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01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 1/27 NÃO PODE FALTAR OUTRAS NECESSIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Sueli Helena de Camargo Palmen Imprimir PRATICAR PARA APRENDER Olá! Estamos iniciando a seção 3.3 intitulada “Outras necessidades da Educação Básica”, da disciplina “Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas Públicas”, na qual abordaremos algumas diretrizes educacionais direcionadas àquelas comunidades que historicamente tiveram suas vozes silenciadas ou negadas, como as populações em situação de itinerância, o público em situação de privação de liberdade, as comunidades quilombolas e os povos indígenas. Assim, você, futuro educador será apresentado nesta seção às Diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância; às Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais ou em cumprimento de Fonte: Shutterstock. Deseja ouvir este material? Áudio disponível no material digital. 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 2/27 medidas socioeducativas; às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica e às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Por meio dessa breve apresentação é possível constatar que estaremos acessando as diretrizes pautadas em determinações legais que visam promover o direito à educação a todos os brasileiros, inclusive àqueles em contextos especiais, compreendendo que é papel do Estado promover Políticas Educacionais a todos os cidadãos, como confere a Constituição Federal do Brasil, de 1988. Como futuro educador, é muito importante conhecer as Diretrizes Educacionais que regulamentam e normatizam o trabalho pedagógico, de forma a democratizar o acesso e a permanência ao longo do processo educacional. Ao longo desta seção estaremos apresentando as especi�cidades curriculares destinadas a atender a diversidade cultural e social de nosso país, tendo como princípio o respeito às diferenças e a valorização da diversidade. É importante que você assuma a postura de um pro�ssional ético e inclusivo e busque conhecer as diretrizes com o olhar de um educador que acolhe a diversidade de forma a promover o acesso e a permanência de todos no processo educacional. Realize as leituras indicadas, destaque os princípios que permeiam cada diretriz e busque conhecer mais sobre a diversidade do povo brasileiro, a�nal somos um país plural e a Educação também deve olhar para todos, em busca de promover os mesmos direitos olhando para as especi�cidades construídas historicamente. Essa postura será fundamental para sua formação como pro�ssional da Educação! Márcia é professora na EJA – Ensino Fundamental e no bairro onde atua está acontecendo um grande empreendimento imobiliário. Para trabalhar na construção civil, a construtora contratou trabalhadores de outra região do Brasil, muitos dos quais não concluíram a primeira etapa do ensino fundamental. Preocupada com a instrução da equipe contratada, muitos desses trabalhadores foram incentivados a buscar a EJA para dar continuidade em seus estudos. Contudo, são pessoas em situação de itinerância, pois quando terminam a fase da construção a qual estão responsáveis, logo são transferidos para outra obra, não mantendo o vínculo numa só escola. 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 3/27 Considerando a Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), assim como as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância, é preciso garantir o acesso à educação sem constrangimento e preconceitos ao público que se encontra em itinerância (por questões culturais, trabalhistas, sociais). De acordo com os preceitos legais, vale destacar que “se a pessoa exercitar pro�ssão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem”. Assim, a professora Márcia tem um grande desa�o: incluir e considerar os conhecimentos dos trabalhadores em condição de itinerância durante todo o período em que se mantiverem ligados ao grupo, tornando signi�cativa essa aprendizagem temporária. Assim, neste momento, você está convidado a assumir o lugar de Márcia e buscar estratégias para tornar signi�cativa a aprendizagem desses trabalhadores da construção civil de forma a promover sua emancipação, instrumentalizando-os para continuar os estudos em diferentes locais. Quais estratégias você indicaria? É importante realizar uma avaliação diagnóstica do desenvolvimento e da aprendizagem desse estudante para saber de onde partir? Como garantir um atendimento educacional que respeite às particularidades culturais, regionais, religiosas, étnicas e raciais dos estudantes em situação de itinerância? Quais outras questões ou propostas você faria? Conto com você na promoção do direito à educação! Juntos promoveremos os direitos de aprendizagem a todos os brasileiros! Vamos em frente! CONCEITO-CHAVE Olá! Futuro educador, você já re�etiu sobre a importância de pensarmos na diversidade em termos educacionais? 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 4/27 Vale relembrar que a Constituição Federal brasileira de 1988 é reconhecida mundialmente como a Constituição Cidadã, considerando a Educação como um direito de todos. Nesse sentido, os direitos de aprendizagem devem ser oportunizados a todos os brasileiros e brasileiras, visando uma formação humana integral, justa e democrática, pautada em princípios éticos, políticos e estéticos, como determina a legislação educacional, ou seja, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), bem como normatiza a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (BRASIL, 2017). Assim, devemos considerar que ao nos referirmos à cidadania, nos referimos ao respeito às diferenças, não com a intenção de acentuar as desigualdades, mas sim com o objetivo de respeitar e valorizar a diversidade existente em nosso país. Como educadores, outro ponto que não podemos deixar de lado em nossas re�exões é quanto ao papel da Educação em nossa sociedade, resgatando que dentro das metodologias ativas o protagonismo do aluno deve ser estimulado, buscando promover suas competências e habilidades e visando sua atuação como cidadão autônomo e escritor de sua própria história, independentemente de sua condição social, gênero ou grupo cultural. OUTRAS NECESSIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Pensar nas Diretrizes Educacionais com vistas à inclusão da diversidade no processo educacional de forma justa, democrática e inclusiva é uma forma de atender às especi�cidades dos alunos que chegam à escola, cabendo à educação adequar-se às necessidades dos alunos e não os alunos às características da escola. Dessa forma, estaremos conversando aqui nesta seção sobre diferentes diretrizes voltadas às outras necessidades da Educação Básica, focando a diversidade de demandas que socialmente nos são apresentadas. Quando falamos em diversidade educacional nos remetemos à necessidade de oportunizar a todos os alunos o direito à educação, ou seja, o direito ao acesso e à permanência na escola,com igualdade de condições, respeitando as diferenças e valorizando as diversas formas de vida, catalisando as vivências dos diferentes grupos e visando promover Políticas Curriculares que acolham as multiplicidades culturais e sociais. 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 5/27 Pensando em Políticas Educacionais que respeitam o direito de todos a uma educação igualitária, as diretrizes educacionais são formuladas representando o esforço em se promover os direitos educacionais que considerem as especi�cidades dos grupos a que se destinam. CONDIÇÃO DE ITINERÂNCIA Um desses grupos é representado pelas populações em situação de itinerância. De acordo com o parecer do CNE/CEB nº 14/2011, podem ser considerados como vivendo em situação de itinerância ciganos, indígenas, povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, artistas, demais trabalhadores em circos, parques de diversão e teatro mambembe que se declarem como itinerantes ou sejam declarados pelo seu responsável legal como itinerantes. No Brasil, a partir da segunda metade do século XX, devido a uma fase desenvolvimentista de nosso país, focando a industrialização, houve um processo de migração do campo para a cidade, pois era intensa a busca de melhores condições de vida através do trabalho na cidade. Através desse processo migratório, outra demanda também se intensi�cou: a demanda por escolarização. Entretanto, como sinaliza Paiva (1987), o êxodo rural favoreceu a busca pela escola, promovendo a expansão das vagas, contudo, de forma insu�ciente e desorganizada. Ao estudar a condição de itinerância de trabalhadores rurais, Oliveira (2013) nos apresenta pesquisadores como Sequeira e Batanero (2010) que também �zeram essa análise olhando para a situação de alunos itinerantes de origem circense e destacaram que: A condição de itinerância é uma prática vivenciada por muitas famílias que buscam novas oportunidades de trabalho, se submetendo a deslocamentos constantes como alternativa para uma melhor condição de vida. No entanto, o deslocamento culmina com a mudança de escola e inclusive com o afastamento da escola, di�cultando até mesmo a continuidade no processo de escolarização. 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 6/27 De forma geral, vemos que o contexto de itinerância afeta o percurso na Educação Básica de crianças, adolescentes e adultos pertencentes aos grupos sociais em situação de itinerância: ciganos, trabalhadores do campo, povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, artistas, demais trabalhadores em circos, parques de diversão e teatro mambembe. Em termos legais, aqui cabe resgatar que a Constituição Federal de 1988 pontua que é dever do Estado a oferta da educação a todos e responsabilidade das famílias a matricula de seus �lhos em estabelecimentos de ensino, como uma garantia de seus direitos. Nesse sentido, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069/1990, regulamenta que. Em 2012, foi aprovada a Resolução nº 3, de 16 de maio, que de�ne diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância, que destaca em seu Artigo 1º que: A itinerância, enquanto modo de vida peculiar de muitas famílias em várias partes do mundo, remete às formas residuais de vida de nossos antepassados. Nessa lógica se integram os ciganos, os circenses, os trabalhadores sazonais, entre outros, que preenchem a tipi�cação “clássica” habitual de vida itinerante, relacionada ao modo de vida que necessitava se deslocar constantemente, em busca de condições mais favoráveis. — (SEQUEIRA; BATANERO, 2010 apud OLIVEIRA, 2013, p. 443) “ Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus �lhos ou pupilos na rede regular de ensino. A inércia ou omissão destes em relação à regularização da matrícula escolar dos seus �lhos con�gura infração administrativa, sujeita à multa de três a vinte salários mínimos – ECA, art. 249. — (BRASIL, 1990, s.p) “ Vale destacar que nem na Constituição Federal, nem no Estatuto da Criança e do Adolescente, tampouco na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional existe a exigência para a matrícula escolar de tempo de permanência ou de residência do estudante em determinada localidade. Assim, a legislação não impede que uma pessoa em situação de itinerância frequente a escola, pois o direito à educação é de todos, independente de sua condição de vida. Art. 1º As crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância deverão ter garantido o direito à matrícula em escola pública, gratuita, com qualidade social e que garanta a liberdade de consciência e de crença. (s.p)“ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 7/27 É o caso do estudante circense, cuja as condições culturais o impede de frequentar regularmente uma escola. Entretanto, seu direito à educação deve ser protegido e garantido, respeitando-se sua especi�cidade, lembrando que inclusive o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) reforça a necessidade dessa proteção e garantia, quando pontua que: Nesse sentido, as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância, estabelecidas pela Resolução nº 3/ 2012 (BRASIL, 2012), determinam que: As Diretrizes voltadas ao público itinerante ainda especi�cam que as instituições de ensino devem olhar a situação de cada aluno, avaliá-lo de forma a não causar constrangimento e inclui-los em salas onde seu per�l etário seja respeitado, assim como suas particularidades socioculturais, adequando os programas educacionais para que seu direito à educação seja garantido. Essas orientações podem ser constatadas nos artigos 4º e 9º das diretrizes, conforme podemos conferir a seguir: Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 17 O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. — (BRASIL, 1990, s.p.) “ Art. 2º Visando à garantia dos direitos socioeducacionais de crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância os sistemas de ensino deverão adequar-se às particularidades desses estudantes. Art. 3º Os sistemas de ensino, por meio de seus estabelecimentos públicos ou privados de Educação Básica deverão assegurar a matrícula de estudante em situação de itinerância sem a imposição de qualquer forma de embaraço, preconceito e/ou qualquer forma de discriminação, pois se trata de direito fundamental, mediante auto declaração ou declaração do responsável. § 1º No caso de matrícula de jovens e adultos, poderá ser usada a autodeclaração. “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 8/27 As diretrizes ainda destacam que cada sistema de ensino deverá regulamentar seu funcionamento, visando atender às normativas postas pela Resolução nº3/ 2012, de forma a não causar prejuízo ao educando itinerante e garantindo que eleprossiga nos estudos com condições para sua conclusão. Assim, PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA E você, futuro educador, já ouviu falar em Pedagogia da Alternância? Essa é uma forma organizacional e metodológica utilizada com a população camponesa, ou seja, ao trabalhador rural, que muitas vezes precisa trabalhar na lavoura em determinadas épocas do ano, necessitando que a escola o acolha através da adequação de seu calendário escolar, por meio da organização de ciclos da alternância entre a escola e a lida no campo. Siqueira (2015) destaca que a Pedagogia da Alternância surgiu na França, nos anos 1930, como forma de atender à necessidade da população camponesa; assim buscaram desenvolver alternativas que possibilitassem a permanência dos alunos na escola, correlacionando os saberes do cotidiano aos saberes cientí�cos. Art. 4º Caso o estudante itinerante não disponha, no ato da matrícula, de certi�cado, memorial e/ou relatório da instituição de educação anterior, este deverá ser inserido no grupamento correspondente aos seus pares de idade, mediante diagnóstico de suas necessidades de aprendizagem, realizado pela instituição de ensino que o recebe. Art. 9º O Ministério da Educação deverá criar programas, ações e orientações especiais destinados à escolarização de pessoas, sobretudo crianças, adolescentes e jovens que vivem em situação de itinerância. § 1º Os programas e/ou ações socioeducativas destinados a estudantes itinerantes deverão ser elaborados e implementados com a participação dos atores sociais diretamente interessados (responsáveis pelos estudantes, os próprios estudantes, dentre outros), visando o respeito às particularidades socioculturais, políticas e econômicas dos referidos atores sociais. § 2º O atendimento socioeducacional ofertado pelas escolas e programas educacionais deverá garantir o respeito às particularidades culturais, regionais, religiosas, étnicas e raciais dos estudantes em situação de itinerância, bem como o tratamento pedagógico, ético e não discriminatório, na forma da lei. — (BRASIL, 2012, s.p.) “ Art. 10 Os sistemas de ensino deverão orientar as escolas quanto a sua obrigação de garantir não só a matrícula, mas, também, a permanência e, quando for o caso, a conclusão dos estudos aos estudantes em situação de itinerância, bem como a elaboração e disponibilização do memorial. Art. 11 Os sistemas de ensino, por meio de seus diferentes órgãos, deverão de�nir normas complementares para o ingresso, permanência e conclusão de estudos de crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância, com base na presente resolução. — (BRASIL, 2012, s.p) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLICA… 9/27 Vale destacar aqui que a LDB nº 9394/1996 considera essa forma de organização, normatizando-a legalmente, possibilitando que essa adequação aconteça, como propõe as Diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância (BRASIL, 2012). EDUCAÇÃO EM CONTEXTO DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE Considerando as diferentes demandas que ocorrem no sistema educacional, devemos acrescentar às outras necessidades da Educação Básica a inclusão dos sujeitos em contexto de privação de liberdade, por exemplo. Você, futuro educador, sabe como se organiza a educação de jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais? Antes de adentrarmos nas Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais, regulamentada em 2010, por meio da Resolução nº 2 (BRASIL, 2010), devemos destacar que desde o século XX o índice de violência urbana vem crescendo de forma descontrolada, ocasionando um aumento na população carcerária, ou seja, do sistema prisional brasileiro. Contudo, como a própria Constituição Federal do Brasil de 1988 pontua, a educação é um direito humano subjetivo, como vemos nos artigos a seguir: Dessa forma, jovens e adultos em situação de privação de liberdade possuem o direito à educação, portanto, o acesso a esse direito deve ser assegurado na perspectiva de garantir-lhes integridade física, psicológica e moral. Art. 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua quali�cação para o trabalho”. No artigo 208, estabelece-se o dever do Estado na garantia do Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, assegurando, inclusive, “sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria”. — (BRASIL, 2013, p. 317) “ A Educação de Jovens e Adultos privados de liberdade não é benefício; pelo contrário, é direito humano subjetivo e deve possibilitar a reinserção social do apenado, garantindo a sua cidadania. Nesse contexto, vemos que um dos 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 10/27 Assim, vemos o quanto é preciso repensar a função social da escola e superar aquela concepção pautada apenas no conteudismo, sendo necessária a valorização de outros saberes promovidos via educação, como aqueles provindos da socialização saudável. Somente em 2010 tivemos aprovada as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais. Como pontua as Diretrizes Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2013): Quanto à oferta da Educação de Jovens e Adultos nos estabelecimentos penais, o artigo 3º da Resolução nº 2 (BRASIL, 2010), especi�ca que: principais objetivos das instituições de tratamento desses jovens e adultos é a promoção de sua educação visando sua reinserção social e seu desenvolvimento saudável. A escola seja para crianças, jovens e adultos, inclusive em ambientes de privação de liberdade, nesta concepção, deve ser concebida como um espaço de encontro e socialização ao mundo livre em que o saber é apenas um dos elementos para a sua constituição. É preciso romper com a concepção tradicional e reducionista de escola, cujo objetivo central está na aquisição de conteúdos pragmáticos e muitas vezes descontextualizados do ambiente em que se vive, principalmente do mundo moderno. — (BRASIL, 2013, p. 320) “ A prisão, em tese, representa a perda dos direitos civis e políticos. Suspensão, por tempo determinado, do direito do interno ir e vir livremente, de acordo com a sua vontade, mas não implica, contudo, a suspensão dos seus direitos ao respeito, à dignidade, à privacidade, à integridade física, psicológica e moral, ao desenvolvimento pessoal e social, espaço onde se insere a prática educacional. — (BRASIL, 2013, p.320) “ – Estará associada às ações complementares de cultura, esporte, inclusão digital, educação pro�ssional, fomento à leitura e a programas de implantação, recuperação e manutenção de bibliotecas destinadas ao atendimento à população privada de liberdade, inclusive as ações de valorização dos pro�ssionais que trabalham nesses espaços; – Promoverá o envolvimento da comunidade e dos familiares dos indivíduos em situação de privação de liberdade e preverá atendimento diferenciado de acordo com as especi�cidades de cada medida e/ou regime prisional, considerando as necessidades de inclusão e acessibilidade, bem como as peculiaridades de gênero, raça e etnia, credo, idade e condição social da população atendida; – Poderá ser realizada mediante vinculação a unidades educacionais e a programas que funcionam fora dos estabelecimentos penais; – Desenvolverá políticas de elevação de escolaridadeassociada à quali�cação pro�ssional, articulando-as, também, de maneira intersetorial, a políticas e programas destinados a jovens e adultos; – Contemplará o atendimento em todos os turnos; – Será organizada de modo a atender às peculiaridades de tempo, espaço e rotatividade da população carcerária levando em consideração a �exibilidade prevista no art. 23 da Lei nº 9.394/96 (LDB). — (BRASIL, 2013, p. 334) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 11/27 Quando a BNCC (BRASIL, 2017) normatiza que todos devem ter os mesmos direitos de aprendizagens visando a promoção de sua cidadania, essa normativa se aplica a todos que estão vivenciando os programas educativos em ambientes prisionais. O foco deve estar na política de reinserção social, em consonância com os princípios éticos, estéticos e políticos que pautam as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (BRASIL, 2013). Segundo a Resolução nº 2 (BRASIL, 2010), a �m de promover a reinserção de jovens e adultos em instituições prisionais, é preciso planejar a articulação entre educação formal e não formal, inclusive sua quali�cação pro�ssional, de forma a consolidar seu direito à cidadania. Assim, DIVERSIDADE CULTURAL NO ENSINO BÁSICO NO BRASIL São vários os desa�os da Educação Básica no Brasil, pois quando falamos em formação cidadã devemos considerar que os aspectos sociais e culturais do povo brasileiro são vistos em suas especi�cidades. Dentro dessa perspectiva, vale recuperar que o Brasil é um país multicultural, portanto, o povo brasileiro traz nas veias diferentes origens: indígenas, europeias, africanas e asiáticas, e o processo educacional deve considerar a diversidade como um dos princípios educacionais. DIREITO À EDUCAÇÃO: INDÍGENAS Ao falarmos em diversidade, é fundamental olharmos para os indígenas como parte do povo brasileiro, ou seja, com direito à educação, contudo, os processos educacionais devem valorizar suas línguas e saberes tradicionais. De forma geral, as diretrizes voltadas ao público privado de liberdade destacam que quando se fala em direito à Educação no sistema prisional, não se almeja a reprodução da escola tradicional, pois o que se requer é o olhar para as necessidades do sujeito privado de liberdade, visando sua valorização a partir da promoção de aprendizagens que forti�quem suas habilidades e competências, visando sua reinserção social. Art. 12 O planejamento das ações de educação em espaços prisionais poderá contemplar, além das atividades de educação formal, propostas de educação não-formal, bem como de educação para o trabalho, inclusive na modalidade de Educação a Distância, conforme previsto em Resoluções deste Conselho sobre a EJA. — (BRASIL, 2010, s.p) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 12/27 Portanto, não podemos deixar de considerar as demandas e especi�cidades apresentadas pelos povos indígenas em termos de educação, as quais revelam a importância da aprovação da Resolução nº 5, de 22 de junho de 2012, por meio da qual se de�nem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. Somente com a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988) que os indígenas passaram a ter seus direitos reconhecidos, pressionando as Políticas Educacionais a possibilitarem a oferta da Educação de forma diferenciada, respeitando as especi�cidades das diversas comunidades indígenas. A LDB estabelece, nas disposições gerais, que a responsabilidade de fomento para o desenvolvimento de programas para oferta de educação bilíngue e intercultural cabe ao sistema de ensino da União com a colaboração das agências federais (Art. 78). Conforme normatiza o artigo 78 da LDB, os povos indígenas requerem a oferta de educação escolar bilíngue e intercultural, a recuperação de suas memórias históricas; a rea�rmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências. (BRASIL, 1996, s.p.). Embora a Constituição Federal e a legislação educacional reconheçam a importância do respeito e reconhecimento das culturas indígenas, somente em 2012 foi aprovada a Resolução nº 5, do Conselho de Educação Básica, que de�ne as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. A referida resolução se pauta em princípios da igualdade social, da diferença, da especi�cidade, do bilinguismo e da interculturalidade, fundamentos da Educação Escolar Indígena. Considerando a organização e o funcionamento da escola indígena, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica estabelecem que: 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 13/27 Visando atender plenamente a cultura das diversas comunidades indígenas existentes no território brasileiro, as diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar indígenas na Educação Básica ressaltam a importância de as propostas pedagógicas serem construídas junto com a comunidade à que se destinam por pro�ssionais da educação que sejam originários da comunidade indígena a qual se direcionam, com o objetivo de preservar a identidade do grupo, seus saberes, sua língua, sua memória. O artigo 19 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica pontuam que: Vemos que são muitos os desa�os que ainda se aplicam à educação indígena no Brasil. Art. 4º Constituem elementos básicos para a organização, a estrutura e o funcionamento da escola indígena: I – A centralidade do território para o bem viver dos povos indígenas e para seus processos formativos e, portanto, a localização das escolas em terras habitadas por comunidades indígenas, ainda que se estendam por territórios de diversos Estados ou Municípios contíguos; II – A importância das línguas indígenas e dos registros linguísticos especí�cos do português para o ensino ministrado nas línguas maternas das comunidades indígenas, como uma das formas de preservação da realidade sociolinguística de cada povo; III – A organização escolar própria, nos termos detalhados nesta Resolução; IV – A exclusividade do atendimento a comunidades indígenas por parte de professores indígenas oriundos da respectiva comunidade. Parágrafo único A escola indígena será criada em atendimento à reivindicação ou por iniciativa da comunidade interessada, ou com a anuência da mesma, respeitadas suas formas de representação. — (BRASIL, 2012b, s.p) “ Art. 19 A qualidade sociocultural da Educação Escolar Indígena necessita que sua proposta educativa seja conduzida por professores indígenas, como docentes e como gestores, pertencentes às suas respectivas comunidades. § 1º Os professores indígenas, no cenário político e pedagógico, são importantes interlocutores nos processos de construção do diálogo intercultural, mediando e articulando os interesses de suas comunidades com os da sociedade em geral e com os de outros grupos particulares, promovendo a sistematização e organização de novos saberes e práticas. § 2º Compete aos professores indígenas a tarefa de re�etir criticamente sobre as práticas políticas pedagógicas da Educação Escolar Indígena, buscando criar estratégias para promover a interação dos diversos tipos de conhecimentos que se apresentam e se entrelaçam no processo escolar: de um lado, os conhecimentos ditos universais, a que todo estudante, indígena ou não, deve ter acesso, e, de outro,os conhecimentos étnicos, próprios ao seu grupo social de origem que hoje assumem importância crescente nos contextos escolares indígenas. — (BRASIL, 2012b) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 14/27 O próprio Plano Nacional de Educação (PNE – Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014), através da Meta 7 – “fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades”, pontua a necessidade de se desenvolver proposta pedagógicas que olhem para a especi�cidade das comunidades indígenas, indicando que esse contexto ainda não se consolidou no Brasil, compondo uma meta a ser alcançada, como podemos ver na descrição da estratégia 27: A escola indígena é um espaço cultural que tem como objetivo acolher os conhecimentos indígenas, manter a memória do grupo, valorizando-a e perpetuando-a em interlocução com os conhecimentos cientí�cos produzidos pela humanidade, visando seu fortalecimento. Você, futuro educador, considera que a formação do pro�ssional da educação indígena favorecerá a manutenção de sua cultura? As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica destacam a importância de se formar professores e gestores indígenas, indicando que eles garantirão a especi�cidade cultural do grupo ao qual pertencem, consolidando sua cultura por meio de uma Educação que olha para as necessidades reais do grupo. En�m, a escola indígena é um local de diálogo, marcado pela língua nativa e a língua nacional do Brasil, ou seja, a Língua Portuguesa, bem como a defesa da identidade das comunidades indígenas, incluindo os direitos de aprendizagens que todo o cidadão brasileiro tem direito, como normatiza a BNCC (BRASIL, 2017). DIREITO À EDUCAÇÃO: QUILOMBOLAS 7.27) desenvolver currículos e propostas pedagógicas especí�cas para educação escolar para as escolas do campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades e considerando o fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos especí�cos, inclusive para os (as) alunos (as) com de�ciência. — (BRASIL, 2014, s.p.) “ Art. 20 Formar indígenas para serem professores e gestores das escolas indígenas deve ser uma das prioridades dos sistemas de ensino e de suas instituições formadoras, visando consolidar a Educação Escolar Indígena como um compromisso público do Estado brasileiro. — (BRASIL, 2013, p.411) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 15/27 Mas, e quando pensamos nas comunidades quilombolas? Você, futuro educador, sabe o que são Quilombos? De acordo com Brasil (2013), Outro ponto que precisamos re�etir é quanto à Educação Quilombola. Como tem sido a educação escolar nessas comunidades? Pensando nas especi�cidades das comunidades quilombolas, a Educação precisa considerar suas demandas, posto que o direito à Educação é abrangente e deve compreender o direito à identidade de grupo, assim a diversidade precisa ser considerada como um valor. Vale destacar que, Portanto, para as comunidades quilombolas, a territorialidade é um princípio fundamental, pois relaciona-se à busca pela manutenção de suas referências ancestrais e ao seu direito de ser diferente sem ser desigual. Nesse contexto, a Educação Escolar Quilombola deve fundamenta-se na memória coletiva, nas línguas reminiscentes, nas práticas culturais, nas tradições orais e demais acervos que conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas de todo o país. Entende-se por quilombos: I - Os grupos étnico-raciais de�nidos por auto atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais especí�cas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica; II - Comunidades rurais e urbanas que: a) lutam historicamente pelo direito à terra e ao território o qual diz respeito não somente à propriedade da terra, mas a todos os elementos que fazem parte de seus usos, costumes e tradições; b) possuem os recursos ambientais necessários à sua manutenção e às reminiscências históricas que permitam perpetuar sua memória. III - comunidades rurais e urbanas que compartilham trajetórias comuns, possuem laços de pertencimento, tradição cultural de valorização dos antepassados calcada numa história identitária comum, entre outros. — (BRASIL, 2013, p. 479) “ [...] o território quilombola se constitui como um agrupamento de pessoas que se reconhecem com a mesma ascendência étnica, que passam por numerosos processos de mudanças culturais como formas de adaptação resultantes do processo histórico, mas se mantêm, fortalecem-se e redimensionam as suas redes de solidariedade. A terra, para os quilombolas, tem valor diferente daquele dado pelos grandes proprietários. Ela representa o sustento e é, ao mesmo tempo, um resgate da memória dos antepassados, onde realizam tradições, criam e recriam valores, lutam para garantir o direito de ser diferente sem ser desigual. Portanto, a terra não é percebida apenas como objeto em si mesmo, de trabalho e de propriedade individual, uma vez que está relacionada com a dignidade, a ancestralidade e a uma dimensão coletiva. — (BRASIL, 2013, p. 438) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 16/27 As orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (BRASIL, 2013) referem-se à educação escolar quilombola, pontuando que: Entretanto, inserir nos currículos escolares a história e a cultura afro-brasileiras e africana, abordando o contexto quilombola nas discussões, tem sido um desa�o no Brasil, revelando as lacunas existentes em nosso Sistema Educacional e apontam para a necessidade de normatizações que regulamentem o acolhimento a História afro-brasileira. Somente em 2012 o Ministério da Educação do Brasil em conjunto com o Conselho Nacional de Educação e a Câmara de Educação Básica de�niram as Diretrizes Curriculares para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, por meio da resolução nº 8 (BRASIL, 2012c). Nesse sentido são considerados territórios tradicionais os espaços utilizados de forma permanente pelos quilombolas visando a sua reprodução cultural, social e econômica, preservando sua identidade afro-brasileira por meio do desenvolvimento sustentável, ou seja, com o uso equilibrado dos recursos naturais. A partir da Resolução nº 8/2012 (BRASIL, 2012c), a educação escolar quilombola passa a ser normatizada e �ca estabelecida como diretriz que sua organização deve compreender que as instituições educacionais se fundamentarão na memória coletiva, nas línguas reminiscentes, nos acervos e repertórios orais, nos festejos, A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especi�cidade étnico-cultural de cada comunidade e formação especí�ca de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural. — (BRASIL. 2013, p. 42) “ As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica estabelecem como “povos e comunidades tradicionaisos grupos culturalmente diferenciados e possuem formas próprias de organização social, que usam seu território e os recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica”. (BRASIL, 2010, p.435) 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 17/27 usos, tradições e demais elementos que conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas de todo o país, respeitando sua territorialidade. Nessa perspectiva, são objetivos da educação escolar quilombola: En�m, o currículo da Educação Escolar Quilombola deve se pautar nas Diretrizes Curriculares Nacionais, garantindo “ao educando o direito a conhecer o conceito, a história dos quilombos no Brasil, o protagonismo do movimento quilombola e do movimento negro, assim como o seu histórico de lutas”. Também deverão abordar a história e a cultura afro-brasileira como elementos estruturantes do processo civilizatório nacional, fortalecendo a identidade étnico-racial, a história e cultura afro-brasileira e africana, a cultura e a linguagem e a liberdade religiosa de matriz africana ou não, como eixos norteadores do currículo na Educação Básica. (BRASIL, 2013, p. 489) Vale destacar que ainda hoje muitas comunidades quilombolas ainda não possuem escolas situadas em seu território, entretanto, como estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, a especi�cidade étnico-racial e cultural de cada comunidade deve ser considerada nas escolas quilombolas e nas que recebem alunos quilombolas. Ainda são muitos os desa�os da Educação Básica no Brasil, mas é preciso olhar cada contexto dentro de suas demandas buscando atender o direito de todos. ASSIMILE I. Leis étnico-raciais: Entre a legislação brasileira que aborda as questões étnico-raciais estão a Lei nº 10.639/2003, que aborda a Art. 6º. I - Orientar os sistemas de ensino e as escolas de Educação Básica da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na elaboração, desenvolvimento e avaliação de seus projetos educativos; II - Orientar os processos de construção de instrumentos normativos dos sistemas de ensino visando garantir a Educação Escolar Quilombola nas diferentes etapas e modalidades, da Educação Básica, sendo respeitadas as suas especi�cidades; III - Assegurar que as escolas quilombolas e as escolas que atendem estudantes oriundos dos territórios quilombolas considerem as práticas socioculturais, políticas e econômicas das comunidades quilombolas, bem como os seus processos próprios de ensino-aprendizagem e as suas formas de produção e de conhecimento tecnológico; IV - Assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas quilombolas e das escolas que atendem estudantes oriundos desses territórios considerem o direito de consulta e a participação da comunidade e suas lideranças; V - Fortalecer o regime de colaboração entre os sistemas de ensino da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na oferta da Educação Escolar Quilombola; VI - Zelar pela garantia do direito à Educação Escolar Quilombola às comunidades quilombolas rurais e urbanas, respeitando a história, o território, a memória, a ancestralidade e os conhecimentos tradicionais; VII - Subsidiar a abordagem da temática quilombola em todas as etapas da Educação Básica, pública e privada, compreendida como parte integrante da cultura e do patrimônio afro-brasileiro, cujo conhecimento é imprescindível para a compreensão da história, da cultura e da realidade brasileira. — (BRASIL, 2013, p. 480) “ 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 18/27 obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio; o Parecer do CNE/CP 03/2004, que aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas; e a Resolução CNE/CP 01/2004, que detalha os direitos e as obrigações dos entes federados ante a implementação da lei. Essas políticas compõem um conjunto de dispositivos legais considerados como indutores de uma política educacional voltada para a a�rmação da diversidade cultural e da concretização de uma educação das relações étnico-raciais nas escolas. O Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana foi aprovado em 2009 (BRASIL, 2009). II. Multiculturalismo: ou pluralismo cultural, é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa região, cidade ou país, com no mínimo uma predominante. O Canadá é um exemplo de país multiculturalista, sendo o inglês a língua o�cial de parte do país e a língua francesa o�cial na outra parte. A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural, principalmente quando essa homogeneidade é considerada única e legítima, submetendo outras culturas a particularismos e dependência. Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as épocas, e hoje, estima-se que apenas 10 a 15% dos países sejam etnicamente homogêneos. III. Ressocialização: Oferecer reeducação a um indivíduo é uma forma de reintegrá-lo à sociedade, dando-lhe condições para que ele consiga se reavaliar e não voltar mais a realizar o mesmo crime. Assim, a ressocialização propicia a dignidade e o tratamento humanizado, mantendo a honra e a autoestima do detento. Encaminhar o sujeito para um aconselhamento psicológico e para projetos de pro�ssionalização incentiva que condenados tenham seus direitos básicos respeitados. REFLITA 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 19/27 - A avaliação de alunos itinerantes deve ser pautada em seus conhecimentos e, a partir desse diagnóstico, ser organizado um plano de estudos. Esse procedimento não seria indicado para todos os alunos da Educação Básica? - Quando propomos uma educação diferenciada para comunidades indígenas e quilombolas, por exemplo, estamos respeitando a diversidade cultural ou estamos oferecendo um tratamento desigual em termos de educação? EXEMPLIFICANDO Entre as comunidades itinerantes encontramos os artistas circenses. Quando um circo chega numa cidade é importante orientar que as crianças sejam matriculadas na escola mais próxima do local onde estão �xados em determinado momento. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) (BRASIL, 1990) orienta que as crianças e os adolescentes devem ser protegidos, pois a educação é um direito que não pode ser negligenciado. Além disso, a própria LDB nº 9394/ 1996 determina que a Educação Básica é obrigatória a partir dos 4 anos de idade e que não existe nenhuma norma que impeça a matricula de uma pessoa em situação de itinerância, a qual deve ser acolhida pelo sistema educacional sem discriminação e preconceito. Cabe à escola veri�car os conhecimentos dos alunos itinerantes e montar um plano de estudo que os acolha e promova conhecimentos, sempre os ajustando em turmas em que eles se identi�quem em termos etários, para que não haja constrangimentos. Assim, uma criança de 9 anos, por exemplo, deve ser matriculada numa turma com seu mesmo per�l etário e seus conhecimentos averiguados, ou através de seu memorial (documento escolar), ou através da veri�cação diagnóstica de seus saberes a partir dos quais seuplano de estudo se dará de forma acolhedora. Lembre-se: a educação é um direito de todos! 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 20/27 En�m, estamos encerrando esta seção e esperamos que você, futuro educador, tenha compreendido mais sobre a diversidade do povo brasileiro e o quanto suas especi�cidades devem ser tratadas pela Política Educacional Nacional. Essa, por sua vez, se traduz em diretrizes que buscam regulamentar as ações, considerando o princípio Constitucional de que todos temos os mesmos direitos, entre os quais se situa o direito à Educação. Aqui, buscamos conhecer um pouco sobre as demandas especiais da Educação Básica, e para isso nos amparamos nas Diretrizes para o atendimento de educação escolar para populações em situação de itinerância, nas Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Reconhecer a importância do multiculturalismo é uma forma de promover a igualdade de direitos da população brasileira, considerando aspectos históricos e culturais que devem ser assimilados no processo educacional de forma a atender às necessidades dos diferentes grupos que compõem nosso país. Vemos a partir das Diretrizes aqui apresentadas o quanto é importante adotar Políticas Educacionais que superem a desigualdade e respeitem a diversidade como um princípio ético e educacional. É preciso olhar para a diversidade e respeitar as diretrizes educacionais que valorizam os diferentes saberes, tradições e o patrimônio cultural de comunidades itinerantes, de jovens e adultos privados de liberdade, de indígenas e quilombolas. FOCO NA BNCC Nesse momento, você, futuro educador, deve retomar que a BNCC (BRASIL, 2017) destaca entre as competências que deverão ser desenvolvidas no decorrer da Educação Básica a valorização das diversas manifestações artísticas e culturais existentes tanto mundialmente, quanto em contexto mais próximos e que representam as marcas de nosso povo. Assim, a BNCC estabelece como fundamental que os alunos conheçam, compreendam e reconheçam a importância das mais diversas manifestações artísticas e culturais existentes em nosso país. FAÇA VALER A PENA 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 21/27 Questão 1 Quando falamos em diversidade educacional nos remetemos à necessidade de oportunizar a todos os alunos o direito à educação, ou seja, o direito ao acesso e permanência na escola, com igualdade de condições, respeitando as diferenças e valorizando as diversas formas de vida, catalisando as vivências dos diferentes grupos visando promover Políticas Curriculares que acolham as multiplicidades culturais e sociais. Considerando esse contexto, analise as seguintes a�rmativas: I. A condição de itinerância é uma prática vivenciada por muitas famílias que buscam novas oportunidades de trabalho, que se submetem a deslocamentos constantes como alternativa para uma melhor condição de vida. Contudo, o deslocamento culmina com a mudança de escola e inclusive com o afastamento da escola, até mesmo di�cultando a continuidade no processo de escolarização. II. A promoção da reinserção de jovens e adultos em instituições prisionais se consolida pela articulação entre educação formal e não formal, inclusive sua quali�cação pro�ssional, de forma a consolidar seu direito à cidadania. III. A escola indígena é um espaço cultural que tem como objetivo acolher os conhecimentos indígenas, manter a memória do grupo, valorizando-a e perpetuando-a em interlocução com os conhecimentos cientí�cos produzidos pela humanidade, visando seu fortalecimento. Considerando as informações apresentadas, é correto o que se a�rmar em: a. I, II e III. b. II e III apenas. c. I e III apenas. d. I apenas. III apenas. Questão 2 A Constituição Federal e a legislação educacional reconhecem a importância do respeito e reconhecimento das culturas indígenas por meio da aprovação da Resolução nº 5/ 2012, a qual de�ne as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica As diretrizes se pautam nos 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 22/27 Educação Escolar Indígena na Educação Básica. As diretrizes se pautam nos princípios da igualdade social, da diferença, da especi�cidade, do bilinguismo e da interculturalidade, fundamentos da Educação Escolar Indígena. Considerando o contexto apresentado e a importância das diretrizes para a organização e o funcionamento da escola indígena, julgue as a�rmativas a seguir em (V) verdadeiras ou (F) falsas. ( ) A centralidade do território para o bem viver dos povos indígenas e para seus processos formativos é foco da organização educacional indígena, prezando pela localização das escolas em terras habitadas por suas comunidades. ( ) As línguas indígenas e os registros linguísticos especí�cos do português para o ensino ministrado nas línguas maternas das comunidades indígenas são estratégias que visam à preservação da realidade sociolinguística de cada povo. ( ) As escolas indígenas requerem que o atendimento às comunidades indígenas sejam realizados exclusivamente por professores indígenas oriundos da respectiva comunidade, visando preservar sua identidade. ( ) As escolas indígenas não requerem de uma organização escolar especí�ca, pois a diferenciação pode ser compreendida como um tratamento desigual ou mesmo com prioridades, rompendo com o princípio da igualdade de direitos. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. a. V – V – F – F. b. F – F – V – V. c. V – V – F – V. d. V – V – V – F. V – F – V – V. Questão 3 Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica, Resolução nº 8/2012 (BRASIL, 2012), a educação escolar quilombola deve compreender que as instituições educacionais se fundamentarão na memória coletiva, nas línguas reminiscentes, nos acervos e repertórios orais, nos festejos, usos, tradições e demais elementos que conformam o patrimônio cultural das comunidades quilombolas de todo o país, respeitando sua territorialidade 0 V er a n o ta çõ es 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 23/27 REFERÊNCIAS ARROYO, M. Currículo, Território em Disputa. Petrópolis: Vozes, 2012. ARRUTI, J. M. A. A Emergência dos “Remanescentes”: notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas. Mana, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, out. 1997. Disponível em: https://bit.ly/3tNfpqF. Acesso em: 26 jan. 2021. BOTO, C. A Educação Escolar como Direito Humano de Três Gerações: identidades e universalismos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 26, n. 92, p.777-798, 2005. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. São Paulo: Saraiva,1990. (Série Legislação Brasileira). territorialidade. Considerando esse contexto, analise as seguintes a�rmativas: I. As Diretrizes visam assegurar que as escolas quilombolas e as escolas que atendem estudantesoriundos dos territórios quilombolas considerem as práticas socioculturais, políticas e econômicas das comunidades quilombolas. II. As Diretrizes visam assegurar que o modelo de organização e gestão das escolas quilombolas e das escolas que atendem estudantes oriundos desses territórios considerem o direito de consulta e a participação da comunidade e suas lideranças. III. As Diretrizes visam subsidiar a abordagem da temática quilombola em todas as etapas da Educação Básica, pública e privada, compreendida como parte integrante da cultura e do patrimônio afro-brasileiro. Considerando as informações apresentadas, é correto o que se a�rmar em: a. I, II e III. b. II e III apenas. c. I e III apenas. d. I apenas. e. III apenas. 0 V er a n o ta çõ es http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93131997000200001 01/05/2022 17:46 template-menu-3s-v2.1 (1) https://colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=MARIA.MARIANAESTONI%40GMAIL.COM&usuarioNome=MARIA+MARIANA+ESTONI+DA+SILVA&disciplinaDescricao=POLÍTICAS+PÚBLIC… 24/27 BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário O�cial [da] República Federativa do Brasil: Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 jul. 1990. p. 13563. Disponível em: https://bit.ly/3q�7GU. Acesso em: 25 jan. 2021. BRASIL. Decreto no 26, de 4 de fevereiro de 1991. Dispõe sobre a Educação Indígena no Brasil. Diário O�cial da União, Brasília, DF, 5 fev. 1991. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação. Diário O�cial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília: junho, 2005. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil. Brasília: MEC/ SEB, 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 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