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Trabalho Portifolio - AII2018

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AUTISMO, UM DESAFIO PARA A EDUCAÇÃO 
ANDRADE, Victor Hugo Silva. RU 2179204.
POLO PAP IPATINGA /MG
UNINTER
Resumo
Esse artigo tem como tema: A escola e os tipos de inclusão e refere-se ao portfólio do módulo A fase II, tendo como foco a necessidade educativa especial de um aluno com autismo severo. Sendo assim, o artigo traz um texto intitulado Autismo um desafio para a educação. O objetivo principal é propor uma análise critica e reflexiva de como deve acontecer o processo de inclusão escolar de um aluno com necessidades especiais. Os métodos utilizados para elaboração desse artigo foram pesquisas bibliográfica e entrevistas, afim de buscar entender um pouco mais. Nessa perspectiva, foi apresentada uma proposta de escola inclusiva capaz de atender esse jovem e a sua família através de ideias que englobe profissionais de diversas áreas com a finalidade de proporcionar uma educação inclusiva para esses jovens atendidos.
Palavras-chave: Inclusão, Autismo e Educação 
 	A demanda atual é por uma educação inclusiva, onde todas as pessoas possam estar incluídas independente de sua condição física, intelectual e outras. É possível perceber que não deve ser deixado de lado o fato de que existe muitas pessoas com deficiências e que precisam ter os seus direitos educacionais atendidos, pois, não, é porque uma pessoa tem uma deficiência que ela não consegue aprender, ela tem forma diferente de alcançar a aprendizagem que exige de todos os envolvidos em sua educação, uma análise criteriosa, baseada no respeito.
	Nessa perspectiva, neste artigo a deficiência abordada é o autismo, onde a entrevista realizada foi com uma professora e com a família de uma criança do sexo masculino que tem autismo severo. O menino esta cursando o sexto ano do ensino fundamental.
	Assim, mediante a pesquisa bibliográfica para melhor entendimento em torno do autismo foi possível ficar ciente que é um transtorno que apresenta desde um grau leve ao mais severo. 
O autismo ou transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como características: déficits nas habilidades de comunicação, socialização, verbal e não verbal apresentando falas inteligíveis ou de poucas palavras. Apresenta uma limitação em iniciar interações sociais, quando o fazem de maneira pouco adequada com objetivo de satisfazer suas necessidades. Mediante às abordagens sociais, as pessoas com autismo apresentam: poucas respostas a interações sociais de outros. Inflexibilidade de comportamentos, apresentando grande dificuldade em lidar com mudanças. Comportamentos restritos e repetitivos a certas atividades ou ações de interesse. 
Neste contexto, de acordo com a professora entrevistada, o aluno mencionado, no início de sua inserção no ambiente escolar, apresentava um comportamento hostil e agressivo na sala de aula, com os colegas e com os professores. Após um tempo de trabalho com esse aluno, a sua agressividade foi diminuindo e hoje o comportamento dele na sala de aula e mais tranquilo. Ele já consegue socializar com um outro aluno que também tem autismo em um grau mais leve. Um ponto relevante destacado pela docente é que eles brincam juntos, fazem atividades, mas, não conversam um com o outro.
No entanto, o processo de inserção, permanência e desenvolvimento do aluno com autismo na escola regular, está de acordo com a afirmação de Batista (2012, p.3): “A reabilitação e um processo dinâmico e global orientado para a recuperação física e psicológica do individuo com deficiência, tendo como objetivo a sua reintegração social”.
Em conversa com a mãe, foi verificado que em casa ele já está mais tranquilo do que antes de frequentar a escola, porém ele ainda apresenta alguns momentos súbitos de raiva, e em certos momentos chega até ser agressivo com a mãe e com o irmão, ele as ofende por xingamentos e por vezes chega até agressão física. O irmão esta passando por tratamento, mas ainda não recebeu o laudo, mas, pelo comportamento a mãe acredita que ele também tenha autismo, ou seja, essa mãe tem dois filhos com transtornos.
 Em relação a essa raiva e agressividade citadas pela mãe, Segundo Goodman & Scott (1997) :
A irritabilidade também é comum e costuma ser desencadeada pela dificuldade de expressão ou pela interferência nos rituais e rotinas próprias do indivíduo. O autista também pode desenvolver medos intensos que desencadeiem fobias.
As potencialidades de um autista muitas vezes são subvalorizadas, desconhecidas ou até ficam oculta por falta de incentivo ou até falta de conhecimento do assunto, e no caso do aluno autista severo desse artigo foi relatado uma melhora no aprendizado quando se buscou fazer atividades voltado mais para o lúdico, como jogos, brincadeiras, atividades que não exija do aluno uma resposta cognitiva muito rápida, outro ponto colocado foi buscar fazer esse trabalho em um ambiente mais tranquilo para evitar muitas distrações, tendo isso, o aluno demonstrou uma melhora na sua interação social com os colegas e com os familiares e também uma diminuição da sua irritabilidade. 
A lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência Nº 13.146 vem ajudando e muito no desenvolvimento de politicas voltada para a inclusão, principalmente em escolas, porém ainda temos muitos desafios a enfrentar. A proposta elaborada nesse artigo, é voltada para um melhor desenvolvimento, e qualidade de vida para o autista, a nossa proposta seria montar um grupo multidisciplinar, composto por diferentes profissionais, como: médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e professores especializados em educação inclusiva com a finalidade de acompanhar de forma continua esse aluno e seus familiares. A escola teria a função de elaborar atividades acadêmicas baseado nas informações desse grupo multidisciplinar, Segundo (SCHMIDT, 2013, p. 22):
Trocas transdisciplinares constantes entre equipes e o professor estariam municiando a escola com as informações que contribuíram com a qualificação da experiência educacional do aluno com autismo. Ao mesmo tempo, o professor poderia colaborar com tal equipe oferecendo prestimosas informações sobre o dia a dia deste aluno seus comportamentos e aprendizagem, sem perder seu referencial pedagógico. 
A finalidade dessa proposta seria tornar a inclusão do autista mais consolidada em todo ambiente social e acadêmico e buscar uma melhora na qualidade de vida do autista e quem sabe proporcionar a esse jovem uma oportunidade de se tonar independente, e ser valorizado e acima de tudo ter o respeito devido da sociedade. 
Referências
BATISTA, Cristina Abranches Mota. Deficiência, autismo e psicanálise. A peste: 
Blog, Terapia ABA. https://www.grupoconduzir.com.br/blog/. Acesso em 13 de junho de 2018.
Goodman, R., Scott, S. Child Psychiatry. Blacwell Science, 1997
PINA, Tassia. Características e possibilidades do autismo severo.
Revista de Psicanálise e Sociedade e Filosofia. Revista Ciência Psicológica, v.04, n.02, 2012.
SCHMIDT, C. (Org.). Autismo: educação e transdisciplinariedade. Campinas, São Paulo: Papirus, 2013.

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