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APRENDETELO CIRURGIA

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Filipenses 4.13 Todo posso em Cristo que me fortalece 
Oi Revalidando: 
 
Com o intuito de garantir o mínimo na prova do revalida do diploma médico dos formados 
no exterior foi feito este material de apoio. 
 
Lembre-se: 
Vc já é médico (a) somente precisa passar uma primeira prova de múltipla escola e 
discursiva ou dissertativa, para garantir o passe a prova de habilidades clinicas, 
conhecida como prova pratica, por isso APROVA quem maior quantidade de questões 
acerte e não quem ‘’mais saiba MEDICINA’’. 
 
DICAS de BATE e PRONTO: 
 
ORIENTA-TE: Que especialidade médica vc está avaliando? 
UBICA-TE: Que tema da especialidade vc está analisando? 
ENFOCA-TE: Qual é a resposta mais logica e eloquente? 
 
Nas perguntas com enunciados maiores de 7 líneas, a primeira coisa a se fazer e: 
a) ler o que pedi a pergunta, ou seja, a conduta ou tratamento 
b) ir descartando as opções erradas 
c) ler o enunciado, sublinhando os dados que vão te levar a resposta certa 
 
Nas perguntas de enlaçar colunas ou escolher vários itens para resposta definitiva, tem 
duas opções: 
a) Se for aquela que vc tem que escolher I, II, III, IV, tem que ir descartando a 
incorreta de cada item e ai vc fica com o conjunto ou com ou a letra certa 
b) Se for de enlaçar pelo menos tem que saber BEM duas e outra é só lembrar do 
estudado, geralmente vão ter duas opções que começam iguais e/ou terminam 
iguais o seguimento marca a diferença 
 
Não esqueça que a prova objetiva do revalida foi feita para o candidato não passar: 100 
perguntas para se fazer em 5 horas equivale a 3 (três) minutos por pergunta, ou seja 
esse tempo para ler o enunciado, interpretar certinho e responder corretamente, só que 
uma pessoa dependendo do seu IQ pode ler entre 250-300 palavras nesse tempo e dai 
somente compreende o 60 %, e tem que passar as respostas para o cartão das 
respostas. 
Conclusão: ‘Não dá tempo’’. Mas, foi uma prova feita por homens, por tanto tem solução 
no plano terrenal, mas se vc acha que não tem escolha, lembre-se: 
Tudo posso naquele que me fortalece Filipenses 4:13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Classificação de Hinchey para diverticulite e conduta de cada grau. 
Hinchey - estágio I: Abscesso pericólico - antibioticoterapia (ceftriaxona/ 
ciprofloxacina + metronidazol) 
Hinchey - estágio II: Abscesso pélvico - drenagem percutânea + 
antibioticoterapia (ceftriaxona/ ciprofloxacina+ metronidazol) 
Hinchey - estágio III: Peritonite purulenta - Laparotomia de urgência 
Hinchey - estágio VI: Peritonite fecal - Laparotomia de urgência 
2) Bate e pronto da dor abdominal. 
a) Dor periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita → Apendicite 
b) Dor abdominal que se localiza na fossa ilíaca esquerda → Diverticulite 
c) Dor abdominal em faixa no epigástrio que irradiada para dorso - Pancreatite 
d) Dor abdominal com abdome em tábua - Abdome agudo perfurativo 
e) Dor em hipocôndrio direito com Murphy positivo - Colecistite 
f) Dor abdominal desproporcional ao exame físico - Isquemia mesentérica 
g) Dor abdominal com distensão e hiperperistalse - Obstrução intestinal 
3) Classifique as úlceras gástricas com HIPOCLORIDRIA x 
HIPERCLORIDRIA. Cite as duas complicações mais comuns das úlceras e 
onde ocorrem. 
Tipo I e IV - HIPOCLORIDRIA. Obs: tipo I pode ser normo/hiper 
TIPO II E III - HIPERCLORIDRIA 
Complicações: perfuração (parede anterior) e sangramento (parede posterior - 
Artéria gastroduodenal) 
 
4) Quais componentes do escore de RANSON na admissão e para que é 
utilizado? 
“Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista” 
• Idade 
• Leucócitos 
• TGO 
• Glicose 
• LDH 
Utilizado para definir gravidade da pancreatite aguda quando ≥ 3. 
 
5) Sinais semiológicos na dor abdominal - como é e qual hipótese 
diagnóstica? 
Sinal de Blumberg e Sinal de Rovsing 
-Blumberg - Descompressão dolorosa durante a palpação do ponto de 
McBurney. 
Rovsing: Dor sentida na fossa ilíaca direita durante a palpação profunda da 
fossa ilíaca esquerda. 
Ambos indicativos de apendicite aguda. 
Sinal de Murphy 
Parada súbita da respiração na inspiração por dor à palpação do hipocôndrio 
direito (ponto cístico) = Colecistite aguda 
Sinal de Cullen e Sinal de Grey-Turner 
Equimose periumbilical e nos flancos, respectivamente: Indicativos de 
pancreatite aguda. 
6) Qual exame diagnóstico da acalásia e principal tratamento cirúrgico? 
Exame diagnóstico: Esofagomanometria com Déficit do relaxamento do esfíncter 
esofagiano inferior e peristaltismo no esôfago distal Principal tratamento 
cirúrgico: Miotomia de Heller modificada 
 
7) Cite classificação de Forrest completa para úlceras e sua finalidade. 
FORREST 
IA - Em jato; IB: Babação 
IIA: Vaso/coto vascular visível; IB: coágulo; IIC: hematina 
III: Base limpa (fibrina) 
Classificação é utilizada para prever risco de ressangramento. 
Alto/moderado risco: Forrest I (todos), 
IIA e IIB. Nesses casos, realizar terapia endoscópica. 
 
 
 
 
8) Qual a profilaxia primária e secundária para prevenção de sangramento 
em paciente com varizes de esôfago? 
Primária: Beta-bloqueador ou ligadura elástica - Beta bloqueador é o mais 
utilizado. (PROPANOLOL reduze a pressão portal com varizes 
esofagogástricas) Carvedilol apresenta resposta hemodinâmica mais relevante 
Secundária: Beta-bloqueador e ligadura elástica! 
9) Bate e pronto das hérnias 
a) Hérnia de Amyand - o que contém? Apêndice! 
b) Hérnia de Littré - o que contém? Divertículo de Meckel 
c) Hérnia de Richter - o que contém? Borda antimesentérica da alça 
d) Hérnia de Spiegel - por onde se insinua? Linha Semilunar ou pararretal 
externa 
e) Principal cirurgia para hérnias - com uso de tela? Lichtenstein 
Reparo de Hérnias: Técnica McVay 
A cirurgia para reparo de hérnias, chamada herniorrafia, está entre um dos 
procedimentos mais realizados por cirurgiões. As principais técnicas cirúrgicas 
podem ser divididas entre aquelas que usam malha sem tensão, como de 
Lichtenstein, Plug e Patch e Kugel, e aquelas sem uso de malha, como de 
Shouldice, Bassini ou McVay utilizadas para correção de hérnias inguinais 
diretas, hérnias indiretas grandes, hérnias recidivantes e hérnias femorais. 
10) Classifique as hérnias inguinais segundo Nyhus e correlacione com os 
vasos epigástricos inferiores. 
Nyhus I - Hérnia indireta, sem dilatação do anel inguinal interno 
Nyhus II - Hérnia indireta, com dilatação do anel inguinal interno 
Nyhus III - Com defeito na parede posterior 
 
a) Direta 
b) Indireta 
c) Femoral 
Nyhus VI 
e) Direta 
f) Indireta 
g) Femoral 
h) Recidivada 
Hérnia inguinal direta: Ela é MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores. 
Hérnia inguinal indireta: Ela é LATERAL aos vasos epigástricos inferiores. 
Preste atenção: pergunta sobre recidiva na técnica de Lichtenstein, que é uma 
técnica "tension-free" com uso de tela não absorvível, você não pode marcar 
que a não utilização de tela é fator de recidiva, pois se não for utilizado tela (ou 
se for absorvível), NÃO É LICHTENSTEIN!!!! 
Se após a cirurgia, aparecer uma hérnia crural, não houve recidiva, mas SIM 
o aparecimento de uma hérnia que não havia sido identificada, pois a técnica de 
Lichtenstein não trata hérnias femorais (ao contrário das técnicas 
laparoscópicas). 
Finalmente, o maior causador de recidivas nesta técnica é a falta de 
cobertura adequada da região medial do triângulo de Hasselbach, pois a 
tela deve chegar até o púbis e ser devidamente fixado no periósteo. O segundo 
local mais frequente de recidiva é no anel interno, quando deixa-se muito 
grande a abertura para passagem do cordão espermático. 
FICA A DICA NÃO CAIGA NESSA PEGADINHA 
CAI NA PROVA 
1-Se no Exame Físico apalpa-se com a PONTA do dedo indicador pelo canal 
inguinal é uma hérnia inguinal INDIRETA, se for com a POLPA é uma hérnia 
inguinal DIRETA, Exemplo: 
2-A hérnia inguinal direta é reconhecida, por se insinuar pelo assoalho do 
canal inguinal e medialmente aos vasos epigástricos. A principal estrutura 
anatômica que forma essa parede, sendo “empurrada”pela hérnia Fáscia 
transversal, e podemos classificá-la com Nyhus IIIa. 
3- Pensou em criança é Nyhus I, lembra que ela é indireta com anel inguinal 
interno NORMAL 
HÉRNIA INCISIONAL 
- Corresponde a 15 – 20% das hérnias abdominais 
- Mais comum nas incisões medianas (laparotomias) 
- Mais comum no sexo feminino (2:1) 
- Principal fator de risco = INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO 
FATORES DE RISCO 
Tabagismo, Doença pulmonar obstrutiva crônica, Idade superior a 70 anos, 
Obesidade Sexo feminino, Cirurgia de urgência, Uso de corticoides, Infecção de 
ferida operatória, Técnica de sutura inadequada, Utilização de fios rapidamente 
absorvíveis, Incisões de comprimento longo (superior a 18cm), Fechamento de 
aponeurose sob tensão, Desnutrição Diabetes mellitus. 
Diagnóstico clínico 
- Hérnias incisionais grandes, com largura > 10 cm e/ou perda de domicílio 
abdominal = solicitar tomografia de abdome 
 
 
CAI NA PROVA 
As hérnias, em que há protrusão através da fáscia da parede abdominal 
anterior, são conhecidas como hérnias ventrais. Se são adquiridas após 
incisões cirúrgicas, são chamadas de hérnias incisionais. Sobre as hérnias 
incisionais, é correto afirmar: Defeitos herniários maiores que 2 - 3cm têm 
elevada taxa de recidiva se fechadas primariamente sem uso de tela. 
 
11) Qual principal quadro clínico da hemorroida e da fissura anal? 
Classifique as hemorroidas internas e dê o tratamento de acordo com a 
classificação. 
Hemorroida: sangramento. Fissura: dor. 
Classificação das hemorróidas internas e tratamento 
Todas: mudanças dietéticas (mais água e mais fibras) 
Grau I - sem prolapso - ligadura elástica 
Grau II - prolapsa e retorna espontaneamente - ligadura elástica 
Grau III - prolapsa e retorna após redução manual - ligadura elástica ou 
hemorroidectomia (mais eficaz) 
Grau IV - prolapsada (não retorna) - hemorroidectomia 
12) Como diferenciar a apresentação clínica e radiográfica da obstrução 
intestinal alta de baixa? Cite a principal causa de cada uma. 
Clínica: 
Alta: vômitos precedem a dor 
Baixa: dor antecede o vômito 
Radiografia: 
Alta: distensão central e empilhamento de moedas 
Baixa: Distensão periférica e presença de austrações 
Causas: 
Alta: Brida/ Aderências por cirurgias abdominais ou pélvicas 
Baixa: Neoplasia 
 
 
 
 
 
 
13) Cite os achados das tríades e, quando se aplicar, o que representam. 
a) Tríade de Charcot: Dor no quadrante superior direito, icterícia e febre = 
Colangite 
b) Tríade da isquemia mesentérica crônica: dor abdominal pós-prandial, perda 
de peso e aversão à comida. 
c) Tríade da isquemia mesentérica aguda: dor abdominal desproporcional aos 
achados clínicos abdominais, fezes sanguinolentas e fonte embólica óbvia 
(fibrilação atrial). 
d) Tríade da Intussuscepção intestinal: Fezes em geleia de morango, massa 
abdominal palpável e dor abdominal. 
e) Tríade da acalasia de esôfago: Emagrecimento, disfagia e regurgitação. 
f) Tríade letal: Hipotermia, acidose, coagulopatia = Trauma gravíssimo. 
g) Tríade de Beck: Hipotensão, hipofonese de bulhas e turgência jugular = 
Tamponamento cardíaco. 
h) Tríade de Horner: Ptose ipsilateral; Miose; Anidrose = Tumor de Pancoast. 
14) Câncer de estômago - cite a classificação de Borrmann. Como é a 
classificação de Lauren e principais características de cada subtipo dentro 
dessa classificação? Qual a principal cirurgia para câncer gástrico? 
Borrmann I: Lesão Polipóide 
Borrmann II: Lesão ulcerada com bordas elevadas 
Borrmann III: Lesão ulcerada com infiltração 
Borrmann IV: Lesão infiltrativa difusa - Linite plástica 
Lauren: subtipo difuso e intestinal 
Intestinal: Correlacionado com infecção pelo H pylori, gastrite atrófica /anemia 
Perniciosa, mais comum em homens > 50 anos, menos agressivo, exofítico ou 
polipóide e bem diferenciado. 
Difuso: Acomete mais mulheres jovens, correlacionado com tipo sanguíneo A, 
ulcerativo ou difusamente infiltrativo, pouco diferenciado. 
Principal cirurgia: Gastrectomia subtotal (proximais) ou total (distais) com 
linfadenectomia D2. 
15) Como e quando é feito rastreamento para câncer colorretal? Qual 
principal manifestação da doença? Qual o pólipo com maior risco de 
transformação maligna? 
O rastreamento é feito em pacientes assintomáticos não alto risco dos 50-75 
anos e a periodicidade dependerá do método. 
Se sangue oculto nas fezes - anual 
Se colonoscopia - 10/10 anos 
Se retossigmoidoscopia - 5 anos (exame controverso no rastreamento) 
Geralmente sem sintomas, principal alteração é ANEMIA ferropriva refratária. O 
pólipo com principal risco de transformação é o viloso (vilão). 
16) O que é tumor de reto baixo? Qual o principal tratamento nos tumores 
de reto baixo e qual o objetivo deste tratamento? 
Lesão que se distância até 5cm da margem anal. Quimio e Radio neoadjuvantes 
para evitar cirurgia com colostomia definitiva (Cirurgia de Miles ou ressecção 
abdominoperineal) 
 
 
 
 
 
17) COLELITÍASE 
Lembre-se das 5F 
- Sexo FEMININO (FEMALE) 
- População CAUCASIANA (FAIR – claro) 
- Obesidade (FATTY – gordo) 
- Gestações prévias (FERTILE – fértil) 
- Idade ≥ 40 anos (FORTY – quarenta) 
 
QUANDO SUSPEITAR COLEDOCOLITIASE? 
-Alteração nas transaminases – elevação de TGO/AST e TPG/ALT 
-Alteração nas enzimas canaliculares – Gama- GT: mais sensível; FA: mais 
específica 
- Elevação na bilirrubina – fração DIRETA (conjugada) 
Ou seja quando há Icterícia, Colúria, Acolia fecal 
O exame inicial para investigação de icterícia Obstrutiva é a ultrassonografia 
abdominal 
COLEDOCOLITÍASE NA USG = CPRE 
Suspeita pré-Operatória>COLANGIORNM (opção – ecoEDA)>C/calculo-CPRE/ 
S/calculo-COLECIST.LAP. 
Intraoperatória>Exploração cirúrgica da via biliar/CPRE Pósoperatória 
Apesar da ressonância magnética estar indicada para a definição etiológica da 
coledocolitiase, a CPRE tem papel tanto diagnóstico como terapêutico. 
18) Bate e pronto do Pre-operatório. 
a) Medicações no pré-operatório 
Suspendo: AAA, Antidiabéticos orais, antiagregantes plaquetários e 
anticoagulantes 
Mantenho: Anti-hipertensivos, betabloqueadores, broncodilatadores, corticoides 
e pacientes psiquiatricos (medicação psiquiátrica) 
b) Jejum: 
Líquidos claros ou sem resíduos: Até 2 horas antes. 
Antibioticoprofilaxia: Cefazolina administrada 60 minutos antes da incisão da 
pele 
 
19) CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS SEGUNDO O POTENCIAL DE 
CONTAMINAÇÃO 
CIRURGIA LIMPAS: São realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de 
descontaminação, na ausência de processo infeccioso local. Consideram-se limpas as 
cirurgias realizadas na epiderme, tecido celular subcutâneo, sistemas músculo-
esquelético, nervoso e cardiovascular. 
 
CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADAS: São as realizadas em tecidos 
colonizados por flora microbiana pouco numerosa, em tecidos cavitários com 
comunicação com o meio externo, ou de difícil descontaminação, na ausência de 
processo infeccioso local. 
Consideram-se potencialmente contaminadas as cirurgias realizadas nos tratos 
gastrintestinal (exceto cólon), respiratório superior e inferior, genito-urinário, cirurgias 
oculares e de vias biliares. 
CIRURGIA CONTAMINADA: São as realizadas em tecidos colonizados por flora 
microbiana abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso 
local. 
Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em tecido 
com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos. 
CIRURGIA INFECTADAS: São as realizadas em qualquer tecido, na presença de 
processo infeccioso local. 
20) SUPORTE NUTRICIONAL 
- QUEM TEM INDICAÇÃO DE SUPORTE NUTRICIONAL? 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL 
- Maior risco de infecção de corrente sanguínea (principalmente fúngica) 
- Maior risco de translocação bacteriana do TGI 
- Risco de deficiência de micronutrientes 
- Risco de distúrbios eletrolíticos 
- Risco de síndrome de realimentação 
CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE REQUEREM USO CUIDADOSO DA NUTRIÇÃO PARENTERAL 
CONDIÇÃOCRITERIO SUGERIDO 
Hiperglicemia Glicose > 300 mg/dL 
Azotemia Ureia > 100 mg/dL 
Hiperosmolaridade Osmolaridade sérica > 350 mOsm/kg 
Hipernatremia Sódio > 150 mEq/L 
Hipocalemia Potássio < 3 mEq/L 
Acidose Metabólica Hiperclorêmica Cloro > 115 mEq/L 
Hipofosfatemia Fósforo < 2 mEq/L 
Alcalose Metabólica hipoclorêmica Cloro < 85 mEq/L 
SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO 
- Hipofosfatemia 
-Hipocalemia 
- Edema periférico 
- Insuficiência cardíaca congestiva 
- Rabdomiólise 
- Convulsões 
- Hemólise 
CAI NA PROVA 
-As citocinas pró-inflamatórias são produzidas durante uma intensa 
resposta inflamatória sistêmica são: Interferon-γ, TNF-β e Interleucina-6. 
-Sobre as respostas hormonais ao estresse cirúrgico, os níveis plasmáticos 
dos hormônios aldosterona estão aumentados, cortisol estão aumentados e 
insulina diminuídos. 
-Os tipos de células predominantes na fase inflamatória da cicatrização e a 
causa mais comum de retardo do tempo desta cicatrização são, 
respectivamente: neutrófilos e macrófagos / infecção 
-No que se refere às complicações pós-operatórias das feridas cirúrgicas, 
Os fatores de risco associados à deiscência de ferida são: idade avançada, 
operação de emergência, desnutrição e erro técnico no fechamento da 
fáscia. 
HERNIAFEMORAL HERNIA INGUINAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21) Complicações pós-operatórias das feridas cirúrgicas e caraterísticas 
Seroma 
• Coleção de gordura liquefeita, soro e linfa sob a incisão, no tecido subcutâneo. 
• Dissecção excessiva do subcutâneo 
• Queixa de desconforto 
• Abaulamento da ferida operatória 
• NÃO apresenta sinais flogísticos 
• Líquido claro, levemente amarelado, viscoso 
• Prevenção - Utilização de drenos de sucção 
• Aspiração do seroma com TÉCNICA ESTÉRIL 
• Curativo COMPRESSIVO 
• Não está indicado o uso de antibióticos 
 
 
 
Hérnia mais comum da parede 
abdominal 
Acima do ligamento inguinal 
Hérnia inguinal indireta é a mais 
comum 
Baixo risco de encarceramento e/ou 
estrangulamento 
Hérnias mais raras 
Mais comum no sexo 
feminino que no masculino 
(10:1) 
Abaixo do ligamento Inguinal 
Alto risco de encarceramento 
e/ou estrangulamento 
 
Hérnia inguinal indireta> Congênita→ patência do conduto peritônio 
vaginal 
 
Hérnia inguinal direta> Adquirida → fraqueza da parede 
posterior 
 
Hematoma 
• Coleção anormal de sangue no subcutâneo ou dentro da cavidade 
abdominal; 
• Causados por alterações na coagulação ou hemostasia inadequada; 
• Queixa de desconforto e abaulamento; 
• Coloração “arroxeada” junto da ferida operatória; 
• Maior risco de infecção de ferida; 
• Líquido de coloração vermelho-escuro. 
Hemostasia adequada; 
• Correção de distúrbios de coagulação; 
• Suspensão de medicações que afetem a coagulação; 
• AVALIAR COAGULAÇÃO! 
• O tratamento depende da localização. 
INFECÇÃO de sítio cirúrgico (ISC) 
• Uma das principais complicações pós-operatórias 
• PRINCIPAL CAUSA de deiscência de ferida operatória 
• Causada principalmente pela flora bacteriana local (endógena) 
• Dor; 
• Endurecimento da ferida; 
• Edema; 
• Calor local; 
•Secreção purulenta; 
•Febre (!) 
•Sepse (!) 
DEISCÊNCIA de ferida operatória 
• Principal fator de risco = INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO 
• Fatores relacionados ao PACIENTE 
• Fatores TÉCNICOS 
Os fatores de risco associados à deiscência de ferida são idade avançada, 
operação de emergência, desnutrição e erro técnico no fechamento da fáscia. 
22) ATENDIMENTO INICIAL – AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
MNEMÔNICO DE AVALIAÇÃO INICIAL - ATLS 
"A” (AIRWAY) Proteção das vias aéreas + imobilização da Coluna cervical 
"B"(BREATHING) Respiração e ventilação 
"C" (CIRCULATION) Circulação com controle de hemorragia 
"D" (DISABILITY) Estado neurológico 
"E" (EXPOSURE AND ENVIROMENTAL CONTROL) exposição e controle 
ambiental (evitando Hipotermia) 
TROCANDO EM MIÚDOS... 
"A” (AIRWAY) Imobilização cervical + desobstruir via aérea + oferta de o2 sob 
máscara ou via aérea definitiva 
"B"(BREATHING) Identificar e tratar afecções ventilatórias (pneumotórax, 
hemotórax, latqb etc..) 
"C" (CIRCULATION) Identificação e tratamento dos focos de hemorragia 
2 acessos venosos (mínimo 18g), infusão de 1000ml de Cristalóide aquecido, 
avaliar necessidade de sangue 
"D" (DISABILITY) Glasgow e pupilas 
"E" (EXPOSURE AND ENVIROMENTAL CONTROL) Exposição e controle 
ambiental (evitando hipotermia 
 
ATENÇÃO: NÃO CONFUNDA ATLS COM PHTLS 
X-Medidas para contenção de hemorragias externas graves (risco de 
exsanguinação) 
A - Proteção da coluna cervical e vias aéreas 
B - Respiração e ventilação 
C - Circulação com controle de hemorragia (outros focos, não exsanguinantes) 
D - Avaliação neurológica 
E - Exposição. 
ATENDIMENTO INICIAL – MEDIDAS AUXILIARES (AVAL. PRIMÁRIA) 
ATENÇÃO: 
1. As radiografias preconizadas pelo ATLS durante a avaliação primária são: 
Tórax AP e Pelve AP, realizadas com aparelho portátil, dentro da sala de trauma. 
2. As radiografias de coluna cervical não fazem parte da avaliação primária. 
3. Gestantes não têm contraindicação à realização de exames radiológicos em 
um cenário de trauma! 
ATENDIMENTO INICIAL – AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
• Autorizada apenas após po término da avaliação primária 
• Exame minucioso da cabeça aos pés 
• Anamnese dirigida → mnemônico ampla 
"A” Alergias 
"M" Medicações em uso 
"P" Passado médico/prenhez 
"L" Líquidos e alimentos ingeridos 
"A" Ambiente, eventos e mecanismo de trauma 
ATENÇÃO: 
A avaliação secundária só deve ser iniciada após o término da avaliação primária 
e o paciente deve estar estável e apresentando sinais consistentes de melhora. 
“Você NUNCA fará avaliação secundária de pacientes instáveis!” 
MEDIDAS AUXILIARES DA AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA 
• Radiografia de membros 
• Radiografia de coluna 
• Exames contrastados 
• Tomografia 
• Exames endoscópicos 
“A” VIAS AÉREAS E COLUNA CERVICAL 
• Primeira medida → Proteção cervical 
• Avaliação e manejo inicial das vias aéreas 
 
INDICAÇÕES DE VIA AÉREA DEFINITIVA 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE VIA AÉREA DEFINITIVA 
VIA AÉREA DEFINITIVA TIPO CARACTERÍSTICA 
Tubo orotraqueal NÃO CIRURGICA Via aérea de escolha 
Tubo nasotraqueal NÃO CIRURGICA Contraindicada em 
 trauma de base de 
 crânio e apnéia 
Cricotireoidostomia CIRURGICA Via aérea cirúrgica de 
 escolha no trauma 
Traqueostomia CIRURGICA Via aérea cirúrgica de 
 Exceção 
CONTRAINDICAÇÕES À INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL 
 
INDICAÇÕES DE VIA AÉREA CIRÚRGICA- VIAS AÉREAS CIRÚRGICAS 
 
 
 
DEFINIÇÃO: 
Sonda em posição traqueal, com 
baronete insuflado Abaixo das 
pregas vocais, Ligada a uma 
fonte Enriquecida de oxigênio. 
23) TRAUMA TORACCICO 
PNEUMOTÓRAX SIMPLES 
 
 
TRATAMENTO 
ABORDAGEM CONSERVADORA 
• Pneumotórax pequeno 
• Pneumotórax oculto (aparece à tomografia mas não no Rx) 
 
DRENAGEM TORÁCICA FECHADA EM SELO D’AGUA 
LOCAL: 5º EIC ENTRE A LINHA AXILAR ANTERIOR E MÉDIA. 
CONCEITOS: 
Drenagem sempre aceita como terapia (ATLS) 
Tratamento expectante se: 
• Pneumotórax pequeno 
• Paciente assintomático 
• Sem proposta de VM ou transporte aéreo subatmosférico 
 
ATENÇÃO: A ventilação por pressão positiva e o transporte aéreo subatmosfético 
pode agravar um pneumotórax hipertensivo, ou ainda, transformar um pneumotórax 
simples em hipertensivo! 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
• Ausência ou grande redução de murmúrio vesicular 
• Hiperinsuflaçãodo hemotórax acometido. 
• Timpanismo/Hipertimpanismo à percussão. 
• Hipóxia. 
• Taquipnéia. 
• Taquicardia. • Hipotensão. • Turgência jugular. • Desvio de traqueia contralateralmente 
ao lado acometido. 
 
 
 
 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
• Ausência ou grande redução de murmúrio vesicular 
• Hiperinsuflação do hemotórax acometido. 
• Timpanismo/Hipertimpanismo à percussão. 
• Hipóxia. 
• Taquipnéia. 
• Taquicardia. 
• Hipotensão. 
• Turgência jugular. 
• Desvio de traqueia contralateralmente ao lado acometido 
TRATAMENTO INICIAL Toracocentese de alívio 
LOCAL: 5º EIC ENTRE A LINHA AXILAR ANTERIOR E MÉDIA. 
 
 
TRATAMENTO DEFINITIVO
 
DRENAGEM TORÁCICA FECHADA EM SELO D’AGUA APÓS DESCOMPRESSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R
A
D
IO
G
R
A
FI
A
 
HEMOTÓRAX 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA 
• Expansibilidade reduzida 
• Murmúrio vesicular reduzido no lado acometido. 
• Macicez ou submacicez à percussão. 
• Sinais de hipovolemia podem estar presentes 
• Não há turgência jugular ou desvio de traquéia. 
HEMOTÓRAX MACIÇO 
DEFINIÇÕES 
ATENÇÃO: O hemotórax é chamado de massivo ou maciço nos casos em que o volume 
de sangue é superior a 1/3 do volume total do tórax ou então a 1500ml. 
 Choque 
Piora ventilatória 
O HEMOTÓRAX MACIÇO É UMA CAUSA IMPORTANTE DE CHOQUE E TEM 
COMO DIAGNÓSTICO DEFERENCIAL O PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: HEMOTÓRAX MACIÇO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERAPIA 
Conduta inicial à Drenagem torácica. 
Está indicada toracotomia de emergência se houver: 
• Saída de volume maior que 1500ml no momento da drenagem (hemotórax maciço). 
• Saída de volume inferior à 1500ml, mas com perda de sangue contínua em volume 
igual ou superior a 200ml/hora por 2 a 4 horas. 
TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR 
TÓRAX INSTÁVEL: CONTUSÃO PULMONAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• TIMPANISMO À PERCUSSÃO 
• TURGÊNCIA JUGULAR 
• MACICEZ À PERCUSSÃO 
• NÃO OCORRE TURGÊNCIA JUGULAR 
Uma disjunção completa de um 
segmento ósseo da cavidade 
torácica. Ou seja, existe pelo 
menos dois pontos de fratura em 
dois arcos costais consecutivos ou 
então fratura óssea associada à 
disjunção costocondral 
Resultante do no trauma do 
parênquima pulmonar propriamente 
dito. A lesão produz edema do 
parênquima através do acúmulo de 
sangue e exsudato, causando 
prejuízo nas trocas gasosas e 
hipoxemia, que por vezes é grave 
Atenção: 
“O que determina a gravidade do tórax instável é a contusão pulmonar 
subjacente”. 
 
Atenção: Peculiaridade da contusão pulmonar na faixa etária pediátrica → 
comum ausência de Fraturas. 
TRATAMENTO 
TÓRAX INSTÁVEL E CONTUSÃO PULMONAR 
• Suporte ventilatório 
.VNI/oxigenoterapia 
.Fisioterapia respiratória 
.Considerar intubação se saturação < 90 ou pao2 <60 
• Analgesia 
.opióides 
.bloqueio dos nervos intercostais 
• Evitar hiperidratação 
24) TAMPONAMENTO CARDÍACO 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA: 
• Hipotensão 
• Turgência jugular 
• Hipofonese de bulhas cardíacas 
• Pulso paradoxal 
Diagnóstico: Clínico → Confirmado pelo FAST 
MAIS COMUM EM FERIMENTOS PENETRANTES 
ATENÇÃO → FERIMENTOS NA ZONA DE ZIEDLER 
• SUPERIOR: Linha horizontal do ângulo de Louis. 
• INFERIOR: 10ª costela 
• LATERAL D: Linha paraesternal direita. 
• LATERAL E: linha axilar anterior esquerda. 
TRATAMENTO 
• TORACOTOMIA ANTEROLATERAL ESQUERDA (DE EMERGÊNCIA) OU 
ESTERNOTOMIA 
• PERICARDIOCENTESE = medida de exceção (paciente instável, sem 
Possibilidade de esternotomia) 
25) INDICAÇÕES DE TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA 
• Saída de volume maior ou igual a 1500ml no momento da drenagem. 
• Saída de volume inferior à 1500ml, mas com perda de sangue contínua em 
volume igual ou superior a 200ml/hora por 2 a 4 horas. 
• Tamponamento cardíaco 
• Fistula broncopleura, sem melhora com tratamento conservador e sem 
possibilidade de tratamento através de broncoscopia. 
• Lesão de árvore traqueobrônquica. 
• Rotura traumática de aorta sem possibilidade de reparo endovascular. 
• Rotura ou perfuração esofágica. 
26) CHOQUE 
“Alteração circulatória em que há má perfusão generalizada, levando ao 
comprometimento da oxigenação e nutrição Tecidual” 
Má perfusão Generalizada → Hipóxia celular→ ACIDOSE LÁTICA 
CHOQUE → PRINCIPAL CAUSA DE MORTE EVITÁVEL NO TRAUMA. 
 
 
TIPOS DE CHOQUE 
.HIPOVOLÊMICO reducão do volume circulante efetivo 
.OBSTRUTIVO obstrucão ao enchimento do ventrículo Direito 
.DISTRIBUTIVO ↓ da resistência vascular periférica 
.CARDIOGÊNICO falha da bomba cardíaca 
 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA ELEMENTOS PRECOCES 
TAQUICARDIA PALIDEZ/CUTÂNEA/PRESSÃO DE PULSO 
APRESENTAÇÃO CLÍNICA ELEMENTOS TARDIOS 
HIPOTENSÃO/ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA INICIAL - RESPOSTA 
1. RESPOSTA RÁPIDA À REPOSIÇÃO 
2. RESPOSTA TRANSITÓRIA À REPOSIÇÃO 
3. RESPOSTA MÍNIMA OU AUSENTE À REPOSIÇÃO 
REPOSIÇÃO DE SANGUE - INDICAÇÃO 
• Pacientes com hemorragia classe III 
• pacientes com hemorragia classe IV 
• respondedores transitórios à reposição volêmica 
• não respondedores à reposição volêmica 
QUAL COMPONENTE DO SANGUE DEVE SER REPOSTO? 
REPOSIÇÃO NORMAL VERSUS PROTOCOLO DE TRANSFUSÃO MACIÇA 
TRATAMENTO DO CHOQUE HEMORRÁGICO 
Reposição de sangue – protocolo de transfusão maciça 
• INDICAÇÕES: 
* Choque hemorrágico classe IV 
* Choque hemorrágico classe II/III com resposta transitória 
ou sem resposta à RVI 
* ABC Score ≥ 2 
• ESTRATÉGIA HEMOSTÁTICA: 1:1:1 
 
HIPOTENSÃO PERMISSIVA 
• Mínimo de volume para manter PAS acima de 70mmhg. 
• Melhora sobrevida no choque hemorrágico 
• Melhor prognóstico: ferimentos penetrantes de tronco. 
• Contraindicada se houver evidência de TCE. 
ÁCIDO TRANEXÂMICO 
• CRASH II à REDUÇÃO DE MORTALIDADE NO TRAUMA GRAVE 
• INDICADA ATÉ 3 HORAS APÓS O TRAUMA 
• CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO: FC> 110PBM PAS <90 
-1 g IV em bolus (em 10 minutos) – preferencialmente na cena do trauma. 
-1g IV ao longo das próximas 8 horas, iniciados logo após à primeira dose. 
27) TRAUMA VESICOURETRAL 
A presença de bexigoma palpável e uretrorragia são bastante sugestivas de 
lesão de uretra, sobretudo em paciente vítima de queda de moto, que apresenta 
equimose em região perineal. Havendo suspeita, está indicada a realização de 
uretrografia retrógrada para confirmação da lesão. 
 
 
 
 
 
ABC SCORE 
• T. Penetrante – 1PT 
• PAS<90 – 1PT 
• FC>120 – 1PT 
• FAST + – 1PT 
Transfusão maciça: 
Mais de 10 CH’s em 24h 
ou 4CH’s em 1h 
CAI NA PROVA 
-Paciente com ruptura extraperitoneal de bexiga pode apresentar dor pélvica 
e hematúria, porém, não está associada a presença de bexigoma. Além disso, o 
tratamento nessa situação é realizado com sondagem vesical de demora, 
direcionando a urina para o coletor e evitando extravasamento da mesma para 
o espaço extraperitoneal. 
-Paciente vítima de trauma abdominal pode apresentar contusão vesical com 
hematúria. No entanto, é menos comum a presença de retenção urinária aguda. 
Além disso, em pacientes com equimose perineal, bexigoma e uretrorragia, 
nossa principal hipótese é de lesão de uretra. 
Paciente com suspeita de lesão de uretra não deve ser submetido à sondagem 
vesical, pois há risco de falso trajeto durante sondagem e piora da lesão. 
28) QUEIMADURAS 
CLASSIFICAÇÃO DE QUEIMADURAS 
1º GRAU 
• Acomete epiderme 
• Sem bolhas 
• Dolorosa 
• Hiperêmica 
• Regeneração completa em 7 dias 
2º GRAU SUPERFICIAL 
• Acomete epiderme e espessura parcial da derme (derme papilar) 
• Presença de bolhas 
• Exudativa 
• Hiperemica 
• Extremamente dolorosa 
• Empalidece à digitopressão 
• Restauração em 14 dias 
2º GRAU PROFUNDO 
• Acomete epiderme e espessura parcial da Derme (derme reticular) 
• Presença de bolhas (íntegras ou rotas) 
• Exudativa 
• Cor vermelho desbotado 
• Moderadamente dolorosa 
• Empalidece pouco à digitopressão 
• Necessita tratamento cirúrgico 
3º GRAU 
• Acomete epiderme e toda espessurada derme 
• Aspecto branco nacarado com vasos trombosados 
• Pele seca e inelástica 
• Sem bolhas 
• Indolor ou minimamente dolorosa 
• Necessita tratamento cirúrgico 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO DEFINITIVO DA ÁREA QUEIMADA 
PROFUNDIDADE TRATAMENTO 
Superficial (1º grau) Hidratação local 
Espessura parcial superficial (2º grau superficial) 
 
 
 
Espessura parcial profunda (2º grau 
profundo) Excisão tangencial e enxertia 
Espessura Total (3º grau) 
Escarectomia e enxertia 
Extensão para planos profundos 
Escarectomia e enxertia ou retalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERFÍCIE CORPÓREA QUEIMADA 
 
 
MANEJO HOSPITALAR 
• Tema mais cobrado em provas, se tratando de queimaduras. 
• Atendimento hierarquizado: A→B→C→D→E 
Lesão térmica de via aérea necessita de diagnóstico precoce! 
QUANDO SUSPEITAR? Ambientes fechados-Chamuscamento de anexos 
faciais-Escarro carbonáceo-Queimaduras de face em geral-Rouquidão/estridor 
CAI NA PROVA 
Quando Intubar? 
CIRCULAÇÃO – ESTIMATIVA DE ÁREA CORPÓREA QUEIMADA E 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA 
FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE POR QUEIMADURA 
• Liberação de diversos mediadores vasoativos liberados a partir da área 
queimadas 
Troca diária com curativos não 
aderentes ou hidrocolóide com 
troca a cada 3-5 dias 
• Aumento da permeabilidade capilar → extravasamento de líquidos para o 
interstício 
• Queimaduras com extensão > 40% → depressão miocárdica 
REGRA DOS 9 DE WALLACE 
Atenção: Queimaduras de primeiro grau não entram no cálculo de SCQ e 
reposição volêmica. 
Segundo o ATLS 10ª Ed, a ressuscitação volêmica está formalmente indicada 
para queimaduras superiores a 20% da superfície corpórea. 
Os cálculos abaixo são os mais utilizados para o cálculo da reposição em 24h 
segundo ATLS 10: 
• 2ml X SCQ X peso (adulto) 
• 3ml X SCQ X peso (pediátrico < 14 anos) 
• 4ml x SCQ x peso (queimadura elétrica - pensar em rabdomiólise) 
Observação: em crianças < 30Kg devemos utilizar adicionalmente a reposição 
por Holliday-segar. 
* fazer calculo no adulto por 2 e por 4: tem bancas que o cálculo eles avaliam 
por 2 e outras x 4 
NÃO SE USA COLOIDES, SE FAZ USO DE CRISTALOIDES (SSF, RINGER, 
etc) 
 
As fórmulas de reposição volêmica devem servir como guia para o início da 
administração de volume, mas o maior e mais preciso elemento para controlar a 
reposição volêmica deve ser o débito urinário. 
DÉBITO URINÁRIO 
Adultos 0,5 mL/Kg/h 
Crianças 1 mL/Kg/h 
Crianças com peso inferior A 30Kg 1 – 2 mL/Kg/h 
REPOSIÇÃO VOLÊMICA 
 
Atenção: 
- Não se esqueça de contabilizar os volumes administrados em regime Pré- 
hospitalar. 
- Lembre-se que o volume Total deve ser Administrado em 24 horas contadas a 
partir do Momento da queimadura. 
VOLUME TOTAL EM 24h: 
METADE NAS PRIMEIRAS 8h → METADE NAS PRÓXIMAS 16h 
 
 
 
 
ATENÇÃO: 
o Não se esqueça de Contabilizar os 
volumes Administrados em regime pré-
Hospitalar. 
o lembre-se que o volume total Deve ser 
administrado em 24 Horas contadas a 
partir do Momento da queimadura 
CAI NA PROVA 
Lembre-se: contabilizar no cálculo TOTAL de fluidos a repor, os 
administrados ao pte até chegar a vc, ou seja: se antes do traslado foram 
administrados uma quantidade xis e se no percurso também, para não super 
hidratar o pte. 
Nota cultural. 
a) Instabilidade hemodinâmica, desvio da traqueia, turgência jugular, 
hipertimpanismo, murmúrios vesiculares diminuídos ou abolidos → Pneumotórax 
hipertensivo 
b) Conduta inicial no pneumotórax hipertensivo → Toracocentese de alívio no 5º 
EIC (adultos) entre linha axilar anterior e linha axilar média (adultos) 
c) Qual a primeira conduta no pneumotórax aberto? → Curativo de 3 pontas 
d) Defina tórax instável → Fratura de pelo menos 2 costelas consecutivas em 2 
segmentos em cada 
e) Trauma de tórax com Respiração paradoxal → Tórax instável 
f) Como diferenciar hemotórax e pneumotórax pela clínica? → Pela percussão. 
Hemotórax com macicez à percussão e Pneumotórax com hipertimpanismo. 
g) Qual o tratamento do hemotórax? → Toracostomia no 5º EIC (adultos) entre 
linha axilar anterior e linha axilar média 
h) Quais Indicações de laparotomia no trauma penetrante? 
Indicações de laparotomia: Evisceração, peritonite e instabilidade hemodinâmica 
(choque). 
I) Quando é indicado realizar exploração digital no trauma abdominal? 
Exploração digital: Trauma abdominal anterior por arma branca sem indicação 
imediata de laparotomia 
29) ESCROTO AGUDO 
 
30) Nova escala de Glasgow: 3 pontos cruciais para entender a nova 
mudança! 
 1. Inclusão da reatividade pupilar nos critérios de avaliação 
Na antiga versão da escala, os únicos critérios avaliados eram: abertura 
ocular, resposta verbal e resposta motora. 
Agora, na nova versão, foi incluída a Reatividade Pupilar, ou seja, a reatividade 
da pupila à luz. Ao contrário dos outros critérios, este é pontuado de forma 
decrescente: o pior resultado apresenta a maior pontuação. Assim, teremos a 
seguinte atribuição: 
2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas 
1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas 
0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente 
2. Mudança no score total: 1 a 15 pontos 
Na antiga versão da Escala de Coma de Glasgow, a pontuação variava de 3 a 
15 pontos. Agora, na nova versão, a escala varia de 1 a 15 pontos. 
Isso acontece porque, na nova aplicação, pontuaremos normalmente todos os 
outros critérios e, após a nota final, o score da reatividade pupilar será 
subtraído! 
Como assim? 
O cálculo do score será feito da seguinte forma: 
Escore final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta 
motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2] 
Caso todos os critérios estejam normais, teremos um escore de 15 (afinal, as 
pupilas normais significam 0 pontos a menos!). Entretanto, caso o paciente 
apresente a menor pontuação em todos os critérios, teremos o escore final de 1! 
3. Inclusão de “critério não-testável” 
Sabemos que nem todos os pacientes são susceptíveis a serem avaliados da 
forma como a antiga Escala de Glasgow propõe. Por exemplo: pacientes 
amputados não necessariamente terão uma avaliação fidedigna da resposta 
motora; pacientes que apresentam surdez não serão responsivos a comandos 
verbais; pacientes com algum quadro de afasia não necessariamente 
conseguirão emitir respostas verbais adequadas. 
Considerando essas necessidades tão individuais, além das pontuações nos 
critérios previamente estabelecidos, podemos agora marcá-los como “NÃO 
TESTÁVEL” (NT). Abaixo, a Nova Escala de Coma de Glasgow: 
 
31) FISTULA PERINANAL 
A fístula perianal consiste em uma comunicação do canal anal com a pele, 
apresenta um orifício interno e um orifício externo. 
 
Após a drenagem de um abscesso perianal, pode surgir uma fístula 
perianal, comunicando a parte interna do canal anal com a pele com saída 
crônica de secreção e indolor. 
 
Por tanto o abscesso perianal corresponde na fase aguda e a fístula na fase 
crônica, são fases diferentes da mesma doença. 
 
O tratamento da fístula perianal é cirúrgico com fistulotomia ou fistulectomia. 
Quando existe grande envolvimento do esfincter anal utiliza-se um sedenho com 
a cirurgia em 2 tempos para se evitar a incontinência anal posterior. 
 
Um dado importante: pte com um comprometimento > 60% do complexo 
esfincterianao anal: Nesse caso, qualquer procedimento mais agressivo como 
as fistulectomias, tem uma chance grande de deixar o paciente com 
incontinência fecal. Por isso se faz um procedimento menos agressivo, que é a 
fistulotomia (apenas a abertura do trajeto da fístula, sem a ressecção completa, 
com maior preservação do esfíncter). O fechamento do orifício interno e avanço 
de retalho mucoso facilitam a cicatrização e reduzem a recidiva. 
 
 
 
 
 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW COM AVALIAÇÃO PUPILAR (ATUALIZADA EM 2018) 
PARÂMETRO RESPOSTA PONTOS 
 
 
ABERTURAOCULAR 
Espontâneo 
Ao comando verbal 
Pressão de abertura dos olhos 
Nenhuma 
NT 
4 
3 
2 
1 
NT 
 
 
RESPOSTA VERBAL 
Orientado e conversando 
Desorientado 
Palavras 
Sons 
Nenhuma 
NT 
5 
4 
3 
2 
1 
NT 
 
 
 
RESPOSTA MOTORA 
Ao comando 
Localiza dor 
Flexão Normal 
Flexão Anormal 
Extensão 
Nenhuma 
NT 
6 
5 
4 
3 
2 
1 
NT 
APÓS REALIZAR ECG DEVE ANALISAR A REAÇÃO PUPILAR 
AVALIAÇÃO PUPILAR (P) 
INEXISTENTE NENHUMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ 2 
PARCIAL APENAS UMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ 1 
COMPLETA AS DUAS PUPILAS REAGEM AO ESTÍMULO DE LUZ 0 
CALCULAR ECG-P: VALOR DA ECG – (SUBTRAIR) O VALOR AVALIAÇÃO P 
PUPILAR = VALOR DA ESCALA À PARTIR DA ATUALIZAÇÃO DE 2018 
PONTUAÇÃO MÍNIMA:01 PONTUAÇÃO MÁXIMA:15 
PEGADINHAS 
Em que dia após a cirurgia costumam ocorrer as fístulas digestivas? Geralmente 
após o 5º dia! 
E a partir de qual dia normalmente ocorrem as pneumonias, especialmente nos 
que foram intubados? Por volta do 7º dia! 
A atelectasia pulmonar ocorre logo no 1º ou 2º dia após a cirurgia, mas 
raramente causa um quadro grave e geralmente aparece na radiografia 
Qual complicação apresenta início súbito e pode ocorrer em qualquer momento 
dentro das primeiras duas semanas após a cirurgia (sendo o período mais 
crítico as primeiras 48h)? TEP, é claro! Essa complicação pode ser muito sutil, 
com apenas uma leve taquipneia e queda do PCO2, mas pode também se 
apresentar em formas graves, quando é maciço, podendo levar a dificuldade 
respiratória e choque por obstrução da circulação arterial pulmonar proveniente 
do ventrículo direito. O primeiro exame indicado para o diagnóstico é a 
tomografia de tórax com contraste em protocolo para TEP, o que irá nos 
permitir identificar o trombo nas artérias pulmonares e seus ramos. Temos que 
lembrar que cirurgia oncológica curativa é um fator de alto risco para TVP/TEP, 
portanto, esses pacientes devem receber profilaxia para TEV. 
A obesidade é uma doença complexa e seu tratamento envolve dieta, 
medicamentos e cirurgia. Sempre iniciamos com o tratamento dietético, 
mudança de hábitos alimentares e combate ao sedentarismo. Pacientes 
com tentativas de tratamento clínico por 2 anos sem sucesso poderão ser 
candidatos ao tratamento cirúrgico da obesidade, quando apresentam o IMC 
adequado. 
Paciente com IMC> 35, sedentário, com maus hábitos alimentares, uso regular 
de bebida alcoólica e não tem registro de tratamentos para obesidade, 
Claramente não está preparado para cirurgia! 
A técnica de Y de Roux ou CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA é a mais usada na 
cirurgia bariátrica devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. Baixo 
índice de complicações, ótima perda de peso (70% do excesso de peso), boa 
estabilidade do peso perdido e possibilidade de grande melhora na qualidade de 
vida. 
A técnica de duplo J é para retirar litíase renal, NÃO VAI CAIR NESSA NÉH! 
A CPRE estará indicada na pancreatite aguda em casos de icterícia 
persistente, com confirmação de cálculo impactado no colédoco, sendo um 
exame terapêutico e não diagnóstico (pelo risco de causar pancreatite). 
 
Seguindo nossa série de temas do Advanced Life Trauma Suport Décima 
edição (ATLS 10), vamos comentar agora as novidades da abordagem 
diagnóstica no paciente com trauma abdominal. Em casos de instabilidade 
hemodinâmica, a exclusão de hemorragia intra-abdominal é necessária e pode 
ser realizada com Focused Assessment with Sonography for Trauma (FAST) ou 
Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD). Esses estudos estão contraindicados 
quando o paciente tem indicação evidente de laparotomia. 
Pacientes com os seguintes achados necessitam de avaliação aprofundada para 
identificar ou excluir lesão abdominal: 
• Alteração de nível de consciência 
• Alteração de sensibilidade 
• Lesão de estruturas adjacentes, como costelas inferiores, pelve e coluna 
lombar 
• Perda prolongada de contato com o paciente antecipada, como anestesia 
geral para lesões extra-abdominais ou estudos radiográficos prolongados 
• Sinal do cinto de segurança com suspeita de lesão intestinal 
Quando há suspeita de lesão intra-abdominal, muitos estudos podem fornecer 
informações úteis. Segue abaixo as indicações, vantagens e desvantagens de 
usar LPD, FAST e CT na avaliação de trauma abdominal. 
 
FAST no ATLS 10 
Quando realizada por pessoas devidamente treinadas, o FAST é um estudo 
aceito, rápido e confiável para identificar fluídos intraperitoneais. Pode detectar, 
até mesmo, tamponamento pericárdico (uma das causas não hipovolêmicas de 
hipotensão). 
O FAST inclui o exame de quatro regiões: o saco pericárdico, fossa hepatorrenal, 
fossa esplenorrenal e pélvis ou bolsa de Douglas. Após fazer uma varredura 
inicial, os médicos podem realizar repetições simples ou múltiplas para detectar 
hemoperitônio. Uma grande vantagem é que o exame pode ser feito à beira leito, 
ao mesmo tempo que outros procedimentos diagnósticos ou terapêuticos são 
executados. 
Lavado Peritoneal Diagnóstico 
O LPD é outro estudo rapidamente realizado pela equipe cirúrgica para identificar 
hemorragia. É importante lembrar que o exame requer descompressão urinária 
e gástrica para prevenção de complicações. 
A técnica é mais útil em pacientes com alterações hemodinâmicas, com trauma 
contuso abdominal ou em pacientes com traumas penetrantes com múltiplas 
trajetórias tangenciais cavitárias ou aparentes. Finalmente, também é indicada 
em pacientes hemodinamicamente estáveis que requerem avaliação abdominal 
em ambientes onde FAST e tomografia computadorizada não estão disponíveis. 
Em locais onde TC e/ou FAST estão disponíveis, LPD raramente é usado porque 
é invasivo e requer especialidade cirúrgica. 
Contraindicações relativas ao LPD incluem: 
• Operações abdominais, obesidade mórbida, cirrose avançada e coagulopatia 
preexistente. 
O LPD começa com a introdução de um cateter infraumbilical e aspiração, exceto 
em pacientes com faturas pélvicas, quanto é orientada abordagem supra-
umbilical. 
Condições que indicam laparotomia: 
• Aspiração de conteúdo gastrointestinal, fibras vegetais ou bile através da 
lavagem cateter; 
• Aspiração de 10 mL ou mais sangue em pacientes hemodinamicamente 
instáveis. 
Caso não se aspire esse volume, são introduzidos 1000 mL de solução 
cristaloide isotônica aquecida. 
• Após a completa mistura da solução com o conteúdo abdominal, aspira-se 
novamente e o material é enviado para análise quantitativa pelo laboratório. Um 
resultado de mais de 100 mil hemácias, 500 leucócitos ou um Gram positivo para 
fibras alimentares ou bactérias indicam conduta cirúrgica. Uma lavagem negativa 
não exclui a necessidade.

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