Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gastroenterologia – Amanda Longo Louzada 1 GASTRITE INTRODUÇÃO: Infiltrado inflamatório da mucosa gástrica: agudo (neutrofílica) e crônica (mononucleares); MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Assintomáticos (80%) Dispepsia Náuseas Anemia Hemorragia Digestiva; DIAGNÓSTICO: Endoscopia Digestiva Alta + biópsias; Anticorpos para fator intrínseco e células parietais; Gastrina; FATORES DE RISCO: Infecção por Helicobacter pylori (70% população mundial); - é o principal Tabagismo Alcoolismo AINES Corticóides Genética Autoimunidade, etc. Infância: é mais comum de adquirir a bactéria na infância COMPLICAÇÕES: Anemias: por sangue oculto na fzes Hemorragia Digestiva Alta Adenocarcinoma gástrico tipo intestinal Linfoma MALT Perfuração gastroduodenal Estenose pilórica GASTRITE AGUDA: Por Helicobacter pylori é a principal causa Supurativa Lesão aguda de mucosa gastroduodenal (LAMGD) Gastrite aguda hemorrágica (lesão aguda de mucosa gastroduodenal) acontece em pacientes críticos. GASTRITE CRÔNICA: Atrófica: é a principal complicação relacionada a evolução de gastrite por H.pylori Autoimune Químicas: Medicamentosa Refluxo Biliar Enterogástrico Linfocítica: infiltrado de linfócitos na submucosa, paciente apresenta diarreia e dispepsia. Granulomatosas não Infecciosas: Doença de Crohn Sarcoidose Eosinofílica Gastrites Infecciosas: Tuberculose Sífilis Citomegalovirus: diagnóstico tardio gera perfunração gástrica Gastropatia Hipertrófica (doença de Ménétrier): Caracteriza-se pela tríade: pregas gástricas gigantes + hipoalbuminemia + hiperplasia foveolar com atrofia glandular. Vascular: Gastropatia Hipertensiva Portal; típico de paciente cirrótico Ectasia Vascular Antral Gástrica (GAVE): chamada de estômago em melancia, é um distúrbio hormonal fazendo um ingurgimento no antro POR H. PYLORI: Agente etiológico: infecção pela bactéria; Acomete geralmente o antro gástrico, podendo acometer todo o órgão; É uma bactéria espiralada com contágio oral- fecal Principal causa de gastrite crônica e úlcera gastroduodenal, além de ser fator de risco para Adenocarcinoma e Linfoma do tecido linfoide associado à mucosa (MALT) gástricos. Existem testes diagnósticos invasivos (biópsias de mucosa gástrica por EDA) e não invasivos (teste respiratório do carbono marcado, sorologia antígeno fecal). Indicação de tratamento em casos de gastrite crônica, linfoma MALT, úlceras gastroduodenais e DRGE. Epidemiologia: Prevalência dessa infecção é < 30% e > 80% em subdesenvolvidos Os humanos não os único reservatórios e fonte de transmissão HP afeta até 50% da população infantil entre 2- 5 anos e essa estatística aumenta até 70 – 90% para crianças menores de até 10 anos Quadro clínico: Assintomático Sintomas dispepticos, náuseas. Sem correlação com a gravidade da gastrite; Não causa DRGE Gastrite crônica com o passar dos anos gera atrofia de mucosa (gastrite atrófica) mesmo com Gastroenterologia – Amanda Longo Louzada 2 GASTRITE o tratamento não regride, podendo gerar metaplasia intestinal, sendo um fator de risco para Adenocarcinoma; Diagnóstico: Exame invasivo: biópsia por EDA, visualização histológica e cultura Exame não invasivo: teste respiratório com ureia marcada com carbono 13 e teste de antígeno fecal (SAT) Tratamento: erradicação do H. pylori Dose plena dos inibidores de bomba de prótons Antibióticoterapia Esquema Padrão Ouro: Claritromicina + amoxicilina + IBP GASTRITE CRÔNICA AUTOIMUNE: Acomete geralmente o Corpo e Fundo gástrico; Atrofia glandular gera metaplasia intestinal, fazendo com que ocorra diminuição da produção do fator Intrínseco, levando a uma baixa absorção de vitamina B12, gerando anemia perniciosa. Gastrite crônica autoimune geralmente apresenta níveis de gastrina elevada e Vitamina B12 baixa Assintomática gastrointestinal. Doença autossômica Anticorpos anticélulas parietais e antifator intrínseco Complicações: Anemia Demência Tumores Carcinóide tipo 1 Tratamento: Reposição de B12 parenteral Tratamento do carcinóide (ressecção endoscópica x Antrectomia)
Compartilhar