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O USO DA LEGÍTIMA DEFESA À LUZ DAS INTERVENÇÕES ESTATAIS NO ÂMBITO INTERNACIONAL Problema: seria lícito a um país, membro das Nações Unidas, intervir em outro Estado, sem a devida autorização, com a finalidade de atacar uma entidade não estatal que se estabelece no território dele, sob a justificativa da legítima defesa? Objetivo: analisar as possibilidades de intervenções estatais sob a ótica dos princípios basilares do Direito Internacional Público; CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA O Estado Islâmico na Síria Justificativa da intervenção dos Estados Unidos “The unwilling or unable doctrine” Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU (2015) Transição política; Intenção de reduzir os ataques no território sírio, promovendo negociações; O Pacto de Briand-Kellog (1928) PRECEDENTES E DECISÕES JUDICIAIS Caso Nicarágua x EUA 1984 – Julgamento da Corte Internacional de Justiça “Military and Paramilitary Activities in and against Nicaragua” Contras – Fonte: www.wikipedia.com FARC – Fonte: www.veja.abril.com.br Caso Colômbia x Equador (2008) Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); Justificativa do governo colombiano; Resolução CP/RES. 930 (1632/08) da OEA Violação à soberania e à integridade do Equador, bem como de outros princípios do DIP PRECEDENTES E DECISÕES JUDICIAIS A CARTA DA ONU E AS EXCEÇÕES PARA USO DA FORÇA Artigo 2 (4) da Carta: “Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas” Divergência de termos em relação ao Tratado de Paris; “força” e “guerra” A CARTA DA ONU E AS EXCEÇÕES PARA USO DA FORÇA Artigo 51 da Carta, primeira parte: “Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. [...] (grifo nosso).”; A materialização da legítima defesa; Teses restritivas e extensivas DIFERENCIAÇÃO DAS MODALIDADES DO INSTITUTO DE LEGÍTIMA DEFESA O perigo do ataque é verdadeiro e autêntico? Legítima defesa preventiva Legítima defesa preemptiva O USO DA FORÇA CONTRA UM AGRESSOR NÃO ESTATAL Concepções restritivas; O uso da força como ultima ratio; Concepções extensivas; Perspectivas contemporâneas; As regras tornaram-se obsoletas; A colisão com os princípios do Direito Internacional Público; O vínculo entre o Estado e a entidade não estatal; A atribuição da conduta pelo Estado, tendo em vista sua forte conexão com o grupo armado; Resolução A/RES/60/1 – Assembleia Geral da ONU (2005); As disposições na Carta são “suficientes para tratar toda gama de ameaças à paz internacional e à segurança” O posicionamento da CIJ – Caso Nicarágua; “o apoio de um Estado a um grupo armado não é suficiente para dar ensejo à legítima defesa por parte do Estado atacado pelo grupo” Conselho de Segurança da ONU – Resolução 2249 Os membros podem tomar as medidas necessárias nos territórios controlados por Daesh O USO DA FORÇA CONTRA UM AGRESSOR NÃO ESTATAL “THE UNWILLING OR UNABLE DOCTRINE” Discurso do Barack Obama (2007); Em 2011, durante uma operação das forças militares estado-unidenses, estes invadiram o Paquistão, capturaram o líder da Al-Qaeda e executaram-no Conceito; Ausência de previsão legal O Território para o Direito Internacional O princípio da integridade territorial Axioma fundamental no Direito Internacional Artigo 2 (7) da Carta da ONU: “Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta; este princípio, porém, não prejudicará a aplicação das medidas coercitivas constantes do Capitulo VII.” Considerações finais Adoção da tese restritiva acerca do recurso da legítima defesa; As preocupações atuais com o terrorismo; Uma resposta necessária e proporcional Nome: Jéssica Batista Barbosa Orientador: Prof. José Luiz Quadros de Magalhães OBRIGADA .MsftOfcThm_Background1_lumMod_65_Fill { fill:#A6A6A6; }
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