Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Surdez Congênita Surdez: é a mais comum das deficiências sensoriais!! 1/3 infecções congênitas, meningite, hipóxia, ototoxicidade; 1/3 de causa desconhecida; 1/3 genética; Definição Permanente, uni ou bilateral; Sensorial, condutiva ou por neuropatia/dissincronia (crianças e UTIs); Em média de 30 a 40 dB ou mais, nas frequências importantes para o reconhecimento da fala (500 – 4000 Hz); Surdez congênita: surdez já ao nascimento; Surdez genética: apresentação precoce; apresentação tardia; Surdez genética Formas Sindrômicas: 30% ➝ Condutivas ou mistas; Não sindrômicas: 70% ➝ Neurossensorial; DFN - A ➝ autossômica; B ➝ recessiva; 70% autossômicas recessivas; Formas não sindrômicas 85% são autossômicas recessivas ➝ mais graves, pré-linguais; Autossômicas dominantes ➝ mais formas pós- linguais, menos graves; Gene da conexina 26/ GJB2; o Conexinas ➝ junções do tipo Gap ➝ comunicações intracelulares ➝ manutenção do potencial endococlear ➝ alteração no mecanismo do K; o É o gene mais comprometido ➝ até 40% dos casos de SNS; 10 a 30% de todas as perdas NS profundas pré- linguais Formas sindrômicas Síndrome de Pendred Recessiva, SLC26A4; Pans moderada a profunda; Bócio ➝ função tireoidiana normal na maioria; Perda progressiva e flutuante com vestibulopatia periférica; Hipoplasia de cóclea- mondini/ aqueduto vestibular alargado; Gene PDS ➝ pendrina; DX por geneticista; Síndrome de Usher Recessiva; PA grave a profunda congênita; Respostas vestibulares ausentes ou severamente diminuídas desde o nascimento; Retinite pigmentar evoluindo para perda de visão (visão noturna diminuída); Atraso no desenvolvimento motor; USH1A, B, C... Síndrome de Jervell e Lange-Nielsen Recessiva; JLNS1, 2; Alteração em canais de K+; DNS profunda congênita (displasia de todo labirinto membranoso); Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Intervalo QT prolongado, sincope, morte súbita; Mutação: KCNQ1 e KCNE1; Diagnóstico: ECG; Tratamento: Beta bloqueadores, AASI; Charge (C) ➝ coloboma (usually retinochoroidal) and cranial nerve defects (80-90%); (H) ➝ heart defects in 75-85%, especially tetralogy of Fallot; (A) ➝ atresia f- the choanae (50-60%); (R) ➝ retardation of growth (70-80%) and development; (G) ➝ genital underdevelopment due to hypogonadotropic hypogonadis; (E) ➝ ear abnormalities and sensorineural hearing loss (>90%); Síndrome de Waardemburg Tipos I a IV (DNS moderada a severa); SW, PAX3; Heterocromia da íris; Mecha de cabelos brancos; Tipo I e II- Distopia canthorum; Tipo I- SW + combinação com anormal; Dos MMII = Sind Klein-W-SW; Tipo II- Doença de Hirschprung; Síndrome de Treacher Collins TCOF1; Coloboma de pálpebra inferior, micrognatia, microtia, apêndices auriculares, coloboma auricular, estreitamento do meato acústico externo; Perda auditiva condutiva em 50% dos casos, PANS esporádica; Hipoplasia de arcos zigomáticos, fenda palatina, atresia de coana, queda do canto do olho; Orelha média, ossículos e cóclea geralmente malformados; Síndrome de Apert Orelhas média e interna afetadas; Fixação do estribo (CHL), aqueduto coclear patente; Sindactilia, alterações do terço médio da face; Disostose facial, boca trapezoide; Síndrome bronquio-oto-renal BOR1, EYA1; Anormalidades do segundo arco (pavilhão auricular em concha, apêndices auriculares, perda condutiva, mista ou NS) e malformações renais; Alterações na orelha média; Mondini; Síndrome de Alport Xq22, COLL4A5; Ligada ao X (80%); autossômica recessiva (10%); Nefrite progressiva, geralmente em combinação com PANS, principalmente em altas frequências que aparece a partir dos 10 anos de idade, quando a função renal deteriora; Alteração no colágeno tipo IV (gene COL4A5); Neurofibromatose NF-2: gene responsável codifica a proteína merlina ➝ supressor tumoral; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Dismorfologias da orelha interna 5 a 15% dos casos de surdez congênita; Erros genéticos durante o desenvolvimento embrionário, teratogênese de agentes infecciosos (ex.: rubéola, citomegalovirus) ou farmacológicos; Displasia de Mondini Formação incompleta da cóclea, com 1,5 giros, e ausência do septo escalar; 2° mais comum; Aplasia de Michel Aplasia de orelha interna. Indicado o implante de tronco cerebral; Está relacionada à exposição à talidomida, anencefalia e síndrome de Klippel-Feil; Displasia cocleosacular (Sheibe) A mais comum; Aplasia parcial ou completa do órgão de Corti; Sáculo está malformado; Clinicamente, apresenta surdez neurossensorial profunda; Associada à síndrome de Usher, Jervell e Lange Nielsen, Waardenburg, e trissomia do cromossomo 18; Displasia de Alexander (giro basal da cóclea) Displasia da espiral basal da cóclea; Apresenta um labirinto normal com exceção da volta basal da cóclea; Clinicamente, manifesta-se com PANS para altas frequências; Aqueduto vestibular alargado Diâmetro do ducto > 2 mm no ponto médio; DNS progressiva; Quase sempre é bilateral e simétrico, mas pode ser assimétrico ou unilateral; Displasia de Bing Siebenmann A cápsula óssea é bem formada; órgão de Corti é pouco desenvolvido juntamente com alterações na estria vascular e na membrana de Reissner; mácula do sáculo e do utrículo são pouco desenvolvidas; PANS profunda; Sind. de Usher e síndrome de Jervell e Lange Nielsen; Doenças mitocondriais Transmitido exclusivamente pela mãe; Surdez sindrômica: deficiência auditiva como parte de um fenótipo de síndromes neuromusculares ➝ Epilepsia mioclônica com fibras vermelhas alteradas ou ainda como acompanhante do DM; PANS presente em 42 a 70%; A1555G ➝ predisposição a surdez em contato com aminoglicosídeos; Investigação Afastar causas ambientais ➝ história clínica gestacional e perinatal; HEARING ➝ história familiar de surdez, malformações da orelha, anoxia perinatal, tratamento com ototóxicos, Torch, UTI, retardo de crescimento; (22-35%) Uso materno de drogas ilícitas, exposição a teratogênicos; Rastrear o GJB2; Gene chips; Aqueduto vestibular alargado ➝ investigar SLC26A4; Neuropatia auditiva ➝ OTO; Surdez adquirida Citomegalovirus Causa infecciosa mais comum de surdez congênita PANS bilateral, simétrica, em geral severa, mais em altas frequências; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Isolamento do CMV na urina fresca; Anemia hemolítica, microcefalia, retardo mental, icterícia, calcificações cerebrais; Rubéola Infecção materna no primeiro trimestre ➝ alto risco de infecção congênita e PA; Malformações cardíacas, déficit auditivo, retardo mental, catarata; 50% tem PA, bilateral, assimétrica, pobre discriminação; Se infecção no 2º ou 3º trimestre ➝ maioria é assintomática – 10-20% desenvolverão PA; Raramente adultos irão desenvolver PA; Sífilis Pode levar a surdez na forma congênita ou adquirida; PA chega a 80% na neurossífilis sintomática; ocorre mais na secundaria e terciaria; Quando a mãe é infectada, o risco do feto adquirir a doença é de 50% ➝ morte fetal, natimorto, infecção congênita; PANS profunda, bilateral; Herpes simples I Transmissão no canal do parto ou hematogênica; Alta mortalidade (50%); Apenas 4% sobrevive, sem sequelas; Alterações dermatológicas e neurológicas; Relato de crianças que após a recuperação de encefalite por HSV desenvolveram PA; Causas pós-natais Caxumba: perda auditiva de iníciorápido, unilateral, profunda em frequências agudas; geralmente irreversível; pode ter vertigem associada; Sarampo: início súbito de PANS bilateral concomitante ao rash cutâneo; pode estar associado a otoesclerose; Vírus Varicela-Zóster: aparecimento de vesículas dolorosas no pavilhão auditivo e ao longo do pavilhão externo, PFP. 25% vertigem, zumbido, PANS; Meningite bacteriana: 1/3 dos casos de PANS adquiridas após o nascimento; PANS permanente em 10% dos casos de meningite aguda bacteriana; 16% apresentam perda auditiva transitória; mais comum quando o agente é o pneumococo; geralmente bilateral e profunda; Ototoxicidade/quimioterapia; Trauma (acústico, fechado, penetrante); Neoplasias: meduloblastoma, displasia fibrosa, histiocitose; Autoimune (rara em crianças); Triagem auditiva neonatal Todos os RN devem ser submetidos a TAN até o 1° mês; EOA, PEATE; Intervenção deve ser antes dos 6 meses; A intervenção deve ser o mais precoce possível; A maioria das crianças se beneficia com o uso de AASI; Implante coclear: opção para algumas crianças com mais de um ano com PANS profunda que tem pouco benefício com AASI; o Tem que ter nervo auditivo e cóclea ➝ pérvia; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo
Compartilhar