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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALFREDO NASSER
ENFERMAGEM 
CAMILA MOURA TELES GUNDIM
4º Período - Noturno 
RESENHA CRÍTICA:
Papel da Epidemiologia no Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde no Brasil: histórico, fundamentos e perspectivas
DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA
Docente: José Natal
RESENHA CRÍTICA
BARRETO, Mauricio L. Papel da Epidemiologia no Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde no Brasil: histórico, fundamentos e perspectivas. Revista Brasil de Epidemiologia, vol.5, supl.1, São Paulo, 2002.
Mauricio Lima Barreto é médico, Mestre em Saúde Sanitária e Ph.D. em Epidemiologia. Professor titular aposentando em Epidemiologia pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva na mesma instituição. Desde 2014 é pesquisador (especialista) na FIOCRUZ- Bahia. Sua pesquisa abrange uma gama diversificada de tópicos, explorando consistentemente questões substantivas relacionadas aos determinantes sociais e ambientais da saúde, desigualdades em saúde, o impacto das intervenções sociais na saúde e a integração do conhecimento social e biológico para explicar a causalidade da saúde.
O artigo tem intuito de evidenciar os avanços e a orientar epidemiologia no Brasil. Durante o processo de leitura, a relação paralela entre saúde pessoal e organização social pode ser claramente compreendida. Assim, mesmo de forma utópica, o papel da epidemiologia é fundamental para estabelecer os princípios do SUS na saúde pública. Nesse sentido, os autores esclarecem que a epidemiologia é dividida em domínios: acadêmico e de serviço. Assim, por um lado, há a epidemiologia como disciplina científica que destila a base metodológica e conceitual e, por outro, há a prática da experiência objetiva concreta sobre a transição do estado de saúde da população. Estes são os espaços de "conhecimento" e "ação" definidos pelo autor. No primeiro espaço, os erros são brancos e teóricos; no segundo espaço, um erro pode levar à vida, custo social, doença e sofrimento; conciliar os interesses de ambas as partes é um grande desafio para a epidemiologia brasileira.
Em sua obra, o autor divide seus pontos de vista em tópicos que resumirei brevemente. No Brasil, a epidemiologia é vista como uma disciplina jovem que leva muito tempo para amadurecer, e sua história é dividida em três etapas segundo os autores.
A primeira fase começou com os pioneiros da epidemiologia até 1984, quando foram utilizados apenas os conceitos e técnicas da epidemiologia, como a ideia de Oswaldo Cruz de usar vacinas para erradicar a varíola, o que causou forte clamor entre a revolta da população. De forma equivocada e autoritária, ele precisa realizar pesquisas e ações epidemiológicas para frear a propagação da doença na população. Ao longo dos anos, a primeira Conferência Nacional de Ensino e Pesquisa em Epidemiologia foi realizada em 1984 com um foco claro na ampliação da ação e conhecimento nacional. Nesta reunião, a constituição sobre o direito à saúde foi discutida e adotada.
A segunda fase ocorreu de 1984 a 1994, durante o período de redemocratização do país, os epidemiologistas já estavam ativamente envolvidos na construção e redefinição do sistema de saúde. Somente em 1986 foi realizada a Oitava Conferência Nacional responsável pela criação do SUS. Dessa forma, a academia epidemiológica e os serviços de saúde são fortalecidos, permitindo que os países alinhem interesses econômicos nas práticas de saúde coletiva.
Por fim, a terceira fase, iniciada em 1994 e, na minha opinião, continua até hoje, é o momento em que a epidemiologia se consolida e começa a colocar em prática os serviços de saúde mais preventivos, como a vigilância sanitária, além de consolidar e A ação descentralizada torna a epidemiologia indispensável também nos níveis estadual e municipal.
Nesse contexto histórico, os autores buscam vincular a atividade científica no Brasil à prática epidemiológica, lançando as bases para seu processo de crescimento e desenvolvimento. Assim, tem-se sugerido que a epidemiologia do Brasil vem sendo desenvolvida como um componente da saúde pública. Portanto, vale destacar que, além dos problemas de saúde em nosso país, há desafios também nas esferas social e política. Portanto, é necessário comprometer-se com a construção de um sistema de saúde que abranja todo o processo saúde-doença-cuidado para alcançar maior organização social. É uma exploração para além da determinação da doença, mas sim um conhecimento das estruturas sociais, utilizando uma consciência crítica das mazelas históricas para construir uma sociedade mais saudável e segura, dando ao Brasil mais autonomia em saúde.
O ponto do autor é muito relevante, pois fica claro que seu foco em questões estruturais, se não for abordado, pode ter consequências desastrosas. É justamente o que ele chamou de “empilhamento de risco”, que é o surgimento de novos problemas devido aos velhos problemas não resolvidos, resultando em vida insuficiente das pessoas e relações sociais mais tensas.
Em um cenário de desigualdade, o Brasil permanece muito atrás de qualquer avanço da modernidade na prática. Sob esse prisma, a busca pela saúde não é um personagem isolado, mas um agregado de forças, uma trama complexa que se apoia na economia, na ciência e na cultura.
Goiânia
2022

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