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IMPUGNAÇÃO A CONTESTAÇÃO 1

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AO JUIZO DA 7° VARA CIVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Processo n°: 000.000.000-00
MARIA, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, vem, na presença da V. Exª apresentar, nos termos do art. 336 e 337 do Código Civil, sua IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO pelos fatos que sucedem:
1.	VALOR DA CAUSA
Diante do exposto na exordial, a autora deu ao valor da causa R$ 1.000,00 (um mil) em face do réu, pois segundo ela a colisão só ocorreu em razão do Márcio estar dirigindo acima do limite de velocidade permitido pela via, assim o valor em questão está correto.
2.	RESPONSABILIDADE CÍVIL
No que se diz a respeito à responsabilidade concorrente, não se deve alegar sendo que a responsabilidade da colisão é integralmente do réu, uma vez que ao dirigir de forma imprudente acima do permitido da via, o mesmo assume o risco de causar acidentes, sendo causado o resultado naturalístico da presente ação.
Fato que por si só já obsta para a configuração de culpa, haja vista o não cumprimento dos preceitos do Código de Trânsito Brasileiro, mais precisamente dos artigos 26, I e 28. Vejamos a leitura:
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Vejamos jurisprudência do egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em caso análogo declarou:
EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRÂNSITO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INEXISTÊNCIA DE CULPA CONCORRENTE. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE VERACIDADE DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA E LAUDO PERICIAL. DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO. DEDUÇÃO DO SEGURO DPVAT. TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. HONORÁRIOS RECURSAIS INCABÍVEIS. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1. Os pressupostos para a caracterização da responsabilidade civil são a concomitante presença de conduta (prática de ato ilícito); ocorrência de dano moral ou patrimonial causado à vítima; nexo de causalidade entre o dano e a ação, e inexistência de excludentes de responsabilidade. 2. O Boletim de Ocorrência de Trânsito elaborado pela Polícia Militar do Estado de Goiás e o Laudo Pericial de reconstituição do acidente gozam de presunção juris tantum de veracidade, sendo suficiente para comprovação e demonstração das circunstâncias fáticas do evento danoso. 3. In caso, existindo nos autos provas da responsabilidade do condutor do veículo de propriedade do recorrente pelo acidente automobilístico e, lado outro, não tendo o apelante apresentado elementos capazes de provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte autora/recorrida, (artigo 373, inciso II, do Código de Processo Civil), não há como subsistir a tese de culpa concorrente arguida. 4. O arbitramento do valor indenizatório a título de danos morais deve ser justo, a ponto de alcançar seu caráter punitivo e proporcionar satisfação ao correspondente prejuízo moral sofrido pela vítima, atendendo-se aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade, além de considerar a extensão do dano, a condição financeira das partes, o grau de culpabilidade do agente, a finalidade pedagógica da medida, bem como deve inibir indevido proveito econômico do lesado e a ruína do lesante. 5. Consoante entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça no verbete sumular nº 246, o valor do seguro DPVAT deve ser deduzido da indenização judicialmente fixada. 6. Correta a sentença ao determinar que a correção monetária deverá incidir, em relação aos danos morais, a partir de seu arbitramento e juros moratórios, a partir da data do evento danoso, por decorrerem de ato ilícito (Súmula 54 do STJ). 7. Inaplicáveis os honorários recursais na espécie, diante do parcial provimento do recurso (artigo 85, § 11, do Código de Processo Civil, e AgInt nos EREsp 1539725/DF, do Superior Tribunal de Justiça). RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
No mais, argumentado nesta oportunidade a configuração do ato ilícito, de configuração do dano material passível de indenização está existente, pois afetou a integridade do veículo automotor da autora, argumento no ponto, Exa., que o réu não comprovou até então, bastando para tanto tão somente argumentos genéricos.
3.	PEDIDOS
Diante de todo o exposto, a parte autora requer que V. Exª se digne a:
a) requer que os pedidos do réu sejam julgados improcedentes;
b) todos os pedidos da autora sejam julgados procedentes nos termos da exordial.
Nesses termos,
Pede deferimento,
Goiânia, 27 de março de 2022
Advogados
OAB/UF

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