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• Geralmente, estiramento do plexo braquial ( raízes de C5 a T1 ) durante o parto. • Lesões na clavícula podem comprometer o plexo pois a clavícula está anterior ao plexo e fornece proteção. • O plexo braquial inerva todos os músculos do membro superior, exceto trapézio. • As raízes mais superiores ( C5 ) estão mais relacionas com a inervação de músculos que realizam movimento do ombro, enquanto as raízes mais inferiores ( C8, T1 ) estão mais relacionas com a inervação de músculos que realizam movimento da mão. • Gera paralisia e/ou paresia flácida associada ou não à perda de sensibilidade no membro afetado. FATORES DE RISCO • Distócia de ombro ( principal causa ). • Peso fetal (>4,5kg – 10x mais risco). • Utilização de fórceps • Baixo apgar ( o bebê tem menos participação no trabalho de parto). • Anestesia epidural ( nesse caso a gestante não consegue fazer contação e o médico terá que fazer mais “força” para tirar o bebê ). • Parto prolongado. • Histórico materno de obesidade, DM, baixa estatura, multiparidade, idade materna (>35 anos), anatomia pélvica e distócia de ombro em parto anterior. CLASSIFICAÇÃO: • Neuropraxia, axonootmese e neurotmese. • Na neuropraxia acontece desmielinização das fibras de grande calibre sem interrupção axonal. A estrutura do nervo permanece intacta, porém a condução axonal está interrompida. Há perda temporária da função motora e permanência da propriocepção, tato, vibração e sudorese. • Na axoniotmese tem lesão axonal e da bainha de mielina, mas com preservação do endoneuronio ( tecido conjuntivo que englobando cada uma das fibras nervosas ) . Existe potencial para recuperação adequada e espontânea devido à manutenção do endoneuro. As funções sensitivas e motoras são interrompidas. O tempo de recuperação será variável. • A neurotmes é mais grave pois tem ruptura total do nervo, incluindo o endoneuro e perineuro , e implica degeneração axonal severa quando as extremidades nervosas são separadas não são unidas cirurgicamente. Como não há continuidade axonal, não ocorre a regeneração por brotamento axonal. PARALISIA DE ERB • Acometimento das raízes C5 e C6 ( superiores ) , sendo C7 ( média ) também afetada em 50% dos casos. • Déficit : protusão e retração escapular, abdução e rotação externa do ombro, flexão do cotovelo, supinação de antebraço e flexão de punho e dos dedos. • Característica do RN: membro comprometido junto ao corpo, mão em gorjeta, reflexo de moro assimétrico. PARALISIA DE KLUMPKE • Acometimento das raízes inferiores ( C8 E T1 ) • Rara. • Músculos proximais preservados, mas baixa função das mãos. • Característica no RN : sem reflexo de preensão palmar, extensão de punho, supinação e flexão de antebraço, mão em garra ( hiperextensão nas articulações metacarpofalângicas e flexão nas articulações interfalângicas ). PARALISIA TOTAL • Envolve as raízes de C5 a C8. • Algumas vezes, de C4 e T1. No caso de comprometimento de C4, a criança pode apresentar desconforto respiratório por causa de lesão do nervo frênico. • Pode apresentar Síndrome de Horner por causa da cadeia simpática está próxima às raízes inferiores. • Tríade clínica de Horner: miose ( pupilas permanecem contraídas ) , ptose ( pálpebra caída ) e anidrose ( incapacidade de transpirar ). CLASSIFICAÇÃO DE NARAKAS • Classifica a lesão para que seja feito o encaminhamento para centros especializados ( dentro do primeiro mês a fim de prevenir contraturas ) Grupo I (C5-C6): comprometimento de abdução e rotação externa do ombro e flexão de cotovelo. Boa recuperação espontânea em 80% dos casos. GrupoII (C5-C7): comprometimento de abdução e rotação externa do ombro, flexão do cotovelo e extensão do punho. Boa recuperação espontânea em 60% dos casos. Grupo III (C5-T1): paralisia completa do membro superior. Boa recuperação espontânea em 60% dos casos. Boa recuperação espontânea em > 30% a 50% dos casos. Grupo IV (C5-T1): paralisia Duff et al., 2015 Grupo I (C5-C6): comprometimento de abdução e rotação externa do ombro e flexão de cotovelo. Boa recuperação espontânea em 80% dos casos. Grupo II (C5-C7): comprometimento de abdução e rotação externa do ombro, flexão do cotovelo e extensão do punho. Boa recuperação espontânea em 60% dos casos. Grupo III (C5-T1): paralisia completa do membro superior. Boa recuperação espontânea em 60% dos casos. Boa recuperação espontânea em > 30% a 50% dos casos. Grupo IV (C5-T1): paralisia completa do membro superior e síndrome de Horner. Se não for feito cirurgia, são esperados déficits no braço.
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