Buscar

Peste suína classíca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof.: Caroline primo. / Aluna: Scarlett Sampaio
MATÉRIA: SAÚDE DE ANIMAIS DE PRODUÇÃO- 11ª aula (03/10)
Peste suína clássica (PSC)
Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS)
As atividades do PNSS estão voltadas para a prevenção de doenças, para o reconhecimento, manutenção e ampliação de zonas livres de doenças e na certificação e monitoramento de granjas de reprodutores suídeos (GRSC).
Estas atividades estão descritas no Regulamento Técnico do PNSS, aprovado pela INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 47, DE 18/06/2004, que prevê o controle sanitário oficial a ser realizado nos estabelecimentos de criação de suídeos que desenvolvam atividades relacionadas à produção, reprodução, comercialização, distribuição de suídeos e material de multiplicação de origem suídea, bem como impedir a introdução de doenças exóticas e controlar ou erradicar aquelas já existentes no Brasil.
	INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, DE 9 DE MARÇO DE 2004
Normas para a Erradicação da Peste Suína Clássica (PSC) a serem observadas em todo o Território Nacional.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 20 DE ABRIL DE 2004
Plano de Contingência para Peste Suína Clássica, a ser observado em todo o Território Nacional.
· É uma enfermidade infecto- contagiosa do sistema linfático e circulatório de suídeos;
· Não possui caráter zoonótico, afeta somente os suínos;
· É causada por um vírus;
· Possui alta morbidade e letalidade;
· É altamente contagiosa entre os suínos;
· Causa prejuízos socioeconômicos e sanitários graves;
· Virus altamente resistente ao processamento, congelamento;
· Interfere no comércio internacional de suínos e de seus produtos.
· Doença faz parte da lista de enfermidades da OIE;
· NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA;
· NOTIFICAÇÃO IMEDIATA, DE QUALQUER CASO SUSPEITO.
· Categoria 2 da INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 50/ 2013.
	INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 50, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013
§ 2º A suspeita ou ocorrência de qualquer doença listada no Anexo desta Instrução Normativa deve ser notificada imediatamente, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas de seu conhecimento, quando:
I - ocorrer pela primeira vez ou reaparecer no País, zona ou compartimento declarado oficialmente livre; 
II - qualquer nova cepa de agente patogênico ocorrer pela primeira vez no País, zona ou compartimento; 
III - ocorrerem mudanças repentinas e inesperadas nos parâmetros epidemiológicos como: distribuição, incidência, morbidade ou mortalidade de uma doença que ocorre no País, Unidade Federativa, zona ou compartimento; ou 
IV - ocorrerem mudanças de perfil epidemiológico, como mudança de hospedeiro, de patogenicidade ou surgimento de novas variantes ou cepas, principalmente se houver repercussões para a saúde pública.
(...)
2. Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito:
g) Suínos:
Peste suína clássica.
· Era uma infecção endêmica em várias regiões;
· Década de 1980 – foram implantados programas oficiais do Ministério da Agricultura de Combate e Erradicação.
· Nos últimos anos foram registrados focos da doença em alguns estados da região Nordeste e Norte.
O país busca condições de:
· Erradicação da PSC;
· Ampliação da zona livre da doença (atualmente 16 estados, estados com 99% da suinocultura industrial);
· Ações do Plano Nacional da Sanidade Suídea.
Situação epidemiológica e Condição zoosanitária atual no Brasil:
· Doença ausente na zona livre de PSC (última ocorrência 1998, em SP);
· Doença presente na zona não livre de PSC:
· Detecção clínica nos estados do Ceará, Piauí e Alagoas em 2018 e 2019;
· Focos no estado do Piauí em 2020 e 2021.
Agente etiológico:
· Família: flaviviridae;
· Gênero: pestevirus - vírus da Peste Suína Clássica;
· RNA vírus envelopado;
· Possui 1 sorotipo com três grupos genéticos.
Sobrevive:
· Baias em condições frias e no inverno: + de 4 semanas;
· Dejetos suínos: vários meses;
· Em animais mortos, não submetidos à conservação: o vírus permanece viável por poucos dias;
· Alguns processamentos de carne: como a cura e a defumação;
· Nas carcaças refrigeradas: + de 1 mês;
· Na carne congelada: + de 4 anos.
Destruído por aquecimento:
· 65,5° C por 30 minutos.
· 71° C por 1 minuto.
Sensível ao:
É inativado em pH menor que 3 e pH maior que 11, e, por possuir um envelope glicolipoproteico, é sensível a solventes lipídicos como:
· Clorofórmio;
· Éter;
· β- propiolactona 0,4%;
· Desinfetantes à base de cloro;
· Cresol;
· Hidróxido de sódio 2%;
· Formalina e detergentes iônicos e não iônicos.
Espécies susceptíveis:
· Suínos (sus scrofa) domésticos, silvestres e asselvajados (cruza de silvestres c/ domésticos).
Transmissão:
Transmissão direta:
· O vírus é encontrado em todas as secreções e excreções;
· Contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen.
Infecção transplacentária:
· É importante, é transmitida da mãe para o feto;
· Os leitões que sobrevivem a gestação tornam-se disseminadores do vírus (portadores sadios- sem sinais clínicos).
Transmissão indireta: (maior forma de transmissão)
· Água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal.
· Restos alimentares contaminados sem tratamento térmico: forma de entrada mais comum da doença em países livres;
· Porta de entrada via oral e oro-nasal.
Como impossibilitar essa transmissão indireta? (manejo sanitário, controle de pessoas e veículos na granja, higiene pessoal e etc.)
Patogenia:
· Tem predileção por epitélio (vírus epiteliotrópicos - infecta todos os epitélios).
· Imunossupressão: predispõe a ter infecções bacterianas secundárias;
· Redução do número de plaquetas: aumento do tempo de coagulação e hemorragias generalizadas;
· Na infecção das fêmeas prenhes: transmissão transplacentária em todas as fases da gestação.
· Período de incubação de 2 a 14 dias;
· Período de infecção longo.
Inicialmente o vírus da Peste Suína Clássica se instala nas tonsilas, onde se multiplica e se distribui aos linfócitos regionais, atingindo por via hematógena ou linfática os linfócitos T e B (ocorre linfopenia- reduz os linfócitos) e outras células da linhagem macrofágica. Em seguida, ocorre a infecção das células epiteliais de diversos órgãos.
O agente etiológico da PSC provoca severa leucopenia, o que leva os animais a um estado de imunodepressão. Pode haver trombose generalizada e danos ao epitélio vascular, devido à necrose do endotélio dos vasos sanguíneos e à trombocitopenia, o que causa hemorragias.
Sinais Clínicos:
Os sinais clínicos podem ser representados nas formas agudas, crônica e congênita.
Forma aguda:
· Febre --> 40,5 a 42° C;
· Apatia, anorexia, letargia;
· Animais amontoados;
· Conjuntivite;
· Lesões hemorrágicas na pele;
· Cianose --> orelhas, membros, focinho, cauda (coloração azulada/ roxa);
· Paresia de membros posteriores, ataxia;
· Sintomatologia respiratória e reprodutivas --> abortos.
Necropsia:
· Hemorragias em múltiplos órgãos, esplenomegalia (aumento do baço), aumento dos linfonodos, pneumonia lobular, congestão dos vasos da meninge.
· Morte de 5 a 14 dias após o início dos sinais clínicos;
· Morte mais comum em 100% dos leitões (filhotes).
Forma crônica:
· Mortalidade menos evidente;
· Prostração, apatia;
· Apetite irregular, anorexia, diarreia;
· Artrite, lesões de pele;
· Retardo no crescimento;
· Problemas reprodutivos;
· Repetição de cio, produção de leitegadas pequenas e fracas;
· Recuperação aparente --> posterior recaída e morte.
Forma congênita:
Na forma congênita pode haver leitões clinicamente normais, porém, com viremia persistente, sem resposta imune. Esses leitões atuam como fonte de infecção para outros suínos e não é possível detectar anticorpos no diagnóstico indireto por testes sorológicos. 
A sintomatologia da forma congênita inclui:
· nascimento de leitões com malformações;
· tremor congênito;
· debilidade.
Diagnóstico diferencial:
Peste suína africana (PSA), doença de Aujeszky (DA), PRRS, circovirose, salmonelose, pasteurelose, parvovirose, leptospirose, erisipela, infecções por Streptococcus sp., hemophilus parasuis e intoxicação por cumarínicos.Diagnóstico laboratorial:
· Detecção de anticorpos: ensaio de neutralização viral.
· Detecção do RNA viral: RT-PCR em tempo real.
· Isolamento viral em linhagem celular.
Laboratório recomendado:
· Obrigatoriamente: LFDA/ MG;
· Testes complementares: LFDA/PE.
Orientações para colheita das amostras:
· Eutanasiar os animais doentes;
· Colher amostras de: tonsila, baços, linfonodos, porção distal do íleo e sangue total com EDTA.
· 20g de cada órgão e 5 ml de sangue total;
· Acondicionar separadamente em frascos ou sacos plásticos, identificados.
· Suínos doentes ou convalescentes: colher amostras de soro por animal.
· Em nenhuma hipótese deve ser colhido e enviado um órgão de um só animal, porque isso dificulta o diagnóstico, e possui grande variação individual nos quadros virológicos e imunológicos de PSC.
· Quanto maior o n° de animais coletados = maior é a chance de um diagnóstico correto.
Tratamento:
· Não há tratamento.
Vacinação:
· Vacinação preventiva é proibida atualmente (vacinação em zonas livres);
· Vacinação feita de forma estratégica em resposta a algum foco.
A estratégia de vacinação em resposta a foco poderá ser aplicada somente após avaliação do DSA de acordo com a situação epidemiológica e perspectivas de erradicação.
Vigilância epidemiológica:
Objetivos:
Zona livre de PSC:
· Detecção precoce e erradicação da peste suína clássica.
· Demonstração de ausência de circulação do vírus da PSC.
Zona não livre da PSC:
· Identificar a circulação viral e a ocorrência de doença clínica, para orientar estratégias de controle e erradicação da doença.
População alvo da vigilância:
· Suínos de criação comerciais, de subsistência e asselvajados.
Medidas a serem aplicadas:
Medidas aplicáveis em investigação de suspeitas/casos prováveis de doença hemorrágica:
· Interdição da unidade epidemiológica;
· Rastreamento de ingresso e egresso;
· Investigação de vínculos epidemiológicos;
· Colheita de amostras para diagnóstico laboratorial.
· Isolamento dos animais.
Medidas aplicáveis em focos de PSC:
· Eliminação de casos e contatos na unidade epidemiológica;
· Destruição das carcaças;
· Desinfecção;
· Utilização de animais sentinelas;
· Comprovação de ausência de circulação viral;
· Vigilância dentro da zona de contenção e proteção, zonificação.
Na zona não livre de PSC:
· As medidas podem ser ajustadas, de acordo com a situação epidemiológica e evolução do PNSS.
· /Medidas detalhadas no Plano de Contingência para PSC – IN MAPA 27/2004.

Outros materiais