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CITOLOGIA CLÍNICA-RELATORIO PAPANICOLAU

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12
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA
CURSO DE FARMÁCIA
RONAIRA ROCHA SILVA
COLORAÇÃO DE PAPANICOLAU
TERESINA – PI
2022
RONAIRA ROCHA SILVA
 COLORAÇÃO DE PAPANICOLAU
Relatório apresentado à Disciplina de Citologia Clínica do curso de Farmácia da Faculdade de Tecnologia de Teresina-CET, ministrada pelo professor: Moisés Alves Ferreira Filho, como requisito para obtenção de nota.
 TERESINA-PI
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 OBJETIVOS	5
2.1 Objetivo Geral	5
2.2 Objetivos Específicos	5
3 MATERIAIS E MÉTODOS	6
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO	8
5 CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS	12
1 INTRODUÇÃO
A coloração de Papanicolau é aceita amplamente e com vasta utilização em citopatologia ginecológica, sendo um dos aspectos analisados na fase pré-analítica do Monitoramento Interno da Qualidade (MIQ) dos laboratórios públicos e privados prestadores de serviço para o Sistema Único de Saúde (SUS). O método foi criado em 1942, por Georgius Nikolaou Papanicolau. Ao longo dos anos foi alterado conforme as evidências científicas, com redução no número de lavagens e/ou modificando as substâncias químicas, no intuito de minimizar custos e tempo envolvidos, além de reduzir os prejuízos ao meio ambiente, mas sem comprometer os parâmetros para avaliação da qualidade (ARAÚJO JÚNIOR et al, 2016).
Sua utilização ocorre, principalmente, no diagnóstico citológico para a detecção das lesões pré-cancerosas e do câncer inicial do colo uterino. Entretanto, também há interesse de utilização no auxílio diagnóstico de algumas infecções cérvico-vaginais, devido sua rapidez e baixo custo. É bastante empregado como exame de rotina preventivo do câncer de colo uterino, em que muitas mulheres são submetidas periodicamente, favorecendo uma maior cobertura, tanto de pacientes sintomáticas quanto assintomáticas (TONITATO et al, 2016).
Diante do exposto, este trabalho visa apresentar as etapas da coloração de Papanicolau, destacando os materiais e técnicas empregados, além de ressaltar a importância dos tempos de fixação e qualidade dos corantes utilizados.
O relatório decorre da análise de um vídeo[footnoteRef:1] elaborado pela professora Janaina Mendes do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Após a descrição dos materiais e métodos empregados, os resultados foram discutidos à luz da literatura. [1: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s2IL-QJVEyc. Acesso em: 21 jan. 2021.] 
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Descrever a Coloração de Papanicolau e sua importância para a prática citológica.
2.2 Objetivos Específicos
· Apresentar os materiais necessários para a realização da coloração de Papanicolau;
· Apontar a técnica empregada durante a coloração de Papanicolau;
· Discorrer sobre o papel de cada corante utilizado durante a coloração.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização da coloração de Papanicolau foram necessários os seguintes materiais:
· Microscópio;
· Lâmina;
· Lamínula;
· Carrinho;
· SWAB;
· Fixador Citológico Kolpofix;
· Etanol (90%, 75% e 50%);
· Água Destilada;
· Hematoxilina de Harris;
· Papel Toalha Álcool ácido;
· Corantes Orange G...;
· Corante EA 36;
· Xilol (50%, absoluto e de montagem);
· Bálsamo do Canadá;
· Pipeta Graduada;
· Resina;
· Gaze Estéril;
· Pinça.
Inicialmente fez-se a comparação entre as iniciais presentes na lâmina e a ficha do paciente contendo informações como o nome, material coletado e data da coleta. Para fins explicativos, foi realizado o esfregaço da mucosa bucal, pois as células dessa região são semelhantes àquelas encontradas na mucosa vaginal. Com o Swab realizou-se a coleta, passando-o na parte interna da bochecha e gengiva, posteriormente, o material foi espalhado na lâmina. A fixação do material foi feita com fixador citológico Kolpofix, um produto à base de álcool que serve para desidratar as células, esse procedimento deve ser realizado respeitando a distância de um braço a outro. Após a aplicação, a lâmina foi colocada no carrinho enquanto aguardava-se o produto secar por alguns minutos.
A próxima etapa consistiu em levar o carrinho para a bateria de coloração, a qual é feita em cinco etapas: hidratação, coloração nuclear, desidratação, coloração citoplasmática, desidratação/clarificação/montagem ou selagem. Na etapa de hidratação, a água que foi retirada da célula devido a aplicação do fixador, é reposta novamente. Para isso, foram realizados 10 mergulhos da cuba no etanol de 90%, 75% e 50%, respectivamente. Em seguida, a cuba foi colocada na hematoxilina de Harris por 1 minuto, essa etapa é importante para a coloração do núcleo. Depois, retirou-se o excesso com papel toalha e a cuba foi mergulhada na água destilada. A seguir, realizou-se a lavagem da cuba em água corrente, mergulhando-a em uma bacia e fazendo movimento circulares por mais ou menos dois minutos.
A etapa de desidratação foi feita mergulhando-se a cuba 10 vezes no etanol de 50%, 75% e 90%. Prosseguiu-se para a fase de coloração citoplasmática, em que a cuba foi mergulhada no Orange G por dois minutos. Depois, retirou-se o excesso com papel toalha para que fosse colocada no etanol absoluto e pelo corante EA 36 por quatro minutos, respectivamente. Novamente retirou-se o excesso com o papel toalha e a cuba foi colocada no etanol absoluto. 
A próxima etapa consistiu em colocar a cuba no xilol, um produto químico bastante corrosivo, por isso, a recomendação é de que sua manipulação seja feita na capela com o exaustor ligado. A cuba foi mergulhada no xilol 50% por dez vezes, depois em uma outro recipiente com xilol 50% novamente, em seguida no xilol absoluto e por fim, no xilol de montagem por 30 min. Essa fase compreende o processo de clarificação da coloração de Papanicolaou.
Na última etapa – selagem, com auxílio da pipeta, aplicou-se algumas gotas de resina (bálsamo do Canadá) na lamínula e espalhou-se o produto. Após isso, a lâmina foi colocada levemente na lamínula, observou-se se houve formação bolhas. Com auxílio da pinça, retirou-se as bolhas e com a gaze embebida no xilol, retirou-se os excessos de resina da lâmina. Desse modo, a lâmina ficou pronta para a leitura em microscópio.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização da coloração em laboratórios, as lâminas são enviadas para o patologista responsável. As células são inspecionadas usando microscopia de luz para identificar anormalidades, como alterações de características morfológicas ou nucleares. Nas figuras 1, 2 e 3, respectivamente, são demonstrados os resultados esperados para uma coloração realizada corretamente:
Figura 1 – Lâmina 1 da Coloração de Papanicolaou
Fonte: MENDES (2020, n/p).
Figura 2 - Lâmina de Papanicolau convencional
 Fonte: MENDES (2020, n/p).
Figura 3 – Lâmina 3 da coloração de Papanicolaou
 Fonte: MENDES (2020, n/p).
Na figura 1 evidencia-se a presença de muco, células superficiais e células intermediárias. As células superficiais adquirem uma coloração mais rosada, já as células intermediárias possuem tom mais azulado. Os pontos mais escuros são os neutrófilos e também visualiza-se os lactobacilos presentes na flora vaginal.
Ressalta-se a importância de seguir as etapas de forma adequada da coloração para que seja possível realizar a leitura corretamente, conforme demonstrado no vídeo. A respeito da etapa de fixação demonstrada na seção de materiais e métodos, os autores Quintana et al (2019) explicam que um tempo de 15 e/ou 30 minutos tem influência nas características citomorfológicas e tintoriais das células, no entanto, no vídeo analisado, não menciona-se o tempo de fixação empregado.
A hematoxilina de Harris, usado na etapa de coloração do núcleo, é um corante que reage com os ácidos nucleicos e é responsável pela coloração azulada (LABORCLIN, 2018), conforme evidenciado nas figuras supramencionadas. Outro corante empregado na coloração e citado no vídeo, é o Orange G, um tipo de corante monocromáticoque responsável por colorir a queratina, os grânulos de eosinófilos, as hemácias e as células superficiais. Esse corante tem caráter ácido, é parcialmente solúvel em álcool a 96% e em água (ARAÚJO JÚNIOR et al, 2016). Esses mesmos autores ressaltam que o tempo ideal de exposição ao Orange G varia entre 15 minutos a 30 minutos, de acordo com a preferência dos profissionais quanto à intensidade desta coloração no esfregaço. No vídeo analisado, o tempo adotado pela profissional foi de dois minutos.
O terceiro corante utilizado na coloração de Papanicolau é o EA-36 (podendo também utilizar o EA-50 ou EA-65). O EA-36 (eosina, verde-luz ou verde-brilhante e pardo de Bismarck) é um corante ácido que faz a fixação dos componentes básicos do citoplasma. A eosina é responsável por corar o citoplasma das células superficiais, os nucléolos, a mucina endocervical e os cílios. O verde-luz dar cor ao citoplasma de células metabolicamente ativas, células intermediárias, parabasais, profundas, células colunares e histiócitos com coloração cianófila (esverdeada) (QUINTANA et al, 2019).
Outros materiais indispensáveis para a coloração de Papanicolau são: o xilol, o álcool e o Bálsamo do Canadá. Quintana et al (2016) esclarecem que o xilol é um solvente orgânico que deixa as células translúcidas e também participa da fase de clarificação. O álcool, em diferentes concentrações é responsável por lavar e preparar o material para receber o corante alcoólico. Por fim, o bálsamo do Canadá faz a ligação entre a lâmina e a lamínula. Essa ligação protege o esfregaço da dessecação e confere maior durabilidade em relação à coloração.
Por fim, um ponto destacado durante a prática diz respeito sobre o reaproveitamento dos materiais utilizados na coloração, os quais a depender da rotina do laboratório podem ser reaproveitados, contudo, esse reaproveitamento confere maior tempo de repetição da técnica para que a coloração seja bem-sucedida. Com isso, é preciso estabelecer um cronograma de troca dos corantes, à medida que a coloração for enfraquecendo.
5 CONCLUSÃO
A coloração de Papanicolaou é amplamente empregada na prática de análise clínica, sobretudo para o diagnóstico oncológico. Desse modo, destaca-se a importância de realizar o procedimento correto para evitar erros de leitura, consequentemente, ocasionar um falso diagnóstico.
Esses cuidados se estendem para a observância dos tempos de fixação e a qualidade dos corantes utilizados. Além disso, é importante seguir as rotinas de segurança do laboratório, atentando-se para a higienização do profissional e também dos materiais, a fim de evitar quaisquer graus de contaminação da amostra analisada.
Ressalta-se que embora a prática tenha decorrido da observação de material gravado, sua análise foi essencial para ampliação do conhecimento dessa metodologia, uma vez que o contato com diferentes materiais bibliográficos permitiram explorar o assunto e conhecer as diferentes maneiras que a prática clínica realiza o procedimento.
Portanto, a consolidação desse conhecimento viabilizam o desenvolvimento de outros trabalhos, a exemplo de uma revisão de literatura para o levantamento do estado da arte a respeito da temática.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO JUNIOR, Mario Lucio Cordeiro. Monitoramento da qualidade da coloração de Papanicolaou no Instituto Nacional de Câncer. RBAC, v. 48, n. 1, p. 58-62, 2016. Disponível em: http://www.rbac.org.br/wp-content/uploads/2016/05/ARTIGO-10_VOL-48_1_2016-ref-430-1.pdf. Acesso em: 21 jan. 2022.
LABORCLIN. Coloração de Papanicolaou. 2018. Disponível em: https://www.laborclin.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Papanicolaou.pdf. Acesso em: 21 jan. 2022.
MENDES, Janaína. Coloração de Papanicolau. Youtube, 19 nov. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s2IL-QJVEyc. Acesso em: 21 jan. 2022.
QUINTANA, Shirley Borges S. et al. Avaliação comparativa da qualidade da coloração de Papanicolaou em diferentes tempos de fixação em álcool etílico a 96%. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 55, p. 44-56, 2019.
TONINATO, Luiz Guilherme Dittert et al. Vaginose bacteriana diagnosticada em exames citológicos de rotina: prevalência e características dos esfregaços de Papanicolaou. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 48, n. 2, p. 165-169, 2016. Disponível em: http://www.rbac.org.br/wp-content/uploads/2016/06/ARTIGO-12_RBAC-48-2-2016-ref.-1205.pdf. Acesso em: 21 jan. 2022.

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