no ligamento talo-fibular anterior, 
podendo progredir para uma lesão do 
ligamento calcâneo-fibular, com o aumento da 
energia do trauma. 
Ressalta-se que, a lesão do ligamento talo-
fibular posterior é rara, ocorrendo apenas na 
luxação franca do tornozelo. 
 
à CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES 
 
• GRAU I: estiramento ligamentar. 
• GRAU II: lesão ligamentar parcial. 
• GRAU III: lesão ligamentar total. 
à QUADRO CLÍNICO 
• Dor; 
• Edema localizado; 
• Equimose após 48h; 
• Dificuldade para deambular. 
TESTE DA GAVETA: usado para avaliação de 
lesões do ligamento cruzado posterior; 
classifica a extensão da lesão, de acordo com 
o grau de posteriorização da tíbia em relação 
ao fêmur com o joelho flexionado em 90º, sendo 
que, quanto maior a posteriorizacão, mais 
instável está o joelho e maior é o acometimento 
do ligamento cruzado posterior (grau I: 
translação até 0,5 cm; grau II: translação até 1 
cm; grau III: translação acima de 1 cm). 
à DIAGNÓSTICO 
• Clínico. 
à EXAMES COMPLEMENTARES 
• Raio-X: quando há suspeita de fraturas, 
sendo a mais comum fratura do 5º metatarso 
(caracterizada por edema em maléolo 
lateral). 
• RNM: casos de persistência da dor após 3 
meses da lesão inicial, com o objetivo de 
investigar lesões associadas, como 
osteocondral, do impacto ântero-lateral, bem 
como identificar lesões ligamentares 
crônicas. 
à TRATAMENTO 
• Repouso por 3 dias; 
• Aplicação de gelo; 
• Elevação do membro afetado; 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
• Proteção articular com imobilização ou tala 
gessada; 
• Uso de AINES (diminuição da dor e edema, 
com melhora precoce da função articular). 
TRATAMENTO PARA LESÕES LEVES: é 
sintomático, com manutenção da imobilização 
até a melhora dos sintomas, que leva cerca de 
1-2 semanas. 
TRATAMENTO PARA LESÕES COMPLETAS: 
é sintomático, sendo que proteção articular com 
imobilizadores semi-rígidos possibilitou retorno 
mais rápidos às atividades físicas e laborativas, 
quando comprada à imobilização gessada. 
Em relação ao tratamento cirúrgico, este não 
mostrou superioridade no retorno precoce à 
atividade física, apenas parece evoluir com 
menor instabilidade residual. 
OBS.: Outros tipos de imobilização funcional, 
como enfaixamento e imobilizadores elásticos, 
tem resultados inferiores aos imobilizadores 
semi-rígidos e rígidos. 
Portanto, a preferência é dada ao tratamento 
conservador para as lesões agudas, com 
atenção a pacientes que possam permanecer 
sintomáticos. 
LUXAÇÃO 
à DEFINIÇÃO 
A luxação é uma lesão na qual as extremidades 
ósseas que formam uma articulação ficam 
deslocadas, permanecendo desalinhadas e 
sem contato entre si. 
Assim, consiste no desencaixe de um osso da 
articulação, podendo ser causada por pressão 
intensão ou violenta contração muscular que 
deixa o osso numa posição anormal. 
Além disso, quase sempre, ocorre ruptura da 
cápsula articular, o rompimento de ligamentos 
e, com frequência, lesões dos nervos. 
à QUADRO CLÍNICO: 
• Dor intensa; 
• Deformidade local; 
• Cavidade entre as superfícies articulares; 
• Articulação visivelmente fora de lugar ou 
disforme; 
• Impossibilidade de movimentação (bloqueio 
articular); 
• Edema local; 
• Equimose 
SINAL DA TECLA OU SINAL DO CABIDE: 
consiste na elevação, similar a um degrau, na 
região lateral da clavícula, bem como o 
aumento da mobilidade (casos mais graves de 
luxação acromioclavicular). 
 
à DIAGNÓSTICO 
• Clínico + Exame Radiológico. 
• Raio-X deve ser solicitado para analisar a 
direção e a extensão da luxação, bem como 
para descartar a possibilidade de fraturas. 
à TRATAMENTO 
• Analgesia; 
• Redução da luxação (em casos que não há 
fratura); 
• Imobilização por algumas semanas; 
• Aplicação de gelo; 
• Em muitos casos, quando a articulação é 
liberada para movimentação, deve-se iniciar 
fisioterapia para fortalecimento dos tendões, 
ligamentos e músculos. 
OBS.: O tratamento deve ser o mais rápido 
possível devido ao alto risco de isquemia. 
OBS.: Após a redução, ocorre alívio da dor. 
FRATURAS 
A fratura consiste na perda da continuidade 
óssea, seja ela parcial ou completa. 
à CLASSIFICAÇÃO 
1. ISOLAMENTO DO FOCO 
• Fechada. 
• Exposta. 
2. TRAÇO DA FRATURA 
• Completa ou incompleta. 
• Simples (único) ou cominutivas (vários 
fragmentos). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
- As fraturas cominutivas resultam de 
traumatismos diretos de grande 
intensidade em que uma alta energia 
lesiva é transferida ao osso. 
• Transversa ou oblíqua ou espiralada. 
- As fraturas oblíquas longas ou 
espiraladas resultam, geralmente, de 
traumatismos indiretos, com 
componentes contorcionais. 
3. LOCALIZAÇÃO DO TRAÇO 
• Diafisária. 
• Metafisária. 
• Epifisária. 
4. DESVIO DA FRATURA 
• Desvios no plano frontal: desvio medial, 
desvio lateral, desvio em valgo (aponta 
em direção à linha mediana) e desvio em 
varo (aponta em direção lateral). 
• Desvios do plano sagital: desvio anterior, 
desvio posterior e desvio angular anterior/ 
posterior. 
• Desvios no plano transversal: desvio em 
rotação externa/interna, diástase 
(fragmentos afastados) e cavalgamento 
(fragmentos sobrepostos). 
5. DENOMINAÇÕES ESPECIAIS 
• Subperiosteal ou Toro: típica fratura que 
ocorre na criança em que, devido à 
extrema elasticidade do osso, ele 
“amassa” ao invés de quebrar. 
• Em Galho Verde: típica fratura na criança 
em que, devido à elasticidade do osso, 
um dos córtices quebra e o outro fica 
“amassado”. 
• Patológica: fratura que ocorre em um 
osso que foi previamente enfraquecido 
por um processo patológico. 
• Impactada: fratura provocada por uma 
força axial, fazendo com que haja 
penetração de um fragmento ósseo no 
outro. 
• Fratura por Fadiga: fratura se instala 
vagarosamente devido à confluência de 
microfraturas que surgem em decorrência 
de pequenos traumatismos ou esforços 
aplicados ciclicamente no osso. 
• Fratura de Colles: fratura que ocorre mais 
em pessoas que já tem um certo grau de 
enfraquecimento ósseo por osteoporose; 
é causada por uma queda em que o 
indivíduo apara a mão espalmada, 
causando uma fratura da metáfise distal 
do rádio, com desvio dorsal (deformidade 
em dorso de garfo). 
• Fratura de Jefferson: fratura da primeira 
vértebra cervical (atlas), a qual está muito 
relacionada com pular de cabeça na 
piscina. 
• Fratura de Chance: fratura transversa das 
vértebras torácicas ou lombares, 
sobretudo L3 e L4, resultante da 
hiperflexão da coluna, relacionada, 
muitas vezes, ao uso do cinto de 
segurança). 
• Fratura de Salter-Harris: fratura do disco 
epifisário (placa de crescimento). 
 
à QUADRO CLÍNICO 
• Dor; 
• Edema; 
• Crepitação (sensação tátil correspondente 
ao atrito de fragmento ósseo contra o outro); 
• Deformidade; 
• Mobilidade anormal. 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
à DIAGNÓSTICO 
• História Clínica + Exame Físico + 
Radiografia. 
à TRATAMENTO CONSERVADOR 
• Analgesia; 
• Redução da fratura; 
• Imobilização; 
• Se necessário, fisioterapia. 
INDICAÇÕES: fraturas incompletas ou sem 
desvios; fraturas fechadas diafisárias e 
metafisáriasnas crianças; fraturas diafisárias 
de tíbia do adulto sem desvio; fraturas de 
coluna vertebral sem instabilidade ou sem 
grande achatamento; fratura de Colles. 
OBS.: NÃO SE DEVE REDUZIR FRATURAS 
EXPOSTAS DEVIDO AO ALTO RISCO DE 
OSTEOMIELITE. 
à TRATAMENTO CIRÚRGICO 
• Redução da fratura; 
• Utilização de fixadores externos ou internos. 
INDICAÇÕES: fraturas expostas; fraturas em 
que não se consegue redução adequada; 
fraturas com atraso de consolidação; fraturas 
diafisárias do fêmur, transtrocantéricas ou do 
colo do fêmur; fraturas diafisárias de tíbia do 
adulto com desvio; fraturas associadas a lesões 
vasculonervosas; fraturas intra-articulares com 
desvio; certas fraturas envolvendo a cartilagem 
de crescimento; fraturas patológicas em lesões 
malignas.

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