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FIPC_Unidade 01 CORRIGIDO

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FUNDOS DE INVESTIMENTO: 
FUNDAMENTOS
Professor:
Dr. Marcelo de Jesus D. Perossi
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Rossana Costa Giani 
Editoração Flávia Thaís Pedroso 
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; PEROSSI, Marcelo de Jesus D.
 
 Fundos de Investimentos e Previdência Complementar. 
Marcelo de Jesus D. Perossi.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 48 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Fundo de Investimento 2. Previdência 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 330 
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
sumário
07| ASPECTOS GERAIS RELACIONADOS À GESTÃO DE FUNDOS 
DE INVESTIMENTO
15| CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS
19| DEMAIS TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO
31| FATORES QUE IMPACTAM A RENTABILIDADE DOS FUNDOS 
DE INVESTIMENTO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Conceituar fundos de investimentos;
 • Discutir aspectos gerais relacionados a fundos de investimento;
 • Apresentar a classificação dos fundos regulamentados pela Instrução CVM 
409/04;
 • Apresentar os demais tipos de fundos de investimento;
 • Analisar os fatores que impactam a rentabilidade de um fundo.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Aspectos gerais relacionados à gestão de fundos de investimento
 • Classificação dos fundos
 • Demais tipos de fundos de investimento
 • Fatores que impactam a rentabilidade dos fundos de investimento
FUNDOS DE INVESTIMENTO: FUNDAMENTOS
INTRODUÇÃO
introdução
Caro(a) aluno(a),
Você provavelmente já ouviu falar sobre fundos de investimento. Mas afinal, 
sabe realmente o que são? 
Nesta unidade apresentaremos os aspectos gerais sobre fundos de 
investimento, os tipos de fundos existentes e discutiremos os fatores que 
impactam sua rentabilidade.
Mas será que é seguro investir em fundo de investimento? Do ponto de 
vista da regulamentação do produto, a resposta é sim. 
Vamos imaginar um fundo de investimento de uma gestora de recursos de 
um banco. Como os recursos que compõem o patrimônio do fundo pertencem 
exclusivamente aos seus cotistas, mesmo que o banco seja liquidado, o patrimônio 
do fundo só será afetado se tiver alguma exposição a ativos desse banco. 
Situação diferente, por exemplo, do investidor que adquire um CDB desse 
mesmo banco com valor superior a cobertura do FGC – Fundo Garantidor de 
Crédito, pois em caso de liquidação do banco, o investidor não receberá seus 
recursos no vencimento da operação.
Por se tratar de um produto financeiro em que pode haver perdas e não há 
rentabilidade assegurada, a proteção ao investidor de fundos de investimento 
se d por meio da regulamentação e ação de fiscalização dos órgãos reguladores.
Os fundos de investimento são regulamentados e fiscalizados pela Comissão 
de Valores Mobiliários – CVM através da Instrução CVM nº 409/04, que dispõe sobre 
a sua constituição, administração, funcionamento e divulgação de informações.
É importante que você saiba que a CVM é uma autarquia federal vinculada 
ao Ministério da Fazenda, criada em 1976 para fiscalizar e desenvolver o mercado 
de valores mobiliários no Brasil. Esse mercado é representado por um conjunto 
de produtos de investimento oferecidos ao público, entre eles, os fundos de 
investimento. Essa autarquia tem como finalidade disciplinar e fiscalizar o 
mercado de valores mobiliários, aplicando punições àqueles que descumprem 
as regras estabelecidas.
INTRODUÇÃO
introdução
Adicionalmente, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados 
Financeiros e de Capitais – ANBIMA promove a auto regulação dos fundos 
de investimento, estabelecendo os princípios e parâmetros que gestores e 
administradores de fundos devem adotar. 
A ANBIMA reúne as instituições que atuam no mercado de capitais com o 
objetivo de representa-las junto ao governo, ao próprio mercado e à sociedade, 
servir como fonte de informação, promover iniciativas para o desenvolvimento da 
educação financeira, além de promover a auto regulação, criando as condições 
necessárias para que os agentes do mercado estabeleçam regras, parâmetros e 
princípios de funcionamento, assim como supervisionar o cumprimento dessas 
normas.
Quais os tipos de fundos disponíveis para investimento? Quais os fatores 
que impactam a rentabilidade de um fundo? Essas são algumas das dúvidas 
frequentes sobre fundos de investimento que tentaremos esclarecer ao longo 
desta unidade.
Pós-Universo 7
ASPECTOS GERAIS 
RELACIONADOS À 
GESTÃO DE FUNDOS 
DE INVESTIMENTO
Pós-Universo 8
Nesta primeira aula da unidade, você será apresentado aos aspectos gerais sobre 
fundos de investimento, tais como os conceitos de fundos de investimento, de cota 
e Chinese Wall, além conhecer as principais atividades envolvidas na prestação de 
serviço de gestão de recursos de terceiros.
Definição
Você provavelmente já ouviu em fundos de investimento. Mas afinal, sabe do que 
se trata?
A Instrução CVM nº 409/04 define fundo de investimento como uma comunhão 
de recursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em títulos 
e valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado 
financeiro e de capitais.
Como o fundo de investimento funciona no regime de condomínio, pode ser 
comparado a um condomínio habitacional, onde investidores, também conhecidos 
como cotistas, correspondem aos condôminos, e o gestor seria equivalente ao síndico, 
que teria como atribuição, decidir como aplicar os recursos dos investidores do fundo, 
de acordo com o seu regulamento, que equivaleria às normas do condomínio.
De acordo com o Boletim ANBIMA de Fundos de Investimento de janeiro de 
de 2014, a indústria de fundos encerrou 2013 com um Patrimônio Líquido 
de R$ 2,41 trilhões. 
O boletim completo pode ser acessado através do link http://portal.anbima.
com.br/informacoes-tecnicas/boletins/fundos-de-investimento/Documents/
Boletim%20FI_093_jan2014.pdf
fatos e dados
Pós-Universo 9
Cotas de Fundo
Você sabe o que são cotas de fundo de investimento?
De acordo com a Instrução CVM nº 409/04, as cotas de um fundo de investimento 
correspondem a frações ideais de seu patrimônio, sendo escriturais e nominativas.
Os investidores, também chamados cotistas, possuem uma parcela do patrimônio 
líquido - PL do fundo proporcional ao número de cotas adquiridas. O valor da cota 
do fundo é calculado pela divisão entre o PL do dia e o número de cotas do fundo, 
e deve ser fornecido diariamente pelo administrador do Fundo.
Para entender melhor o conceito de cota de fundo, vamos utilizar um exemplo 
numérico:
Um investidor que aplica $2.000 em cotas de um fundo que, na data do investimento, 
possui um patrimônio líquido de $500.000 e 100.000 cotas. A partir destas informações, 
é possível calcular: 
 • o valor da cota na data da aplicação: $500.000 / 100.000 = $5
 • o número de cotas adquiridas pelo investidor: $2.000 / $5 = 400
Supondo que, num determinado intervalo de tempo, o patrimônio líquido sofra 
um aumentode 20% e o número de cotas aumente 9%. Neste caso, o valor da cota 
aumentará ($600.000 / 109.000 = $5,5), da mesma forma como o valor a resgatar 
(400 x $5,5 = $2.200).
E se quisermos calcular a rentabilidade no período, basta dividir o valor da cota 
no resgate pelo valor na data da aplicação e ajustar para percentual: $5,5 / $5 = 1,1 
ou 10%.
A ideia básica de um fundo de investimento é a aplicação em condomínio 
por um grupo de investidores onde os resultados são distribuídos 
proporcionalmente à quantidade de cotas detidas por cada um.
atenção
Pós-Universo 10
Chinese Wall
Você provavelmente já ouviu falar na muralha da China (Chinese Wall, em inglês), 
construída para garantir a proteção contra possíveis invasões. Mas o que isso tem 
haver com fundos de investimento?
O conceito de Chinese Wall diz respeito à obrigatoriedade de as instituições 
financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central estabelecer um 
conjunto de políticas e procedimentos internos para garantir a segregação das 
atividades de gestão de ativos de terceiros (asset management) da gestão dos recursos 
próprios (tesouraria) da instituição financeira.
A regra conhecida como Chinese Wall teria sido criada para evitar situações 
de potenciais conflitos de interesse?
reflita
Tal segregação foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional – CMN por meio 
das Resoluções 2.451/97 e 2.486/98 e, posteriormente também pela Instrução CVM 
306/99, buscando garantir que os recursos de terceiros sejam geridos de forma 
independente das demais atividades do banco, inclusive mediante a designação de 
diretor ou sócio-gerente para responder, exclusivamente, pela gestão de ativos de 
terceiros.
Segregação de Funções e Responsabilidades
Você sabe quais os tipos de serviços que envolvem a prestação de serviços de gestão 
de recursos de terceiros? Qual a responsabilidade de cada um?
A atividade de gestão de recursos de terceiros (asset management) envolve a 
participação de diferentes prestadores de serviços cujas funções e responsabilidades 
devem ser claramente segregadas. 
Apesar da necessidade de segregação das atividades dos diferentes prestadores, 
com exceção da auditoria independente, as demais podem ser exercidas por uma 
mesma instituição financeira.
Pós-Universo 11
Administração
Em que consiste a atividade de administração do fundo? Quais as responsabilidades 
do administrador?
De acordo com a Instrução CVM nº 409, a atividade de administração do fundo 
compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao 
funcionamento e à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio 
administrador ou por terceiros por ele contratados.
Além do serviço obrigatório de auditoria independente, o administrador pode 
contratar, em nome do fundo, com terceiros devidamente habilitados e autorizados, 
os seguintes serviços:
 • Gestão da carteira do fundo; 
 • Consultoria de investimentos; 
 • Atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores 
mobiliários; 
 • Distribuição de cotas; 
 • Escrituração da emissão e resgate de cotas; 
 • Custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros; e 
 • Auditoria independente. 
 • Classificação de risco por agência especializada constituída no País. 
Gestão
Quando falamos sobre gestão de ativos de terceiros, logo no vem a cabeça a figura 
do gestor de fundos. Mas o que exatamente fez o gestor?
A Instrução CVM nº 409 define gestão da carteira de um fundo de investimento 
como a gestão profissional, conforme estabelecido no seu regulamento, dos títulos 
e valores mobiliários dela integrantes, desempenhada por pessoa natural ou jurídica 
credenciada como administradora de carteira de valores mobiliários pela CVM, tendo 
o gestor poderes para negociar, em nome do fundo de investimento, os referidos 
títulos e valores mobiliários.
Pós-Universo 12
O gestor é o responsável pelas decisões de investimento do fundo, sempre 
dentro dos parâmetros definidos no seu regulamento. O administrador e o 
gestor podem ser ou não a mesma instituição.
atenção
Distribuição
Agora que já vimos que o gestor é o responsável pelas decisões de investimento 
do fundo, a quem cabe oferecer esse serviço aos investidores? Esse é o papel do 
distribuidor.
A atividade de distribuição consiste em colocar ou vender as cotas do fundo 
de investimento, sendo o distribuidor quem estabelece o contato direto com os 
investidores.
Custódia
Caro aluno, agora você pode se perguntar: como as operações realizadas pelo gestor 
são efetivadas? Toda negociação de ativos financeiros, seja em operações de compra 
ou de venda de ativos é finalizada quando ocorre a troca de propriedade entre o ativo 
negociado e o dinheiro envolvido na transação. Essa atividade é de responsabilidade 
da custódia.
O Código de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais da ANBIMA define o 
serviço de custódia como a liquidação física e financeira dos ativos, sua guarda, bem 
como a administração e informação de eventos associados a esses ativos. 
O serviço de custódia compreende também a liquidação financeira de derivativos, 
contratos de permutas de fluxos financeiros – swap e operações a termo, bem como 
o pagamento das taxas relativas ao serviço prestado, tais como, mas não limitadas a, 
taxa de movimentação e registro dos depositários e câmaras e sistemas de liquidação.
Pós-Universo 13
Controladoria
A esta altura, você já percebeu a complexidade que envolve o serviço de gestão de 
ativos de terceiros, bem como a quantidade de prestadores envolvidos em torno da 
atividade.
Já parou para pensar que até o momento não citamos quem é o responsável 
pelos procedimentos contábeis relativos aos fundos de investimento? Esse é o papel 
da controladoria.
De acordo com o Código de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais 
da ANBIMA, o Serviço de Controladoria compreende a execução dos processos 
que compõem a controladoria dos ativos e passivos, bem como a execução dos 
procedimentos contábeis, conforme a legislação em vigor e as normas estabelecidas 
pela ANBIMA.
Auditoria Externa
Além da ANBIMA e da CVM, alguém mais fiscaliza os fundos? Essa função cabe à 
auditoria externa.
O serviço de auditoria externa deve obrigatoriamente ser contratado pelo 
administrador do fundo. De acordo com a Instrução CVM 206, o administrador deve 
divulgar as demonstrações financeiras do fundo semestralmente, que são verificadas 
por auditor independente registrado na CVM.
Cabe ao auditor independente verificar se a posição patrimonial e financeira 
do fundo está compatível com os princípios fundamentais de contabilidade e as 
normas contábeis aplicáveis, bem como deve constatar se os atos praticados pelo 
administrador do fundo atendem aos preceitos da legislação vigente.
O auditor independente deve emitir parecer sobre as demonstrações contábeis do 
fundo, que deverá ser publicado junto às referidas demonstrações no prazo máximo 
de 60 dias após os meses de junho e dezembro.
Pós-Universo 14
Investidor Qualificado e Profissional
Você acha que todos os investidores têm o mesmo nível de conhecimento sobre o 
mercado financeiro? Provavelmente você respondeu que não.
Pensando nisso, a CVM introduziu uma categoria de investidores, que pressupõe-se, 
detém um nível de conhecimento sobre o mercado financeiro superior ao investidor 
comum. São os chamados investidores qualificados e profissionais, cujos fundos 
destinados a esse público apresentam regras diferenciadas das regras gerais.
A Instrução da CVM nº 554/14 considera investidor qualificado:
 • Instituições financeiras;
 • Companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
 • Entidades abertas e fechadas de previdência complementar; 
 • Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em 
valor superior a R$ 1.000.000 (um milhão) e que, adicionalmente, atestem 
por escrito sua condição de investidor qualificado mediantetermo próprio;
 • Fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores 
qualificados; 
 • Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados 
pela CVM, em relação a seus recursos próprios.
Além dos investidores qualificados, a CVM introduziu também o conceito de investidor 
profissional, com investimento inicial superior a R$ 10.000.000 (dez milhões).
Em agosto de 2004, a CVM editou a Instrução nº 409, introduzindo mudanças 
significativas na legislação que disciplinava os fundos de investimento no 
Brasil. Antes da Instrução nº 409, parte dos fundos de investimento era 
regulada por normas editadas pelo Banco Central e parte regulada por 
normas baixadas pela CVM. Para conhecer mais sobre fundos de investimento, 
acesse a Instrução CVM nº 409/04 no site da CVM: <www.cvm.gov.br/asp/
cvmwww/Atos/Atos/inst/inst409consolid.doc>.
saiba mais 
Pós-Universo 15
CLASSIFICAÇÃO 
DOS FUNDOS
Pós-Universo 16
Você já aprendeu que um fundo de investimento pode alocar os recursos investidos 
por seus cotistas em diferentes tipos de ativos, tais como ações, títulos públicos, 
crédito privado, dentre outros, de acordo com a política de investimento descrita 
em seu regulamento.
Para facilitar o entendimento do investidor sobre as características dos fundos 
de investimento que ele tem a disposição para investir seus recursos, foram criados 
diferentes categorias e tipos de fundos respectivamente pela CVM e pela ANBIMA.
Como podemos classificar os fundos de investimento? As diferentes classificações 
de fundos dizem respeito ao tipo de fundo, estratégia de gestão, além da composição 
e prazo da carteira. 
Segundo dados da ANBIMA, os fundos de renda fixa (considerando os tipos 
Curto Prazo, Referenciado DI e Renda Fixa) representavam até agosto de 2014, 
aproximadamente metade do patrimônio líquido da indústria de fundos. 
Fonte: ANBIMA. Consultar em <http://portal.anbima.com.br/informacoes-
tecnicas/boletins/fundos-de-investimento/Documents/BoletimFI_201409.
pdf>
fatos e dados
Quanto ao Tipo
Os fundos de investimento regulamentados pela Instrução CVM nº 409/04 possuem 
duas estruturas distintas: os Fundos de Investimento – FIs e os fundos de investimento 
em cotas de fundos de investimento – FIC FI.
Fundo de Investimento – FI e FIC FI
Os FIs são fundos de investimento regulamentados pela Instrução CVM nº 409/04, que 
investem diretamente o seu patrimônio em títulos e valores mobiliários disponíveis 
no mercado financeiro e de capitais.
O Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento – FIC FI adquire cotas 
de FIs para a sua carteira e deve manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio investido 
em fundos de uma mesma classe, exceto os fundos da categoria multimercado, que 
podem investir em cotas de fundos de classes distintas.
Pós-Universo 17
Fundos de Investimento Abertos e Fechados
Os fundos de investimento abertos são aqueles constituídos por prazo indeterminado, 
cujas aplicações ou resgates de cotas podem ocorrer a qualquer momento, de acordo 
com os prazos de conversão de cotas previstos em regulamento.
Nos fundos fechados, as cotas somente podem ser resgatadas ao término do 
prazo de duração do fundo.
Fundos Com Carência e Sem Carência
Enquanto nos fundos de investimento sem carência, o resgate pode ser solicitado 
a qualquer momento, para os fundos com carência o cotista deve respeitar o prazo 
mínimo para resgate previsto em regulamento.
Fundos Exclusivos
Os fundos exclusivos são destinados a investidores qualificados e constituídos para 
receber aplicações de apenas um único cotista.
Fundos Com Gestão Ativa e Com Gestão Passiva
De acordo com a estratégia de investimento estabelecida, um fundo pode ser classifica 
como sendo de gestão passiva ou gestão ativa.
Nos fundos com estratégia de gestão passiva o gestor busca acompanhar a 
rentabilidade de um índice de referência (benchmark), investindo em ativos para 
manter aderência ao seu comportamento.
A gestão ativa de fundos busca obter uma rentabilidade que supere o benchmark.
Classificação de Fundos Dada Pela Instrução CVM nº 409
A Instrução CVM nº 409/04, classifica os fundos de investimento (FI) e os fundos 
de investimento em cotas (FIC), conforme a composição de sua carteira, em sete 
categorias:
Pós-Universo 18
Quadro 1: Classificação de fundos de investimento regulamentados pela ICVM n º 409
Classificação CVM Características
Fundo Curto Prazo
Investe exclusivamente em títulos públicos federais ou privados de baixo risco de 
crédito com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira inferior a 60 dias;
Fundo Referenciado
Aplica no mínimo 80% do PL em títulos públicos federais ou títulos privados de baixo 
risco de crédito, e tenham o mínimo 95% da carteira composta por títulos que acom-
panham direta ou indiretamente o benchmark do fundo;
Fundo de Renda Fixa
Deve possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados direta ou indireta-
mente aos fatores de risco da categoria;
Fundo de Ações (FIA)
Deve possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações negociadas no mercado à vista 
de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado;
Fundo Cambial
Deve possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou 
sintetizados via derivativos, a variação de preços de moeda estrangeira;
Fundo de Dívida 
Externa (FIEX)
Deve aplicar, no mínimo, 80% de seu PL em títulos representativos da dívida externa 
de responsabilidade da União, sendo permitida a aplicação de até 20% do PL em 
outros títulos de crédito negociados no mercado internacional;
Fundo Multimercado 
(FIM)
Sua política de investimento deve envolver vários fatores de risco, sem o compro-
misso de concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das 
demais classes de fundos.
Fonte: Instrução CVM nº 409/04. Elaborado pelo autor
Os fundos classificados como “Referenciado”, “Renda Fixa”, “Cambial”, “Dívida Externa” e 
“Multimercado” poderão ser adicionalmente classificados como “Longo Prazo” quando 
o prazo médio de sua carteira superar 365 dias e seja composta por títulos privados 
ou públicos federais, pré-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, 
a índices de preço ou à variação cambial, ou, ainda, por operações compromissadas 
lastreadas em títulos públicos federais.
Você foi apresentado ao longo desta aula aos fundos de investimentos 
regulamentados pela ICVM nº 409. Existem outras categorias de fundos que que 
possuem regulamentação específica, como veremos na aula seguinte.
Pós-Universo 19
DEMAIS TIPOS 
DE FUNDOS DE 
INVESTIMENTO
Pós-Universo 20
Depois de ser apresentado aos fundos regulamentados pela Instrução CVM nº 409/04, 
você verá agora diversos outros tipos de fundos regulamentados por outras instruções 
da CVM. Vamos começar pelos chamados Fundos Mútuos de Privatização – FMP.
FMP – Fundo Mútuo de Privatização
Você já ouviu falar em FMP? Sabe o que significa? Vamos um pouco sobre ele agora.
Como trabalhador com carteira de trabalho assinada você tem os seus recursos 
depositados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS rendendo 3% ao ano 
mais variação da Taxa Referencial – TR.
Contudo, no fim dos 1990 e início dos anos 2000 foi criada uma lei que permitia 
aos trabalhadores comprarem ações de empresas cujo governo tinha participação 
acionária. Eram os chamados fundos mútuos de privatização.
O Fundo Mútuo de Privatização – FGTS - FMP-FGTS é um fundo de investimento 
criado para aplicar os recursos captados em ações de empresas que estavam sendo 
privatizadas, ou vendendo participações acionárias de propriedade da União, dos 
Estados ou dos Municípios.
Com o objetivo de pulverizar a base acionária dessas empresas, os FMP-FGTS 
foram constituídos para permitir aos trabalhadores participar desse processo de 
privatização e venda de participação acionária.
Dois casos clássicos desses fundos foram os de alienação de ações da Petrobrás 
– que não chegou a serprivatizada na época, mas teve uma forte colocação de seus 
papéis no mercado por parte do governo – e da Vale (na época ainda conhecida 
como Vale do Rio Doce), esta sim foi privatizada.
Pós-Universo 21
Fundo Previdenciário
Como o próprio nome já nos dá uma pista, os Fundos Previdenciários são fundos de 
investimento destinados exclusivamente aos planos de previdência complementar 
ou a seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, estruturados na 
modalidade de contribuição variável. 
A Instrução CVM nº 459/07 dispõe sobre a constituição, a administração, o 
funcionamento e a divulgação de informações dessa categoria de fundos, cuja 
criação teve o objetivo de permitir a segregação da aplicação das contribuições 
dos beneficiários dos planos de previdência ou seguros de vida em veículos cujo 
patrimônio dos recursos próprios das operadoras dos planos de previdência.
ETF - Exchange Traded Funds
Você já ouviu fala em ETF? O Exchange Traded Fund – ETF é um tipo de fundo de 
investimento cujas cotas são negociadas em Bolsa como se fossem ações, e que buscam 
reproduzir o retorno obtido por um determinado índice de referência (benchmark).
No Brasil, os ETFs foram chamados de Fundos de Índice, e são regulamentados 
através da Instrução CVM nº 359/2002.
Cada vez mais os ETFs se fazem presentes nos principais mercados financeiros 
do mundo, como Hong Kong, Alemanha, Japão, Espanha, Cingapura e 
México. De acordo com a BM&FBOVESPA, segundo dados da World Federation 
of Exchanges – WFE , o número de ETFs no mundo apresentou no período 
entre 2004 e 2009 de 887,20% equivalente a 58,10% ao ano. 
Fonte: BM&FBOVESPA, os dados podem ser consultados em <http://www.
bmfbovespa.com.br/etf/infograficos-etfs.aspx?idioma=pt-br>
fatos e dados
Pós-Universo 22
FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório
Imagine um fundo de investimento que aplica seus recursos preponderantemente 
em recebíveis de crédito. Essa a ideia de um FIDC.
Regulamentado pela Instrução CVM nº 356/01, o FIDC é uma modalidade de 
fundo de investimento oferecida apenas a investidores qualificados, que investe 
preponderantemente em direitos creditórios, também chamados recebíveis.
Os recebíveis são os direitos e títulos representativos destes direitos, como 
duplicatas, cheques, contratos de aluguel entre outros, originários de operações 
realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, 
de arrendamento mercantil e de prestação de serviços.
Em fevereiro de 2013 a CVM editou a Instrução CVM nº 531, alterando a 
Instrução CVM nº 356/01, que dispõe sobre FIDC. O principal objetivo da nova 
Instrução foi aperfeiçoar as regras da Instrução anterior relativas aos controles 
que deveriam ser mantidos pelo administrador e pelo custodiante, com a 
definição mais clara da atuação e de responsabilidades dos participantes 
desse mercado. 
A nova Instrução também procurou aperfeiçoar as regras em relação à 
mitigação de estruturas para evitar a ocorrência de conflito de interesses, 
em que a concentração indevida de funções por um mesmo participante ou 
por partes a ele relacionadas comprometessem a boa governança dos FIDCs. 
Para conhecer mais sobre as novas regras acesse a Instrução CVM nº 531/13 
no site da CVM: <http://www.cvm.gov.br/asp/cvmwww/Atos/Atos/inst/
inst531.doc>.
saiba mais 
Os FIDCs podem ser fundos abertos ou fechados e geralmente possuem duas classes 
de cotas com riscos e remuneração distintos: cota sênior e cota subordinada.
A cota sênior que possui uma remuneração alvo é aquela que tem preferência 
sobre as demais classes de cotas no recebimento de amortizações e resgates e 
distribuição de rendimentos.
O investidor detentor de cotas subordinadas somente receberá o pagamento 
pelo resgate ou amortização de suas cotas após o cotista detentor de cota sênior 
ter recebido.
Pós-Universo 23
FII – Fundo de Investimento Imobiliário
Se você é um investidor que gosta de aplicar seus recursos em empreendimentos 
imobiliários, talvez o FII seja uma alternativa de investimento adequada ao seu perfil.
Os Fundos de Investimento Imobiliário – FII, regulamentados pela Instrução CVM 
nº 472/08 são fundos destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários e 
constituídos sob a forma de condomínios fechados.
O patrimônio de um FII pode ser composto por empreendimentos imobiliários 
com fins comerciais, residenciais, rurais ou urbanos, construídos ou em construção, 
para posterior alienação, locação ou arrendamento.
Um FII também pode investir em títulos e valores mobiliários que tenham como 
lastro principal operações do mercado imobiliário como LCI, LH, CRI entre outros.
Fundo de Investimento em Participações - FIP
Destinados a investidores qualificados e regulamentados pela Instrução CVM nº 
391/03, os Fundos de Investimento em Participações – FIPs, também conhecidos 
como fundos de Private Equity, são constituídos sob a forma de condomínio fechado 
e seus recursos investidos em ações, debêntures, bônus de subscrição, ou outros 
títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de 
companhias, abertas ou fechadas.
O FIP influencia a definição da política estratégica e a gestão das companhias 
investidas, participando ativamente do processo decisório, indicando membros para 
o Conselho de Administração.
Pós-Universo 24
Classificação ANBIMA de Fundos de Investimento
A ANBIMA também construiu uma classificação própria de fundos a partir da política 
de investimento e dos fatores de risco.
O Quadro 1 mostra a classificação ANBIMA para os fundos de renda fixa. Observe 
que a ANBIMA dividiu os fundos da categoria renda fixa da CVM, em subcategorias 
e subtipos, diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento.
Quadro 1: Classificação ANBIMA para os fundos de renda fixa
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Curto Prazo Curto Prazo DI/SELIC
Fundos que investem em títulos públicos fe-
derais indexados à Selic ou CDI, e em papéis 
prefixados, desde que indexados e/ou sinteti-
zados para Selic ou CDI; e com prazo máximo 
a decorrer de 375 dias e prazo médio da car-
teira de, no máximo, 60 dias.
Referenciado DI Referenciado DI DI/SELIC + Crédito
Fundos que investem, no mínimo, 95% do 
valor de sua carteira em títulos ou operações 
que busquem acompanhar as variações do 
CDI ou Selic.
Renda Fixa
Renda Fixa
Juros Mercado 
Doméstico + Crédito 
+ Índice de Preços 
Mercado Doméstico 
+ Alavancagem 
Fundos que buscam retorno investindo em 
ativos de renda fixa, admitindo-se estraté-
gias que impliquem risco de juros e de índice 
de preços do mercado doméstico. Devem 
manter, no mínimo, 80% de sua carteira em 
títulos públicos federais, ativos com baixo 
risco de crédito.
Renda Fixa 
Crédito Livre
Juros Mercado 
Doméstico + Crédito 
+ Índice de Preços 
Mercado Doméstico 
+ Alavancagem 
Fundos que buscam retorno por meio de in-
vestimentos em ativos de renda fixa, podendo 
manter mais de 20% da sua carteira em títulos 
de médio e alto risco de crédito, incluindo-se 
estratégias que impliquem risco de juros e 
de índice de preços do mercado doméstico.
Renda Fixa 
Índices
Índice de Referência 
+ Juros Mercado 
Doméstico + Crédito 
+ Índice de Preços 
Mercado Doméstico 
+ Alavancagem 
Fundos que buscam seguir ou superar indi-
cadores de desempenho (benchmarks) que 
reflitam os movimentos de preços dos títulos 
de renda fixa, tais como o IMA Geral e seus 
subíndices apurados pela ANBIMA, através 
de investimentos em ativos de renda fixa.
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor
Pós-Universo 25
O Quadro 2 apresenta a classificação ANBIMA para os fundos multimercado. Assim 
como fez para os fundos de renda fixa, a ANBIMA também dividiu os fundos da 
categoria CVM, em subcategorias e subtipos, diferenciando-os pelo tipo de risco e 
estratégias de investimento.
Quadro 2: Classificação ANBIMA para os fundos multimercado
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco DescriçãoMultimercados
Long And Short 
- Neutro
Renda Variável + 
Alavancagem 
Fundos que montam posições compradas e 
vendidas, com o objetivo de manterem a ex-
posição neutra ao risco do mercado acionário. 
Long And Short 
- Direcional
Renda Variável + 
Alavancagem 
Fundos que montam posições compradas e 
vendidas, cujo resultado deve ser provenien-
te, preponderantemente, da diferença entre 
essas posições. 
Multimercados 
Macro
Diversas Classes 
de Ativos + 
Alavancagem 
Fundos que realizam operações em diver-
sas classes de ativos cujas estratégias de 
investimento são baseadas em cenários ma-
croeconômicos de médio e longo prazo, 
atuando de forma direcional.
Multimercados 
Trading
Diversas Classes 
de Ativos + 
Alavancagem 
Fundos que concentram as estratégias de 
investimento em diferentes mercados ou 
classes de ativos, explorando oportunidades 
de ganhos originados por movimentos de 
curto prazo nos preços dos ativos.
Multimercados 
Multiestratégia 
Diversas Classes 
de Ativos + 
Alavancagem 
Fundos que podem adotar mais de uma 
estratégia de investimento, sem o compro-
misso declarado de se dedicarem a uma em 
particular. 
Multimercados 
Multigestor
Diversas Classes 
de Ativos + 
Alavancagem 
Fundos que têm por objetivo investir em mais 
de um fundo, geridos por gestores distintos. 
A principal competência envolvida consiste 
no processo de seleção de gestores.
Multimercados 
Juros e Moedas
Diversas Classes 
de Ativos + 
Alavancagem 
Fundos que buscam retorno no longo prazo 
através de investimentos em ativos de renda 
fixa, admitindo-se estratégias que impliquem 
risco de juros, risco de índice de preço e risco 
de moeda estrangeira. Excluem-se estratégias 
que impliquem exposição de renda variável.
Pós-Universo 26
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Multimercados
Multimercados 
Estratégia 
Específica
Diversas Classes 
de Ativos + 
Alavancagem 
Fundos que adotam estratégia de investi-
mento que implique riscos específicos, tais 
como commodities, futuro de índice.
Balanceados
Diversas Classes de 
Ativos
Fundos que buscam retorno no longo prazo 
através de investimento em diversas classes 
de ativos. 
Capital Protegido 
Diversas Classes de 
Ativos
Fundos que buscam retornos em mercados 
de risco procurando proteger, parcial ou to-
talmente, o principal investido.
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor
O Quadro 3 agrupa a classificação ANBIMA para outras categorias de fundos não 
enquadradas nas categorias anteriores. Os fundos foram divididos em subcategorias 
e subtipos, diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento.
Quadro 3: Classificação ANBIMA para outras categorias de fundos 
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Dívida Externa
Investimento no 
Exterior 
Títulos da dívida 
externa e taxa de 
câmbio 
Fundos que têm como objetivo investir pre-
ponderantemente em títulos representativos 
da dívida externa de responsabilidade da 
União.
Cambial Cambial 
Moeda de 
Referência
Fundos que aplicam pelo menos 80% de sua 
carteira em ativos - de qualquer espectro de 
risco de crédito - relacionados diretamente ou 
sintetizados, via derivativos, à moeda norte-
-americana ou à europeia.
Exclusivos 
Fechados
Exclusivos 
Fechados 
Não especificado 
Fundo de investimento exclusivo, constituí-
do sob a forma de condomínio fechado, que 
apresente, no máximo, uma única amortiza-
ção de cotas a cada período de 12 meses.
Off Shore
Off Shore Renda 
Fixa 
Não especificado Não especificado 
Off Shore Renda 
Variável 
Não especificado Não especificado 
Off Shore Mistos Não especificado Não especificado 
Fundo de 
Índices- ETF
Fundo de 
Índices- ETF 
Não especificado 
Fundos regulamentados pela Instrução CVM 
nº 359/2002
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor
Pós-Universo 27
O Quadro 4 mostra a classificação ANBIMA para os chamados fundos estruturados, 
que são os FIDC, FIP e FII. Também foram subdivididos em subcategorias e subtipos, 
sendo diferenciados pelo tipo de risco e estratégias de investimento.
Quadro 4: Classificação ANBIMA para os fundos estruturados
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Fundos de Direitos 
Creditórios - FIDCs
Fomento Mercantil Não especificado 
FIDCs que investem em carteiras de recebíveis 
pulverizadas, originadas e vendidas por diver-
sos cedentes que antecipam recursos através 
da venda de duplica das, notas promissórias, 
cheques e quaisquer outros títulos passíveis 
de cessão e transferência de titularidade.
Financeiro Não especificado 
FIDCs que tenham nas carteiras recebíveis 
dos seguintes setores de atuação: Crédito 
Imobiliário, Crédito Consignado, Crédito 
Pessoal, Financiamento de Veículos e 
Multicarteira Financeiro.
Agro, Indústria e 
Comércio 
Não especificado 
FIDCs que tenham nas carteiras recebíveis dos 
seguintes setores de atuação: Infraestrutura, 
Recebíveis Comerciais, Crédito Corporativo, 
Agronegócio e Multicarteira Agro, Indústria 
e Comércio.
Outros Não especificado 
FIDCs que tenham nas carteiras recebíveis dos 
seguintes setores de atuação: Recuperação 
(non Performing Loans), Poder Público e 
Multicarteira Outros.
Fundos de 
Participações - FIP
Fundos de 
Participações
Não especificado 
Fundos regulamentados pelas Instruções CVM 
nos 153/1991, 209/1994 e 391/2003 e suas 
modificações
Fundos de 
Investimento 
Imobiliário - FII
Fundos de 
Investimento 
Imobiliário
Não especificado 
Fundos regulamentados pelas Instruções 
CVM nos 205/1994 e CVM 206/1994 e suas 
modificações
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor
Pós-Universo 28
O Quadro 5 mostra a classificação ANBIMA para os fundos de ações. Observe que a 
ANBIMA dividiu os fundos da categoria ações da CVM, em subcategorias e subtipos, 
diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento.
Quadro 5: Classificação ANBIMA para os fundos de ações
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Ações
Ações IBOVESPA 
Indexado 
Índice de 
Referência 
Fundos cujo objetivo de investimento é acom-
panhar o comportamento do Ibovespa.
Ações IBOVESPA 
Ativo
Índice de 
Referência + 
Alavancagem 
Fundos que utilizam o Índice Bovespa como 
referência, tendo objetivo explícito de superar 
este índice.
Ações IBrX 
Indexado 
Índice de 
Referência 
Fundos cujo objetivo de investimento é acom-
panhar o comportamento do IBrX ou do IBrX 
50.
Ações IBrX Ativo
Índice de 
Referência + 
Alavancagem 
Fundos que utilizam o IBrX ou o IBrX 50 como 
referência, tendo objetivo explícito de superar 
o respectivo índice.
Ações Setoriais Renda Variável 
Fundos que investem em empresas perten-
centes a um mesmo setor ou conjunto de 
setores afins da economia.
Ações FMP - FGTS Renda Variável 
Fundos regulamentados pelas Instruções CVM 
nos 141/1991, 157/1991, 266/1997, 279/1998 
e suas modificações
Ações Small Caps Renda Variável 
Fundos que investem em ações de empresas 
combaixa e média capitalização de mercado, 
sendo no mínimo, 90% dos recursos investi-
dos em ações de empresas que não estejam 
incluídas entre as 25 maiores participações 
do IBrX.
Ações Dividendos Renda Variável 
Fundos cuja carteira investe somente em 
ações de empresas com histórico de dividend 
yield (renda gerada por dividendos) consis-
tente ou que, na visão do gestor, apresentem 
essas perspectivas.
Ações 
Sustentabilidade/
Governança 
Renda Variável 
Fundos que investem somente em empresas 
que apresentam bons níveis de governança 
corporativa, ou que se destacam em responsa-
bilidade social e sustentabilidade empresarial 
no longo prazo.
Pós-Universo 29
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Ações
Ações Livre
Renda Variável + 
Alavancagem 
Classificam-se neste segmento os fundos de 
ações abertos que não se enquadrem em 
nenhum dos demais tipos da categoria.
Fundos Fechados 
de Ações 
Renda Variável 
Fundos de condomínio fechado regulamen-
tados pela Instrução CVM nº 409/2004 e suas 
modificações.
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor
O Quadro 6 mostra a categoria de fundos ANBIMAPrevidência, bem como os respectivos 
Tipos ANBIMA diferenciando-os pelo tipo de risco e estratégias de investimento.
Quadro 6: Classificação ANBIMA para os fundos de previdência
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Previdência
Previdência Renda 
Fixa 
Juros Mercado 
Doméstico + 
Crédito + Índice 
de Preços Mercado 
Doméstico 
Fundos que buscam retorno por meio de 
investimentos em ativos de renda fixa, admi-
tindo-se estratégias que impliquem em risco 
de juros e de índice de preços do mercado 
doméstico.
Previdência 
Balanceados -
até 15 
Diversas Classes de 
Ativos 
Fundos que investem em diversas classes de 
ativos, utilizando uma estratégia de investi-
mento diversificada e deslocamentos táticos 
entre as classes de ativos ou estratégia ex-
plícita de rebalanceamento de curto prazo. 
Devem investir, no máximo, 15% do valor de 
sua carteira em ativos de renda variável.
Previdência 
Balanceados -
de 15-30 
Diversas Classes de 
Ativos 
Fundos que investem em diversas classes de 
ativos, utilizando uma estratégia de investi-
mento diversificada e deslocamentos táticos 
entre as classes de ativos ou estratégia ex-
plícita de rebalanceamento de curto prazo. 
Devem investir, entre 15% e 30% do valor de 
sua carteira em ativos de renda variável.
Previdência 
Balanceados - 
acima de 30 
Diversas Classes de 
Ativos 
Fundos que investem em diversas classes de 
ativos, utilizando uma estratégia de investi-
mento diversificada e deslocamentos táticos 
entre as classes de ativos ou estratégia explíci-
ta de rebalanceamento de curto prazo. Devem 
investir, no mínimo 30% do valor de sua car-
teira em ativos de renda variável.
Pós-Universo 30
Categoria ANBIMA Tipo ANBIMA Risco Descrição
Previdência
Previdência 
Multimercados 
Diversas Classes de 
Ativos 
Fundos que investem em diversas classes de 
ativos, não tendo explicitado o mix de ativos 
com o qual devem ser comparados.
Previdência 
Data-Alvo 
Diversas Classes de 
Ativos 
Fundos que buscam retorno em uam data-al-
vo, através de investimento em diversas classes 
de ativos e estratégia de rebalanceamento pe-
riódico, com o compromisso de redução da 
exposição a risco em função do prazo a de-
correr para a respectiva data-alvo.
Previdência Ações 
Diversas Classes de 
Ativos 
Fundos que devem possuir, no mínimo, 67% 
da carteira em ações à vista, bônus ou recibos 
de subscrição, certificados de depósito de 
ações, cotas de fundos de ações, cotas dos 
fundos de índice de ações, Brazilian Depositary 
Receipts - BDR, classificados como nível II e III. 
Fonte: ANBIMA. Elaborado pelo autor
Foram apresentados ao longo deste tópico diferentes tipos e categorias de fundos 
que não regulamentados pela ICVM nº 409. 
Depois de conhecer as categorias e tipos de fundos existentes, você deve estar 
interessado em saber quais os fatores que impactam a rentabilidade desses fundos. 
Esse é o assunto da nossa próxima aula.
Pós-Universo 31
FATORES QUE IMPACTAM 
A RENTABILIDADE 
DOS FUNDOS DE 
INVESTIMENTO
Pós-Universo 32
Depois conhecer as categorias e tipos de fundos de investimento, agora, você verá 
quais os principais fatores que impactam a sua rentabilidade. Dentre esses fatores, 
podemos destacar:
 • A composição da carteira do fundo;
 • A marcação a mercado dos preços dos ativos;
 • As taxas e despesas do fundo;
 • A tributação do fundo.
Composição da Carteira
Como você acha que é apurada a rentabilidade de um fundo de investimento?
A rentabilidade de um fundo de investimento reflete o desempenho dos títulos 
que compõem sua carteira, descontadas as despesas e custos fixos e variáveis inerentes 
ao fundo.
A composição da carteira do fundo deve estar adequada ao objetivo de investimento 
declarado no regulamento do fundo e prevista em sua política de investimento.
Todo fundo de investimento é regido pelo seu regulamento, onde é declarado o 
objetivo de investimento do fundo e são estabelecidas todas as informações e regras 
essenciais relacionadas, entre outras, à gestão da carteira, política de investimento e 
composição de carteira.
De acordo com o Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para fundos 
de investimento, os gestores de fundos de investimento devem possuir uma política 
formal de decisão de investimentos e de seleção e alocação de ativos.
Essa política de investimento deve descrever de que maneira o fundo pretende 
atingir o seu objetivo de investimento, identificando as principais estratégias de 
investimento a serem utilizadas, os tipos de títulos e valores mobiliários nos quais 
o fundo pode investir, políticas de seleção e alocação de ativos, além de limites de 
concentração, e se for o caso, a possibilidade de alavancagem.
Pós-Universo 33
Marcação a Mercado
Você será apresentado agora a um dos conceitos mais importantes relacionados aos 
fundos de investimento: a marcação a mercado.
Um dos principais fatores que impactam a rentabilidade diária de um fundo de 
investimento é a regra conhecida como marcação a mercado.
Trata-se da obrigatoriedade de contabilizar a preço de mercado todos os ativos 
que compõem a carteira dos fundos de investimento. Contudo, a maioria dos fundos 
de investimento, até maio de 2002, utilizava como critério de precificação dos títulos 
de renda fixa, o custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos.
Apesar da regra já ser prevista pela Resolução 2.183 do Banco Central desde 1995, 
somente em 31 de maio de 2002, em ação conjunta do Banco Central com CVM, 
quando a CVM passa oficialmente a regular a indústria de fundos de investimento.
O procedimento de marcação a mercado consiste em avaliar por qual preço seria 
possível vender todos os títulos da carteira, ou seja, qual o preço de negociação de 
cada título que compõe a carteira do fundo num determinado dia.
O objetivo da marcação a mercado é evitar a transferência de riqueza entre os 
cotistas dos fundos.
Dez anos da crise de marcação a mercado
Em maio de 2012, Alfredo Costa, 42 anos, gestor de fundos de investimento 
de renda fixa com mais de vinte anos de experiência, em conversa informal 
com o colega Ricardo Bianco, 22 anos, recém-formado e trabalhando na 
área de gestão há seis meses, relembrou os dez anos da crise de marcação 
a mercado vivida pelos fundos de investimento. De acordo com Alfredo, a 
ocorrência de um desastre ou uma tragédia, geralmente está associada a 
uma série de fatores conjugados, e não apenas a uma causa isolada. Foi o 
que aconteceu em 2002 com os fundos de investimento, no episódio que 
ficou conhecido como a crise da marcação a mercado. Ele explicou que a 
marcação a mercado é um procedimento contábil que consiste em avaliar 
por qual preço seria possível vender todos os títulos da carteira de um fundo 
de investimento numa determinada data. 
minicaso
Pós-Universo 34
Fatores como ambiente econômico conturbado, avaliações de risco 
equivocadas, procedimentos duvidosos de algumas gestoras, além da 
baixa educação financeira dos investidores, segundo Ricardo, contribuíram 
naquele ano para uma volatilidade jamais vista em fundos de investimento 
conservadores. Ricardo também lembrou que assustados, os investidores 
sacaram recursos em massa, com o saldo da indústria de fundos, no 
acumulado de 2002 dando uma dimensão do estrago: saída líquida de 
R$ 65 bilhões dos fundos, o equivalente a 19% do patrimônio líquido da 
indústria naquele ano.
Adaptado de: ANAYA, Márcio. Dias que marcaram o mercado. Revista Valor 
Investe, maio/2012, ano 10, n. 61, pp. 26-29. Disponível em: <http://www.
revistavalor.com.br/home.aspx?pub=1&edicao=61&autenticado=True>. 
Acesso em: 13 fev. 2014.
minicaso
Custos dos Fundos de Investimento
É importante que você saiba que além dos fatores já descritos acima, outro fator que 
impacta a rentabilidade de um fundo de investimento diz respeito às despesas que 
incorrem sobre ele.
Vale lembrar que a rentabilidade do fundo divulgada pelo administrador já é 
líquida da cobrança de taxas de administraçãoe outras despesas.
Taxa de Administração
A taxa de administração é outro fator que você precisa considerar na hora de apurar 
a rentabilidade de um fundo de investimento. Trata-se da porcentagem sobre o 
patrimônio líquido cobrada dos fundos de investimento e representa a remuneração da 
asset management pela prestação dos serviços, dentre outros, de gestão, administração 
e distribuição.
Pós-Universo 35
A taxa de administração dos fundos de investimento tem apresentado, na 
média, comportamento decrescente nos últimos anos. De acordo com o 
Relatório de Taxas de Administração de abril de 2014 da ANBIMA, as taxas 
dos fundos de varejo da categoria Referenciado DI recuaram de uma média 
de 1,49% ao ano em 2009 para 1,14% ao ano em 2014. 
Fonte: ANBIMA, informação disponível em <http://portal.anbima.com.
br/informacoes-tecnicas/relatorios/fundos/taxa-de-administracao/
Documents/201404.pdf>.
fatos e dados
Taxa de Performance
É importante que você saiba que alguns gestores cobram, além da taxa de administração, 
uma taxa de performance quando a rentabilidade do fundo supera um benchmark 
estabelecido para o fundo.
A cobrança da taxa de performance é permitida desde que supere 100% do 
parâmetro de referência, que deve ser compatível com a política de investimento do 
fundo. O período de cobrança deve ser no mínimo semestral e deve ocorrer apenas 
após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração. Deve também 
respeitar o conceito de linha d’água, isto é, só é permitida quando no momento da 
cobrança o valor da cota for superior ao que era seu valor na cobrança anterior.
Para fundos classificados como curto prazo, renda fixa e referenciado, sua cobrança 
é vedada quando não forem destinados a investidor qualificado.
Taxa de Ingresso e Saída
Lembre-se também que, apesar de não ser muito comum, a legislação vigente prevê 
que, além das taxas de administração e de performance, os fundos de investimento 
também podem cobrar taxa de ingresso e saída.
Pós-Universo 36
Tributação dos Fundos de Investimento
Apesar de não impactar diretamente na rentabilidade do fundo de investimento, 
você precisa ter em mente que a tributação também tem impacto na rentabilidade 
final do cotista, já que a rentabilidade líquida divulgada não considera o imposto de 
renda que incide sobre a rentabilidade do fundo.
A tributação em fundos de investimento depende de dois aspectos: a composição 
da carteira e o prazo de permanência do cotista no fundo. Os impostos que podem 
incidir sobre fundos são o Imposto de Renda - IR e o Imposto sobre Operações 
Financeiras - IOF.
O IR, tributo cobrado pela Receita Federal das pessoas físicas e jurídicas, incide 
sobre o rendimento recebido em aplicações de renda fixa ou sobre o ganho de 
capital, em investimento em renda variável.
Para determinação da incidência de alíquota de IR, a Receita Federal, classifica os 
fundos de investimentos em três categorias: fundos de curto prazo, fundos de longo 
prazo e fundos de renda variável.
A alíquota de imposto de renda que incide sobre os fundos de investimento varia 
de 22,5% a 15% de acordo com o tipo de fundo, a composição da carteira, prazo da 
carteira e prazo de aplicação.
Tributação dos Fundos de Curto Prazo
Para fins de tributação, são considerados fundos de investimento de curto prazo, os 
fundos de renda fixa cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 
365 dias, e estão sujeitos à incidência de IR na fonte conforme as seguintes alíquotas:
Quadro 1: Alíquotas de Tributação de Curto Prazo
Prazo Alíquota
Até 180 dias 22,5%
Acima de 180 dias 20%
Fonte: Receita Federal. Elaborado pelo autor.
Lembre-se que mesmo se o investidor permanecer com os recursos investidos por 
prazo superior a um ano, nos fundos de curto prazo não há a alíquota abaixo de 20%.
Pós-Universo 37
Fundos com Tributação de Longo Prazo
Para fins de tributação, você deve considerar como fundos de investimento de longo 
prazo aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou superior a 365 dias 
e estão sujeitos à incidência de IR na fonte conforme as seguintes alíquotas:
Quadro 2: Alíquotas de Tributação de Longo Prazo
Prazo Alíquota
Até 180 dias 22,5%
De 180 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%
Fonte: Receita Federal. Elaborado pelo autor
Nesta categoria de fundo, se você deixar sua aplicação por um período superior a 
dois anos, pagará 15% de imposto de renda sobre o rendimento do fundo nesse 
período. Esses fundos, por terem uma carteira de ativos com títulos de prazo médio 
superior a 365 dias, podem ter uma maior oscilação no valor da cota, se comparada 
aos fundos similares com prazo mais curto.
Tanto para fundos de curto prazo quanto para os de longo prazo, a Receita 
Federal estabelece a cobrança de IOF sobre rendimentos brutos nos resgates feitos 
em período inferior a 30 dias após a aplicação. A aliquota varia entre 96% a 0%, de 
acordo com o periodo de permanência do investidor no fundo, sendo que após 30 
dias o investidor está isento da cobrança, conforme tabela a seguir:
Quadro 3: Tabela Regressiva de IOF
Prazo em dias 
corridos após a 
aplicação
IOF (% sobre o 
rendimento)
Prazo em dias 
corridos após a 
aplicação
IOF (% sobre o 
rendimento)
Prazo em dias 
corridos após a 
aplicação
IOF (% sobre o 
rendimento)
1 96 11 63 21 30
2 93 12 60 22 26
3 90 13 56 23 23
4 86 14 53 24 20
5 83 15 50 25 16
Pós-Universo 38
Prazo em dias 
corridos após a 
aplicação
IOF (% sobre o 
rendimento)
Prazo em dias 
corridos após a 
aplicação
IOF (% sobre o 
rendimento)
Prazo em dias 
corridos após a 
aplicação
IOF (% sobre o 
rendimento)
6 80 15 46 26 13
7 76 16 43 27 10
8 73 17 40 28 6
9 70 19 36 29 3
10 66 20 33 30 0
Fonte: Decreto Presidencial nº 6.306/07
Recolhimento do IR e “Come-Cotas”
Um conceito muito importante que você precisa conhecer sobre a tributação de 
fundos de investimento é o chamado “come-cotas”
O IR dos fundos de investimentos de curto prazo, DI renda fixa e multimercado, 
é recolhido no último dia útil dos meses de maio e novembro, em um sistema 
denominado “come-cotas”. Para esse recolhimento é usada a menor alíquota de cada 
tipo de fundo: 20% para fundos de tributação de curto prazo e 15% para fundos 
de tributação de longo prazo. Assim, a cada 6 meses os fundos automaticamente 
deduzem esse IR dos cotistas, em função do rendimento obtido pelo fundo nesse 
período. Além disso, no momento do resgate da aplicação do investidor, se for o 
caso, será feito o recolhimento da diferença, de acordo com a alíquota final devida, 
conforme o prazo de permanência desse investimento no fundo.
Pós-Universo 39
Tributação dos Fundos de Renda Variável
Observe agora que a tributação para os fundos de renda variável possui regras distintas 
das utilizadas para os fundos de renda fixa.
Os fundos de renda variável devem ter, no mínimo, 67% da carteira alocada em 
ações negociadas em Bolsa de Valores. Esses fundos contam com alíquota única de 
IR, de 15%, seja qual for o prazo em que o investidor permanecer com os recursos 
investidos. Para fundos de renda variável não há come-cotas e o imposto é cobrado 
sobre o rendimento bruto do fundo somente no momento do resgate da aplicação.
Vimos ao longo desta aula que diversos fatores afetam a rentabilidade de um 
fundo de investimento, e que dentre os principais estão composição da carteira, a 
marcação a mercado dos preços dos ativos, as taxas e despesas do fundo, além da 
tributação.
Diante disso, ao selecionar um fundo de investimento, além de procurar uma 
alternativa compatível com o seu perfil de risco, o investidor deve estar atento às 
despesas do fundo e ao seu regime de tributação ao qual se submete.
atividades de estudo
1. Na atividade de gestão de fundos de investimento, Chinese Wall representa:
a) a segregação entre gestão ativa e gestão passiva.
b) a vedação para realizar investimentos em ativos cujosemissores sejam chineses.
c) segregação das atividades da área de gestão de terceiros (asset management) da 
gestão dos recursos próprios da instituição financeira.
d) segregação entre os investimentos realizados no mercado local e no mercado 
chinês.
e) segregação entre os investimentos de renda fixa e de renda variável.
2. O gestor de um fundo de investimento é responsável:
a) pelo conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento 
e à manutenção do fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador 
ou por terceiros por ele contratados.
b) pelas decisões de investimento do fundo, sempre dentro dos parâmetros definidos 
no seu regulamento, tendo poderes para negociar, em nome do fundo de 
investimento, os referidos títulos e valores mobiliários que compõem a carteira 
do fundo.
c) por colocar ou vender as cotas do fundo de investimento, sendo o quem estabelece 
o contato direto com os investidores.
d) pela liquidação física e financeira dos ativos dos fundos, sua guarda, bem como 
a administração e informação de eventos associados a esses ativos.
e) pela execução dos processos que compõem a controladoria dos ativos e passivos, 
bem como a execução dos procedimentos contábeis, conforme a legislação em 
vigor e as normas estabelecidas pela ANBIMA.
atividades de estudo
3. O tipo de fundo de investimento regulamentado pela Instrução CVM nº 409/04 que 
adquire cotas de FIs para a sua carteira e que deve manter, no mínimo, 95% de seu 
patrimônio investido em fundos de uma mesma classe, (exceto os fundos da categoria 
multimercado), é chamado:
a) Fundo Aberto.
b) Fundo Fechado.
c) Fundo Exclusivo.
d) FI.
e) FIC FI.
4. A gestão ativa de fundos busca:
a) obter uma rentabilidade que supere o benchmark.
b) investir em ativos para manter aderência ao comportamento do benchmark.
c) receber aplicações de apenas um único cotista.
d) oferecer uma alternativa de investimento cujas aplicações ou resgates de cotas 
podem ocorrer a qualquer momento.
e) permitir o resgate das cotas somente ao término do prazo de duração do fundo.
5. De acordo com a classificação de fundos dada pela Instrução CVM nº 409, o fundo de:
a) curto prazo deve possuir, no mínimo, 67% da carteira em ações negociadas no 
mercado à vista de bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão organizado.
b) ações investe exclusivamente em títulos públicos federais ou privados de baixo 
risco de crédito com prazo máximo de 375 dias e prazo médio da carteira inferior 
a 60 dias.
c) renda fixa tem no mínimo 95% da sua carteira composta por títulos que acompanham 
direta ou indiretamente o benchmark do fundo.
d) cambial deve aplicar, no mínimo, 80% de seu PL em títulos representativos da 
dívida externa de responsabilidade da União.
e) multimercado pode investir em diversos fatores de risco, sem o compromisso de 
concentração em nenhum fator em especial.
atividades de estudo
6. O tipo de fundo de investimento cujas cotas são negociadas em Bolsa como se 
fossem ações, e que buscam reproduzir o retorno obtido por um determinado índice 
de referência (benchmark), é chamado:
a) FIP – Fundo de Investimento em Participações.
b) ETF - Exchange Traded Fund.
c) FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório.
d) FII – Fundo de Investimento Imobiliário.
e) Fundo de ações.
7. A modalidade de fundo de investimento oferecida apenas a investidores qualificados, 
que investe preponderantemente em direitos creditórios é conhecida como:
a) ETF - Exchange Traded Fund.
b) FII – Fundo de Investimento Imobiliário.
c) FIP – Fundo de Investimento em Participações.
d) Fundo Previdenciário.
e) FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório.
8. Os Fundos de Investimento Imobiliário – FII, são fundos:
a) destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários e constituídos sob a 
forma de condomínios fechados.
b) também conhecidos como fundos de Private Equity.
c) que investem somente em ações de empresas com histórico de dividend yield.
d) destinados exclusivamente a planos de previdência complementar ou a seguros 
de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência.
e) fundos que investem somente em empresas que apresentam bons níveis de 
governança corporativa.
atividades de estudo
9. Todos os fatores abaixo impactam a rentabilidade dos fundos de investimento, exceto:
a) composição da carteira do fundo.
b) marcação a mercado dos preços dos ativos.
c) as taxas e despesas do fundo.
d) a tributação do fundo.
e) o público-alvo do fundo.
10. A taxa de administração de um fundo de investimento:
a) é cobrada quando a rentabilidade do fundo supera um benchmark estabelecido 
para o fundo.
b) é a porcentagem sobre o patrimônio líquido cobrada dos fundos pelos serviços 
de gestão, administração e distribuição.
c) só é cobrada se o fundo superar 100% do parâmetro de referência, que deve ser 
compatível com a sua política de investimento.
d) só é permitida quando no momento da cobrança o valor da cota for superior ao 
que era seu valor na cobrança anterior.
e) tem sua cobrança vedada para fundos classificados como curto prazo, renda fixa 
e referenciado.
11. Assinale a alternativa incorreta:
a) um dos principais fatores que impactam a rentabilidade diária de um fundo de 
investimento é a regra conhecida como marcação a mercado.
b) a marcação a mercado consiste na obrigatoriedade de contabilizar a preço de 
mercado todos os ativos que compõem a carteira dos fundos de investimento. 
c) a regra de marcação a mercado adota como critério de precificação dos títulos 
de renda fixa, o custo de aquisição acrescido dos rendimentos;
d) o procedimento de marcação a mercado consiste em avaliar qual o preço de 
negociação de cada título que compõe a carteira do fundo num determinado dia.
e) o objetivo da marcação a mercado é evitar a transferência de riqueza entre os 
cotistas dos fundos.
resumo
Ao longo desta unidade, revisitamos os principais fundamentos relacionados aos fundos de 
investimento. Também foram apresentadas as classificações de fundos de investimento utilizadas 
pelo mercado, bem como os fatores que impactam a sua rentabilidade.
A grande quantidade de categorias de fundos disponíveis permite ao investidor encontrar aquela 
que atenda melhor às suas necessidades considerando o objetivo de rentabilidade, o risco tolerado 
e o horizonte de tempo do investimento. 
É importante que você compreenda que através de um fundo de investimento o investidor pode 
acessar uma carteira de ativos diversificada realizando a aquisição de um único ativo: a cota do 
fundo.
Além disso, os fundos de investimento são instrumentos financeiros que democratizam o acesso 
ao mercado financeiro e de capitais, já que podem atender tanto as necessidades de grandes 
investidores, tais como grandes empresas, fundos de pensão e pessoas físicas endinheiradas, 
quanto de pequenos investidores. 
Para o pequeno investidor, a principal vantagem de se investir através de um fundo de investimento 
é que ao reunir num mesmo veículo financeiro um grande número de investidores, os fundos 
podem acessar mercados que sozinhos investidores individuais não teriam condições de acessar.
Adicionalmente, por reunir um grande volume financeiro, os fundos de investimentos conseguem, 
em muitas vezes, condições mais favoráveis de negociações do que investidores individuais.
Outro aspecto relacionado aos fundos de investimento é a comodidade no momento de investir, 
já que acompanhar a dinâmica do mercado financeiro é um desafio cada vez mais presenta na 
vida das pessoas, dadas as diferentes alternativas disponíveis.
Compreender os fatores que impactam os preços dos ativos financeiros ajuda o investidor a tomar 
melhores decisões em relação aos investimentos adequados ao seu perfil de risco.
Se por um lado os investidores têm à disposição muito mais informações para embasar a sua 
tomada de decisão, por outro, muitos deles, por falta de tempo para acompanhar os mercadosfinanceiros, ou mesmo por conveniência, preferem delegar essa tarefa aos gestores de recursos 
de terceiros.
Por fim, para dar maior segurança aos investidores, a regulação e fiscalização da CVM combinada 
à auto regulação da ANBIMA estabelecem as regras de governança pertinentes aos fundos de 
investimento e garantem a transparência dos investimentos realizados por eles.
material complementar
Fundos de Investimento: conheça Antes de Investir
Autor: Luiz Roberto Calado
Editora: Elsevier – Campus
Sinopse: Nesta obra o autor mostra como funcionam os fundos de 
investimento e de que forma escolher o fundo mais adequado às 
necessidades do investidor.
Na Web
Para ver mais sobre fundos de investimento, acesse:
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2013/10/1348800-video-vale-a-pena-investir-em-
fundos-de-investimentos-de-bancos-menores.shtml
The Wolf of Wall Street - O Lobo de Wall Street
Diretor: Martin Scorsese
Ano: 2013
Sinopse: É a adaptação para o cinema da autobiografia do ex corretor 
de valores de Wall Street, Jordan Belfort, que construí uma fortuna no 
mercado financeiro, mas acabou sendo condenado a prisão a partir nos 
anos 1990 por num caso de fraude bancária envolvendo corrupção em 
Wall Street.
Comentário: O filme é interessante pois mostra um caso verídico de fraude bancária ocorrida 
nos EUA nos anos 1990 traduzindo para o espectador pouco familiarizado com o mercado 
financeiro como era o ambiente em Wall Street nessa época.
referências
ANBIMA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DOS MERCADOS FINANCEIRO E DE CAPITAIS: 
Disponível em: <http://www.anbima.com.br> 
BACEN – BANCO CENTRAL DO BRASIL: Disponível em: <http://www.bcb.gov.br> 
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 409 de 18.08.2004. Dispõe sobre 
a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos Fundos de 
Investimentos.
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 356 de 17.12.2001. Regulamenta 
a constituição e o funcionamento de fundos de investimento em direitos creditórios e de fundos 
de investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios.
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 391 de 16.07.2003, alterada pelas 
Instruções Normativas nº 435/06; 450/07; 453/07; 496/11; 498/11; 535/13 e 540/13. Dispõe sobre 
a constituição, o funcionamento e a administração dos Fundos de Investimento em Participações.
BRASIL. Comissão de Valores Mobiliários. Instrução Normativa nº 359 de 22.01.2002, alterada pela 
Instrução Normativa nº 537/2013. Dispõe sobre a constituição, o funcionamento e a administração 
dos Fundos de Índice, com cotas negociáveis em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
CVM – COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS: Disponível em: <http://www.cvm.gov.br>
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 17ª ed., rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Qualitymark, 2010. 833 p.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais: Fundamentos e técnicas. São Paulo: ATLAS, 2014
resolução de exercícios
1. c) segregação das atividades da área de gestão de terceiros (asset management) da 
gestão dos recursos próprios da instituição financeira.
2. b) pelas decisões de investimento do fundo, sempre dentro dos parâmetros definidos 
no seu regulamento, tendo poderes para negociar, em nome do fundo de investimento, 
os referidos títulos e valores mobiliários que compõem a carteira do fundo.
3. e) FIC FI.
4. a) obter uma rentabilidade que supere o benchmark.
5. e) multimercado pode investir em diversos fatores de risco, sem o compromisso de 
concentração em nenhum fator em especial.
6. b) ETF - Exchange Traded Fund.
7. e) FIDC - Fundo de Investimento em Direito Creditório.
8. a) destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários e constituídos sob a 
forma de condomínios fechados.
9. e) o público-alvo do fundo.
10. b) é a porcentagem sobre o patrimônio líquido cobrada dos fundos pelos serviços 
de gestão, administração e distribuição.
11. c) a regra de marcação a mercado adota como critério de precificação dos títulos de 
renda fixa, o custo de aquisição acrescido dos rendimentos.
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