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01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1)
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NÃO PODE FALTAR
OUTRAS NECESSIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Sueli Helena de Camargo Palmen
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PRATICAR PARA APRENDER
Olá! Estamos iniciando a seção 3.3 intitulada “Outras necessidades da Educação
Básica”, da disciplina “Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas
Públicas”, na qual abordaremos algumas diretrizes educacionais direcionadas
àquelas comunidades que historicamente tiveram suas vozes silenciadas ou
negadas, como as populações em situação de itinerância, o público em situação de
privação de liberdade, as comunidades quilombolas e os povos indígenas.
Assim, você, futuro educador será apresentado nesta seção às Diretrizes para o
atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância; às
Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação
de privação de liberdade nos estabelecimentos penais ou em cumprimento de
Fonte: Shutterstock.
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medidas socioeducativas; às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Escolar Indígena na Educação Básica e às Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
Por meio dessa breve apresentação é possível constatar que estaremos acessando
as diretrizes pautadas em determinações legais que visam promover o direito à
educação a todos os brasileiros, inclusive àqueles em contextos especiais,
compreendendo que é papel do Estado promover Políticas Educacionais a todos os
cidadãos, como confere a Constituição Federal do Brasil, de 1988.
Como futuro educador, é muito importante conhecer as Diretrizes Educacionais
que regulamentam e normatizam o trabalho pedagógico, de forma a democratizar
o acesso e a permanência ao longo do processo educacional.
Ao longo desta seção estaremos apresentando as especi�cidades curriculares
destinadas a atender a diversidade cultural e social de nosso país, tendo como
princípio o respeito às diferenças e a valorização da diversidade.
É importante que você assuma a postura de um pro�ssional ético e inclusivo e
busque conhecer as diretrizes com o olhar de um educador que acolhe a
diversidade de forma a promover o acesso e a permanência de todos no processo
educacional.
Realize as leituras indicadas, destaque os princípios que permeiam cada diretriz e
busque conhecer mais sobre a diversidade do povo brasileiro, a�nal somos um
país plural e a Educação também deve olhar para todos, em busca de promover os
mesmos direitos olhando para as especi�cidades construídas historicamente.
Essa postura será fundamental para sua formação como pro�ssional da Educação!
Márcia é professora na EJA – Ensino Fundamental e no bairro onde atua está
acontecendo um grande empreendimento imobiliário. Para trabalhar na
construção civil, a construtora contratou trabalhadores de outra região do Brasil,
muitos dos quais não concluíram a primeira etapa do ensino fundamental.
Preocupada com a instrução da equipe contratada, muitos desses trabalhadores
foram incentivados a buscar a EJA para dar continuidade em seus estudos.
Contudo, são pessoas em situação de itinerância, pois quando terminam a fase
da construção a qual estão responsáveis, logo são transferidos para outra obra,
não mantendo o vínculo numa só escola.
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Considerando a Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional),
assim como as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para
populações em situação de itinerância, é preciso garantir o acesso à educação sem
constrangimento e preconceitos ao público que se encontra em itinerância (por
questões culturais, trabalhistas, sociais).
De acordo com os preceitos legais, vale destacar que “se a pessoa exercitar
pro�ssão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações
que lhe corresponderem”.
Assim, a professora Márcia tem um grande desa�o: incluir e considerar os
conhecimentos dos trabalhadores em condição de itinerância durante todo o
período em que se mantiverem ligados ao grupo, tornando signi�cativa essa
aprendizagem temporária.
Assim, neste momento, você está convidado a assumir o lugar de Márcia e buscar
estratégias para tornar signi�cativa a aprendizagem desses trabalhadores da
construção civil de forma a promover sua emancipação, instrumentalizando-os
para continuar os estudos em diferentes locais.
Quais estratégias você indicaria?
É importante realizar uma avaliação diagnóstica do desenvolvimento e da
aprendizagem desse estudante para saber de onde partir?
Como garantir um atendimento educacional que respeite às particularidades
culturais, regionais, religiosas, étnicas e raciais dos estudantes em situação de
itinerância?
Quais outras questões ou propostas você faria?
Conto com você na promoção do direito à educação!
Juntos promoveremos os direitos de aprendizagem a todos os brasileiros!
Vamos em frente!
CONCEITO-CHAVE
Olá! Futuro educador, você já re�etiu sobre a importância de pensarmos na
diversidade em termos educacionais?
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Vale relembrar que a Constituição Federal brasileira de 1988 é reconhecida
mundialmente como a Constituição Cidadã, considerando a Educação como um
direito de todos. Nesse sentido, os direitos de aprendizagem devem ser
oportunizados a todos os brasileiros e brasileiras, visando uma formação humana
integral, justa e democrática, pautada em princípios éticos, políticos e estéticos,
como determina a legislação educacional, ou seja, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), bem como normatiza a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017).
Assim, devemos considerar que ao nos referirmos à cidadania, nos referimos ao
respeito às diferenças, não com a intenção de acentuar as desigualdades, mas
sim com o objetivo de respeitar e valorizar a diversidade existente em nosso
país.
Como educadores, outro ponto que não podemos deixar de lado em nossas
re�exões é quanto ao papel da Educação em nossa sociedade, resgatando que
dentro das metodologias ativas o protagonismo do aluno deve ser estimulado,
buscando promover suas competências e habilidades e visando sua atuação como
cidadão autônomo e escritor de sua própria história, independentemente de sua
condição social, gênero ou grupo cultural.
OUTRAS NECESSIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Pensar nas Diretrizes Educacionais com vistas à inclusão da diversidade no
processo educacional de forma justa, democrática e inclusiva é uma forma de
atender às especi�cidades dos alunos que chegam à escola, cabendo à educação
adequar-se às necessidades dos alunos e não os alunos às características da
escola.
Dessa forma, estaremos conversando aqui nesta seção sobre diferentes diretrizes
voltadas às outras necessidades da Educação Básica, focando a diversidade de
demandas que socialmente nos são apresentadas.
Quando falamos em diversidade educacional nos remetemos à necessidade de
oportunizar a todos os alunos o direito à educação, ou seja, o direito ao acesso e
à permanência na escola,com igualdade de condições, respeitando as diferenças e
valorizando as diversas formas de vida, catalisando as vivências dos diferentes
grupos e visando promover Políticas Curriculares que acolham as multiplicidades
culturais e sociais.
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Pensando em Políticas Educacionais que respeitam o direito de todos a uma
educação igualitária, as diretrizes educacionais são formuladas representando o
esforço em se promover os direitos educacionais que considerem as
especi�cidades dos grupos a que se destinam.
CONDIÇÃO DE ITINERÂNCIA
Um desses grupos é representado pelas populações em situação de itinerância.
De acordo com o parecer do CNE/CEB nº 14/2011, podem ser considerados como
vivendo em situação de itinerância ciganos, indígenas, povos nômades,
trabalhadores itinerantes, acampados, artistas, demais trabalhadores em circos,
parques de diversão e teatro mambembe que se declarem como itinerantes ou
sejam declarados pelo seu responsável legal como itinerantes.
No Brasil, a partir da segunda metade do século XX, devido a uma fase
desenvolvimentista de nosso país, focando a industrialização, houve um processo
de migração do campo para a cidade, pois era intensa a busca de melhores
condições de vida através do trabalho na cidade. Através desse processo
migratório, outra demanda também se intensi�cou: a demanda por escolarização.
Entretanto, como sinaliza Paiva (1987), o êxodo rural favoreceu a busca pela escola,
promovendo a expansão das vagas, contudo, de forma insu�ciente e
desorganizada.
Ao estudar a condição de itinerância de trabalhadores rurais, Oliveira (2013) nos
apresenta pesquisadores como Sequeira e Batanero (2010) que também �zeram
essa análise olhando para a situação de alunos itinerantes de origem circense e
destacaram que:
A condição de itinerância é uma prática vivenciada por muitas famílias que
buscam novas oportunidades de trabalho, se submetendo a deslocamentos
constantes como alternativa para uma melhor condição de vida. No entanto, o
deslocamento culmina com a mudança de escola e inclusive com o
afastamento da escola, di�cultando até mesmo a continuidade no processo de
escolarização.
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De forma geral, vemos que o contexto de itinerância afeta o percurso na Educação
Básica de crianças, adolescentes e adultos pertencentes aos grupos sociais em
situação de itinerância: ciganos, trabalhadores do campo, povos nômades,
trabalhadores itinerantes, acampados, artistas, demais trabalhadores em circos,
parques de diversão e teatro mambembe.
Em termos legais, aqui cabe resgatar que a Constituição Federal de 1988 pontua
que é dever do Estado a oferta da educação a todos e responsabilidade das
famílias a matricula de seus �lhos em estabelecimentos de ensino, como uma
garantia de seus direitos.
Nesse sentido, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990,
regulamenta que.
Em 2012, foi aprovada a Resolução nº 3, de 16 de maio, que de�ne diretrizes
para o atendimento de educação escolar para populações em situação de
itinerância, que destaca em seu Artigo 1º que:
A itinerância, enquanto modo de vida peculiar de muitas famílias em várias partes do mundo, remete às formas
residuais de vida de nossos antepassados. Nessa lógica se integram os ciganos, os circenses, os trabalhadores
sazonais, entre outros, que preenchem a tipi�cação “clássica” habitual de vida itinerante, relacionada ao modo
de vida que necessitava se deslocar constantemente, em busca de condições mais favoráveis.
— (SEQUEIRA; BATANERO, 2010 apud OLIVEIRA, 2013, p. 443)
“
Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus �lhos ou pupilos na rede regular de ensino. A inércia
ou omissão destes em relação à regularização da matrícula escolar dos seus �lhos con�gura infração
administrativa, sujeita à multa de três a vinte salários mínimos – ECA, art. 249.
— (BRASIL, 1990, s.p)
“
Vale destacar que nem na Constituição Federal, nem no Estatuto da Criança e
do Adolescente, tampouco na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
existe a exigência para a matrícula escolar de tempo de permanência ou de
residência do estudante em determinada localidade. Assim, a legislação não
impede que uma pessoa em situação de itinerância frequente a escola, pois o
direito à educação é de todos, independente de sua condição de vida.
Art. 1º As crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância deverão ter garantido o direito à matrícula
em escola pública, gratuita, com qualidade social e que garanta a liberdade de consciência e de crença. (s.p)“
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É o caso do estudante circense, cuja as condições culturais o impede de frequentar
regularmente uma escola. Entretanto, seu direito à educação deve ser protegido e
garantido, respeitando-se sua especi�cidade, lembrando que inclusive o Estatuto
da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) reforça a necessidade dessa proteção e
garantia, quando pontua que:
Nesse sentido, as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para
populações em situação de itinerância, estabelecidas pela Resolução nº 3/ 2012
(BRASIL, 2012), determinam que:
As Diretrizes voltadas ao público itinerante ainda especi�cam que as instituições de
ensino devem olhar a situação de cada aluno, avaliá-lo de forma a não causar
constrangimento e inclui-los em salas onde seu per�l etário seja respeitado, assim
como suas particularidades socioculturais, adequando os programas educacionais
para que seu direito à educação seja garantido. Essas orientações podem ser
constatadas nos artigos 4º e 9º das diretrizes, conforme podemos conferir a seguir:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão,
aos seus direitos fundamentais.
Art. 17 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças,
dos espaços e objetos pessoais. 
— (BRASIL, 1990, s.p.)
“
Art. 2º Visando à garantia dos direitos socioeducacionais de crianças, adolescentes e jovens em situação de
itinerância os sistemas de ensino deverão adequar-se às particularidades desses estudantes.
Art. 3º Os sistemas de ensino, por meio de seus estabelecimentos públicos ou privados de Educação Básica
deverão assegurar a matrícula de estudante em situação de itinerância sem a imposição de qualquer forma de
embaraço, preconceito e/ou qualquer forma de discriminação, pois se trata de direito fundamental, mediante
auto declaração ou declaração do responsável.
§ 1º No caso de matrícula de jovens e adultos, poderá ser usada a autodeclaração.
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As diretrizes ainda destacam que cada sistema de ensino deverá regulamentar seu
funcionamento, visando atender às normativas postas pela Resolução nº3/ 2012,
de forma a não causar prejuízo ao educando itinerante e garantindo que eleprossiga nos estudos com condições para sua conclusão. Assim,
PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA
E você, futuro educador, já ouviu falar em Pedagogia da Alternância? Essa é uma
forma organizacional e metodológica utilizada com a população camponesa, ou
seja, ao trabalhador rural, que muitas vezes precisa trabalhar na lavoura em
determinadas épocas do ano, necessitando que a escola o acolha através da
adequação de seu calendário escolar, por meio da organização de ciclos da
alternância entre a escola e a lida no campo.
Siqueira (2015) destaca que a Pedagogia da Alternância surgiu na França, nos anos
1930, como forma de atender à necessidade da população camponesa; assim
buscaram desenvolver alternativas que possibilitassem a permanência dos alunos
na escola, correlacionando os saberes do cotidiano aos saberes cientí�cos.
Art. 4º Caso o estudante itinerante não disponha, no ato da matrícula, de certi�cado, memorial e/ou relatório da
instituição de educação anterior, este deverá ser inserido no grupamento correspondente aos seus pares de
idade, mediante diagnóstico de suas necessidades de aprendizagem, realizado pela instituição de ensino
que o recebe.
Art. 9º O Ministério da Educação deverá criar programas, ações e orientações especiais destinados à
escolarização de pessoas, sobretudo crianças, adolescentes e jovens que vivem em situação de itinerância.
§ 1º Os programas e/ou ações socioeducativas destinados a estudantes itinerantes deverão ser elaborados e
implementados com a participação dos atores sociais diretamente interessados (responsáveis pelos estudantes,
os próprios estudantes, dentre outros), visando o respeito às particularidades socioculturais, políticas e
econômicas dos referidos atores sociais.
§ 2º O atendimento socioeducacional ofertado pelas escolas e programas educacionais deverá garantir o
respeito às particularidades culturais, regionais, religiosas, étnicas e raciais dos estudantes em situação de
itinerância, bem como o tratamento pedagógico, ético e não discriminatório, na forma da lei. 
— (BRASIL, 2012, s.p.)
“
Art. 10 Os sistemas de ensino deverão orientar as escolas quanto a sua obrigação de garantir não só a
matrícula, mas, também, a permanência e, quando for o caso, a conclusão dos estudos aos estudantes em
situação de itinerância, bem como a elaboração e disponibilização do memorial.
Art. 11 Os sistemas de ensino, por meio de seus diferentes órgãos, deverão de�nir normas complementares
para o ingresso, permanência e conclusão de estudos de crianças, adolescentes e jovens em situação de
itinerância, com base na presente resolução. 
— (BRASIL, 2012, s.p)
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Vale destacar aqui que a LDB nº 9394/1996 considera essa forma de organização,
normatizando-a legalmente, possibilitando que essa adequação aconteça, como
propõe as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações
em situação de itinerância (BRASIL, 2012).
EDUCAÇÃO EM CONTEXTO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
Considerando as diferentes demandas que ocorrem no sistema educacional,
devemos acrescentar às outras necessidades da Educação Básica a inclusão dos
sujeitos em contexto de privação de liberdade, por exemplo.
Você, futuro educador, sabe como se organiza a educação de jovens e adultos em
situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais?
Antes de adentrarmos nas Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para
jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos
penais, regulamentada em 2010, por meio da Resolução nº 2 (BRASIL, 2010),
devemos destacar que desde o século XX o índice de violência urbana vem
crescendo de forma descontrolada, ocasionando um aumento na população
carcerária, ou seja, do sistema prisional brasileiro.
Contudo, como a própria Constituição Federal do Brasil de 1988 pontua, a
educação é um direito humano subjetivo, como vemos nos artigos a seguir:
Dessa forma, jovens e adultos em situação de privação de liberdade possuem o
direito à educação, portanto, o acesso a esse direito deve ser assegurado na
perspectiva de garantir-lhes integridade física, psicológica e moral.
Art. 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e a sua quali�cação para o trabalho”. No artigo 208, estabelece-se o dever do Estado na garantia do
Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, assegurando, inclusive, “sua oferta gratuita para todos os que a ele
não tiveram acesso na idade própria”. 
— (BRASIL, 2013, p. 317)
“
A Educação de Jovens e Adultos privados de liberdade não é benefício; pelo
contrário, é direito humano subjetivo e deve possibilitar a reinserção social do
apenado, garantindo a sua cidadania. Nesse contexto, vemos que um dos
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Assim, vemos o quanto é preciso repensar a função social da escola e superar
aquela concepção pautada apenas no conteudismo, sendo necessária a
valorização de outros saberes promovidos via educação, como aqueles provindos
da socialização saudável.
Somente em 2010 tivemos aprovada as Diretrizes Nacionais para a oferta de
educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos
estabelecimentos penais. Como pontua as Diretrizes Nacionais para a Educação
Básica (BRASIL, 2013):
Quanto à oferta da Educação de Jovens e Adultos nos estabelecimentos penais, o
artigo 3º da Resolução nº 2 (BRASIL, 2010), especi�ca que:
principais objetivos das instituições de tratamento desses jovens e adultos é a
promoção de sua educação visando sua reinserção social e seu
desenvolvimento saudável. 
A escola seja para crianças, jovens e adultos, inclusive em ambientes de privação de liberdade, nesta
concepção, deve ser concebida como um espaço de encontro e socialização ao mundo livre em que o saber é
apenas um dos elementos para a sua constituição. É preciso romper com a concepção tradicional e reducionista
de escola, cujo objetivo central está na aquisição de conteúdos pragmáticos e muitas vezes descontextualizados
do ambiente em que se vive, principalmente do mundo moderno. 
— (BRASIL, 2013, p. 320)
“
A prisão, em tese, representa a perda dos direitos civis e políticos. Suspensão, por tempo determinado, do
direito do interno ir e vir livremente, de acordo com a sua vontade, mas não implica, contudo, a suspensão dos
seus direitos ao respeito, à dignidade, à privacidade, à integridade física, psicológica e moral, ao
desenvolvimento pessoal e social, espaço onde se insere a prática educacional. 
— (BRASIL, 2013, p.320)
“
– Estará associada às ações complementares de cultura, esporte, inclusão digital, educação pro�ssional,
fomento à leitura e a programas de implantação, recuperação e manutenção de bibliotecas destinadas ao
atendimento à população privada de liberdade, inclusive as ações de valorização dos pro�ssionais que
trabalham nesses espaços;
– Promoverá o envolvimento da comunidade e dos familiares dos indivíduos em situação de privação de
liberdade e preverá atendimento diferenciado de acordo com as especi�cidades de cada medida e/ou regime
prisional, considerando as necessidades de inclusão e acessibilidade, bem como as peculiaridades de gênero,
raça e etnia, credo, idade e condição social da população atendida;
– Poderá ser realizada mediante vinculação a unidades educacionais e a programas que funcionam fora dos
estabelecimentos penais;
– Desenvolverá políticas de elevação de escolaridadeassociada à quali�cação pro�ssional, articulando-as,
também, de maneira intersetorial, a políticas e programas destinados a jovens e adultos;
– Contemplará o atendimento em todos os turnos;
– Será organizada de modo a atender às peculiaridades de tempo, espaço e rotatividade da população
carcerária levando em consideração a �exibilidade prevista no art. 23 da Lei nº 9.394/96 (LDB). 
— (BRASIL, 2013, p. 334)
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Quando a BNCC (BRASIL, 2017) normatiza que todos devem ter os mesmos direitos
de aprendizagens visando a promoção de sua cidadania, essa normativa se aplica a
todos que estão vivenciando os programas educativos em ambientes prisionais. O
foco deve estar na política de reinserção social, em consonância com os princípios
éticos, estéticos e políticos que pautam as Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais da Educação Básica (BRASIL, 2013).
Segundo a Resolução nº 2 (BRASIL, 2010), a �m de promover a reinserção de jovens
e adultos em instituições prisionais, é preciso planejar a articulação entre educação
formal e não formal, inclusive sua quali�cação pro�ssional, de forma a consolidar
seu direito à cidadania. Assim,
DIVERSIDADE CULTURAL NO ENSINO BÁSICO NO BRASIL
São vários os desa�os da Educação Básica no Brasil, pois quando falamos em
formação cidadã devemos considerar que os aspectos sociais e culturais do povo
brasileiro são vistos em suas especi�cidades. Dentro dessa perspectiva, vale
recuperar que o Brasil é um país multicultural, portanto, o povo brasileiro traz
nas veias diferentes origens: indígenas, europeias, africanas e asiáticas, e o
processo educacional deve considerar a diversidade como um dos princípios
educacionais.
DIREITO À EDUCAÇÃO: INDÍGENAS
Ao falarmos em diversidade, é fundamental olharmos para os indígenas como
parte do povo brasileiro, ou seja, com direito à educação, contudo, os processos
educacionais devem valorizar suas línguas e saberes tradicionais.
De forma geral, as diretrizes voltadas ao público privado de liberdade
destacam que quando se fala em direito à Educação no sistema prisional, não
se almeja a reprodução da escola tradicional, pois o que se requer é o olhar
para as necessidades do sujeito privado de liberdade, visando sua
valorização a partir da promoção de aprendizagens que forti�quem suas
habilidades e competências, visando sua reinserção social.
Art. 12 O planejamento das ações de educação em espaços prisionais poderá contemplar, além das atividades
de educação formal, propostas de educação não-formal, bem como de educação para o trabalho, inclusive na
modalidade de Educação a Distância, conforme previsto em Resoluções deste Conselho sobre a EJA. 
— (BRASIL, 2010, s.p)
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Portanto, não podemos deixar de considerar as demandas e especi�cidades
apresentadas pelos povos indígenas em termos de educação, as quais revelam a
importância da aprovação da Resolução nº 5, de 22 de junho de 2012, por meio
da qual se de�nem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Escolar Indígena na Educação Básica.
Somente com a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) que os indígenas
passaram a ter seus direitos reconhecidos, pressionando as Políticas Educacionais
a possibilitarem a oferta da Educação de forma diferenciada, respeitando as
especi�cidades das diversas comunidades indígenas.
A LDB estabelece, nas disposições gerais, que a responsabilidade de fomento para
o desenvolvimento de programas para oferta de educação bilíngue e
intercultural cabe ao sistema de ensino da União com a colaboração das
agências federais (Art. 78).
Conforme normatiza o artigo 78 da LDB, os povos indígenas requerem a oferta de
educação escolar bilíngue e intercultural, a recuperação de suas memórias
históricas; a rea�rmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas
e ciências. (BRASIL, 1996, s.p.).
Embora a Constituição Federal e a legislação educacional reconheçam a
importância do respeito e reconhecimento das culturas indígenas, somente em
2012 foi aprovada a Resolução nº 5, do Conselho de Educação Básica, que de�ne as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na
Educação Básica.
A referida resolução se pauta em princípios da igualdade social, da diferença, da
especi�cidade, do bilinguismo e da interculturalidade, fundamentos da Educação
Escolar Indígena.
Considerando a organização e o funcionamento da escola indígena, as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica
estabelecem que:
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Visando atender plenamente a cultura das diversas comunidades indígenas
existentes no território brasileiro, as diretrizes curriculares nacionais para a
educação escolar indígenas na Educação Básica ressaltam a importância de as
propostas pedagógicas serem construídas junto com a comunidade à que se
destinam por pro�ssionais da educação que sejam originários da comunidade
indígena a qual se direcionam, com o objetivo de preservar a identidade do grupo,
seus saberes, sua língua, sua memória.
O artigo 19 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena
na Educação Básica pontuam que:
Vemos que são muitos os desa�os que ainda se aplicam à educação indígena no
Brasil.
Art. 4º Constituem elementos básicos para a organização, a estrutura e o funcionamento da escola indígena:
I – A centralidade do território para o bem viver dos povos indígenas e para seus processos formativos e,
portanto, a localização das escolas em terras habitadas por comunidades indígenas, ainda que se estendam
por territórios de diversos Estados ou Municípios contíguos;
II – A importância das línguas indígenas e dos registros linguísticos especí�cos do português para o ensino
ministrado nas línguas maternas das comunidades indígenas, como uma das formas de preservação da
realidade sociolinguística de cada povo;
III – A organização escolar própria, nos termos detalhados nesta Resolução;
IV – A exclusividade do atendimento a comunidades indígenas por parte de professores indígenas oriundos da
respectiva comunidade.
Parágrafo único A escola indígena será criada em atendimento à reivindicação ou por iniciativa da comunidade
interessada, ou com a anuência da mesma, respeitadas suas formas de representação. 
— (BRASIL, 2012b, s.p)
“
Art. 19 A qualidade sociocultural da Educação Escolar Indígena necessita que sua proposta educativa seja
conduzida por professores indígenas, como docentes e como gestores, pertencentes às suas respectivas
comunidades.
§ 1º Os professores indígenas, no cenário político e pedagógico, são importantes interlocutores nos processos
de construção do diálogo intercultural, mediando e articulando os interesses de suas comunidades com os da
sociedade em geral e com os de outros grupos particulares, promovendo a sistematização e organização de
novos saberes e práticas.
§ 2º Compete aos professores indígenas a tarefa de re�etir criticamente sobre as práticas políticas
pedagógicas da Educação Escolar Indígena, buscando criar estratégias para promover a interação dos
diversos tipos de conhecimentos que se apresentam e se entrelaçam no processo escolar: de um lado, os
conhecimentos ditos universais, a que todo estudante, indígena ou não, deve ter acesso, e, de outro,os
conhecimentos étnicos, próprios ao seu grupo social de origem que hoje assumem importância crescente nos
contextos escolares indígenas. 
— (BRASIL, 2012b)
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O próprio Plano Nacional de Educação (PNE – Lei nº 13.005, de 25 de junho de
2014), através da Meta 7 – “fomentar a qualidade da educação básica em todas as
etapas e modalidades”, pontua a necessidade de se desenvolver proposta
pedagógicas que olhem para a especi�cidade das comunidades indígenas,
indicando que esse contexto ainda não se consolidou no Brasil, compondo uma
meta a ser alcançada, como podemos ver na descrição da estratégia 27:
A escola indígena é um espaço cultural que tem como objetivo acolher os
conhecimentos indígenas, manter a memória do grupo, valorizando-a e
perpetuando-a em interlocução com os conhecimentos cientí�cos produzidos pela
humanidade, visando seu fortalecimento.
Você, futuro educador, considera que a formação do pro�ssional da educação
indígena favorecerá a manutenção de sua cultura?
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação
Básica destacam a importância de se formar professores e gestores indígenas,
indicando que eles garantirão a especi�cidade cultural do grupo ao qual
pertencem, consolidando sua cultura por meio de uma Educação que olha para as
necessidades reais do grupo.
En�m, a escola indígena é um local de diálogo, marcado pela língua nativa e a
língua nacional do Brasil, ou seja, a Língua Portuguesa, bem como a defesa da
identidade das comunidades indígenas, incluindo os direitos de aprendizagens que
todo o cidadão brasileiro tem direito, como normatiza a BNCC (BRASIL, 2017).
DIREITO À EDUCAÇÃO: QUILOMBOLAS
7.27) desenvolver currículos e propostas pedagógicas especí�cas para educação escolar para as escolas do
campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos culturais
correspondentes às respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das práticas
socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais
didáticos especí�cos, inclusive para os (as) alunos (as) com de�ciência. 
— (BRASIL, 2014, s.p.)
“
Art. 20 Formar indígenas para serem professores e gestores das escolas indígenas deve ser uma das
prioridades dos sistemas de ensino e de suas instituições formadoras, visando consolidar a Educação Escolar
Indígena como um compromisso público do Estado brasileiro. 
— (BRASIL, 2013, p.411)
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Mas, e quando pensamos nas comunidades quilombolas? Você, futuro educador,
sabe o que são Quilombos?
De acordo com Brasil (2013),
Outro ponto que precisamos re�etir é quanto à Educação Quilombola. Como tem
sido a educação escolar nessas comunidades?
Pensando nas especi�cidades das comunidades quilombolas, a Educação precisa
considerar suas demandas, posto que o direito à Educação é abrangente e deve
compreender o direito à identidade de grupo, assim a diversidade precisa ser
considerada como um valor.
Vale destacar que,
Portanto, para as comunidades quilombolas, a territorialidade é um princípio
fundamental, pois relaciona-se à busca pela manutenção de suas referências
ancestrais e ao seu direito de ser diferente sem ser desigual. Nesse contexto, a
Educação Escolar Quilombola deve fundamenta-se na memória coletiva, nas
línguas reminiscentes, nas práticas culturais, nas tradições orais e demais
acervos que conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas de
todo o país.
Entende-se por quilombos:
I - Os grupos étnico-raciais de�nidos por auto atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações
territoriais especí�cas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão
histórica;
II - Comunidades rurais e urbanas que:
a) lutam historicamente pelo direito à terra e ao território o qual diz respeito não somente à propriedade da
terra, mas a todos os elementos que fazem parte de seus usos, costumes e tradições;
b) possuem os recursos ambientais necessários à sua manutenção e às reminiscências históricas que permitam
perpetuar sua memória.
III - comunidades rurais e urbanas que compartilham trajetórias comuns, possuem laços de pertencimento,
tradição cultural de valorização dos antepassados calcada numa história identitária comum, entre outros.
—  (BRASIL, 2013, p. 479)
“
[...] o território quilombola se constitui como um agrupamento de pessoas que se reconhecem com a
mesma ascendência étnica, que passam por numerosos processos de mudanças culturais como formas de
adaptação resultantes do processo histórico, mas se mantêm, fortalecem-se e redimensionam as suas redes de
solidariedade. A terra, para os quilombolas, tem valor diferente daquele dado pelos grandes proprietários. Ela
representa o sustento e é, ao mesmo tempo, um resgate da memória dos antepassados, onde realizam
tradições, criam e recriam valores, lutam para garantir o direito de ser diferente sem ser desigual. Portanto,
a terra não é percebida apenas como objeto em si mesmo, de trabalho e de propriedade individual, uma vez
que está relacionada com a dignidade, a ancestralidade e a uma dimensão coletiva. 
— (BRASIL, 2013, p. 438)
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As orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica
(BRASIL, 2013) referem-se à educação escolar quilombola, pontuando que:
Entretanto, inserir nos currículos escolares a história e a cultura afro-brasileiras e
africana, abordando o contexto quilombola nas discussões, tem sido um desa�o
no Brasil, revelando as lacunas existentes em nosso Sistema Educacional e
apontam para a necessidade de normatizações que regulamentem o acolhimento
a História afro-brasileira.
Somente em 2012 o Ministério da Educação do Brasil em conjunto com o Conselho
Nacional de Educação e a Câmara de Educação Básica de�niram as Diretrizes
Curriculares para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, por
meio da resolução nº 8 (BRASIL, 2012c).
Nesse sentido são considerados territórios tradicionais os espaços utilizados de
forma permanente pelos quilombolas visando a sua reprodução cultural, social e
econômica, preservando sua identidade afro-brasileira por meio do
desenvolvimento sustentável, ou seja, com o uso equilibrado dos recursos
naturais.
A partir da Resolução nº 8/2012 (BRASIL, 2012c), a educação escolar quilombola
passa a ser normatizada e �ca estabelecida como diretriz que sua organização
deve compreender que as instituições educacionais se fundamentarão na memória
coletiva, nas línguas reminiscentes, nos acervos e repertórios orais, nos festejos,
A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura,
requerendo pedagogia própria em respeito à especi�cidade étnico-cultural de cada comunidade e
formação especí�ca de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional
comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das
escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural. 
— (BRASIL. 2013, p. 42)
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As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na
Educação Básica estabelecem como “povos e comunidades tradicionaisos
grupos culturalmente diferenciados e possuem formas próprias de
organização social, que usam seu território e os recursos naturais como
condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e
econômica”. (BRASIL, 2010, p.435)
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usos, tradições e demais elementos que conformam o patrimônio cultural das
comunidades quilombolas de todo o país, respeitando sua territorialidade. Nessa
perspectiva, são objetivos da educação escolar quilombola:
En�m, o currículo da Educação Escolar Quilombola deve se pautar nas Diretrizes Curriculares Nacionais,
garantindo “ao educando o direito a conhecer o conceito, a história dos quilombos no Brasil, o protagonismo do
movimento quilombola e do movimento negro, assim como o seu histórico de lutas”. Também deverão abordar
a história e a cultura afro-brasileira como elementos estruturantes do processo civilizatório nacional,
fortalecendo a identidade étnico-racial, a história e cultura afro-brasileira e africana, a cultura e a linguagem e a
liberdade religiosa de matriz africana ou não, como eixos norteadores do currículo na Educação Básica. (BRASIL,
2013, p. 489)
Vale destacar que ainda hoje muitas comunidades quilombolas ainda não
possuem escolas situadas em seu território, entretanto, como estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação
Básica, a especi�cidade étnico-racial e cultural de cada comunidade deve ser
considerada nas escolas quilombolas e nas que recebem alunos quilombolas.
Ainda são muitos os desa�os da Educação Básica no Brasil, mas é preciso olhar
cada contexto dentro de suas demandas buscando atender o direito de todos.
ASSIMILE 
I. Leis étnico-raciais: Entre a legislação brasileira que aborda as
questões étnico-raciais estão a Lei nº 10.639/2003, que aborda a
Art. 6º.
I - Orientar os sistemas de ensino e as escolas de Educação Básica da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios na elaboração, desenvolvimento e avaliação de seus projetos educativos;
II - Orientar os processos de construção de instrumentos normativos dos sistemas de ensino visando garantir a
Educação Escolar Quilombola nas diferentes etapas e modalidades, da Educação Básica, sendo respeitadas as
suas especi�cidades;
III - Assegurar que as escolas quilombolas e as escolas que atendem estudantes oriundos dos territórios
quilombolas considerem as práticas socioculturais, políticas e econômicas das comunidades quilombolas,
bem como os seus processos próprios de ensino-aprendizagem e as suas formas de produção e de
conhecimento tecnológico;
IV - Assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas quilombolas e das escolas que atendem
estudantes oriundos desses territórios considerem o direito de consulta e a participação da comunidade e
suas lideranças;
V - Fortalecer o regime de colaboração entre os sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios na oferta da Educação Escolar Quilombola;
VI - Zelar pela garantia do direito à Educação Escolar Quilombola às comunidades quilombolas rurais e
urbanas, respeitando a história, o território, a memória, a ancestralidade e os conhecimentos tradicionais;
VII - Subsidiar a abordagem da temática quilombola em todas as etapas da Educação Básica, pública e
privada, compreendida como parte integrante da cultura e do patrimônio afro-brasileiro, cujo conhecimento é
imprescindível para a compreensão da história, da cultura e da realidade brasileira. 
— (BRASIL, 2013, p. 480)
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obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras e
africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e
médio; o Parecer do CNE/CP 03/2004, que aprovou as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas; e a
Resolução CNE/CP 01/2004, que detalha os direitos e as obrigações
dos entes federados ante a implementação da lei. Essas políticas
compõem um conjunto de dispositivos legais considerados como
indutores de uma política educacional voltada para a a�rmação da
diversidade cultural e da concretização de uma educação das
relações étnico-raciais nas escolas. O Plano Nacional das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana foi
aprovado em 2009 (BRASIL, 2009).
II. Multiculturalismo: ou pluralismo cultural, é um termo que descreve
a existência de muitas culturas numa região, cidade ou país, com no
mínimo uma predominante. O Canadá é um exemplo de país
multiculturalista, sendo o inglês a língua o�cial de parte do país e a
língua francesa o�cial na outra parte. 
A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural,
principalmente quando essa homogeneidade é considerada única e
legítima, submetendo outras culturas a particularismos e
dependência. Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as
épocas, e hoje, estima-se que apenas 10 a 15% dos países sejam
etnicamente homogêneos.
III. Ressocialização: Oferecer reeducação a um indivíduo é uma forma
de reintegrá-lo à sociedade, dando-lhe condições para que ele
consiga se reavaliar e não voltar mais a realizar o mesmo crime.
Assim, a ressocialização propicia a dignidade e o tratamento
humanizado, mantendo a honra e a autoestima do detento.
Encaminhar o sujeito para um aconselhamento psicológico e para
projetos de pro�ssionalização incentiva que condenados tenham
seus direitos básicos respeitados.
REFLITA
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- A avaliação de alunos itinerantes deve ser pautada em seus
conhecimentos e, a partir desse diagnóstico, ser organizado um plano de
estudos. Esse procedimento não seria indicado para todos os alunos da
Educação Básica?
- Quando propomos uma educação diferenciada para comunidades
indígenas e quilombolas, por exemplo, estamos respeitando a
diversidade cultural ou estamos oferecendo um tratamento desigual em
termos de educação?
EXEMPLIFICANDO 
Entre as comunidades itinerantes encontramos os artistas circenses.
Quando um circo chega numa cidade é importante orientar que as crianças
sejam matriculadas na escola mais próxima do local onde estão �xados em
determinado momento.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (BRASIL, 1990) orienta que as
crianças e os adolescentes devem ser protegidos, pois a educação é um
direito que não pode ser negligenciado. Além disso, a própria LDB nº 9394/
1996 determina que a Educação Básica é obrigatória a partir dos 4 anos de
idade e que não existe nenhuma norma que impeça a matricula de uma
pessoa em situação de itinerância, a qual deve ser acolhida pelo sistema
educacional sem discriminação e preconceito. 
Cabe à escola veri�car os conhecimentos dos alunos itinerantes e montar
um plano de estudo que os acolha e promova conhecimentos, sempre os
ajustando em turmas em que eles se identi�quem em termos etários, para
que não haja constrangimentos.
Assim, uma criança de 9 anos, por exemplo, deve ser matriculada numa
turma com seu mesmo per�l etário e seus conhecimentos averiguados, ou
através de seu memorial (documento escolar), ou através da veri�cação
diagnóstica de seus saberes a partir dos quais seuplano de estudo se dará
de forma acolhedora.
Lembre-se: a educação é um direito de todos!
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En�m, estamos encerrando esta seção e esperamos que você, futuro educador,
tenha compreendido mais sobre a diversidade do povo brasileiro e o quanto suas
especi�cidades devem ser tratadas pela Política Educacional Nacional. Essa, por
sua vez, se traduz em diretrizes que buscam regulamentar as ações, considerando
o princípio Constitucional de que todos temos os mesmos direitos, entre os quais
se situa o direito à Educação.
Aqui, buscamos conhecer um pouco sobre as demandas especiais da Educação
Básica, e para isso nos amparamos nas Diretrizes para o atendimento de
educação escolar para populações em situação de itinerância, nas Diretrizes
Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação
de liberdade nos estabelecimentos penais, nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica e nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
Reconhecer a importância do multiculturalismo é uma forma de promover a
igualdade de direitos da população brasileira, considerando aspectos históricos e
culturais que devem ser assimilados no processo educacional de forma a
atender às necessidades dos diferentes grupos que compõem nosso país.
Vemos a partir das Diretrizes aqui apresentadas o quanto é importante adotar
Políticas Educacionais que superem a desigualdade e respeitem a diversidade
como um princípio ético e educacional. É preciso olhar para a diversidade e
respeitar as diretrizes educacionais que valorizam os diferentes saberes,
tradições e o patrimônio cultural de comunidades itinerantes, de jovens e adultos
privados de liberdade, de indígenas e quilombolas.
FOCO NA BNCC
Nesse momento, você, futuro educador, deve retomar que a BNCC (BRASIL,
2017) destaca entre as competências que deverão ser desenvolvidas no
decorrer da Educação Básica a valorização das diversas manifestações
artísticas e culturais existentes tanto mundialmente, quanto em contexto
mais próximos e que representam as marcas de nosso povo. Assim, a BNCC
estabelece como fundamental que os alunos conheçam, compreendam e
reconheçam a importância das mais diversas manifestações artísticas e
culturais existentes em nosso país.
FAÇA VALER A PENA
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Questão 1
Quando falamos em diversidade educacional nos remetemos à necessidade de
oportunizar a todos os alunos o direito à educação, ou seja, o direito ao acesso e
permanência na escola, com igualdade de condições, respeitando as diferenças e
valorizando as diversas formas de vida, catalisando as vivências dos diferentes
grupos visando promover Políticas Curriculares que acolham as multiplicidades
culturais e sociais.
Considerando esse contexto, analise as seguintes a�rmativas:
I. A condição de itinerância é uma prática vivenciada por muitas famílias que
buscam novas oportunidades de trabalho, que se submetem a
deslocamentos constantes como alternativa para uma melhor condição de
vida. Contudo, o deslocamento culmina com a mudança de escola e inclusive
com o afastamento da escola, até mesmo di�cultando a continuidade no
processo de escolarização.
II. A promoção da reinserção de jovens e adultos em instituições prisionais se
consolida pela articulação entre educação formal e não formal, inclusive sua
quali�cação pro�ssional, de forma a consolidar seu direito à cidadania.
III. A escola indígena é um espaço cultural que tem como objetivo acolher os
conhecimentos indígenas, manter a memória do grupo, valorizando-a e
perpetuando-a em interlocução com os conhecimentos cientí�cos
produzidos pela humanidade, visando seu fortalecimento.
Considerando as informações apresentadas, é correto o que se a�rmar em:
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e III apenas.
d. I apenas.
III apenas. 
Questão 2
A Constituição Federal e a legislação educacional reconhecem a importância do
respeito e reconhecimento das culturas indígenas por meio da aprovação da
Resolução nº 5/ 2012, a qual de�ne as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Escolar Indígena na Educação Básica As diretrizes se pautam nos
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Educação Escolar Indígena na Educação Básica. As diretrizes se pautam nos
princípios da igualdade social, da diferença, da especi�cidade, do bilinguismo e da
interculturalidade, fundamentos da Educação Escolar Indígena.
Considerando o contexto apresentado e a importância das diretrizes para a
organização e o funcionamento da escola indígena, julgue as a�rmativas a seguir
em (V) verdadeiras ou (F) falsas.
(  ) A centralidade do território para o bem viver dos povos indígenas e para seus
processos formativos é foco da organização educacional indígena, prezando pela
localização das escolas em terras habitadas por suas comunidades.
(  ) As línguas indígenas e os registros linguísticos especí�cos do português para o
ensino ministrado nas línguas maternas das comunidades indígenas são
estratégias que visam à preservação da realidade sociolinguística de cada povo.
(  ) As escolas indígenas requerem que o atendimento às comunidades indígenas
sejam realizados exclusivamente por professores indígenas oriundos da respectiva
comunidade, visando preservar sua identidade.
(  ) As escolas indígenas não requerem de uma organização escolar especí�ca, pois
a diferenciação pode ser compreendida como um tratamento desigual ou mesmo
com prioridades, rompendo com o princípio da igualdade de direitos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a. V – V – F – F.
b. F – F – V – V.
c. V – V – F – V.
d. V – V – V – F.
V – F – V – V.  
Questão 3
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola
na Educação Básica, Resolução nº 8/2012 (BRASIL, 2012), a educação escolar
quilombola deve compreender que as instituições educacionais se fundamentarão
na memória coletiva, nas línguas reminiscentes, nos acervos e repertórios orais,
nos festejos, usos, tradições e demais elementos que conformam o patrimônio
cultural das comunidades quilombolas de todo o país, respeitando sua
territorialidade
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Considerando esse contexto, analise as seguintes a�rmativas:
I. As Diretrizes visam assegurar que as escolas quilombolas e as escolas que
atendem estudantesoriundos dos territórios quilombolas considerem as
práticas socioculturais, políticas e econômicas das comunidades
quilombolas.
II. As Diretrizes visam assegurar que o modelo de organização e gestão das
escolas quilombolas e das escolas que atendem estudantes oriundos desses
territórios considerem o direito de consulta e a participação da comunidade
e suas lideranças.
III. As Diretrizes visam subsidiar a abordagem da temática quilombola em todas
as etapas da Educação Básica, pública e privada, compreendida como parte
integrante da cultura e do patrimônio afro-brasileiro.
Considerando as informações apresentadas, é correto o que se a�rmar em:
a. I, II e III.
b. II e III apenas.
c. I e III apenas.
d. I apenas.
e. III apenas. 
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