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Parafimose em Touro: Relato de Caso


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PARAFIMOSE EM TOURO COM LESÃO DA EXTREMIDADE LIVRE DO PÊNIS COMO INTERCORRÊNCIA DA ENFERMIDADE ACROPOSTITE – RELATO DE CASO
Caroline Neves¹; Luis Henrique Rangrab²
¹ Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária 
² Professor do Curso de Medicina Veterinária 
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Relato de caso
 
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Introdução
Acropostite: é uma inflamação do prepúcio, associada ao estreitamento do óstio prepucial;
Dificulta ou impede exposição do peniana;
Causando impotência no touro;
Principalmente zebuíno;
Dificulta monta
Causa: manejo, espoliação, traumas por ectoparasitas e bicadas de aves de rapina 
 
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Introdução
Parafimose: incapacidade de recolher o pênis à cavidade prepucial;
Exposição permanente leva ocorrência de congestão, balanite e em casos extremos necrose;	
Relacionado a trauma, paralisia nervosa e características anatômicas do prepúcio;
 
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Relato de caso
Setor de Cirurgia de Grandes Animais (SCGA) da Universidade Federal de Goiás/Campus Jataí;
Touro mestiço, com caracterização fenotípica de zebuíno;
2 anos;
450 kg de peso corporal;
Dificuldade de micção e inabilidade na realização da cópula.
 
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Relato de caso
Trauma como suspeita principal desencadeante do processo;
Pasto: gramíneas degradadas e com excesso de ervas daninhas, como lobeira (Solanum lycocarpum), arranha-gato (Acácia plumosa), malícia (Mimosa sensitiva), dentre outras;
Exame clinico: parâmetros vitais, como temperatura (To ), frequência respiratória (FR) e cardíaca (FC), movimentos ruminais (MR) e tempo de preenchimento capilar (TPC), sem alterações;
 
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Relato de caso
Exame especifico da genitália: prolapso grave da mucosa do folheto prepucial interno e exposição permanente da parte livre do pênis;
Regiões anatômicas apresentavam-se inflamadas, com áreas de fibrose e ulcerações sendo evidenciado comprometimento isquêmico da extremidade livre do pênis;
Associado à exposição e incapacidade de retração peniana e estenose do óstio uretral;
Imagem 1 – Fonte: RABELO et. al
 
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 Cirurgia 
Pré cirúrgico: jejum de 12 horas;
Sedação do animal com cloridrato de xilazina a 2% na dosagem de 0,05mg/kg associado ao cloridrato de acepromazina a 1% na dosagem de 0,05mg/kg, aplicando ambos os fármacos por via endovenosa;
Realizado em três etapas: Inicialmente promoveu-se a amputação parcial do pênis seguido da circuncisão e amputação da mucosa do folheto prepucial interno e extremidade livre do pênis injuriados e orquiectomia bilateral;
Pós-operatório estabeleceu-se antibioticoterapia a base de benzilpenicilina procaína na dose de 20.000 UI/Kg de peso corporal, de 24/24h por quatro aplicações. 
 
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 Cirurgia 
Antiinflamatório não esteroidal a base de cetoprofeno na dosagem de 2mg/kg de peso corporal por três dias seguidos e duchas com água sobre pressão no local e aplicação de sprays nas feridas cirúrgicas como auxiliares do processo de cicatrização. 
Estabeleceu-se a remoção dos pontos de pele decorridos 13 dias do ato cirúrgico.
Se tratava de um animal de baixo mérito zootécnico considerou-se o tratamento como medida paliativa, indicando-se o abate do bovino tão logo após adquirir peso ideal para comercialização.
Imagem 2 – Fonte: RABELO et. al
 
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Resultados
A técnica cirúrgica de amputação parcial do pênis cranial ao escroto mostrou-se efetiva e de fácil execução, sendo a habilidade de micção do animal retomada logo após a realização do procedimento;
A transfixação, circuncisão e amputação da mucosa do folheto prepucial interno e extremidade livre do pênis lesionados, além de estético corroborou para que a cicatrização ocorresse de forma organizada e precoce;
A orquiectomia possibilitou diminuição da libido e consequentemente evitou tentativas de monta;
A recuperação do animal foi efetiva sendo a alta do paciente concedida após a remoção dos pontos;
 
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Discussão 
O comprometimento do tecido fibroso da parte livre do pênis e também do óstio uretral, foram considerados fatores decisivos no direcionamento do paciente à cirurgia, uma vez que o risco do animal apresentar quadro clínico de uremia poderia levá-lo ao óbito;
A opção de se efetuar a amputação parcial do pênis deveu-se à dificuldade em promover o isolamento e exposição do segmento peniano em virtude da musculatura desenvolvida na respectiva região anatômica;
A amputação parcial do pênis quando realizada nessa localização, cranial à flexura sigmóide diminui o risco de deiscência da ferida cirúrgica pelo fato de não ocorrer ereção e consequente tensão sobre a sutura;
A orquiectomia, conforme teve por intuito diminuir a libido do touro e consequente ereção.
 
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Conclusão
A parafimose com consequente dano ao tecido fibroso peniano e óstio uretral apresentou-se como uma complicação importante da acropostite em touros. A avaliação histopatológica respaldou a conduta adotada, sendo os protocolos cirúrgicos eficazes e passíveis de serem realizados em condições de campo.
 
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Referencia 
Rogério Elias RABELO et. al.PARAFIMOSE EM TOURO COM LESÃO DA EXTREMIDADE LIVRE DO PÊNIS COMO INTERCORRÊNCIA DA ENFERMIDADE ACROPOSTITE – RELATO DE CASO, 25 – Julho de 2015 – Periódico Semestral; REVISTA CIENTÍFICA DE MEDICINA VETERINÁRIA - ISSN:1679-7353 disponível em: https://docplayer.com.br/17719861-Parafimose-em-touro-com-lesao-da-extremidade-livre-do-penis-como-intercorrencia-da-enfermidade-acropostite-relato-de-caso.html. Acessado 16/04/2023.
PARAFIMOSE EM TOURO COM LESÃO DA EXTREMIDADE LIVRE DO PÊNIS COMO INTERCORRÊNCIA DA ENFERMIDADE ACROPOSTITE – RELATO DE CASO
Caroline Neves¹; Luis Henrique Rangrab²
¹ Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária 
² Professor do Curso de Medicina Veterinária 
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