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FMU – FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
GILBERT DIAS CARDOSO
TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH) NA VIDA ADULTA 
São Paulo
2022
GILBERT DIAS CARDOSO
TRANSTORNO DE DÉFICT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH) NA VIDA ADULTA 
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdades Metropolitanas Unidas, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Biomedicina. 
São Paulo
2022
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA 
Gilbert Dias Cardoso
Centro Universitário Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU
RESUMO
O presente estudo tem por objetivo abordar questões relacionadas ao Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) na vida adulta. Para tanto, será feito um estudo de revisão de literatura. O estudo de distúrbios cognitivos e/ou comportamentais em populações adultas podem contribuir para que adultos com TDHA tenham a condição do neurodesenvolvimento diagnosticada. O diagnóstico preciso pode levar a tratamentos não farmacêuticos e/ou farmacêuticos para melhorar os sintomas e a qualidade de vida de pacientes adultos com TDAH.
Palavras-chaves: 
												
1 INTRODUÇÃO 
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade que levam a dificuldades no dia a dia do indivíduo com TDAH. A apresentação clínica pode ser bastante heterogênea, por exemplo, pode haver aspecto predominantemente desatento, predominantemente hiperativo/impulsivo ou combinado, tornando o diagnóstico complexo (KLEIN; LIMA, 2020). 
Além disso, a etiologia do TDAH não é totalmente conhecida, mas provavelmente também heterogêneo e multifatorial, com muitos fatores de risco, incluindo ambientais, pré-natais e perinatais, toxinas ambientais, fatores dietéticos e psicossociais (THAPAR et al., 2013). 
O fator genético está fortemente envolvido no TDAH, gêmeos idênticos, por exemplo, estão mais suscetíveis ao diagnóstico, do que filhos únicos, conforme colocado por Faraone e Larsson (2018), as pesquisas científicas desenvolvidas nas últimas décadas sugerem que os genes desempenham um papel crucial na etiologia do TDAH e suas comorbidades com outros transtornos. Estudos envolvendo famílias com filhos biológicos gêmeos e filhos adotivos provaram que o TDAH é predominantemente hereditário. 
A recente integração do TDAH nos transtornos do neurodesenvolvimento no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, Quinta Edição (DSM-V) atesta o trabalho sobre últimos anos mostrando o envolvimento de redes neurais anormalidades. A desordem abrange muitas especialidades, incluindo neurologia, pediatria, psiquiatria e neuropsicologia, devendo, portanto, ser diagnosticados e gerenciados por meio de uma abordagem multidisciplinar. (MISSAWA; ROSSETTI, 2014). 
Os recentes critérios de TDAH do DSM-V foram estabelecidos como mais adequados para diagnosticar uma população adulta do que os critérios anteriores. Com as atualizações presentes no DSM-V, somente 6 sinais são em pacientes adultos em termos de desatenção e hiperatividade/impulsividade são suficientes para o diagnóstico da TDAH, enquanto a idade de início foi aumentada de 7 anos até 12 anos, e novos exemplos clínicos relevantes para uma população adulta foi adicionado. (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). 
Na classificação do DSM-IV, a presença de sintomas incapacitantes antes dos 7 anos era muitas vezes difícil de estabelecer retrospectivamente em populações adultas. Kessler et al. (2005) fizeram uma importante descoberta, eles identificaram que apenas metade dos indivíduos que receberam um diagnóstico de TDAH quando adultos foram indicados como tendo apresentado sintomas antes dos 7 anos, enquanto 95% deles se lembraram de ter sintomas antes dos 12 anos. Aos 12 anos também apresentava sintomas aos 7 anos, mas simplesmente não tinha memória deles. 
Em outras palavras, pessoas adultas diagnosticadas com TDHA têm dificuldades para ter lembranças claras sobre o surgimento dos sintomas aos 7 anos de idade ainda que os sintomas estivessem presentes, logo entende-se que a prevalência de TDAH pode não ser afetada pelo critério de idade inferior a 12 anos. 
Assim, essas modificações levaram a um aumento de 27% nos diagnósticos de TDAH em comparação com os critérios do DSM-IV (MATTE et al., 2015) indicando que uma proporção substancial de pacientes com TDAH pode não ter sido diagnosticada mesmo na infância pelos critérios anteriores. 
Assim, o presente estudo tem por objetivo abordar questões relacionadas ao Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade na vida adulta.
2 JUSTIFICATIVA 
O TDAH é uma condição comum do neurodesenvolvimento que acarreta impactos significativos a longo prazo se não for tratada. Estudos têm mostrado que a qualidade de vida entre pacientes tratados e não tratados é significativa, aqueles que não recebem tratamento enfrentam dificuldades maiores de diversas maneiras como pior desempenho acadêmico, ocupacional e social; comportamento antissocial; uso de substâncias; e utilização dos serviços de saúde (COLVIN; STERN, 2015). 
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), embora considerado uma condição do neurodesenvolvimento com início na infância, é uma condição frequente e incapacitante em adultos. Muitos desses pacientes não são diagnosticados durante a infância ou adolescência, pois o diagnóstico da síndrome é bastante complexo, mas o TDAH não desaparece com o tempo, podendo inclusive se agravar caso não receba as intervenções o mais precocemente possível. 
Porém, o fato é que uma parcela relevante da população adulta sofre com o TDAH, mas nunca recebeu um diagnóstico preciso. Com isso, muitas limitações podem surgir na vida desses indivíduos ao longo do caminho, desse modo, espera-se que esse estudo venha a contribuir com a comunidade científica e também com a população que através da leitura científica pode se informar e se conscientizar sobre a própria condição ou de outras pessoas, repassando informações à frente. 
3 MÉTODOS 
Será feita uma pesquisa de natureza básica e de caráter descritivo, com abordagem qualitativa do problema, quanto aos procedimentos de coleta de dados serão realizadas as pesquisas bibliográfica e documental. 
De acordo com Marconi e Lakatos (2017), a pesquisa básica tem por finalidade buscar a atualização e ampliação de conhecimentos teóricos para sanar uma necessidade intelectual, não havendo intenção em aplicá-la na prática, assim, é uma pesquisa proposta unicamente para o progresso da ciência. Quanto ao caráter descritivo, este refere-se a estudos que têm por intuito descrever fatos e fenômenos de determinada realidade. 
A abordagem qualitativa, segundo Gil (2008), é um método de análise que não tem um roteiro pré-definido, nesse caso, a análise dos dados depende bastante da capacidade e estilo do pesquisador. Baseia-se no entendimento do pesquisador sobre os dados que foram selecionados e organizados ao longo da pesquisa. 
Quanto à pesquisa bibliográfica, Gil (2008) afirma que ela é essencial para qualquer tipo de pesquisa, ela é a base teórica fornecida por outros autores que já publicaram dados tratados (analisados) sobre um determinado fenômeno, portanto, podem ser usados artigos científicos, livros, teses científicas, entre outros. Já a pesquisa documental faz uso de dados que não receberam nenhum tratamento analítico anterior como reportagens, textos de lei e fotografias. 
Deste modo, serão utilizados livros, teses e artigos científicos publicados em bases de dados como Scielo, PubMed e Google Scholar. As buscas serão feitas a partir dos termos TDAH, Diagnóstico do TDAH, Tratamento do TDAH e TDAH vida adulta. 
REFERÊNCIAS
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
COLVIN, M.K.; STERN, T. A. Diagnosis, evaluation, and treatment of attention-deficit/hyperactivity disorder. J Clin Psychiatry.,v. 76, n. 9, 2015. 
FARAONE, S. V.; LARSSON, H. Genetics of attention deficit hyperactivity disorder. Molecular Psychiatry. v. 24, n. 1, p. 562-575, 2019. 
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
KESSLER, R. C. et al. Lifetime Prevalence and Age-of-Onset Distribution of DSM-IV Disorders in the National Comorbidity Survey Replication. Arch Gen Psychiatry, v. 62, n. 6, p. 593-602, 2005. 
KLEIN, T.; LIMA, R. C. Mais além dos transtornos de neurodesenvolvimento: desdobramentos para a infância e a educação. Movimento-Revista de Educação, ano 7, n. 15, p. 106-132, 2020.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
MATTE, B. et al. ADHD in DSM-V: a field trial in large, representative sample of 18-year-old adults. Psychiatry Med., v. 35, p. 361-373, 2015. 
MISSAWA, D. D. A.; ROSSETTI, C. B. Psicólogos e TDAH: Possíveis caminhos para diagnóstico e tratamento. Construção Psicopedagógica, v. 22, n. 23, p. 81-90, 2014. 
THAPAR, A. Practitioner Review: What have we learnt about the causes of ADHD? Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 54, n. 1, p. 3-16, 2013.

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