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Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 GERIATRIA -FPM III-2021 FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO 1) Qual é a diferença entre senescência e senilidade? Senescência é definido como o envelhecimento normal, alterações fisiológicas do envelhecimento, já a senilidade é quando o envelhecimento está associado às doenças que podem acometer os idosos, condições que acometem o indivíduo no decorrer da vida devido a mecanismos fisiopatológicos. 2) Quais as modificações que ocorrem na composição corporal por consequência do envelhecimento e qual a importância dessas alterações? Pode ter a diminuição da celularidade, reduzindo continuamente a função dos órgãos, diminuição da água intra-celular, diminui a musculatura, principalmente das fibras de contração rápida e aumento proporcional de gordura, especialmente em torno da cintura pélvica. Essas alterações são importantes, sobretudo a diminuição da água e o aumento da gordura corporal, em relação à farmacologia, devendo tomar cuidado com a prescrição dos medicamentos hidrossolúveis e lipossolúveis. 3) Cite as alterações ósseas e musculares que ocorrem com o envelhecimento. Diminuição da massa óssea, nos homens a partir de 60 anos e nas mulheres após a menopausa, sinostose dos ossos do crânio, desgaste de ossos da maxila e mandíbula, caixa torácica perde elasticidade e mobilidade e acentuam-se as curvas da coluna vertebral. Já os músculos ocorre sarcopenia, isto é, perda de 1 a 2% da massa muscular ao ano a partir de 60 anos, o que aumenta o risco de quedas, declínio funcional, redução da mobilidade, incapacidade e dependência. 4) Escreva em poucas palavras as alterações que ocorrem nos sentidos (audição, visão, paladar e olfato) como consequência do envelhecimento. A audição diminui com a idade, principalmente para sons agudos (presbiacusia), pavilhões auriculares aumentam e há calcificação das articulações entre martelo, bigorna e estribo. Quanto à visão, ocorre presbiopia, diminuição do humor vítreo, depósitos de lipofuscina na retina, degeneração macular senil, hiperpigmentação e edema da pálpebra inferior, ptose palpebral superior por perda muscular, opacificação do cristalino (catarata). O olfato também fica reduzido, devido principalmente à diminuição dos receptores olfatórios. Quanto ao paladar, há atrofia das papilas gustativas, diminuição do paladar, principalmente para alimentos salgados. ALTERAÇÕES COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS NO IDOSO - DELIRIUM 1) O que é delirium? É uma síndrome neuropsiquiátrica transitória e flutuante, que inicia subitamente, caracterizando- se por diminuição da cognição de maneira global, principalmente da atenção e consciência, aumento ou diminuição da atividade psicomotora e mudanças do ciclo sono-vigília. Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 2) Como diferenciar delirium de demência? O delirum é um sintoma de uma outra doença, isto é, geralmente é causado por uma infecção, de início súbito e manifestação aguda, curso flutuante, duração de horas a semanas e mudanças na percepção sensorial. Já a demência possui uma instalação cr6onica a insidiosa, com curso lento e progressivo, podendo durar de meses a anos e com percepção sensorial usualmente normal. 3) Quais são as características clínicas do delirium? Segundo o CAM (Confusion assessment method) os principais sintomas são déficit de atenção, desorganização do pensamento, alteração cognitiva aguda e de caráter flutuante. Porém podem ocorrer prejuízo da memória, desorientação têmporo-espacial, alterações de ciclo sonovigília, distúrbios sensoriais, alteração do nível de consciência e distúrbios de atividade psicomotora. 4) Como é realizada a triagem/acompanhamento do delirium através do CAM? A triagem/ acompanhamento do delirium através da CAM é feita por meio da anamnese (revisão de medicamentos), exame físico geral, exame neurológico breve e realização de exames complementares como hemograma completo, creatinina, ureia, eletrólitos, cálcio, glicemia capilar, urina tipo I, urocultura, radiografia de tórax, eletrocardiograma, entre outros conforme as situações específicas de cada paciente. 5) Cite 7 fatores precipitantes e 7 fatores desencadeantes para delirium. Os fatores precipitantes podem ser : fatores ambientais, dor, imobilização do paciente, privação de sono, infecções, uso sondas e drenos e polifarmácia. Já quanto aos fatores predisponentes pode-se citar: história de quedas, multimorbidades, mobilidade limitada, comprometimento funcional, demência ou déficit cognitivo, idade avançada e doença grave. 6) Cite 10 medidas preventivas para delirium. Prevenção é a melhor estratégia de combate ao delirium, sendo parte fundamental do tratamento. As medidas preventivas para delirium, pode-se citar: evitar hipóxia, avaliar e tratar possíveis infecções, evitar desidratação e constipação, promover bons padrões de sono, encorajar mobilização precoce no leito, corrigir déficits sensoriais, iniciar e reavaliar continuamente analgesia instituída, orientação adequada no tempo e no espaço, evitar procedimento invasivos durante o período de sono e reduzir ruído ambiental. SEMIOLOGIA DO IDOSO 1) Em relação à anamnese do paciente idoso, cite 5 aspectos que podem dificultar a coleta das informações da história clínica e 10 queixas que merecem atenção. A coleta das informações pode ser dificultada por diversos motivos, dentre eles: o paciente informar pouco sobre a sua doença (aceita a doença como inevitável, teme as consequências de estar doente, sente-se intimidado pelo médico), doenças se manifestam de maneira atípica (idosos tem limiar maior para dor e não praticam atividades física, limitando a manifestação de Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 sintomas), barreiras de comunicação (deficiências sensoriais, cognitivas, problemas de linguagem), história extensa e queixas mal caracterizadas (múltiplas doenças interagindo) e apresentações inespecíficas das doenças agudas (doenças graves manifestam-se apenas como confusão mental, queda ou incontinência, por exemplo). Quanto às queixas que merecem atenção, são : diminuição da memória, fadiga, modificações do sono, perda de peso maior que 5% em 1 mês, maior que 7% em 3 meses ou maior que 10% em 6 meses, distúrbios de comportamento e deambulação excessiva, tonturas, alterações de marcha e quedas, perdas sensoriais e condições dos dentes e da boca. 3) Em relação ao exame físico do idoso, cite 5 aspectos que podem ser observados no exame físico e estão relacionados ao envelhecimento. No exame físico do idoso, observa-se alterações do tamanho do crânio (Paget), cifose e aumento do diâmetro anteroposterior do tórax o que pode levar a diminuição do murmúrio vesicular, bulha 4 pode surgir sem significado patológico (enrijecimento da musculatura cardíaca por lipofuscina), diminuição de reflexos profundos e alterações de marcha (passos curtos e bem mais lentos, braços perdem a amplitude e ficam mais próximos do corpo, centro de gravidade se adianta e a base de sustentação se amplia). AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA 1) O que é Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)? Qual a diferença entre avaliação Geriátrica Ampla e exame clínico tradicional? Quais os objetivos da realização desta avaliação em idosos? Avaliação Geriátrica Ampla é um método de diagnóstico multidimensional, interdisciplinar, usado para determinar as deficiências, incapacidades e desvantagens do idoso e planejar o seu cuidado e assistência, tanto do ponto de vista clínico, quanto funcional e psicossocia A AGA é diferente do exame clínico padrão por enfatizar a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida, por meio de escalas e testes quantitativos (facilita a comparaçãoevolutiva e comunicação entre os membros da equipe) e voltada principalmente para os idosos frágeis, portadores de multimorbidades. Objetivos dessa avaliação nos idosos são planejamento do cuidado e acompanhamento à médio e longo prazo, realizar um diagnóstico global e desenvolver um plano de tratamento e reabilitação. 2) Quais os componentes básicos avaliados durante a AGA? Cite uma forma de avaliação de cada um destes componentes. AGA é composta por avaliação clínica (anamnese), avaliação da marcha e do equilíbrio (get up and go), capacidade funcional (escala de Katz e Índice de barthel pra análise das ABVD, e escala de lawton e questionário de Pfeffer para análise das AIVD), saúde mental (Mine Exame do Estado mental), Avaliação nutricional (mini avaliação nutricional) e avaliação social e ambiental (avaliar estresse do cuidador, adaptação do ambiente, condições social, financeira e familiar). Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 ABORDAGEM DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 1) Quais são os objetivos da vigilância das doenças crônicas não transmissíveis? Os objetivos da vigilância das doenças crônicas não transmissíveis são reduzir a incidência e prevalência das DCNT, retardar ou prevenir o aparecimento de complicações e incapacidades decorrentes das DCNT, aliviar a gravidade e prolongar a vida com qualidade de vida. 2) Qual a importância das doenças crônicas não transmissíveis? Levam décadas para serem instaladas na vida de uma pessoa, tem origem em idades jovens, influenciada pelas condições de vida, não somente por escolhas individuais, muitas oportunidades de prevenção – longa duração -, exigem abordagem sistemática e longo tempo de tratamento, serviços de saúde integrados para abordagens adequadas, prevenção com baixo custo. 3) Quais os principais grupos de doenças crônicas trabalhadas pelo Ministério da Saúde atualmente? Atualmente, os principais grupos de doenças crônicas trabalhadas pelo Ministério da Saúde atualmente são doença cardiovascular e circulatórias, diabetes, doenças respiratórias crônicas e câncer. 4) Quais os fatores de risco modificáveis, comuns às doenças crônicas? Tabagismo, consumo de álcool, inatividade física, alimentação não-saudável e obesidade. 5) Cite pelo menos 5 ações realizadas no Brasil para prevenção e/ou tratamento das doenças crônicas não transmissíveis. Promoção de estudos e pesquisas sobre DNCTs (vigilância, informação, avaliação e monitoramento), promoção da saúde por meio do incentivo à atividade física, como criação de Academias em praças, programa saúde na escola e por meio de campanhas de comunicação, como incentivo às Olimpíadas, além de campanhas de prevenção ao tabagismo e consumo de álcool, por meio de legislações específicas e do aumento de impostos sobre esses produtos, por exemplo. Além disso, há também os incentivos ao envelhecimento ativo, por meio da implantação de modelo de atenção integral ao idoso e do incentivo à autonomia, independência e prática de atividade física, além de campanhas para prevenção de doenças como rastreamento do câncer do colo de útero e mama. ALTERAÇÕES COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS NO IDOSO - DEMÊNCIAS 1) Quais as diferenças entre queixa subjetiva de memória, transtorno cognitivo leve e demência? Queixa subjetiva de memória: percepção subjetiva que indivíduos têm acerca de sua própria capacidade de armazenar e de recordar informações Transtorno cognitivo leve: queixa de memória sem comprometimento funcional Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 Demência: queixa de memória associada ao comprometimento funcional. É considerada uma síndrome clínica caracterizada por prejuízo progressivo das habilidades cognitivas, grave o suficiente para interferir nas atividades sociais e ocupacionais habituais do indivíduo. 2) Ao avaliar um paciente com queixas de alterações de memória e comportamento, quais as possibilidades de diagnóstico sindrômico? Dentre os diagnósticos diferenciais pode-se citar síndromes depressivas, estados confusionais como delirium, além disso deve-se pensar em causas potencialmente reversíveis como uso de determinadas drogas, desordens metabólicas como hipo ou hipertireoidismo, hipo ou hipercalcemia, doença de Cushing ou Addison e insuficiência renal, insuficiência hepática, hipóxia ou hipercapnia. Soma-se a isso a presença de transtornos nutricionais, infecções, hidrocefalia, neoplasias primárias ou secundárias, traumas e vasculites. 3) Descreva os aspectos da história clínica que são importantes no diagnóstico diferencial de um paciente com queixa de alteração de memória. As principais queixas clínicas incluem dificuldades de executar atividades complexas como dirigir e trabalhar, perder objetos pela casa, guardar objetos em locais impróprios, dificuldade para aprender informações novas, esquecer torneiras abertas, fogo aceso, esquecer nomes, compromissos ou de tomar medicamentos, repetitividade ao contar sempre a mesma história, fazer as mesmas perguntas, perda do bom-senso (comentários impróprios, jocosidades, alterações de sexualidade), dificuldade para localização espacial, dentre outros. 4) Descreva alterações no exame físico que podem ser encontradas nos pacientes com síndrome demencial e podem ajudar no diagnóstico etiológico das demências. Presença de doenças sistêmicas, carências nutricionais, sinais de risco para doenças cerebrovasculares como Hipertensão Arterial Sistêmica, arritmias e sopros carotídeos. Deve-se avaliar também a presença de sinais neurológicos como alteração da marcha, assimetria de força muscular, sinais extrapiramidais (rigidez, tremor, bradicinesia, alterações de equilíbrio), reflexo de preensão palma, reflexo de sucção). 5) Após o diagnóstico da Síndrome Demencial, quais as possibilidades de diagnóstico etiológico? (causas potencialmente reversíveis e degenerativas) Dentre as causas potencialmente reversíveis pode-se pensar em desordens metabólicas, como hipo ou hipertireoidismo, hipo ou hipercalcemia, doença de Cushing ou Addison, insuficiência renal, ou também em demências induzidas por drogas, transtornos nutricionais, infecções, hidrocefalia, neoplasias, traumas ou vasculite. Quanto às causas irreversíveis, isto é, degenerativas, pode-se citar Doença de Alzheimer, Demência com corpúsculos de Lewy, Demência vascular, Frontotemporal, Parkinson, Paralisia Supranuclear Progressiva e Doença de Huntington. 6) Resuma as características clínicas, laboratoriais e radiológicas da Doença de Alzheimer, Demência Vascular, Demência por Corpos de Lewy e Demência Fronto-temporal. Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 Doença de Alzheimer: de início, ocorre esquecimento de fatos recentes, há maior percepção dos familiares sobre a perda de memória, piora progressiva dos sintomas com perda funcional dos sintomas, perdas cognitivas como inabilidades visuespaciais, de linguagem e das funções executivas. Frequentemente, o início ocorre após 60 anos, há alterações cognitivas com repercussões funcionais, piora é progressiva, gradual e contínua podendo variar de 2 a 20 anos. Os exames laboratoriais encontram-se normais e de neuroimagem apresenta atrofia principalmente de hipocampo e estruturas mesiais temporais. O diagnóstico definitivo só é possível com biópsia cerebral ou anatopatológico. Demência Vascular: quadro clínico varia conforme a apresentação e o acometimento da área cerebral, inclui os seguintes tipos: múltiplos infartos lacunares, demência multinfarto, demência de Binswanger e demência estratégica de infarto único. Frequentemente, a demência vascular ocorre junto com a doença de Alzheimer. Dentre os fatores que podem causar, pode-se citar ter hipertensãoarterial sistêmica, diabetes, aterosclerose, fibrilação atrial, altos níveis de gorduras (colesterol alto), fumar e ter sofrido acidente vascular cerebral. Essas doenças danificam os vasos sanguíneos do cérebro e aumentam o risco de acidentes vasculares cerebrais, favorecendo a formação de coágulos. Ao contrário de outras demências que progridem continuamente, a demência vascular pode progredir em etapas e seus sintomas serem agravados subitamente. Isso ocorre porque é determinada pela ocorrência de acidentes vasculares cerebrais, assim ocorre piora após o acontecimento dente. Apenas nas situações em que ocorre pequenos acidentes vasculares cerebrais é que a demência vascular se desenvolver mais gradualmente e de forma contínua. Dentre os sintomas pode-se citar perda de memória, dificuldade de planejamento e de iniciar ações ou tarefas, raciocínio lento e uma tendência a vagar, e essas dificuldades surgem precocemente. Comparativamente à doença de Alzheimer, a demência vascular tende a causar perda de memória mais tarde e afetar menos a personalidade. Realiza-se exames laboratoriais para verificar a presença de diabetes, colesterol e distúrbios vasculares. Nos exames radiológicos, encontra-se evidências de acidente vascular cerebral. Demência por Corpos de Lewy: demência degenerativa primária, com início entre 60 e 80 anos e frequência maior entre os homens. Possui curso progressivo, rápido e flutuante, manifestações de sintomas psiquiátricos (alucinações visuais complexas) e extrapiramidais (rigidez, bradicesia, tremores, disautonomia, hipotomia facial, instabilidade postural) e, consequentemente, quedas frequentes. São formados depósitos arredondados anormais de uma proteína – chamada de corpos de Lewy – nas células nervosas resultando em mortes dessas. Na demência por corpos de Lewy, os corpos de Lewy se formam ao longo da camada mais externa do cérebro (substância cinzenta/ córtex cerebral), área responsável pelo pensamento, percepção, uso e compreensão da linguagem. Assim, nos exames de imagem nota-se esse acúmulo. Demência Frontotemporal: chamada de demência de Pick, possui início entre 45 e 65 anos (demência pré-senil), com evolução em 2 a 10 anos (doença de evolução mais rápida), ocorre Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 alterações significativas de personalidade e comportamentais, incidência igual em homens e mulheres. Por meio dos exames radiológicos, nota-se atrofia frontal e/ou temporal unilateral ou bilateral, podendo não estar presente nas fases iniciais da doença, e diminuição da atividade neuronal na região frontotemporal. Os exames laboratoriais são fundamentais para eliminação de possíveis causas reversíveis de demência. FRAGILIDADE 1) O que é Síndrome de Fragilidade? É uma síndrome biológica de redução da capacidade de reserva homeostática do organismo e da resistência aos estressores em declínios cumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos, causando vulnerabilidade e desfechos clínicos adversos. É caracterizada por perda de peso, fadiga, fraqueza, inatividade e redução da ingestão alimentar, sarcopenia, redução do equilíbrio, do condicionamento e osteopenia, além de desregulação neuroendócrina e disfunção imunológica. 2) Como é realizado o “diagnóstico” da síndrome de fragilidade? (critérios) Existem 5 critérios conforme Fried e Cols para diagnosticar a síndrome de fragilidade: perda de peso não intencional (maior de 4,5 kg ou superior a 5% do peso corporal no último ano), diminuição da força de preensão palmar, diminuição da velocidade de marcha em segundos, exaustão às queixas de incapacidade de realizar tarefas e baixo nível de atividade física semanal . A presença de 1 ou 2 critérios sinaliza que o paciente é pré-frágil, já a presença de 3 ou mais critérios sinaliza que o paciente é frágil. QUEDAS 1) Qual a importância clínica das quedas em idosos? As quedas aumentam o medo de cair, o abandono das atividades, as taxas incidência de fraturas e de imobilização nos idosos, podendo resultar em várias lesões orgânicas (hematomas, contusões, escoriações, fraturas). Com isso, podem desenvolver síndromes Pós-quedas: redução de suas atividades depois que caem, desenvolver ansiedade e depressão, isolamento social, um sentimento de inutilidade e a fobia (ptofobia) de cair novamente. Tudo isso acarreta em um ciclo vicioso: medo de cair leva a limitações das atividades físicas que causa declínio funcional, aumentando o risco de quedas. Soma-se a isso o fato das quedas terem um risco elevado de morte. 2) Quais os fatores de risco para quedas em idosos? (intrínsecos, extrínsecos e precipitantes) Fatores de risco intrínsecos: disfunção de marcha e equilíbrio, déficit visual, comorbidades, idade avançada, comprometimento de ABVD, demências, fraqueza muscular, disfunção vestibular, neuropatia periférica, idade, sexo feminino, viúvos/ solteiros/ divorciados, história prévia de fratura, múltiplas comorbidades, história prévia de fratura, doença de Parkinson, depressão e/ou ansiedade Fatores de risco extrínsecos: ambientes (iluminação inadequada, superfícies escorregadias, tapetes soltos e com sobras, degraus altos, etc), calçados, métodos assistivos, medicamentos Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 (ansiolíticos, hipnóticos, antipsicóticos, antidepressivos, anti-hipertensivos, diuréticos, anticolinérgicos, anti-arrítmicos, hipoglicemiantes), alterações sensoriais (visão, propriocepção, sistema vestibular, marcha) Fatores precipitantes: síncope, desequilíbrio, tropeços, vertigem, doença aguda. 3) Como deve ser a avaliação clínica de um idoso que sofreu uma queda? Deve-se avaliar as alterações sensoriais (visão, propriocepção, sistema vestibular e, principalmente, a marcha), os medicamentos (como ansiolíticos, hipnóticos, antidepressivos, diuréticos, anticolinérgicos, hipoglicemiantes e polifarmácia), avaliar os pés, além de análise das possíveis causas ambientais (iluminação inadequada, degraus altos ou estreitos, superfícies escorregadias, etc). A pergunta chave da anamnese é porque a pessoa sofreu queda em uma ocasião particular em um local específico. Nessa perspectiva, conforme a American Geriatrics Society, recomenda-se análise da história clínica (prévias, medicamentos), exame físico (marcha, mobilidade, equilíbrio, acuidade visual e exame neurológico), avaliação cognitiva, avaliação funcional e avaliação ambiental. 4) Quais as medidas de intervenção e prevenção para quedas? Tem-se como medidas de intervenção e prevenção para quedas: atuar nos fatores intrínsecos modificáveis (força, equilíbrio e marcha), fortalecer a musculatura e realizar alongamentos específicos, promover reabilitação vestibular e do equilíbrio, promover reeducação postural, envolver a família e considerar melhorar a socialização e o encorajamento, tratar as condições clínicas subjacentes, manusear as repercussões psicológicas, racionalizar a prescrição de medicamentos, reposição de vitamina D e adaptação dos ambientes e do domicílio. Além disso, pode-se sugerir o uso de dispositivos auxiliares de marcha (andadores, bengala), triagem para osteoporose, protetores de quadril e reavaliar o uso de anticoagulantes (aumenta o risco de sangramento durante as quedas). SÍNDROME DE IMOBILIDADE 1) O que é síndrome de imobilidade ou imobilização? São pessoas com mais de 75 anos que dependem de terceiros para AVDs, vivem geralmente em instituições, são incapazes de se movimentar, utilizam muitos fármacos, possuem desnutrição e alterações nos exames laboratoriais. Na maioria das vezes, são mantidos confinados no leito e, devido a esta imobilidade, adquirem e evoluem para outras complicações, que chamamos de síndrome de imobilidade. Por Pietro de Nicola, a síndrome ocorre quandoa imobilidade resulta em deterioração grave dos órgãos e aparelhos, com início marcado pelo prejuízo intelectual e comportamental, estados depressivos, distúrbios cardiovasculares, respiratórios, digestivos e metabólicos, além de outros sintomas como desnutrição, contratura, constipação intestinal, hipotonia muscular, osteoporose, negativação do balanço nitrogenado e distúrbios metabólicos. Isto é, trata-se de um conjunto de alterações decorrentes da imobilidade e repercutem negativamente sobre o organismo. Por Nome: Kaique Matheus Alves de Oliveira T6 RGA: 2020.0744.037-4 definição Síndrome de Imobilidade é um complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares, que, por conseguinte, prejudica a mudança postural, compromete a independência, leva à incapacidade, à fragilidade e à morte. 2) Quais os critérios diagnósticos da síndrome de imobilidade? Quantos são necessários para o diagnóstico? Para o diagnóstico da síndrome de imobilidade é preciso que tenha a presença do critério maior (déficit cognitivo moderado a grave e a presença de múltiplas contraturas) e pelo menos dois dos critérios menores que são sinais de sofrimento cutâneo ou úlceras de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinência e afasia. Além disso, considera-se decúbito de longa duração quando tem duração maior que 15 dias.
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