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RELATÓRIO ESTÁGIO ANÁLISES CLÍNICAS

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FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO - AJES 
BACHARELADO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
LEILA PAULA STEFENON 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO V: Análises Clínicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juína-MT 
2020 
 
 
FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO - AJES 
 BACHARELADO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
LEILA PAULA STEFENON 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO V: Análises Clínicas 
 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado V, 
apresentado ao curso de Bacharelado em 
Farmácia, da AJES - Faculdade Noroeste do 
Mato Grosso, como requisito parcial para a 
obtenção do título de Bacharelado em 
Farmácia, sob a orientação e supervisão do 
Prof. Dr. Gleison Daion Piovezana Bossolani. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juína-MT 
2020 
 
 
LEILA PAULA STEFENON 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO V: Análises Clínicas 
 
 
 
 
 
Relatório aprovado em ................... de ................ de 2020 
Local: Sala de orientação da Faculdade do Noroeste de Mato Grosso - AJES. 
. 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Gleison Daion Piovezana Bossolani 
Supervisor do Estágio 
 
 
 
 
________________________________________ 
Prof. Dr. Gleison Daion Piovezana Bossolani 
Orientador do Relatório 
 
 
 
 
 
 
 
Juína, ____ de _____________ de 2020. 
 
 
FACULDADE NOROESTE DO MATO GROSSO - AJES 
BACHARELADO EM FARMÁCIA 
 
 
Estagiário: 
________________________________________________ 
Leila Paula Stefenon - Matrícula: 23796183 
E-mail: leilastefenon@hotmail.com 
 
Local de Estágio: 
Laboratório de Análises Clínicas – Faculdade AJES 
Endereço: Av. Gabriel Müller - Módulo 01, Juína - MT, 78.320-000. 
 
AJES - FACULDADE DO VALE DO JURUENA 
Endereço: Av. Gabriel Müller, Módulo 01, Juína – MT. 
 
Supervisor de Estágio 
___________________________________________________________ 
Prof. Dr. Gleison Daion Piovezana Bossolani. 
E-mail: gleisondpb@ajes.edu.br 
 
Orientador de Estágio 
___________________________________________________________ 
Prof. Dr. Gleison Daion Piovezana Bossolani. 
E-mail: gleisondpb@ajes.edu.br 
 
Coordenador de Curso de Bacharelado em Farmácia 
___________________________________________________________ 
Prof. Dr. Robson Borba. 
E-mail: robsonborba@ajes.edu.br 
 
 
Juína – MT, ____ de _____________ de _____.
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8 
2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 11 
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 11 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 11 
3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO ............................................................. 12 
4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES LABORATORIAIS ....................................... 12 
4.1 MICROBIOLOGIA CLÍNICA ............................................................................. 13 
4.1.1 Preparo do Meio de Cultura ........................................................................... 13 
4.1.2 Técnicas de semeadura em superfície (Esgotamento e Simples) ................... 16 
4.1.3 Técnica de Gram ............................................................................................ 17 
4.1.4 Antibiograma (Escala de Macfarland) ........................................................... 18 
4.1.5 Estudo da ação antisséptica ............................................................................ 19 
4.2 HEMATOLOGIA ................................................................................................. 19 
4.2.1 Biossegurança................................................................................................. 20 
4.2.2 Coleta ............................................................................................................. 20 
4.2.3 Esfregaço Sanguíneo e Panótico .................................................................... 21 
4.2.4 Sistema ABO .................................................................................................. 21 
4.2.5 Microscopia – Alterações Eritrócitos e Leucócitos........................................ 21 
4.3 PARASITOLOGIA .............................................................................................. 21 
4.3.1 Paratest ........................................................................................................... 22 
4.3.2 Sedimentação espontânea ou Hoffmmann ..................................................... 22 
4.4 URINÁLISE ......................................................................................................... 22 
4.4.1 EAS ................................................................................................................ 22 
4.4.2 Urocultura....................................................................................................... 23 
4.4.3 Fita reagente ................................................................................................... 23 
4.5 CITOPATOLOGIA .............................................................................................. 24 
4.5.1 Microscopia .................................................................................................... 24 
4.6 ESPORMOGRAMA ............................................................................................. 24 
4.6.1 Exame a fresco - Movimentação dos Espermatozoides ................................. 25 
4.6.2 Contagem na câmara de Neubewer ................................................................ 25 
4.6.3 Esfregaço - Coloração Eosina/Nigrosina e Teste de Vitalidade .................... 25 
 
 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 26 
APÊNDICE ................................................................................................................... 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
O laboratório de Análises Clínicas é considerado com um local que possui recursos 
materiais, tecnológicos e humanos, com interesses econômicos e estratégicos, que visa 
os serviços voltados para a recuperação e manutenção da saúde. A parasitologia é uma 
ciência biomédica que estuda parasitas e protozoários causadores de doenças no corpo 
humano, tendo como principal objetivo o tratamento destas condições. A Hematologia 
estuda, particularmente, os elementos figurados do sangue: hemácias (glóbulos 
vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. A microbiologia médica, o 
grande subconjunto de microbiologia aplicado à medicina, é um ramo da ciência médica 
preocupada com a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas. 
Bioquímica Clínica é uma ciência que mistura estudos em patologia com química, 
podendo ser utilizada para dar suporte a médicos na confirmação de diagnósticos. A 
urocultura, também chamada de cultura de urina ou urinocultura, é um exame que tem 
como objetivo confirmar a infecção urinária e identificar qual o microrganismo 
responsável pela infecção, o que ajuda a determinar o tratamento mais adequado. O 
espermograma é o foco central da avaliação laboratorial para o homem com queixa de 
infertilidade. O colo do útero é representado pela ectocérvice e a endocérvice, que são 
revestidas por epitélio escamoso estratificado não queratinizado e por epitélio colunar 
simples, respectivamente. O estágio tem como objetivo promover o desenvolvimento de 
habilidades e competências para o exercício da profissão farmacêutica na área de 
análises clínicas. O relatório consiste na descrição das atividades do Estágio 
Supervisionado V do curso Bacharelado em Farmácia, da Faculdade Noroeste do Mato 
Grosso – AJES, coma supervisão do Prof.ª Dr. Gleison Daion Piovezana Bossolani, 
esse estágio foi realizado Laboratório de Análises Clínicas da faculdade AJES. E para 
finalizar, o estágio supervisionado, é um ensino primordial para a formação do novo 
profissional, pois é onde o estagiário pode realizar as atividades aprendidas ao longo do 
curso e que futuramente precisará por em prática no mercado de trabalho. 
 
Palavras-chave: Análises Clínicas, Hematologia, Parasitologia, Microbiologia, Laboratório 
de Análises Clínicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
INTRODUÇÃO 
O laboratório de Análises Clínicas é considerado com um local que possui 
recursos materiais, tecnológicos e humanos, com interesses econômicos e estratégicos, 
que visa os serviços voltados para a recuperação e manutenção da saúde. Para tal 
processo encontra-se o trabalho especializado do Farmacêutico Analista Clínico, um 
profissional de saúde que cumpre uma extensa rede de tarefas rotineiras, realizando 
análises bioquímicas, microbiológicas, parasitológicas, hematológicas, urocultura e 
espermocultura, entre várias outras, cujos materiais são originados do organismo 
humano (CRF, 2015). 
A parasitologia é uma ciência biomédica que estuda parasitas e protozoários 
causadores de doenças no corpo humano, tendo como principal objetivo o tratamento 
destas condições. São várias as doenças causadas por estes microorganismos, como a 
malária, a amebíase, a leishmaniose, entre outras, por isso é importante que o 
profissional além de conhecer bem o ciclo de vida dos parasitas, também entenda suas 
formas de infestação, identificando padrões que podem apontar uma possível epidemia, 
para notificar os órgão de saúde e promover políticas de prevenção e reabilitação. 
Hematologia é o ramo da biologia que estuda o sangue. A palavra é composta 
pelos radicais gregos: Haima (de haimatos), "sangue" e lógos, "estudo, tratado, 
discurso". A Hematologia estuda, particularmente, os elementos figurados do sangue: 
hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Estuda, 
também, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos (órgãos 
hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos. Por outro lado, além de estudar o 
estado de normalidade dos elementos sanguíneos e dos órgãos hematopoiéticos, estuda 
também as doenças a eles relacionadas. 
A microbiologia médica, o grande subconjunto de microbiologia aplicado à 
medicina, é um ramo da ciência médica preocupada com a prevenção, diagnóstico e 
tratamento de doenças infecciosas. 
Também conhecida apenas como química clínica, à Bioquímica Clínica é uma 
ciência que mistura estudos em patologia com química, podendo ser utilizada para dar 
suporte a médicos na confirmação de diagnósticos. A Bioquímica é a área que analisa 
secreções em geral do corpo humano para entender padrões de normalidade e anormais, 
 
9 
 
facilitando o trabalho de profissionais da saúde na hora da leitura de exames 
laboratoriais e muitos outros. 
A urocultura, também chamada de cultura de urina ou urinocultura, é um exame 
que tem como objetivo confirmar a infecção urinária e identificar qual o microrganismo 
responsável pela infecção, o que ajuda a determinar o tratamento mais adequado. E a 
espermocultura é um exame que tem como finalidade avaliar a qualidade do sêmen e 
detectar a presença de microrganismos causadores de doenças. 
O espermograma é o foco central da avaliação laboratorial para o homem com 
queixa de infertilidade. Embora não seja um teste de função espermática, esse exame 
fornece informações sobre a atividade germinativa, a atividade dos epidídimos e a 
atividade das glândulas sexuais acessórias (ESTEVES, 2009). 
O colo do útero é representado pela ectocérvice e a endocérvice, que são 
revestidas por epitélio escamoso estratificado não queratinizado e por epitélio colunar 
simples, respectivamente. O ponto de união entre esses dois epitélios é chamado junção 
escamocolunar (JEC). A colheita das amostras citológicas no exame de prevenção do 
câncer de colo uterino chamado “teste de Papanicolaou” é realizada na ectocérvice e 
endocérvice0 (BRASIL, 2012). 
Durante a realização dos procedimentos dentro do laboratório de análises 
clínicas, os processos são divididos em três fases sendo elas a pré-analítica, analítica e 
pós-analítica. A primeira fase é a pré-analítica, nessa fase são realizadas as preparações 
do paciente, coleta do material biológico e o manuseio do material para a realização dos 
exames, englobando todas as atividades iniciais da realização de um exame. A segunda 
fase se inicia através da validação do sistema por meio do controle de qualidade interno 
do laboratório. E a última fase a pós-analítica, tem início depois que os resultados são 
obtidos sejam eles quantitativo e/ou qualitativo, dando forma ao laudo que deverá seguir 
legislação vigente (CFF, 2011). 
O objetivo destes procedimentos é manter a qualidade durante a realização de 
exames e resultados, visando manter o controle do ambiente conforme normatizações e 
protocolos constituídos, minimizar as interferências nas análises como a calibração dos 
equipamentos de forma adequada e conforme exigências de tempo, limpeza, 
manutenção, manter estabilidade e pureza de substâncias conforme laudo de compra, 
dados sobre a rotulagem e armazenamento de soluções e reagentes que são utilizados, 
entre outros. Deve possuir manuais de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para 
 
10 
 
todas as áreas do laboratório para que todos os procedimentos sejam realizados de 
acordo com as regulamentações estabelecidas, setor de informática para que haja 
registros dos pacientes (BRASIL, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
A disciplina tem como objetivo promover o desenvolvimento de habilidades e 
competências para o exercício da profissão farmacêutica na área de análises clínicas. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
O acadêmico deverá ser capaz de realizar e interpretar exames laboratoriais 
clínicos; 
• Prestar serviço de informação técnico-científico sobre os principais exames 
realizados; 
• Avaliar o uso e possíveis interferências de medicamentos e alimento nos 
exames laboratoriais; 
• Realizar procedimentos relacionados à coleta de material, para fins de exames 
laboratoriais clínicos; 
• Conhecer como analisar resultados de exames clínicos e sua interpretação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO 
O laboratório possui uma sala dividida em quatro cômodos: 
• Sala de Hematologia e Bioquímica; 
• Sala de parasitologia e urinálise; 
• Sala de microbiologia; 
•Uma sala onde fica um computador, uma estufa para deixar os 
microorganismos crescendo nas placas e uma geladeira não estéril. 
Possui computador, microscópio, agitador, balança, estufa, lava-olhos, pia, 
banho maria, ABX, capela, destilador de água, centrífuga, e várias vidrarias e materiais 
utilizados nos exames como reagente, seringa, agulha, algodão, descarpak, etc. 
 
4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES LABORATORIAIS 
Para melhor entendimento do cumprimento do plano de estágio em Analises 
Clinicas, realizadas semanalmente, serão descritas as atividades realizadas neste período 
e seus resultados. 
Inicialmente houve uma reunião geral com todos os alunos do estágio, 
professores orientadores e coordenação do curso para orientação sobre como iriam 
proceder os estágios do ano de 2020. Foram passadas as informações no termo de 
ciência do estágio onde contém todas as normas a serem seguidas. 
Depois do dia da reunião, iniciamos o estágio em sala de aula para instruções 
sobre como seria o estágio, o local e como deveriam ser os processos e falamos sobre 
Boas práticas do Laboratório. 
Em seguida fomos ao laboratório em anexo a faculdade onde o estágio iria ser 
realizado para conhecimento do local, neste dia fizemosa higienização de alguns 
equipamentos e bancadas e a organização dos mesmos. 
Realizamos a lavagem das Placas de Petri para realização de meios de cultura 
posteriormente, esse procedimento foi realizado com água e sabão e em seguida levadas 
para estufa para autoclavação a 100ºC. 
A Placa de Petri é um recipiente cilíndrico, achatado que pode ser de vidro ou 
plástico amplamente utilizado para cultura de microrganismos, possui duas partes que é 
uma base e uma tampa. É utilizada em exames de microbiologia e rotinas de 
bacteriologia para cultura e identificação de microrganismos. 
 
13 
 
Vimos os aparelhos que foram utilizados durante este período de estágio, a 
capela de fluxo laminar é um equipamento elaborado para produzir áreas de trabalho 
estéreis para manipulação de materiais biológicos ou estéreis que não devem sofrer 
contaminação do meio ambiente, de modo a garantir a segurança da manipulação. Tem 
por objetivo proteger o manipulador, o meio ambiente e as amostras manipuladas. 
Foi ensinado que dentro da cabine deve-se manter o mínimo de movimentos 
bruscos, deve conter um recipiente para descarte de materiais no fundo da área de ou 
lateralmente, não pode obstruir as saídas de ar, deve manter total cuidado com o uso de 
chama do bico de Bunsen, pois pode acarretar danos ao filtro e interromper o fluxo 
laminar de ar, manter a cabine organizada e limpa ao no término do trabalho com álcool 
etílico ou isopropílico a 70%. 
O aparelho de Autoclave é um dos processos mais comuns e utilizados em 
laboratórios, um método eficiente, rápido e econômico. Os meios de cultura antes de 
serem utilizados devem ser esterilizados pelo aquecimento pela máquina. 
A autoclave é um equipamento utilizado para esterilizar os materiais de forma a 
entrar em contato com o vapor de água em temperatura elevada e pressão por um tempo 
determinado, esta ação promove a desnaturação das proteínas enzimáticas e estruturais 
dos microrganismos, causando sua morte. 
 
4.1 MICROBIOLOGIA CLÍNICA 
O laboratório de microbiologia não apenas aponta o fator responsável por um 
determinado estado infeccioso, mas sim, indica, através do monitoramento de 
populações microbianas, qual o perfil dos microrganismos que estão interagindo com o 
homem. Com essas informações, a equipe de saúde é capaz de definir quais 
microrganismos podem ser responsáveis pelo quadro clínico do paciente e assim, propor 
um tratamento mais adequado (BRASIL, 2004). 
 
4.1.1 Preparo do Meio de Cultura 
No processo de preparação do meio de cultura, as placas já foram higienizadas, 
esterilizadas e estão prontas para ser utilizadas. Para a preparação do meio de cultura, 
foram utilizados os meios de cultura Ágar Mueller Hinton, Ágar sangue, Ágar chocolate 
e Ágar MacConkey. 
 
14 
 
Segundo (BRITO, 2000), os meios de cultura sugeridos para a promoção de 
antibiograma (teste de sensibilidade). Possui numerosa fonte de proteínas e carboidratos 
que possibilitam o desenvolvimento e crescimento de cepas bacterianas de interesse 
clínico. 
Os tipos de meio são classificados como: 
 Ágar sangue: É um meio não seletivo, facilita o crescimento de bactérias gram 
negativas e positivas; 
 Ágar chocolate: É meio nutritivo, onde cresce a maioria das bactérias; 
 Ágar MacConkey: Meio seletivo, crescem bactérias gram negativas, e inibe o 
crescimento bactérias gram positivas, utilizado também para indicar a 
fermentação de lactose; 
 Ágar Mueller Hinton: É um meio de cultura utilizado para realizar Testes de 
Sensibilidade aos Antimicrobianos. 
As placas que irão ser utilizadas, foram embaladas, juntamente com o frasco da 
solução vedado com algodão e alumínio para serem auto clavados. Os materiais 
ficaram por 10 min a 115ºc no auto clave. 
O processo padrão para todas as preparações de placas devem ser seguidos da 
seguinte forma: 
 Pesar o pó da solução e colocar em um béquer ou erlenmeyer com capacidade 
maior do que o volume que será usado – por exemplo, se for preparar um meio 
de 100 ml usar um erlenmeyer de 250 ml. 
 Medir o volume de água destilada necessário em uma proveta. A adição da água 
no meio deve ser realizada colocando-se primeiro uma pequena quantidade de 
água até que o meio fique úmido e depois acrescentar o restante devagar. 
 Homogeneizar o meio agitando o frasco devagar, com movimentos circulares. 
 Aquecer o frasco em micro-ondas, bico de Bunsen e o utilizado por nós a alto 
clave, com o processo de esterilização antes do uso, por 15 minutos a 121ºC. 
Preparamos o meio Ágar MacConkey. Esse é um meio seletivo para 
enterobacterias, é utilizado no processo de isolamento e diferenciação de bacilos 
entéricos Gram-negativos por análises clínicas, de lácteos, por alimentos, pela água, na 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gar_sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gar_chocolate
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gar_MacConkey
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%81gar_karmali&action=edit&redlink=1
 
15 
 
área farmacêutica e também na indústria, tem por base sais biliares-vermelho neutro-
lactose de MacConkey (BRITO, 2010). 
Em uma próxima aula elaboramos os meios de cultura Ágar sangue e Ágar 
chocolate. Para a preparação pesou-se 40/litro da solução “Blood ágar” (Ágar Sangue), 
em seguida foi adicionada ao erlenmeyer com um pouco de água para ser 
homogeneizado até dissolver. Enquanto isto foi coletado 10 ml de sangue e adicionado a 
um erlenmeyer com pérolas de vidro para quebra das hemácias e agitado por 10 
minutos. 
A solução preparada foi para a auto clave por 15 minutos a 121ºC, e em seguida 
resfriada. Após o processo de resfriamento foi levada para a capela de fluxo laminar 
para ser aberto o frasco e adicionado o sangue para incorporação e despejado nas placas. 
Fizemos também o meio Ágar chocolate, onde o processo é o mesmo, porém o 
diferencial é a adição do sangue na solução ainda com temperatura um pouco elevada, 
onde ao homogeneizar a cor obtida será o castanho escuro. 
Para a preparação da solução Mueller Hinton de usamos 250 ml para as 9 placas. 
O frasco de Mueller indica padrão 36g em 1000ml de água destilada. Como iremos usar 
250 ml dividimos os 36g por 4 e temos o total de 9 gramas para 250 ml. 
Pesamos 9 gramas do meio e em seguida transferido para o balão volumétrico, 
em seguida adiciono uma pequena quantidade de água destilada para homogeneização e 
após o processo de dissolução completou o frasco. A amostra não estava 100% 
dissolvida, foi aquecida por alguns minutos até que se dissolvesse completamente e em 
seguida testamos o PH do meio que mediu 7,2. 
Após todo este processo as placas foram para a cabine e o frasco com a solução 
foi levado para a bancada para resfriamento até o ponto de ser colocado nas placas. 
Feito isto as placas e as amostras foram para a cabine fluxo unidirecional que já 
havia sido limpa e esterilizada para receber as placas e o meio. Deixamos dentro da 
cabine até o próximo dia (BRITO, 2000). 
Foi aceso o bico da chama de fogo presente dentro da cabine para que 
esterilizasse a boca do frasco onde contêm o meio, esta manipulação deve ser realizada 
próxima à chama para evitar a contaminação do meio de cultura. Em seguida foi 
adicionado o meio as placas e reservadas para solidificação. 
 
16 
 
 Após solidificação foram semeadas nas placas: 
 Enterococcus faecalis; 
 Pseudomonas aeruginosa; 
 Escherichia coli; 
 Staphylococcus aureus. 
As placas foram levadas para esterilização, embaladas de 6 em 6 organizadas em 
posição invertida (tampa voltada para baixo) evitando a desidratação precoce do 
produto. Na estufa permaneceram de 18 a 24 horas em temperatura de 37°C. 
 
4.1.2 Técnicas de semeadura em superfície (Esgotamento e Simples) 
Para acompanhar o crescimento de uma população microbiana e poder 
quantificá-la podem ser utilizadas algumas técnicas de contagem de microrganismos.A 
contagem de microrganismos em uma determinada amostra pode ser realizada por meio 
de diferentes métodos (VIEIRA, 2012). 
A Semeadura consiste cultivo de um microrganismo em um meio de cultura, a 
partir de um material contaminado qualquer. O isolamento de um microrganismo 
consiste no isolamento de colônias de um único microrganismo, o mantendo separado 
dos outros que se encontram no mesmo local, com a intenção de avaliação de várias 
características como: características bioquímicas, sorológicas, de patogenicidade dentre 
outras conforme os microrganismos que se pretende identificar (DINIZ, 2018). 
A semeadura nas Placas de Petri de modo esgotamento, foi semeado de pegando 
pouco material uma colônia isolada. Para a realização deste processo, utilizou como 
auxílio uma alça bacteriológica para espalhar o material, fazendo estrias até o 
esgotamento do material de modo a ter um perfeito isolamento das bactérias existentes 
na amostra, este estriamento é feito com movimentos em ZIG-ZAG girando a placa 
dentro do seu próprio eixo, movimentando em forma circular. 
Lembrar que cada colônia formada na superfície de um meio sólido é originada 
de um ou alguns microrganismos. Quanto maior o número, menor possibilidade de 
isolamento e maior probabilidade de crescimento semelhante. 
 
 
17 
 
4.1.3 Técnica de Gram 
O método tintorial predominante utilizado em bacteriologia é o método de 
GRAM. A bacterioscopia, após coloração pelo método de GRAM com diagnóstico 
presuntivo, de triagem, ou até mesmo confirmatório em alguns casos, constitui peça 
importante e fundamental na erradicação e no controle das Doenças Sexualmente 
Transmissíveis (DST). Essa técnica é simples, rápida e tem capacidade de resolução, 
permitindo o correto diagnóstico em cerca de 80% dos pacientes em caráter de pronto 
atendimento em nível local (Brasil, 2001). 
Os materiais utilizados para esta preparação são: Solução de cristal violeta ou 
violeta de genciana, lugol, álcool acetona, fucsina ou safranina (SILVA, et al. 2013). 
Este método é baseado na capacidade em que a parede celular das bactérias 
Gram-positivas retém corante cristal violeta no citoplasma, enquanto que as paredes 
celulares de bactérias Gram-negativas não o fazem. É sem dúvida quase sempre um dos 
primeiros passos e um dos mais importantes e métodos de coloração utilizados por 
laboratórios para a caracterização de amostras de bactérias (BRASIL, 2001). 
As bactérias são classificadas basicamente em dois grandes grupos: Gram-
positivas e Gram-negativas. No que diz respeito às características tintoriais, as bactérias 
Gram-positivas coram-se de roxo e as bactérias Gram-negativas coram-se de rosa 
(FREITAS, et al. 2007). 
 Segundo (Brasil, 2001) Antes de iniciar a coloração, assegure-se de que o 
esfregaço esteja seco. Não fixe o esfregaço em chama, pois este processo promove a 
desidratação brusca dos constituintes celulares. Lembre-se de que a violeta de-metila já 
contém fixador químico. Para fazer a coloração, siga os seguintes passos: 
1. Cubra o esfregaço com violeta-de-metila e deixe por aproximadamente 15 segundos; 
2. Adicione igual quantidade de água sobre a lâmina coberta com violeta-de-metila e 
deixe agir por mais 45 segundos; 
3. Escorra o corante e lave em um filete de água corrente; Cubra a lâmina com lugol 
diluído (1/20) e deixe agir por aproximadamente 1 minuto; 
4. Escorra o lugol e lave em um filete de água corrente; 
5. Adicione álcool etílico (99,5º GL) sobre a lâmina; descorando-a, até que não 
desprenda mais corante; 
 
18 
 
6. Lave em um filete de água corrente; 
7. Cubra a lâmina com safranina e deixe agir por aproximadamente 30 segundos; 
8. Lave em um filete de água corrente; 
9. Deixe secar ao ar livre, ou seque suavemente, com o auxílio de um papel de filtro 
limpo; 
10. Coloque uma gota de óleo de imersão sobre o esfregaço; 
11. Leia em objetiva de imersão (100 X). 
 
4.1.4 Antibiograma (Escala de Macfarland) 
O Antibiograma, também conhecido por Teste de Sensibilidade a 
Antimicrobianos, é um dos testes mais apto para os antimicrobianos. Possui capacidade 
de avaliar a fragilidade dos microrganismos de diferentes agentes antimicrobianos. Nos 
resultados obtidos através destes testes pode haver uma escolha de terapêutica 
antimicrobiana adequada. (SEJAS, et al. 2003). 
Neste dia, pegamos placas com meio de cultura Ágar Mueller Hinton para 
semear as bactérias para verificação da eficiência dos discos de fusão. 
Os materiais utilizados para o processo foram: 
 Placas com Agar Mueller Hinton. 
 Discos de fusão. 
 Alças bacteriológicas 
 Solução salina estéril (NaCl 0,85%); 
 Swabs estéreis para espalhamento da suspensão; 
 Bico de Bunsen. 
 Solução contendo bactérias. 
 As placas foram levadas para a capela de fluxo laminar e deixadas por 15 a 20 
min para atingirem temperatura ambiente. Em seguida foi flambado a aça bacteriológica 
no bico de Bunsen para aplicação na solução de bactérias e adicionada a solução de 
salina. 
 
19 
 
Após este processo foi mergulhado um swab estéril na suspensão bacteriana, e 
logo em seguida apertado contra as paredes do tubo para tirar o excesso, e semeado em 
seguida de forma suave em todas direções na placa. Após este processo aguardamos 
secar por cerca de 10 minutos. Feito isto com ajuda de uma pinça flambada para 
esterilização foi adicionado os discos de antibióticos nas placas para verificação da ação 
dos antibióticos. Após o processo as placas foram levadas a estufa. 
Não tivemos acesso ao resultado, pois na próxima semana que tivemos o estágio, 
a turma anterior já havia visto o resultado e feito novas placas e esterilizado as que 
fizemos anteriormente. Porém o princípio do ensinamento da técnica foi para que 
pudéssemos aprender que, o mesmo pode informar se a bactéria é resistente, sensível ou 
se possui sensibilidade intermediária a um determinado antibiótico pela medição do 
halo de inibição. 
 
 4.1.5 Estudo da ação antisséptica 
Neste dia, foi utilizado os meios de cultura EMB (nutriente), Muller e 
MacConkey para crescimento de bactérias. As placas foram divididas em três partes 
para que pudéssemos avaliar as impurezas das mãos no momento em que chegamos no 
estágio, na lavagem apenas com agua e sabão e com assepsia de álcool. 
Foi passado o “swab” nas mãos antes de serem lavadas, após serem lavadas com 
água da torneira e sabonete neutro, e em seguida nas novamente com mãos lavadas e 
higienizadas com álcool 70%. Para todos estes processos foi em seguida passado na 
placa de petri com os meios, e deixado na estufa por 24 horas. No dia seguinte, foi 
observado o crescimento de bactérias e até mesmo de fungos. 
 
4.2 HEMATOLOGIA 
É o ramo da ciência que tem a função de estudar todos componentes 
relacionados ao sangue. Entre os componentes estudados estão os glóbulos vermelhos, 
glóbulos brancos e plaquetas. Nesta área o estudo tem como finalidade as normalidades 
dos elementos sanguíneos, órgãos hematopoiéticos e das doenças a eles relacionadas. 
 
20 
 
4.2.1 Biossegurança 
A biossegurança é um conjunto de ações voltadas para: prevenção, minimização 
e eliminação de riscos para a saúde, ajuda na proteção do meio ambiente contra resíduos 
e na conscientização do profissional da saúde. O conceito biossegurança tem sido muito 
discutido e valorizado nos dias atuais (BRASIL, 2005). 
Todos os profissionais devem estar cientes, sobre as mudanças na segurança em 
laboratórios de saúde através de manuais, e faz necessário que todos conheçam essas 
normas e as mantenham atualizadas. Estas normas devem ser aplicáveis a controle de 
qualidade e de pesquisas, segurança do trabalho com acidentes de trabalho, riscos 
físicos, químicos e biológicos, materiais perfuro cortantes entre outros (OLIVEIRA et 
al. 2013). 
No estágio antes de começarmos a realização dos processos dentro do local, 
tivemos uma aula explicativa sobre todasas normas, equipamentos individuais que 
deveriam ser utilizados e processos a serem feitos, para que não houvesse erros e nem 
acidentes. Dentro do laboratório foram apontados os equipamentos e todas as normas a 
serem seguidas para que também pudéssemos evitar os erros e contaminação. 
 
4.2.2 Coleta 
O momento da coleta é onde se prepara o paciente para a realização da retirada 
do sangue do mesmo para a realização dos exames laboratoriais. 
Nesta pratica, foram realizadas coletas de sangue de aproximadamente 20 
funcionários da Faculdade AJES. 
 1º Antes da coleta de sangue foi anotado o nome do paciente. 
 2º foi realizada a assepsias no local (braço ou dorso da mão) e realizada a coleta 
utilizando uma seringa de 3 mL para retirada de sangue; 
 3º Após o processo de retirada do sangue, ele é adicionado em um tubo de tampa 
roxa EDTA (anticoagulante) com o nome do paciente, para que o mesmo não 
coagule; 
 4º Os tubos são levados para o aparelho ABX Micros 60 para serem 
homogeneizados. 
 Após a impressão dos resultados, foram analisadas e observadas se havia algum 
tipo de alterações, caso houvesse era realizado o esfregaço para observação. 
 
21 
 
4.2.3 Esfregaço Sanguíneo e Panótico 
 Durante a realização do esfregaço, é pingado uma gota de sangue do indivíduo 
na lamina e espalhando a gota de sangue com o auxílio da borda de uma lâmina 
com o objetivo de produzir uma fina camada pela lamina com o sangue. 
 Para a realização da coloração deve-se passar a lâmina em 3 corantes com 
possui características químicas e afinidades diferenciadas, são estes solução de 
triarilmetano, solução de xantenos, solução de tiazinhas. 
 O processo deve ser feito da seguinte maneira: mergulhar a lamina depois de 
seca por 8 vezes no primeiro corante (triarilmetano) em seguida deixar escorrer, 
mergulhar a lamina por 8 vezes no segundo corante (xantenos) em seguida 
deixar escorrer, e por fim mergulhar por 10 vezes no terceiro corante (tiazina) 
em seguida deixar escorrer e lavado em água corrente, deixado secar na posição 
vertical, e depois de secas, levado ao microscópio para observação de células. 
 
4.2.4 Sistema ABO 
No sistema ABO é composto por quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Suas 
características são distinguidas pela presença ou não de algumas substâncias na 
membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras 
substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo. 
No estágio nós testamos duas vezes com o sangue retirado dos estagiários, 
porém os reagentes estavam vencidos, e não obtivemos resultados concretos. 
 
4.2.5 Microscopia – Alterações Eritrócitos e Leucócitos 
Durante a realização da análise da laminas foram avaliadas as morfologias dos 
eritrócitos, leucócitos e plaquetas analisando os tamanhos, formas, coloração celular 
dentre outros. 
 
4.3 PARASITOLOGIA 
Nesta área o estudo tem como finalidade analisar as sedimentações fecais a fim 
de possíveis diagnósticos de doenças a eles relacionadas. 
 
22 
 
Durante o estágio de analises foi apresentado os dois modelos de coleta de fezes 
para realização dos exames. 
 
4.3.1 Paratest 
O Paratest é um frasco de coleta com tampa que contem uma solução de (nitrato de 
sódio 31%) que conserva a amostra por um período de 30 dias. 
O modo de coleta é feito da seguinte forma: 
 Abrir a tampa do frasco com cuidado para não derramar o líquido conservante. 
 Fazer a coleta da amostra usando a pá coletora. 
 Deve-se coletar duas porções de fezes. 
 Fechar o frasco e agitá-lo até homogeneizar as fezes com o líquido conservante. 
 
4.3.2 Sedimentação espontânea ou Hoffmmann 
A técnica de Hoffman, ou método de sedimentação espontânea se resume na 
mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica, deixando a em 
repouso, formando uma sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice. 
Os processos após a sedimentação da amostra são: 
 Uma porção do sedimento é pipetada para uma lâmina e em seguida 
colocada uma lamínula. 
 Levada para observação em microscópio 
Neste método é possível detecta a presença de ovos, cistos de protozoários e 
larvas nas fezes. 
 
4.4 URINÁLISE 
A área da urinálise é conhecida por ser um teste laboratorial simples, de modo 
não invasivo com baixo custo. Pode fornecer de maneira rápida várias informações 
sobre o trato urinário e de outros sistemas corporais. 
 
4.4.1 EAS 
O EAS ou exame de urina, se tornou um exame de rotina de baixo custo e 
promove uma facilidade na análise de vários exames ao mesmo tempo. Além disso, 
 
23 
 
pode-se detectar algumas doenças de maneira precoce e avaliação várias patologias 
podendo ser incluídas ou excluídas do diagnóstico. 
 Durante a realização do exame á várias observações que devem ser feitas como: 
 As características físicas da amostra 
 Análise dos constituintes bioquímicos da urina através de tiras reagentes 
 Análise microscópica do sedimento (eritrócitos, leucócitos, bactérias, cilindros, 
entre outros). 
 
4.4.2 Urocultura 
A urocultura, também conhecida como cultura da urina, é um exame realizado 
com a urina para complementação do diagnóstico de infecções urinárias causadas por 
bactérias. 
A urina para utilizar nesse procedimento é a primeira da manhã, pois a mesma 
permanece por mais tempo na bexiga, melhorando a multiplicação das bactérias. Para o 
diagnóstico e resultado deste exame são avaliados, os número de colônias de bactérias 
encontradas, os tipos de micro-organismos identificados e os antibióticos a que eles são 
sensíveis ou resistentes. 
Para ser considerado um resultado positivo a amostra deve conter 100.000 
colônias de bactérias, as abaixo deste valor são desprezadas. Um resultado falso 
positivo, é considerado quando há contaminação na urina por bactérias estranhas, 
sangue dentre outros. 
 
4.4.3 Fita reagente 
A tira reagente utilizada para a determinação do PH e densidade e a pesquisa de 
elementos químicos quando as áreas da fita seca entram em contato com a urina. 
Durante a realização dos exames, utilizou-se da fita reagente, onde fez a imersão 
da mesma na urina e foi verificado pela cor de referência que vem presente no frasco, 
obteve o resultado de proteína, glicose, leucócitos, hemoglobina, bilirrubina, 
urobilinogênio, nitrito, pH, cetona e densidade. 
As urinas analisadas durante o estágio foram submetidas em exame físico, 
exame químico e exame microscópico. 
 
24 
 
As etapas seguidas foram: 
 Primeira etapa foi observação do aspecto da urina, cor, odor e volume; 
 Após este processo a urina foi transferida para um tubo para mergulho da fita 
reagente. Nela foram avaliados os resultados da coloração da fita com a do 
frasco; 
 Depois disso, a urina foi levada a centrifuga e centrifugada por 10 minutos; 
 Feito o processo o material que sobra acima do sedimentado e o restante que 
ficou (precipitado) é colocado na lâmina para observação no microscópio; 
 Nesta etapa foi observado o sedimento, onde pode-se verificar presença de 
hemácias, células epiteliais, piócitos, cristais, bactérias, entre outros; 
 
4.5 CITOPATOLOGIA 
A Citopatologia é a área que estuda doenças a partir de amostras obtidas por 
esfregaços, aspirações, raspados, centrifugação de líquidos e outros métodos. Este 
procedimento pode detectar alterações da morfologia celular para o diagnóstico ou 
prevenção de doenças a partir do estudo ao microscópico. O exemplo mais conhecido 
deste tipo de exame é o exame de Papanicolaou ou preventivo do câncer de colo uterino. 
 
4.5.1 Microscopia 
Neste dia do estágio foram apresentadas algumas laminas de esfregaço 
citopatológicas do colo uterino. Uma delas era de cândida, bacilos de doderlein. 
 
4.6 ESPORMOGRAMA 
O espermograma é o principal exame realizado para infertilidade, esse exame 
tem capacidade de fornecer informações sobre as atividades germinativas, e como 
marcadores da fecundidade masculina.Os parâmetros que são avaliados durante o 
processo são macroscópicos como tempo de liquefação, viscosidade, turgidez, cor, 
volume e pH e microscópicos como a concentração, motilidade, presença de outros 
tipos celulares no sêmen, vitalidade e morfologia (JUNIOR, 2018). 
 
25 
 
4.6.1 Exame a fresco - Movimentação dos Espermatozoides 
Para a realização do exame do sêmen, o indivíduo deve estar de 3 a 5 dias sem 
relação sexual, deve conter um volume de 2,0 a 5,0 mL, o cheiro é característico, a cor 
deve ser opalescente (branco opaco a cinza brilhante), podendo variar em amarelo a 
castanho podendo haver alguma alteração. O PH normal é alcalino com intervalo de 7,2 
a 8,0. 
Para a observação da motilidade foi necessário fazer um esfregaço com 5 mcl 
microlitros em uma lamina, o esfregaço foi levado ao microscópio e analisados. A 
grande maioria dos espermatozoides, são normais com calda, cabeça e motilidade 
normal, porém alguns dos espermatozoides analisados possuem mau formação, como 
cabeças grandes e pequenas, falta de caldas e motilidade desgovernada. 
 
4.6.2 Contagem na câmara de Neubewer 
A contagem de espermatozoides e realizada na Câmara de Neubauer, após a 
diluição com solução salina a 0,9%, essa diluição e essencial, pois imobilizam os 
espermatozoides antes da contagem. 
 
4.6.3 Esfregaço - Coloração Eosina/Nigrosina e Teste de Vitalidade 
Nesta etapa foi avaliado a vitalidade dos espermatozoides que refere-se à 
proporção de espermatozoides que estão vivos. O método de escolha para este 
visualização é a técnica de coloração Eosina - Nigrosina, onde os espermatozoides 
mortos absorvem o corante os deixando cor de rosa, corados causando a diferenciação 
dos mortos para os vivos e os vivos permanecem brancos. 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRITO. F. G. Microbiologia Clínica, Agar Mueller Hinton - Mbiolog, São Paulo, 
2000. 
 
BRITO. F. G. Microbiologia Clínica, Agar MacConkey- Mbiolog, São Paulo, 2010. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde, Programa Nacional de Doenças Sexualmente 
Transmissíveis e AIDS. Técnica de Coloração de Gram. Brasília, 2001. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde, Atlas de Citopatologia Ginecológica, Brasília, 2012. 
 
BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Revista Saúde Pública. 
Biossegurança, Brasília, 2005. 
 
BRASIL, Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em 
Serviços de Saúde, Brasília, 2004. 
 
BRASIL, RDC n° 11, de 16 de fevereiro de 2012. Dispõe sobre o funcionamento de 
laboratórios analíticos que realizam análises em produtos sujeitos à Vigilância Sanitária 
e dá outras providências, 2012. 
 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF). GESTÃO DA QUALIDADE 
LABORATORIAL- Análises clinicas, Março, 2011. 
 
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA (CRF). Guia da Profissão Farmacêutica- 
Análises clinicas e toxicológicas. Paraná, 1º edição, 2015. 
 
DINIZ. C. G. Departamento de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia – Setor de 
Microbiologia. Roteiro De Aulas Práticas, 2018. 
 
FREITAS, V. R. et al. Revista NewsLab. A Coloração de Gram e as Variações na 
sua Execução, Porto Alegre, 2007. 
 
JUNIOR, L. B. F. Morfologia do espermatozoide: uma revisão atualizada de técnicas 
no diagnóstico de análises clínicas. Rio de Janeiro, 2018. 
 
VERONESI, R. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro, 1982. 
 
VIEIRA, D. A. P. et al. Microbiologia Aplicada. Goiás, 2012. 
 
SEJAS, L. M. et al. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Avaliação 
da qualidade dos discos com antimicrobianos para testes de disco-difusão 
disponíveis comercialmente no Brasil, 2003. 
 
ESTEVES, S. C. Infertilidade masculina. In: Rhoden, EL ed. Urologia no consultório. 
Porto Alegre, 2009. 
 
 
 
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