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TEXTO NARRATIVO SOBRE COMO A PSICOLOGIA PODE AUXILIAR NO

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CURSO DE PSICOLOGIA– 3ª SÉRIE – 2021 
PSICOPATOLOGIA 
2º SEMESTRE 
Data:06 de Junho 
 
 
 
 
DISCENTE: Jaqueline Beatriz da Cruz 
 
TEXTO NARRATIVO SOBRE COMO A PSICOLOGIA PODE AUXILIAR NO 
SOFRIMENTO PSÍQUICO OCASIONADO PELA PANDEMIA (COVID-19) 
 
(COM EMBASAMENTO TEÓRICO DE CARL JUNG) 
 
 
Compreende-se que cada indivíduo pertence a determinados grupos inseridos na 
sociedade, entretanto mesmo que eles possuam aspectos em comum, cada indivíduo traz 
consigo a sua própria história e juntamente com ela, questões particulares a serem 
compreendidas, são elas que os diferenciam um dos outros. 
Acredito que estas questões estão atreladas a pensamentos, sentimentos, 
vivências e também a forma que cada pessoa lida com estes aspectos. Cada um possui a 
sua particularidade, e mesmo que algumas situações sejam muito parecidas entre estes 
indivíduos, cada um tem a capacidade de sentir e de lidar de formas diferentes, onde a 
busca pela compreensão ocorre de acordo com a sua capacidade. 
Acerca disso, é perceptível a agravante situação que o mundo está enfrentando 
em decorrência do alto índice de contaminação e mortes ocasionadas pelo Coronavírus 
(Covid-19). No Brasil, o declínio é ainda maior, pois além da luta contra o vírus, o sistema 
governamental desenvolve um plano de privatização da rede de saúde pública (SUS), 
onde acabam tirando investimentos e recursos do mesmo. Além disso, o país enfrenta 
crise política e econômica, onde a atenção que deveria estar centralizada na doença que 
hoje já matou quase 500 mil pessoas se perde em meio ao caos governamental e a falta 
de humanização da atual gestão. 
Em decorrência disso, compreende-se que além de toda essa problemática, o ser 
humano mesmo que não seja contaminado pelo vírus, continua vulnerável a tudo, 
principalmente ao adoecimento psíquico. Como mencionado anteriormente, cada pessoa 
possui a capacidade de desenvolver seus pensamentos através de suas experiências 
conscientes ou inconscientes, desta forma a atual situação pandêmica contribui 
significativamente para este fator. 
Para a psicologia analítica, ou Junguiana, o sofrimento é um sintoma da alma. O 
sofrimento não ocorre somente através de fatores físicos e orgânicos, mas ocorre 
principalmente pelos fatores emocionais. 
De acordo com JUNG (2003), 
 
 
“O modelo psíquico é constituído basicamente por duas instâncias: o 
inconsciente e a consciência. Ele utiliza o termo inconsciente tanto para 
descrever conteúdos inacessíveis ao ego, quanto para delimitar um 
lugar psíquico com caráter, leis e funções próprias. Para ele há dois tipos 
de inconsciente: o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.” 
(Jung 2003; apud RIBEIRO, Patricia; 2012 pg.7) 
 
 
 
O inconsciente pessoal está ligado aos elementos básicos do próprio inconsciente 
que são responsáveis por guardar as más experiências que não foram filtradas pelo ego, 
ou seja, são conteúdos reprimidos pelo indivíduo que de alguma forma causaram impacto 
e que ele passou a não desejá-las, mas que ao decorrer do tempo elas podem se manifestar 
através dos sonhos, comportamentos e etc. 
Já inconsciente coletivo seriam as heranças da ancestralidade herdada por nós, 
como experiências que ocorreram internamente, as quais são configuradas a conteúdos 
não acessados pelo consciente, mas que são compartilhados por aqueles que vivem ao 
nosso redor. 
Desta forma, baseando-se na teoria Junguiana, o sofrimento psíquico ocasionado 
pela pandemia pode derivar-se de elementos reprimidos como, por exemplo, o luto não 
vivenciado, ou também de experiências vivenciadas por aqueles que estão próximos a 
nós, como por exemplo, o relato de alguém que foi contaminado pelo Coronavírus. 
Sendo assim, a terapia Junguiana busca pela compreensão e essência do 
indivíduo que acaba se perdendo ao longo destas vivências e experiências. Essa busca 
ocorre de forma simultânea entre cliente e terapeuta, onde o cliente possui total liberdade 
para falar de todas as suas questões, se assim preferir. Além disso, de acordo com Jung, 
o símbolo é a melhor expressão do “desconhecido”, onde se é possível a representação de 
aspectos tanto conscientes quanto inconscientes da existência de cada 
indivíduo. Desta forma, através deste método, o terapeuta além de escutar, ele poderá ter 
“contato” através da visualização de um desenho ou símbolo que de certa forma possui 
significado para aquela pessoa, podendo desta forma compreender o “grito” que aquele 
indivíduo está tentando pôr para fora. 
Acerca disso, o objetivo da análise e reflexão é a escuta do terapeuta permitir 
com que o cliente possa ouvir a si próprio, desta forma ele poderá compreender a si e a 
sua existência. 
Entretanto, a psicologia é ampla! E possui importância significativa para o 
desenvolvimento da sociedade e seus aspectos, como, por exemplo, a extrema 
necessidade da inserção de psicólogos em hospitais. 
Segundo, CAMON (1998), o papel do psicólogo hospitalar entra como parte 
essencial da busca pela dignidade que o paciente acaba perdendo em seu leito, porém é 
de extrema relevância que o profissional compreenda os limites do paciente. Além disso 
é importante que este processo de humanização também ocorra com a equipe em que o 
psicólogo está inserido, pois a compreensão e empatia são aspectos extremamente 
necessários para o ser humano, pois além o sofrimento e angústia não afetam somente o 
paciente, mas também aqueles que são próximos a ele, sendo assim é de vasta importância 
que o psicólogo também atue com o intuito de abrandar a dor destas pessoas e de 
humanizar aqueles que estão ali inseridos. 
Por fim, compreende-se que a psicologia implica-se no estudo do ser humano e 
de todos os aspectos que o cercam, sendo que para JUNG: 
 
“[...] o doente tem uma história que não é contada e que, em geral, 
ninguém conhece. Para mim, a verdadeira terapia só começa depois de 
examinada a história pessoal. Esta representa o segredo do paciente, 
segredo que o desesperou. Ao mesmo tempo, encerra a chave do 
tratamento. É, pois, indispensável que o médico saiba descobri-la. Ele 
deve propor perguntas que digam respeito ao homem em sua totalidade 
e não se limitar apenas aos sintomas.” (Stevens A. Jung. Porto Alegre: 
L± p.110, 2012. Apud BATISTA-SIQUEIRA, 
Rodrigo. 2014). 
 
REFERÊNCIAS: 
 
 
 
CAMON-V.A.A. A Psicologia no Hospital: O Psicólogo no Hospital: Traço, 1998. 
 
 
 
 
SIQUEIRA-BATISTA, Rodrigo; Sobre Carl G. Jung. Revista brasileira de educação médica. 
Vol. 38, n. 3, p. 409-412. Rio de Janeiro, 2014. 
 
 
 
RIBEIRO, Patrícia Oliveira. Primeiras Crises Psíquicas Graves e a Tipologia de 
Jung: Um estudo exploratório. Instituto de Psicologia – Departamento de Psicologia 
Clínica – Programa de Pós- Graduação em Psicologia Clínica e Cultura. P. 7, 41-52. 
Brasília, 2011.

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