Buscar

HIGIENE_OCUPACIONAL_E_PREVENCAO_DE_RISCOS_AMBIENTAIS 04

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 62 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade 4
Livro Didático 
Digital
Dayanna dos Santos Costa Maciel
Higiene Ocupacional 
e Prevenção de 
Riscos Ambientais
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autora 
DAYANNA DOS SANTOS COSTA MACIEL
Dayanna dos Santos Costa Maciel
Olá! Meu nome é Dayanna dos Santos Costa Maciel. Sou formada 
em Administração pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) 
com Mestrado acadêmico nessa mesma área de conhecimento, este com 
ênfase em Estratégia e Inovação (pela Universidade Federal da Paraíba 
em 2019). Também possuo mestrado acadêmico em Gestão de Recursos 
Naturais (UFCG, 2014) com ênfase de pesquisa em Estratégia Ambiental 
focada em modelos e ferramentas de gestão nas empresas. Tenho 
experiência técnico-profissional no ensino da Administração ministrando 
disciplinas como Planejamento Estratégico, Sustentabilidade e Gestão, 
Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, entre outras ao nível 
de graduação e pós-graduação. Adoro transmitir meus conhecimentos e 
minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
A AUTORA
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Agentes Químicos: Conceituação e Classificação....................10
Agentes Químicos: Conhecendo as vias de Penetração.............................10
Classificação dos Agentes Químicos................................................................................13
Limites de Tolerância e Avaliação dos Agentes Químicos.............20
Avaliação de Riscos Químicos: Visão Geral ................................................................20
Planejamento de amostragem............................................................................................25
Limites de Tolerância para Agentes Químicos....................................................30
Trabalho em Espaços Confinados, Radiações e Pressões 
Anormais.........................................................................................................33
Espaços Confinados: Conceito e Riscos Ocupacionais....................................33
Procedimentos de Segurança em Espaços Confinados...................................38
Radiações e Pressões Anormais ..........................................................................................43
Ergonomia no Ambiente Ocupacional: Uma Visão Geral ................47
Ergonomia: Noções Gerais........................................................................................................47
Metodologias de Avaliação Ergonômica...................................................................55
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 7
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
04
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais8
INTRODUÇÃO
Você sabe exatamente qual o risco que trabalhadores incorrem ao 
manipular substâncias químicas ou desenvolver suas atividades laborais 
em um ambiente ocupacional na presença dessas? Refletiu como se 
dá as exposição do trabalhador ao risco ocupacional em ambientes 
confinados? Ou imaginou como aspectos ergonômicos influenciam a 
saúde do trabalhador? Calma! Sei que muitas informações vieram a sua 
mente nesse momento e aqui vamos te ajudar a encontrar ordenadamente 
respostas para estes questionamentos. Pois bem nessa unidade vamos 
no primeiro momento aprofundar nosso conhecimento sobre agentes 
químicos conhecendo algumas definições centrais, a classificação, vias 
de penetração, limites de tolerância, legislação, avaliação, etc. Em um 
segundo momento, vamos aprender o que envolve uma atmosfera de 
um espaço confinado, e aprofundar nosso entendimento sobre radiação 
e pressões anormais. Por último, iremos definir ergonomia, vamos então 
entender como os princípios norteadores desse conceito são aplicados 
em diferentes ambientes ocupacionais. Então, ficou curioso(a)? Então 
prepare-se, ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar nesse mar 
de conhecimento!
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Entender as definições básicas relacionadas a agentes químicos 
e sua classificação;
2. Avaliar os riscos e limites de tolerância à exposição de agentes 
químicos atribuídos pela legislação em vigor;
3. Avaliar a atmosfera de espaços confinados, radiações e pressões 
anormais;
4. Compreender aspectos genéricos da ergonomia no ambiente 
ocupacional.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais10
Agentes Químicos: Conceituação e 
Classificação
INTRODUÇÃO
Ao término deste capítulo você terá conhecimento de uma 
base teórica que permitirá você entender o que são agentes 
químicos e como esses se classificam. Nesse sentido aqui 
você vai conhecer algumas definições básicas relacionadas 
ao organismo humano que estão diretamente vinculadas 
com os riscos químicos. Isso é de suma importância para 
a sua atuação profissional, uma vez que a partir desse 
conhecimento você terá condições de identificar em um 
ambiente de trabalho quais agentes químicos presentes 
podem provocar danos à saúde do trabalhador através da 
penetração desses no organismo humano por diferentes 
vias. E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Agentes Químicos: Conhecendo as vias de 
Penetração
Nessa unidade vamos aprofundar o conhecimento sobre agentes 
químicos. Em unidades anteriores abordamos os agentes químicos de 
forma breve, e agora é o momento e entendermos as especificidades 
desses agentes. Para tanto vamos recordar inicialmente o conceito de 
agente químicos.
Revisando: Na higiene ocupacional, os agentes químicos são 
definidos como substâncias, elementos, compostos ou resíduos de 
composição química que, durante sua fabricação, armazenamento, 
manuseio e transporte pode exercer sua capacidade de ação tóxica sobre 
o organismo ou a contaminar o ar do ambiente de trabalho. 
No campo nas normatização desse tipo de agentes, os agentes 
químicos são definidos pela legislação brasileira pela norma NR 09 - 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (1978) como:
[...] as substâncias, compostos ou produtos que possam 
penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 11
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, 
pela natureza da atividade da exposição, possamter contato 
ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou ingestão. 
(BRASIL/NR 09, 1978).
Os agentes químicos se apresentam de forma massiva nos 
diferentes tipos de indústria. São exemplos de indústrias nesse sentido: 
produção de plásticos, fertilizantes, saneantes, álcool, galvanoplastia, 
têxtil, petroquímica, mineração, entre outras. Nesse sentido temos os 
produtos químicos que têm sido utilizados desde o princípio da civilização 
humana para os mais diversos fins. 
Agora que revisamos o conceito de agentes químicos e que 
sabemos esses se apresentam em diversos tipos de indústria podemos 
concluir que os trabalhadores nesse contexto diariamente lidam com essas 
substâncias. Então, como elas podem ser fonte de risco a saúde desses? 
Bem, sabemos que a danos à saúde ao trabalhador se dá quando esse 
entra em contado com os agentes químicos acima do limite permitido. 
Nesse contato, o agente químico pode penetrar no organismo humano 
por meio de diferentes vias: respiratória, via percutânea e digestiva. 
Vamos começar entendendo a penetração por via respiratória. Para 
tanto, você lembra quais órgãos compõem nosso sistema respiratório e 
como esse funciona? Se você faz tempo que estudou a anatomia humana 
ou se faltou a essa aula de biologia, vamos resgatar esse conteúdo aqui, 
pois nos ajudará a entender como em um ambiente ocupacional os 
agentes químicos podem penetrar por meio desse sistema e causar danos 
à saúde do trabalhador. A figura 1 ilustra o sistema respiratório humano. 
VOCÊ SABIA?
O Sistema respiratório humano é “o conjunto de órgãos que 
controlam a entrada, filtragem, aquecimento, umidificação 
e saída do ar. A função do sistema respiratório é trocar os 
gases envolvidos no processo de respiração celular, logo 
tem como função captar oxigênio atmosférico e liberar o 
CO2 produzido no organismo para o meio ambiente. Esse 
processo de troca gasosa entre sistema respiratório e o 
sangue é denominado hematose. O processo respiratório 
é fundamental no fornecimento do oxigênio para todas 
as células do corpo humano para a manutenção da vida” 
(PEIXOTO; FERREIRA, 2013, p.15).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais12
Agora que você já recordou como nosso sistema respiratório e 
composto, é importante saber que ao inalar um agente químico acima 
dos limites de tolerância permitido dados a saúde do ser humano pode se 
manifestar em qualquer um desses órgãos, bem como nas demais partes 
do corpo uma vez que a substância química chega ao sangue. Além disso, 
deve-se considerar o no ambiente ocupacional o ar respirado deve ser 
respirável. A esse respeito assevera Peixoto e Ferreira (2013, p.18):
Ar respirável se constitui em uma composição na qual o 
organismo humano possa ficar exposto sem sofrer danos ou 
incômodos. Constituem-se riscos respiratórios a exposição a 
ambientes com deficiência de oxigênio (<19,5 %), contaminados 
por aerodispersóides, gases e vapores que produzam situações 
ambientais que possam ser consideradas imediatamente 
perigosas à vida e saúde ou situações que produzam efeitos 
nocivos a curto ou longo prazo.
Portanto devemos ter em mente que um ambiente ocupacional 
seguro trabalhador o ar deve conter oxigênio suficiente para a 
manutenção do organismo humano e estar livre de agentes químicos 
como aerodispersóides, gases e vapores. Isso porque a via respiratória é 
a principal via de penetração de agentes químicos no organismo humano, 
haja vista o trabalhador inalar grande volume de ar e a maioria dos agentes 
químicos contaminantes se misturam a esse em forma de poeira gases e 
vapores. Portanto lembre-se: em ambientes de manipulação de agentes 
químicos deve-se rigorosamente obedecer os limites de tolerância e fazer 
uso de equipamentos de proteção como máscaras respiradoras, uma vez 
que essa é a principal fonte de contaminação (o ar).
Além da contaminação por vias respiratórias, o trabalhador pode se 
contaminar por meio da penetração da substância na pele (via percutânea) 
e pela ingestão (via digestiva). No caso da pele ela é um mecanismo de 
proteção a penetração de muitas substâncias, como a poeira por exemplo. 
Contudo uma poeira composta por agentes químicos pode em contato 
com a pele podem causar desde simples irritações até mesmo atingir o 
sangue dando origem a efeitos tóxicos. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 13
A respeito desse tipo de penetração devemos ter o cuidado em 
qualquer ambiente ocupacional com a presença e manipulação de 
agentes químicos, mesmo que os limites de tolerância atrelados ao ar 
sejam respeitados, uma vez que reações adversas na pele podem aparecer 
apenas com o contato independendo o grau de exposição do trabalhador. 
Nessas condições o ideal é que o trabalhador desenvolva suas atividades 
sempre protegido por equipamentos de proteção individual como luvas, 
capas e macacões resistentes a substância exposta.
Por fim temos a contaminação por via digestiva, essa ocorre de 
forma acidental quando por exemplo um trabalhador pelo manuseio 
contamina um alimento e ingere. Para esse via de contaminação os 
mecanismos de prevenção são os cuidados de higiene como lavar as 
mãos, etc. Uma vez que agora conhecemos as vias de contaminação, 
passamos ao entendimento dos tipos de agentes químicos de risco e 
de como manipular corretamente produtos compostos por substâncias 
nocivas. 
Classificação dos Agentes Químicos
Na unidade 2 aprendemos que os agentes químicos contaminantes 
podem apresentam-se objetivamente em forma de partículas 
(aerodispersóides) ou gases e vapores. Toda classificação portanto dos 
agentes químicos de baseia na forma como esses agentes se apresentam. 
A contaminação de partículas sólidas ou líquidas, ou seja, a 
contaminação por aerodispersóides é condicionada às seguintes variáveis 
da substância química: tamanho, forma, densidade, velocidade de reação 
e concentração na atmosfera. Por exemplo, o tamanho das partículas 
está relacionada diretamente com a forma de penetração do agente 
químico no organismo. Pelo tamanho da partícula os aerodispersóides 
são classificados em: inaláveis, torácicos, respiráveis e invisíveis. Essa 
classificação é apresentada no quadro 1.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais14
Quadro 1: Classificação do material particulado
Tipo de 
Particulado
Tamanho 
Aproximado
(μm)
Observação
Inalável 0 a 100
Entra através do nariz e da 
boca.
Torácico 0 a 25 Penetra através da laringe.
Respirável 0 a 10
Penetra nos bronquíolos, 
atingindo a região de trocas 
gasosas.
Visível Ø > 50
Partícula visíveis ao olho 
humano.
Fonte: Peixoto e Ferreira (2013, p. 19)
Por que então é importante conhecermos a classificação disposta 
no quadro 1? Uma vez conhecendo a classificação e o tamanho das 
partículas podemos na prática da higiene ocupacional identificar então 
qual a via de contaminação mais suscetível e priorizar medidas de 
proteção corresponde a essa via para reduzir o risco de contaminação do 
trabalhador no ambiente ocupacional. 
Além de serem classificadas pelo tamanho os aerodispersóides 
podem ser classificados pelo estado físico e pela sua ação no organismo 
humano, conforme aprendemos na Unidade 2 e revisa o quadro 2.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 15
Quadro 2: Classificação dos aerodispersóides 
Classificação Exemplos
Forma 
Física
Poeiras
Exemplos de processos que produzem pós, podemos 
citar: mineração, moagem, jato de areia, transformação de 
calcário, amianto, pós de madeira, etc.
Neblinas
Partículas líquidas geradas pela condensação de vapores 
de um líquido. Exemplos neblina de água e de ácidos.
Névoas
Partículas líquidas geradas pela ruptura mecânica de um 
líquido. Exemplos: nebulização de agrotóxicos e pintura tipo 
spray.
Fumos
Partículas de fumo que se formam ao soldar, onde os 
vapores do metal fundido se esfriam, solidificam e são 
aerotransportadas. Também se produzem nos processosde fundição de metais.
Fumaça
Misturas de gases, vapores e aerodispersóides 
provenientes da combustão incompleta de materiais. 
Exemplos: fumaça proveniente da combustão de madeira 
e plástico.
Fibras
São partículas sólidas produzidas por rompimento 
mecânico com característica física de um formato 
alongado. Exemplo: amianto.
Ação no 
orga-
nismo 
humano
Incômo-
das
Partículas não contendo asbesto (amianto) ou com teor de 
sílica cristalina abaixo de 1 %, sem efeito tóxico conhecido, 
mas que não podem ser consideradas biologicamente 
inertes. Exemplos: gesso, calcário, etc. São conhecidas como 
PNOC – Particulate Not Otherwise Classified, ou ainda, PNOS 
– Particulates Not Otherwise Specified.
Fibrogêni-
cas
Alteram a estrutura celular dos alvéolos restringindo 
a capacidade de troca de oxigênio. Exemplos: sílica 
cristalina, amianto, berílio, ferro e algodão.
Irritantes
Irritam, inflamam e ulceram o trato respiratório. Exemplos: 
névoas ácidas ou alcalinas.
Produtoras 
de febre
Produzem calafrios e febre. Exemplos: fumos decobre e 
zinco.
Sistêmicas
Provocam danos em órgãos ou sistemas do organismo. 
Exemplos: cádmio, chumbo e manganês.
Alergêni-
cas
Produzem reações alérgicas devido à formação de 
anticorpos. Exemplos: pólen, pelos de animais e fungos.
Cancerí-
genas
Provocam câncer após período latente. Exemplos: 
amianto, cromatos e radionuclídeos.
Mutagê-
nicas e 
teratogê-
nicas
Induzem mutação e nível celular (mutagênicas) ou alterações 
genéticas (teratogênicas). Exemplos: chumbo e mercúrio.
Fonte: Peixoto e Ferreira (2013, p. 20-22).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais16
No que tange a contaminação por partículas gasosas, essa pode 
dar-se por meio de gases e vapores. É importante que saibamos bem o 
que diferencia gás e vapor, embora na prática da higiene ocupacional as 
ações preventivas aplicadas a ambos são comuns. Por definição, segundo 
Forgaça (2018) gás é uma substância no estado gasoso quando submetida 
a condições normais de temperatura e pressão enquanto os vapores são 
substâncias no estado gasoso que, quando condicionados a temperatura 
ambiente de 25°C e pressão atmosférica de 760 mmHg, apresentam-se 
no estado líquido.
EXPLICANDO MELHOR
Para melhor compreendermos a diferença entre gás e 
vapor temos o seguinte exemplo: em um ambiente com 
na temperatura de 29°C e pressão de 760mmHg temos a 
presença de vapor de água e gás hélio, por um dado motivo 
qualquer esse ambiente foi esfriado a temperatura de 25°C. 
Após o resfriamento o hélio continuou no estado de gasoso 
mas o vapor de água passou a ser água em estado líquido 
ou sólido. 
No âmbito da higiene ocupacional tanto os gases como os vapores 
podem ser classificados tanto por sua composição, bem como por sua 
ação no organismo humano quando contaminado. O quadro 3 resume 
essa classificação.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 17
Quadro 3 – Classificação dos gases e vapores
Classificação Exemplos
Composição
Vapores 
orgânicos
Álcool etílico, benzeno e xileno.
Gases ou Vapores 
ácidos
Cloro, ácido clorídrico e CO2
Gases ou Vapores 
alcalinos
Amônia e amina.
Gases ou vapores 
especiais
Monóxido de carbono e agrotóxicos.
Ação no 
organismo 
humano
Irritantes
Irritantes primários atuam no local de contato 
com o organismo, isto e, não exercem 
ação tóxica no organismo como um todo 
(cloro e gás lacrimogêneo) e os irritantes 
secundários que além de atuar nos locais de 
contato produzem efeitos tóxicos em todo o 
organismo (gás sulfídrico).
Sensibilizantes
Produzem uma resposta imunológica do 
organismo a um químico. Alguns ramos 
de indústria utilizam substâncias que são 
sensibilizantes como: a indústria da borracha, 
dos corantes e dos aditivos de uma forma 
geral.
Anestésicos
Ação depressiva no sistema nervoso 
central (reduz a capacidade mental e física, 
diminuindo a habilidade para a realização de 
tarefas). Exemplos: eteno, benzeno, tolueno e 
álcool etílico.
Asfixiantes
Bloqueio dos processos vitais devido a falta 
de oxigenação. Podem ser simples, quando 
em altas concentrações no ar substituem o 
oxigênio (metano, etano e CO2) ou químicos, 
quando interferem na oxigenação das células 
(monóxido de carbono).
Sistêmicos
Provocam alterações funcionais em órgãos ou 
sistemas do organismo. Exemplos: mercúrio 
(sistema nervoso e rim) e fósforo (ossos).
Alergênicos Resinas epóxi.
Cancerígenos Cloreto de vinila e benzeno
Mutagênicos e 
teratogênicos
Diclorobuteno
Fonte: Peixoto e Ferreira (2013, p. 22-23).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais18
Como podemos observar as substâncias químicas agem de forma 
diferente no organismo humano. Então, como podemos o potencial 
tóxicos dos aerodispersóides e dos gases de vapores? Para fazer essa 
avaliação é considerado os seguintes critérios: concentração, frequência 
respiratória e capacidade pulmonar, sensibilidade individual, toxicidade e 
tempo de exposição. A relação de cada um desses critérios com a ação 
da substância no organismo humano é apresentada no quadro 4.
Quadro 4: Avaliação de agentes químicos com risco de contaminação. 
Critério Avaliação Definição/Observações
Concentração
Quanto maior a 
concentração, 
maiores serão os 
efeitos nocivos 
sobre o organismo 
humano.
Torna muito importante dimensionar 
corretamente os métodos de 
amostragem, principalmente na 
escolha dos equipamentos de medição 
envolvidos, que devem ser adequados e 
precisos.
Frequência 
respiratória e 
capacidade 
pulmonar
Quanto maior a 
capacidade maior 
será a absorção do 
agente químico.
Quantidade de ar inalado pelo 
trabalhador durante a jornada de 
trabalho.
Sensibilidade 
individual
Quanto maior os 
efeitos nocivos 
sobre o organismo 
humano.
Nível de resistência varia de indivíduo 
para indivíduo. Portanto um trabalhador 
pode apresentar características pessoais 
que podem levá-lo a sofrer os efeitos da 
exposição ao trabalho, de forma bastante 
particular, mesmo com exposições 
abaixo dos valores estabelecidos como 
limites.
Toxicidade
Quanto maior os 
efeitos nocivos 
sobre o organismo 
humano.
É o potencial tóxico da substância no 
organismo. Atenção redobrada deve 
ser dedicada aquelas substâncias que 
tem potencial tóxico mais elevado 
(normalmente limites de tolerância com 
valor muito pequeno), pois podem causar 
grandes efeitos nocivos mesmo em 
baixíssimas concentrações.
Tempo de 
exposição
Quanto maior 
o tempo de 
exposição maior 
será a absorção do 
agente químico.
 É o tempo que o organismo fica exposto 
ao contaminante. No dimensionamento 
da exposição do trabalhador devemos 
considerar todas as situações que 
constituem o ciclo de trabalho e 
de exposição, para assegurar que 
a amostragem e verdadeiramente 
representativa daquela exposição.
Fonte: Peixoto e Ferreira (2013, p. 23-24)
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 19
SAIBA MAIS
Gostaria de saber um pouco mais sobre exposição 
ocupacional aos resíduos de gases anestésicos? Então leia 
o artigo escrito por Oliveira (2009) disponível em: https://bit.
ly/32whJ8z>.
Agora você já conhecer os diferentes tipos de agentes químicos 
que podem ser fazer presente o ambiente ocupacional, bem como os 
principais critérios de avaliação de riscos ocupacionais relacionados 
a esses agentes. Ante a esses conhecimento no capítulo seguinte 
aprofundaremos sobre a avaliação, destacando os equipamentos de 
medição, limites de tolerância, entre outros aspectos importantes. 
RESUMINDO
E agora? Você se sente capaz de definir e diferenciar os 
tipos de agentes químicos que podem se fazer presente 
em um ambiente ocupacional? Você reconhece quais as 
vias de contaminação do organismo nesse contexto? Para 
garantirmos vamos revisar o que vimos nesse capítulo. 
Inicialmente recordamos o conceito de agentes químicos, 
assim vimos que esses são substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via 
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,neblinas, 
gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade da 
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo 
organismo através da pele ou ingestão. Você também 
aprendeu aqui que a principal via de penetração de 
agentes químicos no organismo humano é a respiratória, 
seguida pela percutânea e digestiva. Por último vimos que 
os agentes químicos podem ser classificados com base 
na forma física com que se apresentam, seu tamanho, 
composição e principalmente pela sua ação no organismo 
contaminado. Assim sendo, deve-se avaliar esses agentes 
considerando os seguintes critérios em relação ao risco 
ocupacional: concentração, frequência respiratória e 
capacidade pulmonar, toxicidade e tempo de exposição.
https://bit.ly/32whJ8z
https://bit.ly/32whJ8z
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais20
Limites de Tolerância e Avaliação dos 
Agentes Químicos
INTRODUÇÃO
Ao término deste capítulo você será capaz de avaliar 
os riscos e limites de tolerância à exposição de agentes 
químicos atribuídos pela legislação em vigor. Aqui você 
aprenderá quais são os instrumentos utilizados para medir 
a presença de agentes químicos no ambiente ocupacional, 
limites de tolerância, entre outras informações importantes 
referentes à avaliação de agentes químicos. Esses conceitos 
irão dever direcionar sua atuação profissional no que 
tange ao estabelecimento de medidas preventivas e de 
controle de riscos ocupacionais relacionados a exposição 
do trabalhador a agentes químicos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Avaliação de Riscos Químicos: Visão Geral 
Para a avaliarmos o risco químico a qual um trabalhador está exposto 
em um dado ambiente ocupacional o que devemos ter na nossa bagagem 
de conhecimento teórico? E na prática, por onde devemos começar o 
processo? Bem, essas são as perguntas que vamos responder aqui. Isso 
porque em sua prática profissional uma boa avaliação é condicionada 
ao seu conhecimento a respeito dos agentes de risco e do ambiente de 
trabalho, bem como a amostra do agente químico analisada. 
A figura 2 representa a abrangência do que devemos conhecer para 
avaliar a exposição do trabalhador ao risco ocupacional relacionados a 
agentes químicos. Veja que se você chegou até aqui nos estudos você já 
adquiriu conhecimento sobre os agentes químicos (tipos, interação dos 
agentes com o organismo humano, etc.), desse ponto em diante você vai 
adquirir conhecimento mais específicos sobre avaliação e coleta assim 
obtendo o todo conhecimento que o profissional responsável por uma 
avaliação nesse contexto deve ter. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 21
Figura 1 - Avaliação de risco ocupacional: o conhecimento necessário 
Fonte: o autor
SAIBA MAIS
A American Conference of Governmental Industrial 
Hygienists (ACGHI) ou Conferência Americana de Higienistas 
Industriais Governamentais é uma associação privada de 
profissionais de higiene ocupacional e outros relacionados, 
sediada nos Estados Unidos da América (ANALYTICS 
BRASIL, 2020). Para saber mais sobre a importância da 
ACGHI no âmbito da avaliação de riscos ambientais acesse: 
<https://bit.ly/3gC8Yi8>.
Ao analisarmos o conteúdo da figura 1 você vai perceber que a 
avaliação a exposição do trabalhador ao risco químico é algo complexo 
que reúne vários aspectos. Para ilustrar vejamos no quadro 5 um modelo 
https://bit.ly/3gC8Yi8
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais22
para uma avaliação qualitativa dos riscos decorrentes da exposição 
do trabalhador à poeira do gesso que retrata as condições de saúde e 
segurança na qual estão submetidos os trabalhadores em indústrias 
relacionadas.
Quadro 5 – Modelo para Avaliação dos Riscos Decorrentes da Exposição do Trabalhador à 
Poeira do Gesso. Fonte: adaptado de Severo e Sousa (2017).
Modelo para Avaliação dos Riscos Decorrentes da Exposição do Trabalhador 
à Poeira do Gesso
O modelo consiste em um checklist (Figura A) e um questionário (Figura B) 
baseados nas normas técnicas e na legislação em vigor relacionadas a exposição 
do trabalhador a agentes químicos. Esse modelo pode ser aplicado em empresas 
produtoras de gesso para observar conformidades e não conformidades em 
relação às normas técnicas e legislação aplicável acerca da saúde e segurança 
do trabalhador expostos à poeira do gesso. Após a aplicação do checklist os 
dados serão avaliados com base nos parâmetros dispostos no quadro A, bem 
como os dados questionário com base no quadro B, ambos dispostos a seguir.
Figura A: Checklist
Fonte: Severo e Sousa (2017, p. 1140;1141)
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 23
Figura B – Questionário
Fonte: Severo e Sousa (2017, p. 1142).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais24
Quadro A– Parâmetros de Avaliação do Checklist
Fonte: Severo e Sousa (2017, p. 1139)
Quadro B– Parâmetros de Avaliação do Checklist
Fonte: Severo e Sousa (2017, p. 1139).
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre o Modelo para Avaliação dos Riscos 
Decorrentes da Exposição do Trabalhador à Poeira do 
Gesso leia o artigo completo de Severo e Sousa (2017) 
disponível em: <https://bit.ly/2EGhek8>.
Como podemos ver, o quadro 5 traz um modelo que está embasado 
no conhecimento do agente químico avaliado e as normas vigentes de 
proteção ao trabalhador. Com base nesse modelo é possível elaborar 
modelos similares contemplando outros tipos de indústrias e agentes 
químicos. Contudo, o modelo apresentado permite uma análise qualitativa, 
mas quando se busca por exemplo medir e avaliar a concentração de 
uma substância química no ambiente ocupacional, ou seja um a análise 
quantitativa, como devemos proceder? Devemos então analisar uma 
amostra, conforme o apresentado no item a seguir.
https://bit.ly/2EGhek8
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 25
Planejamento de amostragem
Os riscos químicos presentes em um ambiente ocupacional só 
podem ser avaliados de forma quantitativa a partir do momento que o 
profissional responsável pela avaliação extrai uma amostra da ou das 
substâncias químicas presentes no ambiente estudado. Uma amostra é 
uma pequena porção do agente químico presente no ambiente analisado 
que deve representá-lo como um todo extraída por um processo 
denominado de amostragem.
DEFINIÇÃO
Amostragem de agentes químicos é processo ou técnica de 
escolha, seleção e coleta de agentes químicos presentes 
no ambiente ocupacional e que expõe ao trabalhador a 
danos em sua saúde. 
Um processo adequado de amostragem é importante para que 
permitir uma análise que represente o mais próximo possível o quanto 
o trabalhador é exposto a substâncias no ambiente ocupacional. A esse 
respeito assevera Peixoto e Ferreira (2013, p. 27): 
Evidentemente a amostragem de agentes químicos é 
complexa, e o que devemos sempre ter em mente é que 
uma avaliação bem realizada é aquela mais representativa 
possível da exposição do trabalhador. A exatidão e precisão 
dos resultados obtidos, bem como o grau de confiabilidade 
exigido, dependerão muito do correto dimensionamento da 
amostragem e da qualidade do sistema de medição adotado. 
[...]Quanto melhor for a sensibilidade, precisão e exatidão do 
sistema de medição e quanto maior for o número de amostras, 
mais próximo estará a avaliação da verdadeira concentração.
Vejamos na colocação de Peixoto e Ferreira (2013) a importância da 
amostragem, ela é quem define a exatidão e precisão dos dados obtidos e 
a serem avaliados. Esse autores ainda destacam dois fatores importantes 
nesse contexto: dimensionamento da amostragem (tamanho da amostra, 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais26
quantidade de amostras) e sistema de medição (procedimentos e coleta). 
Para tanto, o profissional responsável deve antes de qualquer coisa 
planejar a sua amostragem. O planejamento de uma amostra envolve 
os seguintes elementos: tempo de amostragem, quantidade a amostras,tipo de amostragem, instrumentos utilizados (amostradores) e métodos 
de coleta.
Quanto ao tempo de amostra, devemos ter em mente que ele é 
determinado pela análise do ciclo do trabalho, caraterística do agente 
a ser analisado, volume de ar a ser coletado que seja adequado para 
análise e quantidade mínima necessária do agente para permitir que a 
análise seja feita. 
IMPORTANTE
Na NHO, NR 15, NIOSH podemos encontrar a normatização 
dos procedimentos que estabelecem tempos mínimos de 
amostragens em relação do volumes de contaminante a 
serem coletados para uma análise.
A respeito da quantidade de amostras, temos que essa é 
condicionada ao que se busca avaliar e a variabilidade da exposição do 
trabalhador ao agente químico a ser analisado. Se essa exposição manter-
se em termos de volume e tempo constantes uma quantidade pequena 
de amostra pode ser suficiente. Contudo se a exposição varia muito em 
tempo de volume da substância é necessário a coleta de várias amostras 
em períodos de tempos diferentes. 
Quanto ao tipo de amostragem, essas podem ser classificadas 
tendo como critérios a posição do amostrador (instrumento de coleta 
da amostra) ou duração da amostragem. O quadro 6 resume essa 
classificação.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 27
Quadro 6 –Tipos de amostragem. 
Critério de 
Classificação
Tipo de 
Amostragem
Definição
Posição do 
amostrador
Pessoal
O amostrador acompanha 
o trabalhador durante todo 
o período de trabalho, e 
colocado próximo a região 
respiratória.
Ambiental, de área 
ou estática
O amostrador e fixado em um 
determinado local próximo a 
fonte e fornece informações 
sobre a emissividade dessa 
fonte.
Duração da 
amostragem
Instantâneas
Curta duração (normalmente 
menores que 5 minutos), para 
verificarmos se o valor máximo 
ou valor teto foi atingido ou 
ainda avaliar os instantes de 
maior concentração.
Contínuas
Em períodos maiores que 
30 minutos, sendo mais 
adequadas para avaliação da 
média ponderada.
Contínuas de 
amostra única de 
período.
Amostra única de período 
completo a avaliação da 
exposição é feita com base em 
uma única amostragem.
Contínuas 
de amostras 
consecutivas de 
período
Amostras consecutivas 
de período completo a 
amostragem é dividida em 
várias amostragens.
Contínuas de 
amostras de 
período parcial
Amostras de período 
parcial onde não é coberto 
integralmente o tempo
de amostragem.
Fonte: adaptado de Peixoto e Ferreira (2013, p. 28-29) e NHO 08 (2009).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais28
IMPORTANTE
A mostra única ou amostras consecutivas são utilizadas 
quando o objetivo da avaliação é verificar a média de 
concentração da substância a qual o trabalhador é exposto 
ao longo de uma jornada de trabalho. Já amostras de período 
parcial é mais adequada para em uma dada atividade/
operação específica se avaliar picos de concentração da 
substância a qual o trabalhador é exposto. 
Ainda no planejamento da amostragem deve-se definir o tipo de 
amostradores e o tipo de meio que será feito a coleta. Para facilitar a 
nossa visualização, o quadro a seguir apresenta a definição de cada tipo 
de amostrador e meios de coleta.
Quadro 7 –Tipos de amostradores e meios coletores. .
TIPO INFORMAÇÕES RELEVANTES
Tipo de 
amostradores 
quanto a 
passagem 
do ar
Ativos
-Coletam de um volume conhecido 
de ar através da passagem forçada do 
ar através do emprego de bombas de 
fluxo. 
-O contaminante que está sendo 
investigado é coletado em filtros 
ou substâncias específicas. Os 
procedimentos de amostragem 
apropriados, de acordo com o 
contaminante, encontram-se em 
normas nacionais e internacionais. 
-Utiliza-se os amostradores ativos 
quando é necessário avaliar a 
concentração média no tempo (TWA).
Passivos
- Não exigem a passagem forçada do 
ar, pois agem por difusão molecular. 
-Utilizam a tendência natural dos 
gases e vapores de se moverem de 
uma área de maior concentração para 
uma área de menor concentração.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 29
Meios 
coletores
Filtros de 
membrana
- Utilizados na coleta dos 
aerodispersóides.
- A retenção do contaminante se dá 
através da passagem forçada do ar 
(amostragem ativa) através desses 
filtros (cloreto de polivinila para 
poeiras, éster celulose para fumos 
metálicos e amianto) que os retém. 
Posteriormente esses filtros são 
enviados para análise em laboratórios 
especializados.
Sólido 
adsorvente
- As moléculas do contaminante 
são aderidas a uma superfície sólida 
específica (carvão ativado para 
solventes orgânicos e sílica gel para 
solventes polares).
Líquido 
absorvente
- As moléculas do contaminante 
introduzem-se em outra fase, 
normalmente, nos casos de avaliação 
ocupacional, líquida (impingers e 
borbulhadores).
Tipos de 
amostradores 
quanto a 
leitura da 
concentração
Leitura 
direta
-Fornecem imediatamente a 
concentração do contaminante por 
leitura direta em superfícies graduadas 
(tubos colorimétricos) ou display de 
equipamentos (oxímetros, medidores 
de CO, CO2, H2S, SO2, explosímetros).
- São indicados para monitoramento 
qualitativo, detecção de vazamentos, 
monitoramento contínuo e para 
sistemas de alarme.
Leitura 
indireta
-Caracterizam pela retenção do 
contaminante para posterior análise 
em laboratório.
Fonte: adaptado de Peixoto e Ferreira (2013, p. 30-33)
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais30
Por fim em um planejamento de amostragem deve-se ainda definir 
os métodos de coleta, esses podem ser de dois tipos: de ar total ou 
com separação de contaminantes. A respeito desses métodos esclarece 
Peixoto e Ferreira (2013, p. 32-33):
Ar total – quando uma amostra de ar e recolhida (sacos de 
amostragem, frascos de amostragem e seringas). [...]Com 
separação dos contaminantes – o contaminante é separado 
através de retenção em filtros, absorção em meio líquido, 
adsorção em meio sólido ou condensação de vapores, para 
posterior análise em laboratório. Neste tipo de amostragem 
um volume conhecido de ar contaminado passa através 
de um meio coletor adequado, separando-se, assim, os 
contaminantes do restante do ar. Em ambos os casos a análise 
deve ser realizada o mais rápido possível, pois o contaminante 
pode permear através das paredes plásticas ou sofrer 
dessorção, perdendo-se parte da amostra.
Agora você já tem conhecimento suficiente para planejar uma 
análise por meio de amostragem de agentes químicos presentes no 
ambiente ocupacional. Portanto, feito esse planejamento o responsável 
pela análise deve coletar a amostra e analisar considerando os limites 
de tolerância dos agentes analisados. Vejamos a seguir os limites de 
tolerância.
Limites de Tolerância para Agentes 
Químicos
A questão que precisamos entender aqui é: Onde encontramos 
definidos os limites de tolerância referentes a agentes químicos a fim 
de compará-lo com as análises feitas baseadas na amostra coletada? 
Bem, os limites de tolerância para agentes químicos são definidos 
tanto na legislação brasileira como internacional, devendo-se então 
observar conformidades da prática no ambiente de trabalho de ambas 
as normativas. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 31
Lembre-se sempre que os limites de tolerância ou limites de 
exposição ocupacional refletem a concentração ou intensidade dos 
agentes químicos presentes no ambiente ocupacional a níveis aceitáveis, 
onde o trabalhador possa estar expostos frequentemente sem sofrer 
danos à saúde. Na legislação brasileira os limites de tolerância são 
definidos no anexo 11 da NR 15. Conforme apresenta dos quadros 8.
Quadro 8 – Limites de tolerância segundo a NR 15 
Fonte: Peixoto e Ferreira (2013, p.39).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais32
RESUMINDO
E agora? Você já se sente capaz de avaliar os riscos e limites 
de tolerância à exposição de agentes químicos atribuídos 
pela legislação em vigor? Para mostrar que você nessecapítulo adquiriu conhecimento que te deixa apto nesse 
sentido, vamos recordar o que vimos aqui. Aprendemos 
que avaliar riscos relacionados a agentes químicos não é 
uma tarefa simples. Para cumprir essa tarefa é necessário 
conhecer os agentes químicos (características, ações no 
organismo, etc.), saber extrair uma amostra corretamente 
do ambiente ocupacional e por fim saber analisar tais 
agentes a partir dos limites de tolerância atribuídos na 
legislação. Nesse capítulo, você aprendeu que uma 
boa amostra é de sua importância, e para obtê-la deve-
se planejá-la considerando os seguintes aspectos: 
tempo de amostragem, quantidade a amostras, tipo de 
amostragem, instrumentos utilizados (amostradores) e 
métodos de coleta. E por fim você aprendeu que os limites 
de tolerância são definidos pela NR 15, e esses refletem 
a concentração ou intensidade dos agentes químicos 
presentes no ambiente ocupacional a níveis aceitáveis, 
onde o trabalhador possa estar expostos frequentemente 
sem sofrer danos à saúde.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 33
Trabalho em Espaços Confinados, 
Radiações e Pressões Anormais
INTRODUÇÃO
Ao término deste capítulo você será capaz de avaliar 
a atmosfera de espaços confinados, e a presença de 
radiações e pressões anormais nesse tipo de espaço. Nesse 
capitulo também você vai aprender aspectos específicos 
relacionados à higiene ocupacional em ambientes onde 
o trabalhador é exposto a radiações e pressões anormais. 
Isso porque aqui você vai compreender o que é um 
espaço confinado, e radiação e pressões anormais e os 
riscos que incorre o trabalhador nesse tipo de ambiente. 
Assim na sua prática profissional você saberá como atribuir 
procedimentos de segurança adequados para proteger 
o trabalhador. E então? Pronto para desenvolver esta 
habilidade? Então vamos lá. Avante!
Espaços Confinados: Conceito e Riscos 
Ocupacionais
Pense rápido: O que vem em sua mente quando falamos na 
palavra confinamento? Acredito que em sua mente veio a imagem de um 
ambiente fechado, ou ainda um sentimento de estar entre quatro paredes. 
Bem, para iniciarmos nos estudos sobre ambientes confinados devemos 
ter em mente inicialmente o significado básico das palavras que compõe 
esse termo: espaço e confinamento.
Para isso vamos recorrer a um dicionário. Vejamos as definições 
disposta pelo Dicionário Online de Português (2009-2020), segundo este 
espaço é uma extensão limitada, onde podemos entender por extensão 
por prolongamento de algo. Já a palavra confinamento remete a um 
estado ou condição do que ou de quem se encontra preso, cercado e 
impossibilitado de sair. Então lembra da reflexão inicial, bem se você sentiu 
ou imaginou uma situação em que estava preso você tem uma ideia na 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais34
prática do que seja desenvolver atividades em um ambiente confinado. A 
figura 3 representa um espaço ambiente de ocupação classificado como 
espaço confinado.
Imagine a seguinte situação, temos dois homens trabalhando 
em uma espécie de caverna fechada e de difícil acesso. Nesse sentido 
agora temos uma ideia preliminar do que seja uma definição de ambiente 
confinado, contudo essa ideia ainda é abrangente quando remetemos 
ao campo da higiene ocupacional. Assim sendo, vejamos no quadro 
9 algumas definições específicas de espaço confinados no âmbito da 
higiene e segurança do trabalho.
Quadro 9 –Definições de espaços confinados. 
Fonte Definição
Norma regulamentadora 
Nº 33 (Segurança e
Saúde nos Trabalhos em 
Espaços Confinados.
Espaço confinado é aquele que é composto 
por área ou ambiente cujo projeto não foi 
feito para que houvesse uma exposição 
humana contínua, possuindo meios limitados 
de entrada e saída, com ventilação existente 
insuficiente para remoção de contaminantes 
ou onde possa existir deficiência ou 
enriquecimento de oxigênio.
ABNT NBR 14787
Qualquer área que não tenha sido 
projetada para ocupação humana contínua, 
apresentando meios de entrada e saída na 
qual a ventilação existente é insuficiente para 
remover contaminantes perigosos, podendo 
ou não estar junto com os contaminantes, a 
deficiência ou enriquecimento de oxigênio 
que possa existir ou desenvolver.
NIOSH (National Institute 
for Occupational Safety 
and Health)
Espaço que apresenta passagens limitadas 
de entrada e saída, com ventilação natural 
deficiente que contém ou produz perigosos 
contaminantes do ar e que não é destinado 
para ocupação humana contínua.
Fonte: adaptado Peixoto e Ferreira (2013, p.114)
Com base nas definições de ambientes confinados dispostas 
no quadro 9, temos que as características principais de um ambiente 
confinado são: projeção para não ocupação humana contínua; limitação 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 35
de locais de entrada e saída; presença de ventilação natural limitada e 
insuficiente para remoção de contaminantes perigosos.
DEFINIÇÃO
Espaço confinado é qualquer área que não tenha sido 
projetada para ocupação humana contínua, apresentando 
meios de entrada e saída na qual a ventilação existente 
é insuficiente para remover contaminantes perigosos, 
podendo ou não estar junto com os contaminantes, a 
deficiência ou enriquecimento de oxigênio que possa existir 
ou desenvolver (ABNT NBR 14787, 2001).
Agora que você sabe o que caracteriza um espaço confinado, seria 
capaz de listar algumas profissões cujos os trabalhadores desenvolvem suas 
atividades nessas condições? Vejamos uma pequena lista no quadro 10. 
Quadro 10 – Exemplo de profissões que atuam em espaços confinados 
Profissão Descrição 
Alpinista 
industrial
Trabalhador que, a serviço de uma empresa, realiza funções como 
limpeza ou restauração de vidros, fachadas, telhados e caixas 
d’água. Em 2009, foram regulamentadas as regras que a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou para este tipo de 
trabalho, cujo acesso é por cordas. Os principais riscos da atividade 
são altura, vento forte, emissão de gases e perigo de explosão.
Minerador
O minerador é o profissional que perfura o minério com uma 
máquina hidráulica e o detona com explosivos. O produto dessas 
etapas é o minério fragmentado, que depois é transportado e 
processado. As minas dividem-se em dois tipos: subterrâneas 
e a céu aberto. Chama-se lavra o conjunto de operações 
da mineração, desde a extração de minérios até a etapa de 
aproveitamento industrial. Neste universo, os exemplos de 
espaço confinado são diversos.
Técnico 
em 
proteção 
catódica
Aplica corrente elétrica em dutos carregados, sejam eles de 
gás, derivados de petróleo ou com água. A junção entre corrente 
elétrica e materiais explosivos eleva muito o risco da profissão. 
A proteção catódica é a única solução para controlar a corrosão 
de estruturas enterradas ou imersas. O processo tem fases 
sequenciais: isolamento elétrico, revestimento do duto com 
material isolante e, por fim, passagem de corrente elétrica.
Fonte: Intermercados (2018).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais36
Listamos no quadro 10 três profissões cujas atividades são realizadas 
em ambientes confinados, mas quais são efetivamente os riscos que 
correm esses profissionais? Em linhas gerais os riscos relacionados a 
esse tipo de ambiente ocupacional podem ser divididos em dois grupos: 
perigos atmosféricos e perigos físicos ou gerais. 
Os perigos atmosféricos remetem justamente a uma característica 
do ambiente confinado: presença de ventilação natural limitada e 
insuficiente para remoção de contaminantes perigosos. Em um ambiente 
confinado o trabalhador pode perder a consciência por falta de oxigênio 
ou inalação de substâncias químicas por exemplo, ou ainda em caso de 
emergência pode encontrar dificuldades de sair do ambiente. Para facilitar 
o nosso entendimento, o quadro 11 lista os principais riscos considerados 
perigos atmosféricos.
Quadro 11 – Perigos atmosféricos em espaços confinados 
Riscos ImplicaçõesPara O Trabalhador
Atmosfera corrosiva 
resultante de 
processos industriais 
as quais são 
produzidas por 
reações químicas ou 
biológicas.
Em alguns casos, de acordo com propriedades 
das substâncias que ocupam o espaço e de sua 
quantidade, podem causar danos a pele ou aos 
olhos, não necessariamente de forma imediata, 
porém, não descartando a possibilidade de 
um efeito carcinogênico a uma exposição 
prolongada.
Líquidos e gases 
inflamáveis, como o 
acetileno, o propano, o 
butano, o GLP
(Gás Liquefeito de 
Petróleo), a gasolina e 
os álcoois.
Estes produtos quando confinados e em mistura 
com o oxigênio do ar podem produzir uma 
explosão.
Podemos incluir também os grãos, os 
fertilizantes à base de nitratos e produtos 
químicos aplicados no solo que produzem pós-
combustíveis.
Procedimentos 
industriais com o 
uso de gases inertes 
(como o nitrogênio,
argônio, dióxido de 
carbono, etc.) para 
remoção do oxigênio 
(O2) do ar
tornando o espaço 
confinado com 
deficiência de O2.
Existem processos industriais que podem 
ocasionar a deficiência de O2 como soldagens, 
operações de corte e reações químicas e 
biológicas, como por exemplo, a oxidação do 
aço (ferrugem) e fermentação. As implicações 
para o trabalhador nesse caso podem ser 
observadas na figura 4.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 37
Atmosferas com 
excesso de oxigênio, 
com teor acima de 23 
% em volume.
Riscos de incêndio em espaços confinados 
assim como de aumentar a capacidade de 
ocorrer explosões.
Formação de 
atmosferas perigosas 
por exposição de 
contaminantes no 
ar que podem ser 
liberados por meio 
de processos de 
fabricação, atividades 
de trabalho e materiais 
ou substâncias 
armazenadas.
 Reações adversas que variam conforme o 
contaminante. Exemplos: poeiras, vapores e 
gases tóxicos, principalmente, quando estes 
produtos encontram-se em concentrações 
próximas do IPVS. 
Fonte: Peixoto e Ferreira (2013, p.111-118)
Figura 4 – Teores de oxigênio e implicações para a saúde do trabalhador. 
Fonte: Adaptado de Torloni (2003); NIOSH (1987) e Peixoto e Ferreira (2013, p.118).
Quanto os riscos físicos ou gerais, se enquadram nesse grupo 
riscos físicos vinculados os diversos agentes físicos que estudamos em 
unidades anteriores: vibrações, ruídos; radiações, pressões anormais, 
entre outros. Além de riscos de acidentes como escorregamento, 
soterramento, afogamento, etc. Considerando os riscos que podem existir 
em um espaço confinado vamos a seguir estudar alguns procedimentos 
de segurança.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais38
Procedimentos de Segurança em Espaços 
Confinados
 A primeiro procedimento de segurança é analisar se o ambiente 
que o trabalhador possui todas as características para se classificado 
como espaço confinado. Para isso as seguintes perguntas devem ser 
feitas obtendo-se uma resposta positiva, conforme destaca Peixoto e 
Ferreira (2013, p. 119):
Havendo ainda alguma dúvida de como identificar tecnicamente 
se um ambiente específico é um espaço confinado, podemos 
seguir um guia desenvolvido pela OSHA, que através de três 
perguntas, nos ajuda a avaliar se este ambiente é de fato um 
espaço confinado. As questões são:
• O espaço é grande o suficiente para o trabalhador entrar e 
executar completamente o seu trabalho?
• Há limitação significativa para entrar e sair e que dificulte 
uma fuga?
• Este espaço não está desenhado para ocupação humana 
contínua, inadequado para ocupação em condição normal 
de trabalho e não oferece condições de segurança e de 
saúde adequada?
Se para as questões acima todas as respostas forem do tipo 
“SIM”, o ambiente é considerado espaço confinado. Se assim for 
constatado, deve ser organizado e seguido um procedimento 
para a entrada do trabalhador de forma segura.
Uma vez o ambiente sendo um espaço confinados os procedimentos 
de prevenção adotados devem seguir as normas NBR 1478 e NR 33. 
Esses normativas detalham como proceder antes, durante e depois que o 
trabalhador desenvolve suas atividades laborais no ambiente em questão. 
A partir dessas normas, podemos concluir que os procedimentos de 
segurança são:
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 39
a) Manter os funcionários informados sobre o conteúdo das normas 
e da importância do cumprimento dessas;
b) Averiguar se existem perigos atmosféricos e gerais no espaço 
confinado onde será desenvolvido as atividades laborais;
c) Informar os trabalhadores dos riscos que ele corre ao 
desempenhar suas atividades;
d) Aplicar procedimento de entrada segura, que consiste:
Sinalização e restrição de acesso: isso é feito a partir do uso de 
fitas e cones de segurança, além de colocada sinalização específica 
“espaço confinado identificado”, exigido por norma regulamentadora (NR 
33), que informa a proibição da entrada e do risco de morte no local de 
entrada do espaço. A figura 5 apresenta essa sinalização.
Figura 5 – Sinalização de espaço confinados
Fonte: Peixoto e Ferreira.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais40
Solicitação da entrada: por escrito a partir do preenchimento de 
um formulário específico conforme ilustra a figura 6.
Figura 6 – Anexo I (NR 33), parte informativa da permissão. 
Fonte: Peixoto e Ferreira.
Verificação das condições do ambiente: Essa verificação consiste 
no preenchimento do formulário de permissão pelo supervisor de entrada 
do local, ilustrado na figura 7, a partir da verificação dos requisitos de 
segurança. 
Figura 7 – Anexo I (NR 33): procedimentos a serem atendidos antes da entrada. 
Fonte: Peixoto e Ferreira.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 41
Na verificação das condições do ambiente o supervisor de entrada 
(pessoa que controla a entrada no espaço confinado) deve aplicar testes 
atmosféricos para verificar a presença de oxigênio e substâncias presentes 
no ar que podem comprometer a saúde do trabalhador.
IMPORTANTE
Em espaços confinados nunca deve ser utilizado oxigênio 
puro para ventilar mesmo, isso por aumenta-se os riscos de 
incêndio e de explosão.
Após a verificação criteriosa e o preenchimento do formulário 
de permissão, o supervisor deve conferir se todos os campos foram 
informados com “SIM”, autorizando a entrada do trabalhador Se, caso 
em algum momento dos campos for assinalado “não”, o trabalho não é 
autorizado e a entrada do trabalhador não poderá ser permitida.
Uso de equipamentos de proteção: uma vez concedida a entrada, 
o trabalhador deve fazê-la com o uso de todos os equipamentos de 
proteção necessários. Nesse contexto destacam-se os seguintes 
equipamentos: máscara autônoma com cilindro de ar mandado, tripé, 
cinturões de segurança e aparelhos de rádio e de iluminação artificial. A 
figura 8 ilustra esses equipamentos.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais42
Figura 8 – Equipamentos de proteção e comunicação em espaços confinados. 
Fonte: Peixoto e Ferreira.
Monitoração do trabalho pelo supervisor ou vigia: Ao autorizar a 
entrada o supervisor ou outro funcionário denominado de vigia deve ficar 
monitorando o ambiente enquanto o outro trabalhador permanece em 
seu interior. A função é monitorar para verificar alterações caso surjam e 
agir para evitar acidentes. O vigia deve estar atento a alarmes sonoros 
e detectores de gases que geralmente são instalados na cintura do 
trabalhador que está dentro do ambiente confinado.
Preenchimento da finalização de permissão: Após o término dos 
serviços previstos, o supervisor deve fazer o encerramento da permissão 
de entrada de forma documentada, especificando o horário do fim do 
procedimento no formulário de controle.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 43
Agora que você já está ciente de como prevenir danos ao trabalhador 
em um ambiente confinado, é importante destacarmos dois agentes de 
riscos que podem se fazer presentes nesse tipo de ambiente: a radiação 
e as pressões anormais.Esses agentes foram estudados em unidades 
anteriores, contudo destacamos aqui alguns aspectos que precisam ser 
lembrados.
Radiações e Pressões Anormais 
Na Unidade 2 quando estudamos riscos físicos entendemos no 
que consiste e como se classificam a radiação e pressões anormais, 
bem como vimos as possíveis consequências para o organismo humano 
quando exposto a esses agentes de risco acima dos limites de tolerância. 
Revisando: De um modo geral podemos definir radiação como 
emissão de raios ou partículas. No âmbito dos estudos ocupacionais a 
radiação e seus efeitos são analisados considerando os seus dois tipos: 
Radiações ionizantes e não ionizantes. Já a no que tange pressões 
anormais estamos falando de pressões acima ou abaixo da pressão 
atmosférica. Nos referindo a atividades laborais desenvolvidas em 
ambiente de pressão hiperbárica (acima), e abaixo a pressão hiperbárica. 
No contexto de espaços confinados havendo a presença de 
radiação deve ser avaliada, considerando seus tipos e implicações para o 
organismo humano. Conforme destaca o quadro 12. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais44
Quadro 12 – A radiação e as implicações para a saúde do trabalhador. 
Radiação Fontes Implicações
Micro-ondas
Produzidas 
em estações 
de radar, rádio 
transmissão e em 
alguns processos 
industriais e 
medicinais.
Causam aquecimento 
localizado
na pele.
Radiação 
infravermelha
Origem natural 
(sol) ou artificial 
(fornos,
metais 
incandescentes, 
solda).
Tem como característica 
ser pouco penetrante 
(alguns milímetros) e 
sua absorção causa, 
basicamente, o 
aquecimento superficial 
(pele).
Radiação 
ultravioleta
De origem natural 
(sol – UVA e 
UVB) ou artificial 
(arco voltaico em 
operações de 
solda, lâmpadas 
ultravioletas).
Pouco penetrante e seus 
efeitos serão sempre 
superficiais, normalmente 
envolvendo a pele e os 
olhos. Um efeito importante 
e reconhecido da radiação 
ultravioleta é o câncer de 
pele.
Radiofrequência
Radiação 
de grande 
comprimento de 
onda encontradas 
em radiofusão AM, 
ondas VHF, UHF, 
radioamadorismo,
radionavegação,
radioastronomia
Normalmente, não 
apresentam problemas 
ocupacionais. Os 
efeitos à saúde são 
predominantemente 
térmicos, ou seja, 
aquecimento por absorção 
da radiação pelos tecidos.
Fonte: adaptado de Peixoto e Ferreira (2012, p. 46-48).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 45
Mas o que devemos destacar mesmo no contexto de ambientes 
confinados são as pressões anormais. No caso da pressão hiperbárica essa 
se dá em condições quem que o trabalhador realiza suas atividades em 
ambientes sob ar comprimido. Como a exemplo do tubulão pneumático 
ilustrado pela figura 9. 
Figura 9 – Tubulão pneumático. 
Fonte: de Persuhn.
Assim sendo, o tubulão pneumático é um exemplo de ambiente 
confinado no qual o trabalhador exposto a alta pressão pode sofrer: 
lesões pulmonares, barotraumas (traumatismo provocado pela pressão), 
embolias, intoxicação por oxigênio, intoxicação por gás carbônico, 
toxicidade cerebral, etc. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais46
RESUMINDO
Ops! Gostou de entender a atmosfera de espaços confinados, 
e a presença de radiações e pressões anormais nesse tipo 
de espaço. Aqui você aprendeu que são denominados 
de espaços confinados qualquer área que não tenha sido 
projetada para ocupação humana contínua, apresentando 
meios de entrada e saída na qual a ventilação existente 
é insuficiente para remover contaminantes perigosos, 
podendo ou não estar junto com os contaminantes, a 
deficiência ou enriquecimento de oxigênio que possa existir 
ou desenvolver (ABNT NBR 14787, 2001). Sendo assim, Em 
linhas gerais os riscos relacionados a esse tipo de ambiente 
ocupacional podem ser divididos em dois grupos: perigos 
atmosféricos e perigos físicos ou gerais. Aprendemos então 
que existem normas e procedimentos de segurança que 
devem ser cumpridos no desenvolvimento de atividades 
laborais em espaços confinados a fim de proteger o 
trabalhador. Por último, ainda destacamos como a radiação 
e as pressões anormais podem ser riscos presentes em 
espaços confinados.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 47
Ergonomia no Ambiente Ocupacional: 
Uma Visão Geral 
INTRODUÇÃO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
aspectos genéricos da ergonomia no ambiente ocupacional. 
Isso mesmo! Nesse capítulo você vai aprender no que 
consiste a ergonomia no ambiente de trabalho como um 
agente de risco qual a higiene ocupacional deve dedicar 
atenção, uma vez que esse agente é fonte de várias 
doenças de trabalho. Nesse sentido, esse conhecimento irá 
ajudar você em sua prática profissional a realizar avaliações 
ergonômicas e estabelecer medidas de prevenção a saúde 
do trabalhador. E então? Pronto para desenvolver esta 
habilidade? Então vamos lá. Avante!
Ergonomia: Noções Gerais
Quando você ouve o termo: “ergonomia no trabalho” você 
automaticamente associa a quais palavras ou imagens? Aqui nesse 
tópico vamos aprender direitinho o que envolve a ergonomia no 
trabalho. Primeiramente o que devemos ter em mente é que ela é um 
agente de risco ocupacional assim como os agentes físicos, químicos e 
biológicos que já estudamos. E como agente de risco, ela se apresenta 
nos mais diferentes contextos de trabalho e ambientes. Mas afinal o que 
é ergonomia? O Dicionário Online de Português (2009-2020) atribui o 
seguintes significados a palavra ergonomia:
[...] Estudo científico que busca melhorar as condições 
de trabalho, visando um aumento de produtividade, 
através da análise das relações entre o homem e a 
máquina. Melhoria das condições de trabalho, através 
da utilização de mecanismos tecnológicos e/ou do uso 
de desenho industrial.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais48
O significado do dicionário nos conduz a concluir que a ergonomia 
está relacionada assim como os demais riscos ocupacionais as condições 
de trabalho mas com destaque a interação entre o homem, máquinas, 
equipamentos e tecnologia que o mesmo faz uso para desenvolver suas 
atividades. Para melhor pontuarmos o que abrange a ergonomia no âmbito 
da higiene ocupacional, vejamos algumas definições mais específicas de 
ergonomia no quadro 13.
Quadro 13 – O que é ergonomia? 
Autor(Ano) Definição De Ergonomia
Grandjean (1969)
O estudo do comportamento do homem em seu 
trabalho
Falzon (2007).
A ergonomia é o estudo científico da relação 
entre o homem e seus meios, métodos e 
ambientes de trabalho. Seu objetivo é elaborar, 
com a colaboração das diversas disciplinas 
científicas que a compõe, um corpo de 
conhecimentos que, numa perspectiva de 
aplicação, deve ter como finalidade uma melhor 
adaptação ao homem dos meios tecnológicos de 
produção e dos ambientes de trabalho e de vida.
Associação 
Brasileira de 
Ergonomia 
(ABERGO,
2010).
Entende-se por ergonomia o estudo das 
interações das pessoas com a tecnologia, 
a organização e o ambiente, objetivando 
intervenções e projetos que visem melhorar, de 
forma integrada e não-dissociada, a segurança, o 
conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades 
humanas.
Fonte: A Autora
Além dos conceitos apresentados no quadro 13, é importante 
destacar a ergonomia como campo de estudo científico pode ser 
dividida diante os seus focos em: ergonomia física, ergonomia cognitiva e 
ergonomia organizacional conforme destaca a figura 10.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 49
Figura 10 – Subdivisões da ergonomia 
 • Área de atuação compreende o estudo da anatomia 
humana, antropometria, fisiologia e biomecânica, 
relacionadas com a atividade física. Os tópicos mais 
importantes são postura no trabalho, manuseio 
de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios 
musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, 
projeto de posto de trabalho, segurança e saúde do 
trabalhador.
 • Dedica-se ao estudo dos processos mentais, 
como percepção, memória, raciocínioe resposta 
motora, relacionadas entre as pessoas e os outros 
elementos do sistema. Na abordagem cognitiva os 
tópicos relevantes incluem: carga mental, tomada de 
decisão, interação homem-computador, estresse e 
treinamento. 
 • Dedica-se da otimização dos sistemas sócio-
técnicos, abrangendo as estruturas organizacionais, 
políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem 
comunicações, projeto de trabalho, programação 
do trabalho em grupos, projeto participativo, cultura 
organizacional, organizações de redes, trabalho e 
gestão de qualidade.
Ergonomia física
Ergonomia 
Cognitiva
Ergonomia 
organizacional
Fonte: Iida (2005)
E agora? Tantos conceitos de ergonomia e focos? Afinal no âmbito 
da higiene ocupacional o como podemos definir ergonomia no ambiente 
de trabalho? Para responder a esse questionamento recordamos o 
conceito de higiene ocupacional e a abordagem multifuncional do estudo 
da saúde do trabalhador conforme apresenta a figura 11. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais50
DEFINIÇÃO
Higiene ocupacional o campo de estudo científico que 
objetiva a antecipação, reconhecimento, avaliação e 
controle de riscos para a saúde, no ambiente de trabalho, 
com o foco de proteger a integridade física e o bem-estar 
do trabalhador e salvaguardar a comunidade em geral.
Figura 11 – Abordagem multifuncional da saúde ocupacional. 
Fonte: Adaptado de Rossete (2014; p.9)
Diante do conceito de higiene abordagem multifuncional da 
saúde ocupacional podemos concluir a ergonomia no âmbito da higiene 
ocupacional volta-se para o foco físico, podendo essa ser definida como: 
o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos 
repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, 
projeto de posto de trabalho, segurança e saúde do trabalhador como 
agentes de riscos à saúde do trabalhador. 
Desse modo, a ergonomia no trabalho ocupa em estabelecer 
relação entre o homem e seus meios, métodos e ambientes de trabalho 
objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma 
integrada e não-dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a 
eficácia das atividades humanas.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 51
DEFINIÇÃO
No campo da higiene ocupacional a ergonomia no trabalho 
pode ser definida como o estudo da postura no trabalho, 
manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios 
musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de 
posto de trabalho, segurança e saúde do trabalhador como 
agentes de riscos à saúde do trabalhador. 
Agora sim, temos uma definição precisa do que é ergonomia no 
trabalho dentro do contexto que estamos estudando. Por exemplo, se nos 
referimos a ergonomia do trabalho em ambientes confinados, estamos 
buscando identificar como manuseio de materiais, movimentos repetitivo, 
postura, etc. dentro de um espaço confinado pode oferecer riscos à saúde 
do trabalhador.
Para facilitar, podemos dizer que a ergonomia no trabalho tem sua 
definição vinculada aos seguintes palavras ou termos: trabalho, posto de 
trabalho, biomecânica ocupacional, posturas corporais e antropometria. De 
modo que para entender como se dá na prática dos estudos ergonômicos 
a identificação dos possíveis danos à saúde do trabalhador é necessário 
entendermos o que significa cada termo, conforme o disposto no quadro 14.
Quadro 14 – Conceitos relacionados a definição de ergonomia no ambiente de trabalho.
Termo Conceito (Significado) 
Trabalho
O trabalho na perspectiva econômica é definido 
como um fator de produção, sendo esse 
considerado como toda e qualquer atividade 
desempenhada pelo homem com o objetivo de 
satisfação de necessidades.
Posto de 
trabalho
Ambiente laboral que interage com o trabalhador. É 
a configuração física do sistema humano-máquina-
ambiente, ou seja, é a interação do trabalhador 
com as máquinas, equipamentos e procedimentos 
operacionais necessários para a transformação dos 
inputs em outputs.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais52
Biomecânica 
ocupacional
É a parte da ergonomia que trata da análise postural 
e suas consequências.
Postura 
corporal
É a organização dos diversos segmentos corporais 
no espaço, e que, no processo de construção de um 
posto de trabalho ergonômico, ou de adequação 
do posto de trabalho aos padrões ergonômicos, da 
avaliação da postura é de fundamental importância.
Antropometria
É a técnica para expressar quantitativamente o 
corpo humano; a atividade ou prática científica 
relativa à observação, qualificação e análise do 
crescimento somático do homem com o objetivo de 
projetar dimensões adequadas ao trabalhador num 
determinado posto de trabalho.
Fonte: Adaptado de Araújo (2005,26-39).
Diante dos conceitos dispostos no quadro 14 devemos ter em 
mente que as condições de posto de trabalho e a postura corporal são 
agentes que podem causar danos à saúde do trabalhador e a ergonomia 
do ambiente ocupacional visa portanto a partir de estudos prevenir esses 
danos por meio da identificação de ações corretivas. Por exemplo, uma 
postura inadequada durante a operação de uma máquina no posto de 
trabalho constantemente pode ocasionar lesões na coluna. Vejamos no 
quadro 15 a relação entre postura e as implicações no organismo humano.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 53
Quadro 15 – Postura e suas implicações para o organismo humano
Posição Implicações para o organismo humano
Trabalho em pé
Na imagem a pessoa 1 apresenta uma 
postura adequada diferente da pessoa 
2. Uma postura inadequada por horas 
prolongadas pode implicar em: diminuição 
do retorno nervosos, causado por pouca 
atuação do fator motobomba muscular, 
altas exigências das válvulas venosas, 
acúmulo de sangue nos membros 
inferiores e nas veias da pélves, com a 
possibilidade de edemas nesta região, 
nutrição inadequada da pele, favorecendo 
o surgimento de úlceras.
Trabalho sentado
Na imagem apresenta duas pessoas 
trabalhando sentadas com o que se 
considera uma postura correta. 
De uma maneira mais sistêmica, a postura 
sentada pode causar consequências 
desfavoráveis para articulações do braço, 
para a coluna vertebral, para os membros 
do esqueleto e para coluna lombar.
Fonte: adaptado de Araújo (2005,37-38 e Másculo (2011)).
SAIBA MAIS
Gostaria de saber qual a importância da ergonomia no 
ambiente de trabalho para a saúde dos trabalhadores? Se 
sim, leia o artigo escrito por Coimbra et.al (2015) intitulado “A 
importância da ergonomia para a saúde dos colaboradores”. 
Acesse: https://bit.ly/3jjHfEO
https://bit.ly/3jjHfEO
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais54
Agora que você já sabe do que trata a ergonomia no ambiente 
ocupacional pare e reflita: Quais danos ocupacionais estão ligadas a essa? 
Pensou?! Então vejamos, são exemplos de danos relacionadas a ergonomia 
no ambiente ocupacional as LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e 
DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). O quadro 
16 resume objetivamente esses danos e possíveis causas.
Quadro 16 - LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho) 
Danos
 Definição/
Exemplos
Causas
LER (Lesões 
por Esforços 
Repetitivos)
Conjunto de 
doenças como 
a Tendinite 
(inflamação dos 
tendões), Bursite 
(inflamação 
da bursa que 
funciona como 
um amortecedor 
entre os ossos), 
Tenossinovite 
(inflamação da 
membrana que 
envolve os tendões), 
entre outras.
Entre os fatores causadores 
da doença, os mais comuns 
são: os funcionários realizam 
de maneira incorreta suas 
atividades, não respeitando 
seus limites, não mantendo 
uma postura adequada para 
o desempenho de suas 
atividades, a ausência de 
pausas para descanso e o 
estresse que pode acarretar, 
principalmente, irritabilidade 
e descontrole emocional.
DORT (Distúrbios 
Osteomusculares 
Relacionados ao 
Trabalho)
Distúrbios da DORT são 
devidos fundamentalmente à 
utilizaçãobiomecanicamente 
incorreta dos membros 
superiores, com força 
excessiva, manutenção de 
posturas incorretas, alta 
repetitividade de um mesmo 
padrão de movimento e 
compressão mecânica das 
delicadas estruturas dos 
membros superiores.
Fonte: adaptado de Bernado et al. (2013, p.102).
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 55
VOCÊ SABIA?
As doenças LER/DORT foram detectadas no início do 
Século XVIII, porém somente a partir de 1970, essas 
doenças foram relacionadas ao ambiente de trabalho. 
Agora que já temos noções gerais sobre a ergonomia no ambiente 
ocupacional, podemos passar para o conhecimento de algumas 
metodologias de avaliação ergonômica as quais você poderá fazer uso 
em sua atuação profissional para diagnosticar possíveis agentes de risco 
ergonômico.
Metodologias de Avaliação Ergonômica
Uma metodologia de avaliação de um modo geral consiste em 
um guia de ações e procedimentos que norteiam o estudo de algo para 
um dado fim, objetivo. Podemos listar como metodologias e avaliação 
ergonômica: a Análise Ergonômica do Ambiente de trabalho (AET), a Técnica 
da Escola OCRA e a Elaboração de laudos técnicos. Vamos conhecer 
aqui objetivamente no que consiste essas metodologias, apontando para 
qual finalidade podem ser utilizadas, etapas metodológicas e variáveis 
consideradas para estudo. O quadro 17 apresenta objetivamente essas 
metodologias.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais56
Quadro 17 – Metodologias de avaliação ergonômica. 
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 57
Fonte: adaptado de Bristot (2013, p. 2019).
Agora você conhece algumas metodologias que podem ser 
aplicados para análises ergonômicas em ambientes ocupacionais. 
Com base nas informações contidas no quadro 16 você pode escolher 
o método mais adequado para a situação que precisa analisar e definir 
técnicas de coleta de dados como observação das rotinas de trabalho, 
entrevistas, entre outros.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais58
TESTANDO
Chegou o momento de testar sua compreensão a respeito 
de a ergonomia na higiene ocupacional. Corre lá no banco 
de questões!
RESUMINDO
Chegamos ao fim dessa unidade, e nesse finalzinho 
você compreender aspectos genéricos da ergonomia 
no ambiente ocupacional. Você aprendeu que no âmbito 
da higiene ocupacional a ergonomia é definida como o 
estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, 
movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos 
relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, 
segurança e saúde do trabalhador como agentes de 
riscos à saúde do trabalhador. Diante desse conceito, é 
necessário que estudos ergonômicos sejam realizados 
no contexto do ambiente ocupacional. Para realização 
desses estudos é importante a priori entender os seguintes 
conceitos relacionados a ergonomia: trabalho, posto de 
trabalho, biomecânica ocupacional, posturas corporais 
e astrometria. Em seguinte a realização de estudos 
ergonômicos requer o conhecimento das LER (Lesões por 
Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho) e de metodologias de avaliação 
que objetivam identificar e verificar riscos ergonômicos a 
qual os trabalhadores são expostos ao longo de sua jornada 
de trabalho.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 59
REFERÊNCIAS
ANALYTICS BRASIL. Entenda a importância de saber ler e interpretar a 
ACGHI. Analytics Brasil, 2020. Disponível em:<https://www.analyticsbrasil.
com.br/blog/entenda-a-importancia-de-saber-ler-e-interpretar-a-
acgih/>. Acesso em: 15 abr. 2020.
ARAUJO, G. A. Riscos ergonômicos nas atividades de manutenção industrial 
em espaços confinados. 2015. Dissertação de Mestrado. UNIVERSIDADE 
FEDERAL DE PERNAMBUCO. Disponível em:< https://repositorio.ufpe.br/
handle/123456789/15046>. Acesso em: 15 abr. 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA (ABERGO). Desenvolvido pela 
ABERGO. Disponível em:<www.abergo.org.br>. Acesso em: 15 abr. 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14787: 
Espaços confinados – Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas 
de proteção. Versão Corrigida. Rio de Janeiro, 2001.
BERNARDO, D.C.R. et al. O estudo da ergonomia e seus benefícios 
no ambiente de trabalho: uma pesquisa bibliográfica.  Saberes 
Interdisciplinares, v. 6, n. 11, p. 97-112, 2017.
BRASIL. NHO 04. (Norma de Higiene Ocupacional 04). Método de coleta e 
análise de fibras em locais de trabalho. FUNDACENTRO, 2001. Disponível 
em:<http://www.fundacentro.gov.br/dominios/ctn/anexos/Publicacao/
NHO04.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2020.
BRASIL. Portaria n° 3214, de 08 de junho de 1978: Aprova as normas 
regulamentadoras que consolidam as leis do trabalho, relativas à 
segurança e medicina do trabalho. Norma Regulamentadora no 15 (NR 15): 
Atividades e Operações Insalubres. Diário Oficial da República Federativa 
do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 1978b. Disponível em:<http://portal.
mte.gov.br/data/files/8A7C816A33EF45990134335E790F6C 4/NR-15%20 
(atualizada%202011)%20II.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2020.
BRASIL.NHO 08. (Norma de Higiene Ocupacional 08). Coleta de material 
particulado sólido suspenso no ar de ambientes de trabalho (procedimento 
técnico). FUNDACENTRO, 2009. Disponível em:<http://www.fundacentro.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais60
gov.br/dominios/SES/anexos/NHO08_portal. pdf>. Acesso em: 10 ago. 
2020.
BRISTOT,V.M. Introdução à engenharia de segurança do trabalho. 
Criciúma, SC :UNESC, 2019. Disponível em:< http://repositorio.unesc.
net/bitstream/1/6948/1/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20
engenharia%20de%20seguran%C3%A7a%20do%20trabalho.pdf >. Acesso 
em: 08 abr. 2020.
COIMBRA, I.V. et al. A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA PARA A SAÚDE DOS 
COLABORADORES. Anais do Seminário Científico do UNIFACIG, n. 1, 2017.
DICIO. Dicionário online. Disponível em < https://www.dicio.com.br/>. 
Acesso em: 30 Jun. 2020. 
FALZON, P. Ergonomia. São Paulo: Editora Blucher, 2007.
FOGAÇA, J. Mundo Educação. Diferença entre Gás e Vapor. Disponível em: 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/diferenca-entre-gas-
vapor.htm. Acesso em: 25 abr. 2020.
GRANDJEAN, E. Fitting the task to the man: an ergonomic approach. 
London: Taylor & Francis, 1980.
IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 2. ed. São Paulo. Blucher, 2005.
INTERMECADOS. 10 profissões que envolvem altura e confinamento. 
Redator, 2018. Disponível em:<h http://www.intermercados.com.br/10-
profissoes-que-envolvem-altura-e-confinamento/>. Acesso em: 15 abr. 
2020.
MÁSCULO, Francisco Soares e Vidal, Mario Cesar. Ergonomia: Trabalho 
Adequado e Eficiente. Rio de Janeiro: Elsevier/ABREPO, 2011.
NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH 
(NIOSH). Pettit, Ted and Linn, Herb. A guide to safety in confined spaces. 
Department of Health and Human Services, Centers of Disease Control, p. 
5. USA: July, 1987.
OLIVEIRA, C. R.D. Exposição ocupacional a resíduos de gases 
anestésicos.  Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 59, n. 1, p. 110-124, 
2009.
Higiene Ocupacional e Prevenção de Riscos Ambientais 61
PEIXOTO, N.H.; FERREIRA,L.S. Higiene Ocupacional I. Santa Maria: Rede 
e-TEC Brasil, 2012.
PEIXOTO, N.H.; FERREIRA,L.S. Higiene Ocupacional III. Santa Maria: Rede 
e-TEC Brasil, 2013.
PERSUHN, F.R. Introdução em tecnologia e segurança do trabalho. Indaial 
: Uniasselvi, 2013.
ROSSETE, C.A. Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Pearson, 2014.
SEVERO, E.; SOUSA, H. Estruturação de Modelo para Avaliação dos Riscos 
Decorrentes da Exposição do Trabalhador à Poeira do Gesso. CIAIQ 2017, 
v. 2, 2017.
TORLONI, M.; VIEIRA, A. V. Manual de protecao respiratoria. São Paulo: 
ABHO, 2003.
Livro Didático 
Digital
Dayanna dos Santos Costa Maciel
Livro Didático Digital

Continue navegando