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Alunos: Franciane Lima Vieira e Paulo Ricardo Goltara Braga. LABIRINTOPATIA METABÓLICA 1. Se apresentar e apresentar o conteúdo Conteúdo para 26/10/22 Anátomo�siologia da patologia Conceito (o que é?) Sinais e sintomas Avaliação/Diagnóstico Tratamentos ANÁTOMOFISIOLOGIA DA LABIRINTOPATIA METABÓLICA Por ser responsável pelo equilíbrio, o aparelho vestibular, composto pelo nervo vestíbulo-coclear, núcleos, vias e outras relações com o SNC, pode sofrer alterações. Alterações essas que interferem no funcionamento desse sistema, chamado de labirintopatias, ocorrendo tonturas e/ou desequilíbrios de origem periférica e/ou central (GROSSELLI G. & LOPES, S. S., 2017). Essa patologia possui origem vascular, psicológica, metabólica e hormonal. A chamada labirintopatia metabólica surge por patologias como a hiperlipidemia, hiperglicemia ou hipoglicemia, hiperinsulinismo, alterações hormonais ovarianas ou de tireóide, etc (GROSSELLI G. & LOPES, S. S., 2017; CORÓ, B. V., 2016). A glicose e insulina são muito relacionadas nesse tipo de labirintopatia, sendo que o labirinto possui receptores de insulina no saco endolinfático e também transportadores de glicose na estria vascular (GROSSELLI G. & LOPES, S. S., 2017). A orelha interna possui uma intensa atividade metabólica com reserva energética armazenada, sofrendo in�uências em sua função devido às variações da glicemia com altas concentrações de insulina no sangue, atrapalhando a enzima Na-K-ATPase, principal catalisadora do metabolismo glicídico. O que acontece é que, há um deslocamento de K+ da endolinfa para a perilinfa e Na+ no sentido contrário, sendo a Na-K-ATPase a enzima responsável por esse potencial endococlear, no qual há altas concentrações de potássio e baixas concentrações de sódio na endolinfa. Em consequência disso, o indivíduo com esse problema sente vertigem, zumbido, hipoacusia e plenitude auricular (CORÓ, B. V., 2016; BITTAR, R. S. M. & MEZZALIRA, R., 2017). Fonte: otoneurologia.org O QUE É LABIRINTOPATIA METABÓLICA? As labirintopatias são patologias que acometem o labirinto na orelha interna, sendo de vários tipos. A labirintopatia de origem metabólica é uma alteração no funcionamento do metabolismo do labirinto, sendo a etiologia de doenças metabólicas, como a diabetes (BITTAR R. S. M. et. al, 2004). SINAIS E SINTOMAS Nos distúrbios metabólicos, os pacientes podem apresentar qualquer sintoma labiríntico. Nos casos de intolerância aos carboidratos: �utuação, plenitude auricular, hipoacusia e zumbidos. Há outros sintomas como, fraqueza, sudorese, tremores e sensação de desmaio que sugerem hipoglicemia. Quando são investigados os hábitos alimentares, descobre-se compulsão por doces e períodos longos em jejum. Nos casos dos pacientes com diabetes, são referidas sensações de desequilíbrio e instabilidade até vertigens associadas a sintomas auditivos, sendo a mais comum a hipoacusia progressiva e não �utuante. Porém, nesses indivíduos costuma aparecer a labirintopatia de origem multifatorial, uma vez que há também comprometimento vascular, proprioceptivo e, às vezes, visual. (BITTAR R. S. M. & MEZZALIRA R., 2017) AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO Diagnóstico - Boa anamnese, com a caracterização dos sintomas e antecedentes pessoais e familiares. É frequente os achados de diabetes na família, sendo um importante histórico desses pacientes. Avaliação - Pacientes com antecedentes familiares de diabetes ou evidências clínicas que relacionam o aparecimento de tontura e jejum prolongado ou ingestão de açúcares: realização da curva glicoinsulêmica de 3 horas para diagnóstico de intolerância à glicose. - Glicemia inferior a 55 mg/dL ou superior a 200 mg/dL em qualquer momento do exame; - Glicemia entre 145 e 200 mg/dL em qualquer momento do exame; - Redução da glicemia maior que 30 mg/dL em meia hora; - Soma dos valores de insulina das 2ª e 3ª horas acima de 75 mg/dL. - Outra maneira de avaliar a má absorção de glicose: teste respiratório de intolerância à lactose; - Avaliação audiométrica em pessoas com intolerância aos carboidratos: audiometria pode ser normal, pode evidenciar perda neurossensorial em frequências graves, plana, em U invertido ou �utuações nos limiares tonais. - Avaliação audiométrica em indivíduos diabéticos: perda neurossensorial bilateral e curva tonal descendente com perda auditiva em agudos. - Videoeletronistagmogra�a ou Eletronistagmogra�a: o achado mais frequente é a hiperre�exia pós calórica, sendo bilateral e simétrica; nistagmos posicionais que indicam sensibilidade aos estímulos vestibulares. Figura 3: Hiperre�exia pós calórica Figura 4: Provas posicionais - observado no decúbito lateral esquerdo. - Video Head Impulse Test (VHIT): Exame complementar à bateria vestibular clássica, no qual avalia o re�exo vestibulocular. Não diagnostica a etiologia, mas apresenta o grau de comprometimento do re�exo nos casos já diagnosticados. Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=GPUPtybBurE&ab_channel=sixesfu�ofnines. https://www.youtube.com/watch?v=GPUPtybBurE&ab_channel=sixesfullofnines Fonte: Revista Saúde - especial capa Fonte: JoVE - testing of a� Six Semicircular Canals with Video Head Impulse Test Systems | Protocol. - Posturogra�a Dinâmica Computadorizada (PDC): Possui condições numeradas de 1 a 6, sendo 4, 5 e 6 que avaliam a função vestibular. Nos pacientes com disfunção no metabolismo de carboidratos apresentam alterações na condição 5, no qual con�rma que a doença compromete o equilíbrio corporal pela disfunção da informação vestibular. Figura: Posturogra�a dinâmica computadorizada. Em A observa-se o exame pré dieta em paciente portador de disfunção do metabolismo de glicose; em B o mesmo paciente após 30 dias de dieta TRATAMENTOS Dieta especí�ca para os quadros metabólicos: redução de carboidratos na dieta, principalmente de carboidrato simples (absorção rápida); Aumentar a frequências de refeições durante o dia (a cada 3 horas); Aumento da ingesta de água (1,5 a 2 litros/dia); Prática de atividade física regular; Controle do estresse; Bons hábitos de sono; Diabéticos: controle da doença para preservar a função cócleo vestibular (BITTAR R. S. M. & MEZZALIRA R., 2017). REFERÊNCIAS: BITTAR R. S. M. & MEZZALIRA R. Metabolismo dos carboidratos e sua relação com a tontura. Fundação Otorrinolaringologia & Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP, 2017. Disponível em: <http://otoneurologia.org.br/?p=604> Acesso em: 9 out. 2022. GROSSELLI G. & SILVÉRIO-LOPES S. Auriculoterapia no tratamento de labirintopatias. Faculdade de Tecnologia IBRATE. Rev. Bras. Terap. e Saúde, v. 7, n. 2, p. 1-4, 2017. CORÓ B. V. Caracterização da tontura de origem metabólica em pacientes tratados com reabilitação vestibular. Dissertação para Mestrado em Ciências Médicas. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo, 2016.
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