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Fatores de risco

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Bruna Miranda 
Odontologia VII 
1 
 
FISIOLOGIA ORAL 07.04 
Fatores de risco: predisposição 
genética e influência ambiental 
DTM: conjunto de condições dolorosas e/ou 
disfuncionais envolvendo os músculos 
mastigatórios e/ou articulações 
temporomandibulares. 
Em geral, 75% dos pacientes apresentam DTM 
muscular e articular, 13% apenas muscular e 5% 
articular. 
Ferramenta de diagnóstico: DC/TMD. 
Desordens dolorosas: 
 Mialgia local. 
 Dor miofascial. 
 Dor Miofascial com referência. 
 Artralgia. 
 Cefaléia atribuída a DTM. 
Desordens articulares não necessariamente 
dolorosas: 
 Deslocamento do disco. 
 Alterações degenerativas. 
 Subluxações. 
É possível apresentar desordens articulares sem 
dor articular, e também apresentar dor articular 
(artralgia) sem alteração na posição do disco ou 
alterações degenerativas diagnosticadas por 
imagens. 
EPIDEMIOLOGIA: 
Estudo da distribuição, determinantes e história 
natural das enfermidades nas populações. 
Identifica: prevalência, incidência, história natural 
e fatores de risco. 
Prevalência: proporção da população que tem a 
condição em um dado momento. Determinado 
por estudos transversais. 
 Baixa em crianças. 
 Aumentada em adultos jovens 15 a 20 
anos, mais em mulheres pela flutuação do 
estrogênio durante o ciclo menstrual; 
relação entre a flutuação e alguns 
neurotransmissores relacionados ao humor 
e linear de dor. A influência do estrogênio 
nos níveis centrais de serotonina explica as 
alterações de humor e porque em 
diferentes centros os mesmos 
neurotransmissores controlam as duas 
situações. Presença de receptores de 
estrógeno na cartilagem articular que 
fazem com que a flutuação do estrogênio 
seja deletéria, alterando para baixo o 
limiar de dor e diminuindo a capacidade 
adaptativa da cartilagem articular. 
 A partir dos 45 anos, diminui com a idade. 
 Rara em idosos. 
Incidência: proporção de casos novos em um 
período de tempo específico, geralmente um 
ano. Determinado por estudos longitudinais, 
prospectivos ou retrospectivos. 
 Os estudos são principalmente descritivos e 
não longitudinais. 
 Prevalência de sinais e sintomas. 
 Os estudos longitudinais são raros. 
 Pouca informação sobre incidência. 
 1,5% a 4,0% ao ano. 
Etiologia: identificar os fatores de risco, identificar 
indivíduos em risco e estabelecer métodos de 
eliminação ou redução do risco que o indivíduo 
está exposto. 
Modelo biopsicossocial: origem simultaneamente 
biológica, psicológica e social influenciando o 
risco de desenvolvimento de DTM. 
Ex: ambiente violento pode gerar ansiedade, 
gerando uma parafunção que vai incidir no 
indivíduo pré-disposto (mulher em idade 
reprodutiva) com características genéticas que 
fazem o limiar de dor seja mais baixo, sendo 
provocada uma DTM. 
Se acredita que os fatores genéticos combinados 
com exposições ambientais contribuam para um 
maior risco de desenvolvimento de DTM. 
OPPERA: Orofacial Pain: Prosprective Evaluation 
and Risk Assessment. 
Dor orofacial: avaliação prospectiva e análise de 
risco. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
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 3263 pacientes assintomáticos sem 
diagnóstico de DTM. 
 Estudo longitudinal prospectivo. 
 Acompanhados inicialmente por 3 anos. 
 2737 completaram o estudo. 
 1/3 desenvolveram sintomas de DTM. 
 1/4 dos episódios sintomáticos, a 
intensidade característica da dor foi alta. 
 A taxa de ocorrência para o segundo 
sintoma mais do que duplicou e duplicou 
novamente, ou seja, quanto mais o 
indivíduo tinha sintomas mais risco ele tinha 
de desenvolver novos sintomas até a 
cronificação do quadro para diagnóstico 
de DTM. 
 260 desenvolveram DTM. 
 Incidência de 4% ao ano. 
Fatores acompanhados: 
 Demográficos: adultos jovens, gênero 
feminino e leucodermas. 
 Genéticos: herança genética, limiar de dor 
(metabolismo da cartilagem e do osso, 
afinidade de receptores e metabolismo de 
neurotransmissores que controlam o limiar 
de dor). 
o Limiar de dor: cada indivíduo possui 
uma rede aferente neuronal que 
conduz a informação dolorosa. O 
estímulo precisa ser acima do limiar 
para ativarem os estímulos 
nociceptivos. 
 Condições clínicas sistêmicas. 
 Condições clínicas locais. 
 Condições psicológicas. 
 Limiares de dor.

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