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Filipenses 4.13 Todo posso em Cristo que me fortalece Oi Revalidando: Com o intuito de garantir o mínimo na prova do revalida do diploma médico dos formados no exterior foi feito este material de apoio. Lembre-se: Vc já é médico (a) somente precisa passar uma primeira prova de múltipla escola e discursiva ou dissertativa, para garantir o passe a prova de habilidades clinicas, conhecida como prova pratica, por isso APROVA quem maior quantidade de questões acerte e não quem ‘’mais saiba MEDICINA’’. DICAS de BATE e PRONTO: ORIENTA-TE: Que especialidade médica vc está avaliando? UBICA-TE: Que tema da especialidade vc está analisando? ENFOCA-TE: Qual é a resposta mais logica e eloquente? Nas perguntas com enunciados maiores de 7 líneas, a primeira coisa a se fazer e: a) ler o que pedi a pergunta, ou seja, a conduta ou tratamento b) ir descartando as opções erradas c) ler o enunciado, sublinhando os dados que vão te levar a resposta certa Nas perguntas de enlaçar colunas ou escolher vários itens para resposta definitiva, tem duas opções: a) Se for aquela que vc tem que escolher I, II, III, IV, tem que ir descartando a incorreta de cada item e ai vc fica com o conjunto ou com ou a letra certa b) Se for de enlaçar pelo menos tem que saber BEM duas e outra é só lembrar do estudado, geralmente vão ter duas opções que começam iguais e/ou terminam iguais o seguimento marca a diferença Não esqueça que a prova objetiva do revalida foi feita para o candidato não passar: 100 perguntas para se fazer em 5 horas equivale a 3 (três) minutos por pergunta, ou seja esse tempo para ler o enunciado, interpretar certinho e responder corretamente, só que uma pessoa dependendo do seu IQ pode ler entre 250-300 palavras nesse tempo e dai somente compreende o 60 %, e tem que passar as respostas para o cartão das respostas. Conclusão: ‘Não dá tempo’’. Mas, foi uma prova feita por homens, por tanto tem solução no plano terrenal, mas se vc acha que não tem escolha, lembre-se: Tudo posso naquele que me fortalece Filipenses 4:13 1) Classificação de Hinchey para diverticulite e conduta de cada grau. Hinchey - estágio I: Abscesso pericólico - antibioticoterapia (ceftriaxona/ ciprofloxacina + metronidazol) Hinchey - estágio II: Abscesso pélvico - drenagem percutânea + antibioticoterapia (ceftriaxona/ ciprofloxacina+ metronidazol) Hinchey - estágio III: Peritonite purulenta - Laparotomia de urgência Hinchey - estágio VI: Peritonite fecal - Laparotomia de urgência 2) Bate e pronto da dor abdominal. a) Dor periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita → Apendicite b) Dor abdominal que se localiza na fossa ilíaca esquerda → Diverticulite c) Dor abdominal em faixa no epigástrio que irradiada para dorso - Pancreatite d) Dor abdominal com abdome em tábua - Abdome agudo perfurativo e) Dor em hipocôndrio direito com Murphy positivo - Colecistite f) Dor abdominal desproporcional ao exame físico - Isquemia mesentérica g) Dor abdominal com distensão e hiperperistalse - Obstrução intestinal 3) Classifique as úlceras gástricas com HIPOCLORIDRIA x HIPERCLORIDRIA. Cite as duas complicações mais comuns das úlceras e onde ocorrem. Tipo I e IV - HIPOCLORIDRIA. Obs: tipo I pode ser normo/hiper TIPO II E III - HIPERCLORIDRIA Complicações: perfuração (parede anterior) e sangramento (parede posterior - Artéria gastroduodenal) 4) Quais componentes do escore de RANSON na admissão e para que é utilizado? “Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista” • Idade • Leucócitos • TGO • Glicose • LDH Utilizado para definir gravidade da pancreatite aguda quando ≥ 3. 5) Sinais semiológicos na dor abdominal - como é e qual hipótese diagnóstica? Sinal de Blumberg e Sinal de Rovsing -Blumberg - Descompressão dolorosa durante a palpação do ponto de McBurney. Rovsing: Dor sentida na fossa ilíaca direita durante a palpação profunda da fossa ilíaca esquerda. Ambos indicativos de apendicite aguda. Sinal de Murphy Parada súbita da respiração na inspiração por dor à palpação do hipocôndrio direito (ponto cístico) = Colecistite aguda Sinal de Cullen e Sinal de Grey-Turner Equimose periumbilical e nos flancos, respectivamente: Indicativos de pancreatite aguda. 6) Qual exame diagnóstico da acalásia e principal tratamento cirúrgico? Exame diagnóstico: Esofagomanometria com Déficit do relaxamento do esfíncter esofagiano inferior e peristaltismo no esôfago distal Principal tratamento cirúrgico: Miotomia de Heller modificada 7) Cite classificação de Forrest completa para úlceras e sua finalidade. FORREST IA - Em jato; IB: Babação IIA: Vaso/coto vascular visível; IB: coágulo; IIC: hematina III: Base limpa (fibrina) Classificação é utilizada para prever risco de ressangramento. Alto/moderado risco: Forrest I (todos), IIA e IIB. Nesses casos, realizar terapia endoscópica. 8) Qual a profilaxia primária e secundária para prevenção de sangramento em paciente com varizes de esôfago? Primária: Beta-bloqueador ou ligadura elástica - Beta bloqueador é o mais utilizado. (PROPANOLOL reduze a pressão portal com varizes esofagogástricas) Carvedilol apresenta resposta hemodinâmica mais relevante Secundária: Beta-bloqueador e ligadura elástica! 9) Bate e pronto das hérnias a) Hérnia de Amyand - o que contém? Apêndice! b) Hérnia de Littré - o que contém? Divertículo de Meckel c) Hérnia de Richter - o que contém? Borda antimesentérica da alça d) Hérnia de Spiegel - por onde se insinua? Linha Semilunar ou pararretal externa e) Principal cirurgia para hérnias - com uso de tela? Lichtenstein Reparo de Hérnias: Técnica McVay A cirurgia para reparo de hérnias, chamada herniorrafia, está entre um dos procedimentos mais realizados por cirurgiões. As principais técnicas cirúrgicas podem ser divididas entre aquelas que usam malha sem tensão, como de Lichtenstein, Plug e Patch e Kugel, e aquelas sem uso de malha, como de Shouldice, Bassini ou McVay utilizadas para correção de hérnias inguinais diretas, hérnias indiretas grandes, hérnias recidivantes e hérnias femorais. 10) Classifique as hérnias inguinais segundo Nyhus e correlacione com os vasos epigástricos inferiores. Nyhus I - Hérnia indireta, sem dilatação do anel inguinal interno Nyhus II - Hérnia indireta, com dilatação do anel inguinal interno Nyhus III - Com defeito na parede posterior a) Direta b) Indireta c) Femoral Nyhus VI e) Direta f) Indireta g) Femoral h) Recidivada Hérnia inguinal direta: Ela é MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores. Hérnia inguinal indireta: Ela é LATERAL aos vasos epigástricos inferiores. Preste atenção: pergunta sobre recidiva na técnica de Lichtenstein, que é uma técnica "tension-free" com uso de tela não absorvível, você não pode marcar que a não utilização de tela é fator de recidiva, pois se não for utilizado tela (ou se for absorvível), NÃO É LICHTENSTEIN!!!! Se após a cirurgia, aparecer uma hérnia crural, não houve recidiva, mas SIM o aparecimento de uma hérnia que não havia sido identificada, pois a técnica de Lichtenstein não trata hérnias femorais (ao contrário das técnicas laparoscópicas). Finalmente, o maior causador de recidivas nesta técnica é a falta de cobertura adequada da região medial do triângulo de Hasselbach, pois a tela deve chegar até o púbis e ser devidamente fixado no periósteo. O segundo local mais frequente de recidiva é no anel interno, quando deixa-se muito grande a abertura para passagem do cordão espermático. FICA A DICA NÃO CAIGA NESSA PEGADINHA CAI NA PROVA 1-Se no Exame Físico apalpa-se com a PONTA do dedo indicador pelo canal inguinal é uma hérnia inguinal INDIRETA, se for com a POLPA é uma hérnia inguinal DIRETA, Exemplo: 2-A hérnia inguinal direta é reconhecida, por se insinuar pelo assoalho do canal inguinal e medialmente aos vasos epigástricos. A principal estrutura anatômica que forma essa parede, sendo “empurrada”pela hérnia Fáscia transversal, e podemos classificá-la com Nyhus IIIa. 3- Pensou em criança é Nyhus I, lembra que ela é indireta com anel inguinal interno NORMAL HÉRNIA INCISIONAL - Corresponde a 15 – 20% das hérnias abdominais - Mais comum nas incisões medianas (laparotomias) - Mais comum no sexo feminino (2:1) - Principal fator de risco = INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO FATORES DE RISCO Tabagismo, Doença pulmonar obstrutiva crônica, Idade superior a 70 anos, Obesidade Sexo feminino, Cirurgia de urgência, Uso de corticoides, Infecção de ferida operatória, Técnica de sutura inadequada, Utilização de fios rapidamente absorvíveis, Incisões de comprimento longo (superior a 18cm), Fechamento de aponeurose sob tensão, Desnutrição Diabetes mellitus. Diagnóstico clínico - Hérnias incisionais grandes, com largura > 10 cm e/ou perda de domicílio abdominal = solicitar tomografia de abdome CAI NA PROVA As hérnias, em que há protrusão através da fáscia da parede abdominal anterior, são conhecidas como hérnias ventrais. Se são adquiridas após incisões cirúrgicas, são chamadas de hérnias incisionais. Sobre as hérnias incisionais, é correto afirmar: Defeitos herniários maiores que 2 - 3cm têm elevada taxa de recidiva se fechadas primariamente sem uso de tela. 11) Qual principal quadro clínico da hemorroida e da fissura anal? Classifique as hemorroidas internas e dê o tratamento de acordo com a classificação. Hemorroida: sangramento. Fissura: dor. Classificação das hemorróidas internas e tratamento Todas: mudanças dietéticas (mais água e mais fibras) Grau I - sem prolapso - ligadura elástica Grau II - prolapsa e retorna espontaneamente - ligadura elástica Grau III - prolapsa e retorna após redução manual - ligadura elástica ou hemorroidectomia (mais eficaz) Grau IV - prolapsada (não retorna) - hemorroidectomia 12) Como diferenciar a apresentação clínica e radiográfica da obstrução intestinal alta de baixa? Cite a principal causa de cada uma. Clínica: Alta: vômitos precedem a dor Baixa: dor antecede o vômito Radiografia: Alta: distensão central e empilhamento de moedas Baixa: Distensão periférica e presença de austrações Causas: Alta: Brida/ Aderências por cirurgias abdominais ou pélvicas Baixa: Neoplasia 13) Cite os achados das tríades e, quando se aplicar, o que representam. a) Tríade de Charcot: Dor no quadrante superior direito, icterícia e febre = Colangite b) Tríade da isquemia mesentérica crônica: dor abdominal pós-prandial, perda de peso e aversão à comida. c) Tríade da isquemia mesentérica aguda: dor abdominal desproporcional aos achados clínicos abdominais, fezes sanguinolentas e fonte embólica óbvia (fibrilação atrial). d) Tríade da Intussuscepção intestinal: Fezes em geleia de morango, massa abdominal palpável e dor abdominal. e) Tríade da acalasia de esôfago: Emagrecimento, disfagia e regurgitação. f) Tríade letal: Hipotermia, acidose, coagulopatia = Trauma gravíssimo. g) Tríade de Beck: Hipotensão, hipofonese de bulhas e turgência jugular = Tamponamento cardíaco. h) Tríade de Horner: Ptose ipsilateral; Miose; Anidrose = Tumor de Pancoast. 14) Câncer de estômago - cite a classificação de Borrmann. Como é a classificação de Lauren e principais características de cada subtipo dentro dessa classificação? Qual a principal cirurgia para câncer gástrico? Borrmann I: Lesão Polipóide Borrmann II: Lesão ulcerada com bordas elevadas Borrmann III: Lesão ulcerada com infiltração Borrmann IV: Lesão infiltrativa difusa - Linite plástica Lauren: subtipo difuso e intestinal Intestinal: Correlacionado com infecção pelo H pylori, gastrite atrófica /anemia Perniciosa, mais comum em homens > 50 anos, menos agressivo, exofítico ou polipóide e bem diferenciado. Difuso: Acomete mais mulheres jovens, correlacionado com tipo sanguíneo A, ulcerativo ou difusamente infiltrativo, pouco diferenciado. Principal cirurgia: Gastrectomia subtotal (proximais) ou total (distais) com linfadenectomia D2. 15) Como e quando é feito rastreamento para câncer colorretal? Qual principal manifestação da doença? Qual o pólipo com maior risco de transformação maligna? O rastreamento é feito em pacientes assintomáticos não alto risco dos 50-75 anos e a periodicidade dependerá do método. Se sangue oculto nas fezes - anual Se colonoscopia - 10/10 anos Se retossigmoidoscopia - 5 anos (exame controverso no rastreamento) Geralmente sem sintomas, principal alteração é ANEMIA ferropriva refratária. O pólipo com principal risco de transformação é o viloso (vilão). 16) O que é tumor de reto baixo? Qual o principal tratamento nos tumores de reto baixo e qual o objetivo deste tratamento? Lesão que se distância até 5cm da margem anal. Quimio e Radio neoadjuvantes para evitar cirurgia com colostomia definitiva (Cirurgia de Miles ou ressecção abdominoperineal) 17) COLELITÍASE Lembre-se das 5F - Sexo FEMININO (FEMALE) - População CAUCASIANA (FAIR – claro) - Obesidade (FATTY – gordo) - Gestações prévias (FERTILE – fértil) - Idade ≥ 40 anos (FORTY – quarenta) QUANDO SUSPEITAR COLEDOCOLITIASE? -Alteração nas transaminases – elevação de TGO/AST e TPG/ALT -Alteração nas enzimas canaliculares – Gama- GT: mais sensível; FA: mais específica - Elevação na bilirrubina – fração DIRETA (conjugada) Ou seja quando há Icterícia, Colúria, Acolia fecal O exame inicial para investigação de icterícia Obstrutiva é a ultrassonografia abdominal COLEDOCOLITÍASE NA USG = CPRE Suspeita pré-Operatória>COLANGIORNM (opção – ecoEDA)>C/calculo-CPRE/ S/calculo-COLECIST.LAP. Intraoperatória>Exploração cirúrgica da via biliar/CPRE Pósoperatória Apesar da ressonância magnética estar indicada para a definição etiológica da coledocolitiase, a CPRE tem papel tanto diagnóstico como terapêutico. 18) Bate e pronto do Pre-operatório. a) Medicações no pré-operatório Suspendo: AAA, Antidiabéticos orais, antiagregantes plaquetários e anticoagulantes Mantenho: Anti-hipertensivos, betabloqueadores, broncodilatadores, corticoides e pacientes psiquiatricos (medicação psiquiátrica) b) Jejum: Líquidos claros ou sem resíduos: Até 2 horas antes. Antibioticoprofilaxia: Cefazolina administrada 60 minutos antes da incisão da pele 19) CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO CIRURGIA LIMPAS: São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se limpas as cirurgias realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas músculo- esquelético, nervoso e cardiovascular. CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários com comunicação com o meio externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos gastrintestinal (exceto cólon), respiratório superior e inferior, genito-urinário, cirurgias oculares e de vias biliares. CIRURGIA CONTAMINADA: São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos. CIRURGIA INFECTADAS: São as realizadas em qualquer tecido, na presença de processo infeccioso local. 20) SUPORTE NUTRICIONAL - QUEM TEM INDICAÇÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL? NUTRIÇÃO PARENTERAL - Maior risco de infecção de corrente sanguínea (principalmente fúngica) - Maior risco de translocação bacteriana do TGI - Risco de deficiência de micronutrientes - Risco de distúrbios eletrolíticos - Risco de síndrome de realimentação CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE REQUEREM USO CUIDADOSO DA NUTRIÇÃO PARENTERAL CONDIÇÃOCRITERIO SUGERIDO Hiperglicemia Glicose > 300 mg/dL Azotemia Ureia > 100 mg/dL Hiperosmolaridade Osmolaridade sérica > 350 mOsm/kg Hipernatremia Sódio > 150 mEq/L Hipocalemia Potássio < 3 mEq/L Acidose Metabólica Hiperclorêmica Cloro > 115 mEq/L Hipofosfatemia Fósforo < 2 mEq/L Alcalose Metabólica hipoclorêmica Cloro < 85 mEq/L SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO - Hipofosfatemia -Hipocalemia - Edema periférico - Insuficiência cardíaca congestiva - Rabdomiólise - Convulsões - Hemólise CAI NA PROVA -As citocinas pró-inflamatórias são produzidas durante uma intensa resposta inflamatória sistêmica são: Interferon-γ, TNF-β e Interleucina-6. -Sobre as respostas hormonais ao estresse cirúrgico, os níveis plasmáticos dos hormônios aldosterona estão aumentados, cortisol estão aumentados e insulina diminuídos. -Os tipos de células predominantes na fase inflamatória da cicatrização e a causa mais comum de retardo do tempo desta cicatrização são, respectivamente: neutrófilos e macrófagos / infecção -No que se refere às complicações pós-operatórias das feridas cirúrgicas, Os fatores de risco associados à deiscência de ferida são: idade avançada, operação de emergência, desnutrição e erro técnico no fechamento da fáscia. HERNIAFEMORAL HERNIA INGUINAL 21) Complicações pós-operatórias das feridas cirúrgicas e caraterísticas Seroma • Coleção de gordura liquefeita, soro e linfa sob a incisão, no tecido subcutâneo. • Dissecção excessiva do subcutâneo • Queixa de desconforto • Abaulamento da ferida operatória • NÃO apresenta sinais flogísticos • Líquido claro, levemente amarelado, viscoso • Prevenção - Utilização de drenos de sucção • Aspiração do seroma com TÉCNICA ESTÉRIL • Curativo COMPRESSIVO • Não está indicado o uso de antibióticos Hérnia mais comum da parede abdominal Acima do ligamento inguinal Hérnia inguinal indireta é a mais comum Baixo risco de encarceramento e/ou estrangulamento Hérnias mais raras Mais comum no sexo feminino que no masculino (10:1) Abaixo do ligamento Inguinal Alto risco de encarceramento e/ou estrangulamento Hérnia inguinal indireta> Congênita→ patência do conduto peritônio vaginal Hérnia inguinal direta> Adquirida → fraqueza da parede posterior Hematoma • Coleção anormal de sangue no subcutâneo ou dentro da cavidade abdominal; • Causados por alterações na coagulação ou hemostasia inadequada; • Queixa de desconforto e abaulamento; • Coloração “arroxeada” junto da ferida operatória; • Maior risco de infecção de ferida; • Líquido de coloração vermelho-escuro. Hemostasia adequada; • Correção de distúrbios de coagulação; • Suspensão de medicações que afetem a coagulação; • AVALIAR COAGULAÇÃO! • O tratamento depende da localização. INFECÇÃO de sítio cirúrgico (ISC) • Uma das principais complicações pós-operatórias • PRINCIPAL CAUSA de deiscência de ferida operatória • Causada principalmente pela flora bacteriana local (endógena) • Dor; • Endurecimento da ferida; • Edema; • Calor local; •Secreção purulenta; •Febre (!) •Sepse (!) DEISCÊNCIA de ferida operatória • Principal fator de risco = INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO • Fatores relacionados ao PACIENTE • Fatores TÉCNICOS Os fatores de risco associados à deiscência de ferida são idade avançada, operação de emergência, desnutrição e erro técnico no fechamento da fáscia. 22) ATENDIMENTO INICIAL – AVALIAÇÃO PRIMÁRIA MNEMÔNICO DE AVALIAÇÃO INICIAL - ATLS "A” (AIRWAY) Proteção das vias aéreas + imobilização da Coluna cervical "B"(BREATHING) Respiração e ventilação "C" (CIRCULATION) Circulação com controle de hemorragia "D" (DISABILITY) Estado neurológico "E" (EXPOSURE AND ENVIROMENTAL CONTROL) exposição e controle ambiental (evitando Hipotermia) TROCANDO EM MIÚDOS... "A” (AIRWAY) Imobilização cervical + desobstruir via aérea + oferta de o2 sob máscara ou via aérea definitiva "B"(BREATHING) Identificar e tratar afecções ventilatórias (pneumotórax, hemotórax, latqb etc..) "C" (CIRCULATION) Identificação e tratamento dos focos de hemorragia 2 acessos venosos (mínimo 18g), infusão de 1000ml de Cristalóide aquecido, avaliar necessidade de sangue "D" (DISABILITY) Glasgow e pupilas "E" (EXPOSURE AND ENVIROMENTAL CONTROL) Exposição e controle ambiental (evitando hipotermia ATENÇÃO: NÃO CONFUNDA ATLS COM PHTLS X-Medidas para contenção de hemorragias externas graves (risco de exsanguinação) A - Proteção da coluna cervical e vias aéreas B - Respiração e ventilação C - Circulação com controle de hemorragia (outros focos, não exsanguinantes) D - Avaliação neurológica E - Exposição. ATENDIMENTO INICIAL – MEDIDAS AUXILIARES (AVAL. PRIMÁRIA) ATENÇÃO: 1. As radiografias preconizadas pelo ATLS durante a avaliação primária são: Tórax AP e Pelve AP, realizadas com aparelho portátil, dentro da sala de trauma. 2. As radiografias de coluna cervical não fazem parte da avaliação primária. 3. Gestantes não têm contraindicação à realização de exames radiológicos em um cenário de trauma! ATENDIMENTO INICIAL – AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA • Autorizada apenas após po término da avaliação primária • Exame minucioso da cabeça aos pés • Anamnese dirigida → mnemônico ampla "A” Alergias "M" Medicações em uso "P" Passado médico/prenhez "L" Líquidos e alimentos ingeridos "A" Ambiente, eventos e mecanismo de trauma ATENÇÃO: A avaliação secundária só deve ser iniciada após o término da avaliação primária e o paciente deve estar estável e apresentando sinais consistentes de melhora. “Você NUNCA fará avaliação secundária de pacientes instáveis!” MEDIDAS AUXILIARES DA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA • Radiografia de membros • Radiografia de coluna • Exames contrastados • Tomografia • Exames endoscópicos “A” VIAS AÉREAS E COLUNA CERVICAL • Primeira medida → Proteção cervical • Avaliação e manejo inicial das vias aéreas INDICAÇÕES DE VIA AÉREA DEFINITIVA TIPOS DE VIA AÉREA DEFINITIVA VIA AÉREA DEFINITIVA TIPO CARACTERÍSTICA Tubo orotraqueal NÃO CIRURGICA Via aérea de escolha Tubo nasotraqueal NÃO CIRURGICA Contraindicada em trauma de base de crânio e apnéia Cricotireoidostomia CIRURGICA Via aérea cirúrgica de escolha no trauma Traqueostomia CIRURGICA Via aérea cirúrgica de Exceção CONTRAINDICAÇÕES À INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL INDICAÇÕES DE VIA AÉREA CIRÚRGICA- VIAS AÉREAS CIRÚRGICAS DEFINIÇÃO: Sonda em posição traqueal, com baronete insuflado Abaixo das pregas vocais, Ligada a uma fonte Enriquecida de oxigênio. 23) TRAUMA TORACCICO PNEUMOTÓRAX SIMPLES TRATAMENTO ABORDAGEM CONSERVADORA • Pneumotórax pequeno • Pneumotórax oculto (aparece à tomografia mas não no Rx) DRENAGEM TORÁCICA FECHADA EM SELO D’AGUA LOCAL: 5º EIC ENTRE A LINHA AXILAR ANTERIOR E MÉDIA. CONCEITOS: Drenagem sempre aceita como terapia (ATLS) Tratamento expectante se: • Pneumotórax pequeno • Paciente assintomático • Sem proposta de VM ou transporte aéreo subatmosférico ATENÇÃO: A ventilação por pressão positiva e o transporte aéreo subatmosfético pode agravar um pneumotórax hipertensivo, ou ainda, transformar um pneumotórax simples em hipertensivo! PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Ausência ou grande redução de murmúrio vesicular • Hiperinsuflaçãodo hemotórax acometido. • Timpanismo/Hipertimpanismo à percussão. • Hipóxia. • Taquipnéia. • Taquicardia. • Hipotensão. • Turgência jugular. • Desvio de traqueia contralateralmente ao lado acometido. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Ausência ou grande redução de murmúrio vesicular • Hiperinsuflação do hemotórax acometido. • Timpanismo/Hipertimpanismo à percussão. • Hipóxia. • Taquipnéia. • Taquicardia. • Hipotensão. • Turgência jugular. • Desvio de traqueia contralateralmente ao lado acometido TRATAMENTO INICIAL Toracocentese de alívio LOCAL: 5º EIC ENTRE A LINHA AXILAR ANTERIOR E MÉDIA. TRATAMENTO DEFINITIVO DRENAGEM TORÁCICA FECHADA EM SELO D’AGUA APÓS DESCOMPRESSÃO R A D IO G R A FI A HEMOTÓRAX APRESENTAÇÃO CLÍNICA • Expansibilidade reduzida • Murmúrio vesicular reduzido no lado acometido. • Macicez ou submacicez à percussão. • Sinais de hipovolemia podem estar presentes • Não há turgência jugular ou desvio de traquéia. HEMOTÓRAX MACIÇO DEFINIÇÕES ATENÇÃO: O hemotórax é chamado de massivo ou maciço nos casos em que o volume de sangue é superior a 1/3 do volume total do tórax ou então a 1500ml. Choque Piora ventilatória O HEMOTÓRAX MACIÇO É UMA CAUSA IMPORTANTE DE CHOQUE E TEM COMO DIAGNÓSTICO DEFERENCIAL O PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: HEMOTÓRAX MACIÇO: TERAPIA Conduta inicial à Drenagem torácica. Está indicada toracotomia de emergência se houver: • Saída de volume maior que 1500ml no momento da drenagem (hemotórax maciço). • Saída de volume inferior à 1500ml, mas com perda de sangue contínua em volume igual ou superior a 200ml/hora por 2 a 4 horas. TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR TÓRAX INSTÁVEL: CONTUSÃO PULMONAR • TIMPANISMO À PERCUSSÃO • TURGÊNCIA JUGULAR • MACICEZ À PERCUSSÃO • NÃO OCORRE TURGÊNCIA JUGULAR Uma disjunção completa de um segmento ósseo da cavidade torácica. Ou seja, existe pelo menos dois pontos de fratura em dois arcos costais consecutivos ou então fratura óssea associada à disjunção costocondral Resultante do no trauma do parênquima pulmonar propriamente dito. A lesão produz edema do parênquima através do acúmulo de sangue e exsudato, causando prejuízo nas trocas gasosas e hipoxemia, que por vezes é grave Atenção: “O que determina a gravidade do tórax instável é a contusão pulmonar subjacente”. Atenção: Peculiaridade da contusão pulmonar na faixa etária pediátrica → comum ausência de Fraturas. TRATAMENTO TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR • Suporte ventilatório .VNI/oxigenoterapia .Fisioterapia respiratória .Considerar intubação se saturação < 90 ou pao2 <60 • Analgesia .opióides .bloqueio dos nervos intercostais • Evitar hiperidratação 24) TAMPONAMENTO CARDÍACO APRESENTAÇÃO CLÍNICA: • Hipotensão • Turgência jugular • Hipofonese de bulhas cardíacas • Pulso paradoxal Diagnóstico: Clínico → Confirmado pelo FAST MAIS COMUM EM FERIMENTOS PENETRANTES ATENÇÃO → FERIMENTOS NA ZONA DE ZIEDLER • SUPERIOR: Linha horizontal do ângulo de Louis. • INFERIOR: 10ª costela • LATERAL D: Linha paraesternal direita. • LATERAL E: linha axilar anterior esquerda. TRATAMENTO • TORACOTOMIA ANTEROLATERAL ESQUERDA (DE EMERGÊNCIA) OU ESTERNOTOMIA • PERICARDIOCENTESE = medida de exceção (paciente instável, sem Possibilidade de esternotomia) 25) INDICAÇÕES DE TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA • Saída de volume maior ou igual a 1500ml no momento da drenagem. • Saída de volume inferior à 1500ml, mas com perda de sangue contínua em volume igual ou superior a 200ml/hora por 2 a 4 horas. • Tamponamento cardíaco • Fistula broncopleura, sem melhora com tratamento conservador e sem possibilidade de tratamento através de broncoscopia. • Lesão de árvore traqueobrônquica. • Rotura traumática de aorta sem possibilidade de reparo endovascular. • Rotura ou perfuração esofágica. 26) CHOQUE “Alteração circulatória em que há má perfusão generalizada, levando ao comprometimento da oxigenação e nutrição Tecidual” Má perfusão Generalizada → Hipóxia celular→ ACIDOSE LÁTICA CHOQUE → PRINCIPAL CAUSA DE MORTE EVITÁVEL NO TRAUMA. TIPOS DE CHOQUE .HIPOVOLÊMICO reducão do volume circulante efetivo .OBSTRUTIVO obstrucão ao enchimento do ventrículo Direito .DISTRIBUTIVO ↓ da resistência vascular periférica .CARDIOGÊNICO falha da bomba cardíaca APRESENTAÇÃO CLÍNICA ELEMENTOS PRECOCES TAQUICARDIA PALIDEZ/CUTÂNEA/PRESSÃO DE PULSO APRESENTAÇÃO CLÍNICA ELEMENTOS TARDIOS HIPOTENSÃO/ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO REPOSIÇÃO VOLÊMICA INICIAL - RESPOSTA 1. RESPOSTA RÁPIDA À REPOSIÇÃO 2. RESPOSTA TRANSITÓRIA À REPOSIÇÃO 3. RESPOSTA MÍNIMA OU AUSENTE À REPOSIÇÃO REPOSIÇÃO DE SANGUE - INDICAÇÃO • Pacientes com hemorragia classe III • pacientes com hemorragia classe IV • respondedores transitórios à reposição volêmica • não respondedores à reposição volêmica QUAL COMPONENTE DO SANGUE DEVE SER REPOSTO? REPOSIÇÃO NORMAL VERSUS PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO Reposição de sangue – protocolo de transfusão maciça • INDICAÇÕES: * Choque hemorrágico classe IV * Choque hemorrágico classe II/III com resposta transitória ou sem resposta à RVI * ABC Score ≥ 2 • ESTRATÉGIA HEMOSTÁTICA: 1:1:1 HIPOTENSÃO PERMISSIVA • Mínimo de volume para manter PAS acima de 70mmhg. • Melhora sobrevida no choque hemorrágico • Melhor prognóstico: ferimentos penetrantes de tronco. • Contraindicada se houver evidência de TCE. ÁCIDO TRANEXÂMICO • CRASH II à REDUÇÃO DE MORTALIDADE NO TRAUMA GRAVE • INDICADA ATÉ 3 HORAS APÓS O TRAUMA • CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO: FC> 110PBM PAS <90 -1 g IV em bolus (em 10 minutos) – preferencialmente na cena do trauma. -1g IV ao longo das próximas 8 horas, iniciados logo após à primeira dose. 27) TRAUMA VESICOURETRAL A presença de bexigoma palpável e uretrorragia são bastante sugestivas de lesão de uretra, sobretudo em paciente vítima de queda de moto, que apresenta equimose em região perineal. Havendo suspeita, está indicada a realização de uretrografia retrógrada para confirmação da lesão. ABC SCORE • T. Penetrante – 1PT • PAS<90 – 1PT • FC>120 – 1PT • FAST + – 1PT Transfusão maciça: Mais de 10 CH’s em 24h ou 4CH’s em 1h CAI NA PROVA -Paciente com ruptura extraperitoneal de bexiga pode apresentar dor pélvica e hematúria, porém, não está associada a presença de bexigoma. Além disso, o tratamento nessa situação é realizado com sondagem vesical de demora, direcionando a urina para o coletor e evitando extravasamento da mesma para o espaço extraperitoneal. -Paciente vítima de trauma abdominal pode apresentar contusão vesical com hematúria. No entanto, é menos comum a presença de retenção urinária aguda. Além disso, em pacientes com equimose perineal, bexigoma e uretrorragia, nossa principal hipótese é de lesão de uretra. Paciente com suspeita de lesão de uretra não deve ser submetido à sondagem vesical, pois há risco de falso trajeto durante sondagem e piora da lesão. 28) QUEIMADURAS CLASSIFICAÇÃO DE QUEIMADURAS 1º GRAU • Acomete epiderme • Sem bolhas • Dolorosa • Hiperêmica • Regeneração completa em 7 dias 2º GRAU SUPERFICIAL • Acomete epiderme e espessura parcial da derme (derme papilar) • Presença de bolhas • Exudativa • Hiperemica • Extremamente dolorosa • Empalidece à digitopressão • Restauração em 14 dias 2º GRAU PROFUNDO • Acomete epiderme e espessura parcial da Derme (derme reticular) • Presença de bolhas (íntegras ou rotas) • Exudativa • Cor vermelho desbotado • Moderadamente dolorosa • Empalidece pouco à digitopressão • Necessita tratamento cirúrgico 3º GRAU • Acomete epiderme e toda espessurada derme • Aspecto branco nacarado com vasos trombosados • Pele seca e inelástica • Sem bolhas • Indolor ou minimamente dolorosa • Necessita tratamento cirúrgico TRATAMENTO DEFINITIVO DA ÁREA QUEIMADA PROFUNDIDADE TRATAMENTO Superficial (1º grau) Hidratação local Espessura parcial superficial (2º grau superficial) Espessura parcial profunda (2º grau profundo) Excisão tangencial e enxertia Espessura Total (3º grau) Escarectomia e enxertia Extensão para planos profundos Escarectomia e enxertia ou retalho SUPERFÍCIE CORPÓREA QUEIMADA MANEJO HOSPITALAR • Tema mais cobrado em provas, se tratando de queimaduras. • Atendimento hierarquizado: A→B→C→D→E Lesão térmica de via aérea necessita de diagnóstico precoce! QUANDO SUSPEITAR? Ambientes fechados-Chamuscamento de anexos faciais-Escarro carbonáceo-Queimaduras de face em geral-Rouquidão/estridor CAI NA PROVA Quando Intubar? CIRCULAÇÃO – ESTIMATIVA DE ÁREA CORPÓREA QUEIMADA E REPOSIÇÃO VOLÊMICA FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE POR QUEIMADURA • Liberação de diversos mediadores vasoativos liberados a partir da área queimadas Troca diária com curativos não aderentes ou hidrocolóide com troca a cada 3-5 dias • Aumento da permeabilidade capilar → extravasamento de líquidos para o interstício • Queimaduras com extensão > 40% → depressão miocárdica REGRA DOS 9 DE WALLACE Atenção: Queimaduras de primeiro grau não entram no cálculo de SCQ e reposição volêmica. Segundo o ATLS 10ª Ed, a ressuscitação volêmica está formalmente indicada para queimaduras superiores a 20% da superfície corpórea. Os cálculos abaixo são os mais utilizados para o cálculo da reposição em 24h segundo ATLS 10: • 2ml X SCQ X peso (adulto) • 3ml X SCQ X peso (pediátrico < 14 anos) • 4ml x SCQ x peso (queimadura elétrica - pensar em rabdomiólise) Observação: em crianças < 30Kg devemos utilizar adicionalmente a reposição por Holliday-segar. * fazer calculo no adulto por 2 e por 4: tem bancas que o cálculo eles avaliam por 2 e outras x 4 NÃO SE USA COLOIDES, SE FAZ USO DE CRISTALOIDES (SSF, RINGER, etc) As fórmulas de reposição volêmica devem servir como guia para o início da administração de volume, mas o maior e mais preciso elemento para controlar a reposição volêmica deve ser o débito urinário. DÉBITO URINÁRIO Adultos 0,5 mL/Kg/h Crianças 1 mL/Kg/h Crianças com peso inferior A 30Kg 1 – 2 mL/Kg/h REPOSIÇÃO VOLÊMICA Atenção: - Não se esqueça de contabilizar os volumes administrados em regime Pré- hospitalar. - Lembre-se que o volume Total deve ser Administrado em 24 horas contadas a partir do Momento da queimadura. VOLUME TOTAL EM 24h: METADE NAS PRIMEIRAS 8h → METADE NAS PRÓXIMAS 16h ATENÇÃO: o Não se esqueça de Contabilizar os volumes Administrados em regime pré- Hospitalar. o lembre-se que o volume total Deve ser administrado em 24 Horas contadas a partir do Momento da queimadura CAI NA PROVA Lembre-se: contabilizar no cálculo TOTAL de fluidos a repor, os administrados ao pte até chegar a vc, ou seja: se antes do traslado foram administrados uma quantidade xis e se no percurso também, para não super hidratar o pte. Nota cultural. a) Instabilidade hemodinâmica, desvio da traqueia, turgência jugular, hipertimpanismo, murmúrios vesiculares diminuídos ou abolidos → Pneumotórax hipertensivo b) Conduta inicial no pneumotórax hipertensivo → Toracocentese de alívio no 5º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e linha axilar média (adultos) c) Qual a primeira conduta no pneumotórax aberto? → Curativo de 3 pontas d) Defina tórax instável → Fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas em 2 segmentos em cada e) Trauma de tórax com Respiração paradoxal → Tórax instável f) Como diferenciar hemotórax e pneumotórax pela clínica? → Pela percussão. Hemotórax com macicez à percussão e Pneumotórax com hipertimpanismo. g) Qual o tratamento do hemotórax? → Toracostomia no 5º EIC (adultos) entre linha axilar anterior e linha axilar média h) Quais Indicações de laparotomia no trauma penetrante? Indicações de laparotomia: Evisceração, peritonite e instabilidade hemodinâmica (choque). I) Quando é indicado realizar exploração digital no trauma abdominal? Exploração digital: Trauma abdominal anterior por arma branca sem indicação imediata de laparotomia 29) ESCROTO AGUDO 30) Nova escala de Glasgow: 3 pontos cruciais para entender a nova mudança! 1. Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação Na antiga versão da escala, os únicos critérios avaliados eram: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. Agora, na nova versão, foi incluída a Reatividade Pupilar, ou seja, a reatividade da pupila à luz. Ao contrário dos outros critérios, este é pontuado de forma decrescente: o pior resultado apresenta a maior pontuação. Assim, teremos a seguinte atribuição: 2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas 1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas 0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente 2. Mudança no score total: 1 a 15 pontos Na antiga versão da Escala de Coma de Glasgow, a pontuação variava de 3 a 15 pontos. Agora, na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos. Isso acontece porque, na nova aplicação, pontuaremos normalmente todos os outros critérios e, após a nota final, o score da reatividade pupilar será subtraído! Como assim? O cálculo do score será feito da seguinte forma: Escore final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2] Caso todos os critérios estejam normais, teremos um escore de 15 (afinal, as pupilas normais significam 0 pontos a menos!). Entretanto, caso o paciente apresente a menor pontuação em todos os critérios, teremos o escore final de 1! 3. Inclusão de “critério não-testável” Sabemos que nem todos os pacientes são susceptíveis a serem avaliados da forma como a antiga Escala de Glasgow propõe. Por exemplo: pacientes amputados não necessariamente terão uma avaliação fidedigna da resposta motora; pacientes que apresentam surdez não serão responsivos a comandos verbais; pacientes com algum quadro de afasia não necessariamente conseguirão emitir respostas verbais adequadas. Considerando essas necessidades tão individuais, além das pontuações nos critérios previamente estabelecidos, podemos agora marcá-los como “NÃO TESTÁVEL” (NT). Abaixo, a Nova Escala de Coma de Glasgow: 31) FISTULA PERINANAL A fístula perianal consiste em uma comunicação do canal anal com a pele, apresenta um orifício interno e um orifício externo. Após a drenagem de um abscesso perianal, pode surgir uma fístula perianal, comunicando a parte interna do canal anal com a pele com saída crônica de secreção e indolor. Por tanto o abscesso perianal corresponde na fase aguda e a fístula na fase crônica, são fases diferentes da mesma doença. O tratamento da fístula perianal é cirúrgico com fistulotomia ou fistulectomia. Quando existe grande envolvimento do esfincter anal utiliza-se um sedenho com a cirurgia em 2 tempos para se evitar a incontinência anal posterior. Um dado importante: pte com um comprometimento > 60% do complexo esfincterianao anal: Nesse caso, qualquer procedimento mais agressivo como as fistulectomias, tem uma chance grande de deixar o paciente com incontinência fecal. Por isso se faz um procedimento menos agressivo, que é a fistulotomia (apenas a abertura do trajeto da fístula, sem a ressecção completa, com maior preservação do esfíncter). O fechamento do orifício interno e avanço de retalho mucoso facilitam a cicatrização e reduzem a recidiva. ESCALA DE COMA DE GLASGOW COM AVALIAÇÃO PUPILAR (ATUALIZADA EM 2018) PARÂMETRO RESPOSTA PONTOS ABERTURAOCULAR Espontâneo Ao comando verbal Pressão de abertura dos olhos Nenhuma NT 4 3 2 1 NT RESPOSTA VERBAL Orientado e conversando Desorientado Palavras Sons Nenhuma NT 5 4 3 2 1 NT RESPOSTA MOTORA Ao comando Localiza dor Flexão Normal Flexão Anormal Extensão Nenhuma NT 6 5 4 3 2 1 NT APÓS REALIZAR ECG DEVE ANALISAR A REAÇÃO PUPILAR AVALIAÇÃO PUPILAR (P) INEXISTENTE NENHUMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ 2 PARCIAL APENAS UMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ 1 COMPLETA AS DUAS PUPILAS REAGEM AO ESTÍMULO DE LUZ 0 CALCULAR ECG-P: VALOR DA ECG – (SUBTRAIR) O VALOR AVALIAÇÃO P PUPILAR = VALOR DA ESCALA À PARTIR DA ATUALIZAÇÃO DE 2018 PONTUAÇÃO MÍNIMA:01 PONTUAÇÃO MÁXIMA:15 PEGADINHAS Em que dia após a cirurgia costumam ocorrer as fístulas digestivas? Geralmente após o 5º dia! E a partir de qual dia normalmente ocorrem as pneumonias, especialmente nos que foram intubados? Por volta do 7º dia! A atelectasia pulmonar ocorre logo no 1º ou 2º dia após a cirurgia, mas raramente causa um quadro grave e geralmente aparece na radiografia Qual complicação apresenta início súbito e pode ocorrer em qualquer momento dentro das primeiras duas semanas após a cirurgia (sendo o período mais crítico as primeiras 48h)? TEP, é claro! Essa complicação pode ser muito sutil, com apenas uma leve taquipneia e queda do PCO2, mas pode também se apresentar em formas graves, quando é maciço, podendo levar a dificuldade respiratória e choque por obstrução da circulação arterial pulmonar proveniente do ventrículo direito. O primeiro exame indicado para o diagnóstico é a tomografia de tórax com contraste em protocolo para TEP, o que irá nos permitir identificar o trombo nas artérias pulmonares e seus ramos. Temos que lembrar que cirurgia oncológica curativa é um fator de alto risco para TVP/TEP, portanto, esses pacientes devem receber profilaxia para TEV. A obesidade é uma doença complexa e seu tratamento envolve dieta, medicamentos e cirurgia. Sempre iniciamos com o tratamento dietético, mudança de hábitos alimentares e combate ao sedentarismo. Pacientes com tentativas de tratamento clínico por 2 anos sem sucesso poderão ser candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade, quando apresentam o IMC adequado. Paciente com IMC> 35, sedentário, com maus hábitos alimentares, uso regular de bebida alcoólica e não tem registro de tratamentos para obesidade, Claramente não está preparado para cirurgia! A técnica de Y de Roux ou CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA é a mais usada na cirurgia bariátrica devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. Baixo índice de complicações, ótima perda de peso (70% do excesso de peso), boa estabilidade do peso perdido e possibilidade de grande melhora na qualidade de vida. A técnica de duplo J é para retirar litíase renal, NÃO VAI CAIR NESSA NÉH! A CPRE estará indicada na pancreatite aguda em casos de icterícia persistente, com confirmação de cálculo impactado no colédoco, sendo um exame terapêutico e não diagnóstico (pelo risco de causar pancreatite). Seguindo nossa série de temas do Advanced Life Trauma Suport Décima edição (ATLS 10), vamos comentar agora as novidades da abordagem diagnóstica no paciente com trauma abdominal. Em casos de instabilidade hemodinâmica, a exclusão de hemorragia intra-abdominal é necessária e pode ser realizada com Focused Assessment with Sonography for Trauma (FAST) ou Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD). Esses estudos estão contraindicados quando o paciente tem indicação evidente de laparotomia. Pacientes com os seguintes achados necessitam de avaliação aprofundada para identificar ou excluir lesão abdominal: • Alteração de nível de consciência • Alteração de sensibilidade • Lesão de estruturas adjacentes, como costelas inferiores, pelve e coluna lombar • Perda prolongada de contato com o paciente antecipada, como anestesia geral para lesões extra-abdominais ou estudos radiográficos prolongados • Sinal do cinto de segurança com suspeita de lesão intestinal Quando há suspeita de lesão intra-abdominal, muitos estudos podem fornecer informações úteis. Segue abaixo as indicações, vantagens e desvantagens de usar LPD, FAST e CT na avaliação de trauma abdominal. FAST no ATLS 10 Quando realizada por pessoas devidamente treinadas, o FAST é um estudo aceito, rápido e confiável para identificar fluídos intraperitoneais. Pode detectar, até mesmo, tamponamento pericárdico (uma das causas não hipovolêmicas de hipotensão). O FAST inclui o exame de quatro regiões: o saco pericárdico, fossa hepatorrenal, fossa esplenorrenal e pélvis ou bolsa de Douglas. Após fazer uma varredura inicial, os médicos podem realizar repetições simples ou múltiplas para detectar hemoperitônio. Uma grande vantagem é que o exame pode ser feito à beira leito, ao mesmo tempo que outros procedimentos diagnósticos ou terapêuticos são executados. Lavado Peritoneal Diagnóstico O LPD é outro estudo rapidamente realizado pela equipe cirúrgica para identificar hemorragia. É importante lembrar que o exame requer descompressão urinária e gástrica para prevenção de complicações. A técnica é mais útil em pacientes com alterações hemodinâmicas, com trauma contuso abdominal ou em pacientes com traumas penetrantes com múltiplas trajetórias tangenciais cavitárias ou aparentes. Finalmente, também é indicada em pacientes hemodinamicamente estáveis que requerem avaliação abdominal em ambientes onde FAST e tomografia computadorizada não estão disponíveis. Em locais onde TC e/ou FAST estão disponíveis, LPD raramente é usado porque é invasivo e requer especialidade cirúrgica. Contraindicações relativas ao LPD incluem: • Operações abdominais, obesidade mórbida, cirrose avançada e coagulopatia preexistente. O LPD começa com a introdução de um cateter infraumbilical e aspiração, exceto em pacientes com faturas pélvicas, quanto é orientada abordagem supra- umbilical. Condições que indicam laparotomia: • Aspiração de conteúdo gastrointestinal, fibras vegetais ou bile através da lavagem cateter; • Aspiração de 10 mL ou mais sangue em pacientes hemodinamicamente instáveis. Caso não se aspire esse volume, são introduzidos 1000 mL de solução cristaloide isotônica aquecida. • Após a completa mistura da solução com o conteúdo abdominal, aspira-se novamente e o material é enviado para análise quantitativa pelo laboratório. Um resultado de mais de 100 mil hemácias, 500 leucócitos ou um Gram positivo para fibras alimentares ou bactérias indicam conduta cirúrgica. Uma lavagem negativa não exclui a necessidade.
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