Prévia do material em texto
Sepse sob a perspectiva de Biossegurança e da Farmacologia Thamires Coelho , Marcelo, Fabian , Nicole Caroline, Nivia Sthefani, Warley, Hermes e Arthur Belo Horizonte 2022 Introdução Sepse é uma síndrome causada pela resposta inflamatória sistêmica de origem infecciosa, sendo complexa e caracterizada por diferentes manifestações que podem levar à falência de um ou mais órgãos e até à morte. Apesar de sua importância e da demanda de recursos, seu reconhecimento muitas vezes ainda não ocorre em tempo hábil, deixando margem para a ocorrência de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. A sepse é a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva (UTI), por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos orgãos do paciente. Por isso, o paciente pode não suportar e vir a falecer. Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) É uma resposta clínica resultante de uma agressão ao organismo não especificada. A presença de pelo menos dois desses sintomas já é um indicativo de sepse: – Temperatura acima de 38,6º C ou abaixo de 36º C. – Frequência respiratória acima de 20 rpm. – Leucócitos acima de 12 mil ou abaixo de 4 mil. Principais agentes etiológicos Infecção Tudo começa com a infecção causada seja por um micro-organismo. É importante que já nos primeiros sintomas seja identificado o causador da doença, para que ocorra um tratamento eficaz. Neste estágio as chances de vida ainda são grandes. É importante saber que toda sepse começa com uma infecção, mas nem toda infecção vai evoluir para uma sepse Sepse Acontece quando a SRIS com o foco infeccioso é confirmada ou suspeita. Começa a corrida contra o tempo, o recomendado é que o paciente seja internado na UTI para o início dos cuidados. A realização do diagnóstico molecular neste estágio é bem importante, pois vai auxiliar a equipe médica a saber qual é o agente causador da infecção. Assim, é possível realizar um tratamento mais específico e evitar que o paciente passe para os próximos estágios. Sepse grave Este é um estágio delicado, em que o organismo já apresentou uma resposta exagerada a infecção atacando até mesmo órgãos que antes estavam saudáveis. O paciente pode começar a apresentar falência de órgãos como fígado, rins, pulmão ou do sistema nervoso central. Choque séptico O agravamento acontece com a insuficiência circulatória (hipotensão refratária), com obstrução dos vasos, inviabilizando a aplicação de soro ou qualquer outro medicamento. Quando o paciente atinge esta etapa, não há outro desfecho senão a morte. Os agentes etiológicos, são agentes infecciosos (vírus, bactérias, microorganismo, fungos e etc) os que mais ocorrem são os gram negativos, estafilococos áureos, hemofilos, onde dão em crianças e lactantes em maior quantidade. Prevalência na população Para identificar a prevalência da sepse na população, foi preciso estudar os fatores associados e a mortalidade relacionados à sepse, sepse grave e choque séptico, em uma UTI.Este é um estudo de prevalência, com 200 pacientes admitidos em uma UTI pertencente a hospital de ensino na cidade de Belém, Estado do Pará, Brasil, no período de janeiro a dezembro de 2012. As seguintes variáveis foram coletadas em prontuários para análise: sexo, idade, data, motivo da admissão na UTI, hipótese diagnóstica, história sugestiva de infecção durante a internação na UTI, infecção presumida, sinais e sintomas no momento do diagnóstico infeccioso, tipos e dispositivos de acesso, lactato, hemocultura, administração de antibióticos, alta da UTI e mortalidade. Resultados: As prevalências de sepse, sepse grave, e choque séptico foram de 18%, 4% e 44%, respectivamente. A mortalidade em pacientes com condições sépticas foi de 73,5% (97/132); choque séptico apresentou percentual maior (89,7% ou 79/88), seguido de sepse grave (62,5% ou 5/8) e sepse (36,1% ou 13/36). A ventilação mecânica, como conduta médica, foi o fator de risco e prognóstico (mortalidade) com a maior e mais significativa associação com as condições sépticas. Conclusão: Este estudo revelou elevada prevalência de condições sépticas associada à altas taxas de mortalidade, especialmente o choque séptico, em comparação com outros estudos já publicados em todo mundo. bactérias vindas da cavidade bucal têm grande influência nessa enfermidade. Por isso, a adoção de práticas relacionadas à saúde bucal, como a eliminação de focos infecciosos, exodontias, diagnósticos precoces e supervisão da higiene bucal, pode evitar e/ou reverter quadros de sepse. Além disso, eles demonstram que houve mudanças significativas no diagnóstico de sepse, o que torna imprescindível que os profissionais da Odontologia estejam atentos aos quadros de sepse, cuidando do paciente de forma integral. Referencias Bibliográficas 1-https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/39017/3/2018_dis_nssales.pdf 2-https://www.scielo.br/ 3-https://www.researchgate.net/profile/Fernando-Suparregui-Dias-2/publication/2771 11606_Sepsis_current_aspects_Abstract_in_English/links/55a3d3ca08aed99da24d2 a1b/Sepsis-current-aspects-Abstract-in-English.pdf https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/39017/3/2018_dis_nssales.pdf https://www.scielo.br/