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92 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Unidade III 7 INDICADORES E AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Vamos, nesta unidade, reunir e apresentar medidas preventivas no que se refere à área financeira das organizações. Como se fosse possível apresentá‑las a título de exemplo elucidativo do “como não fazer”, ou do “como fazer melhor”, a unidade dimensionará situações reais de empreendimentos de sucesso e de aparente fracasso. Iremos demonstrar quais os padrões (parâmetros do setor ou indústria) que existem no mercado financeiro brasileiro para efeito de comparações, no intuito de que tais indicadores possam balizar as ações gerenciais de forma direta e eficiente. Dessa forma, nosso estudo será encaminhado a um tripé extremamente importante nas finanças: o risco, o retorno e o hedge (proteção). 7.1 Risco e retorno Todos os empreendimentos estão sujeitos a algum tipo de risco. Sendo assim, é um bom conselho que todas as projeções devam conter sua relação de risco, que é o perigo a que estão sujeitas nossas atitudes, especialmente aquelas tomadas no campo financeiro mais específico, ou gerencial no campo mais abrangente. Estudiosos no assunto definiram dois tipos de riscos: o risco sistemático, ou comum, ou inerente a qualquer negócio, cujo melhor exemplo é o das condições econômicas do país, que tanto afetam as decisões empresariais; o outro tipo é risco específico, ou próprio, cujo melhor exemplo é o do setor de serviços, quando se vê afetado por reclamações trabalhistas inerentes aos defeitos ou situações próprias que têm na relação com seus empregados. O risco pode e deve ser gerenciado, pode ser previsto, quantificado e, portanto, minimizado. Na gestão do risco, devemos separá‑los nos riscos de característica operacional, e aqueles com característica financeira. Os riscos operacionais são aqueles típicos de cada operação. Por exemplo, se uma empresa só consegue sobreviver em suas vendas se praticar o prazo, correrá o risco de ter problemas ou não, dependendo de suas políticas próprias de crédito. A propósito, comecemos por delinear os riscos inerentes à conta Duplicatas a Receber – ou Clientes –, nas empresas que vendem a prazo. Os riscos variam de acordo com as características de cada cliente ou tomador do crédito. Os mais conhecidos e pertinentes são: 93 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Risco do negócio Está ligado à incerteza que uma empresa tem de obter determinado resultado em seu negócio, uma vez que o ponto de equilíbrio operacional deve ser meta constante a ser alcançada e a margem de contribuição deve ser suficiente para cobrir os custos e despesas operacionais fixas. Lembrete Há uma variedade quase infinita de empresas e de situações competitivas que deverão ser enfrentadas, nas quais se evidenciam os controles dos custos fixos, harmonização de um faturamento ideal, e obtenção de um lucro que satisfaça as necessidades dos investidores e também da própria empresa. Assim, o administrador que desejar quantificar seus riscos terá que analisar sistematicamente a força e a fraqueza de sua empresa, procurando antecipar os futuros problemas. Em se tratando de crédito, terá que fazê‑lo também junto a seus clientes. Dentre os diversos tipos de riscos do negócio, destacamos: • Risco inicial O risco que envolve o início das atividades, por meio de um dimensionamento ideal do capital social necessário ao negócio, e os próprios limites relativos ao talento dos gestores ou administradores. • Risco de caixa Que se traduz na falta de dinheiro, ou dimensionamento inadequado ao pagamento dos compromissos assumidos, sejam eles internos ou externos. • Risco de autoridade Ocorre quando os limites pessoais de delegação de autoridade não são aceitos ou inexistem, criando confusões administrativas e desobediência generalizada a ordens. • Risco de liderança Ocorre quando a empresa não tem comando ou quando este comando não é percebido pelos participantes do processo organizacional. 94 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III • Risco da sucessão Ocorre quando o fundador da empresa não sabe a quem “passar o bastão” em termos familiares e, ao mesmo tempo, quando estes fazem parte da administração. Observação Observe que o risco de negócio refere‑se estritamente às condições em que a empresa se encontra e, neste aspecto, cabem análises do ambiente interno e externo à empresa. Risco financeiro É ressaltado pela utilização excessiva de empréstimos, quer em curto prazo – para a manutenção das atividades operacionais –, quer em longo prazo – para investimentos em Ativos Permanentes. Essas atitudes são primordiais para a manutenção das atividades financeiras dentro de parâmetros suportáveis. A cobertura dos custos financeiros é uma tarefa que requer planejamento adequado. Se assim não se proceder, há o risco de atraso nos compromissos e mesmo a impossibilidade de alcance da necessária lucratividade. Risco político Que se traduz na influência considerável que a condução política do Estado traz às empresas e aos negócios. A dinâmica nas regras econômicas e tributárias promovidas pelos governos federal, estaduais e municipais é de tal ordem que acabam por inibir a atuação empreendedora, causando instabilidade e influência, por vezes negativa, nos negócios e transações de médio e longo prazo. Com todas as consequências de ordem social e econômica que tal fato acarreta. Observação Observe que o risco político é um condicionante externo à empresa, mas que deve ser considerado: daí a importância de se conhecer o ambiente da política econômica governamental. Riscos contingentes Devemos reconhecer que os negócios convivem com incertezas e inseguranças. Incêndios, alagamentos e enchentes são fatores muitas vezes incontroláveis. Há situações, entretanto, que podem ser previstas e mantidas como Passivos contingenciais. Dentre elas se destacam as ações trabalhistas, imposição de multas, autuações etc. 95 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Risco do prazo O ideal, numa economia, é que todas as transações se realizem à vista, ou seja, sem necessidade de financiamento a prazo. Todavia, não é o que ocorre. A cada dia o crédito aos clientes é mais e mais importante. E também a necessidade de buscar idêntica aliança junto aos fornecedores. Este ciclo precisa ser favorável – um adequado ciclo de caixa –, sob pena de estabelecer‑se um desequilíbrio financeiro na relação Ativo Circulante versus Passivo Circulante. Risco da insolvência Trata‑se de um risco permanente em situações de crédito determinadas pelo mercado de atuação da empresa. A formação de uma provisão para devedores duvidosos é de vital importância para a “saúde” financeira do negócio. A Administração Financeira deve reconhecer tal risco em toda sua magnitude e estabelecer normas e políticas que venham a equacionar e, sobretudo, diminuir o impacto deste risco na rentabilidade do negócio. Como riscos com característica financeira, destacamos aqueles que possam causar prejuízos diretamente nos resultados ou na condução de uma política financeira saudável, tais como a) mudança inesperada no custo das mercadorias ou insumos, movidos por problemas econômicos nacionais; b) redução dos preços de venda por problemas econômicos ou específicos do setor; c) mudança inesperada e representativa na taxa de câmbio; d) mudança inesperada e significativa nas taxas de juros. Saiba mais O assunto risco é bastante interessante. Aqui, o que se apresentou, foi o tratamento empresarial do risco. Você poderá efetuar a leitura prazerosa do livro de Charles P. Kindleberger, intitulado Manias, pânicos e crashes: uma históriadas crises financeiras (Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2000). Nesta obra, o autor chama atenção para as crises financeiras que podem ser geradas a partir do momento em que investidores de todos os tipos avaliam de forma incorreta os riscos que são assumidos diante algum investimento. Fica a dica! Retorno Retorno é todo ganho ou perda de um proprietário ou aplicador de recursos sobre os investimentos realizados. É, portanto, uma expectativa pessoal, subjetiva ou objetiva, de quanto renderá um valor aplicado em ações, fundos de investimento ou outro Ativo. Por que expectativa pessoal? Porque todo investimento apresenta um determinado risco. Pode dar certo ou não. Pode se concretizar ou não. Pode depender de terceiros ou não. Pode apresentar situações inusitadas e desconhecidas que frustrem as expectativas iniciais, ou até mesmo promessas contratuais. Vejamos estes aspectos de forma detalhada. 96 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Em Administração Financeira, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RsPL) é a fórmula mais importante para se analisar uma aplicação em ações ou cotas de uma sociedade. Quando as aplicações são feitas no mercado de capitais, existem dois modelos específicos que podem ser aplicados para otimização dos retornos nestes investimentos: o Capital Asset Pricing Model – CAPM (Modelo de Preços de Ativos) e o Arbitrage Pricing Theory – APT (Teoria de Preços de Arbitragem) que, por sua natureza, fogem ao escopo da presente unidade. Tratemos, portanto, de analisar o Retorno sobre o Patrimônio Líquido, objetivo maior deste tópico, uma vez que, como gestor financeiro, o profissional da área é por vezes instado a opinar sobre tal medição pelos acionistas ou cotistas, interessados diretos na rentabilidade do patrimônio (riqueza) da organização. Como tal, o percentual de retorno sobre o Patrimônio Líquido pode até ser subjetivo, mas pode ser estabelecido nas metas da organização, objetivando o seu cumprimento ao longo de um período de tempo predeterminado. No entanto, o que não se pode admitir é um trabalho de gestão financeira que não tenha esse percentual definido e aceito entre as partes. Lembrete Lembre‑se de que nesta disciplina estamos tratando de finanças empresariais e, portanto, da atividade sobre o uso e retorno do Patrimônio Líquido. 7.2 Indicadores Fiesp‑Serasa e Revista Exame O Brasil conta com a divulgação de indicadores econômico‑financeiros por meio de duas excelentes fontes: a Serasa, em parceria com a FIESP, e a Revista Exame. A Serasa, uma das mais conceituadas empresas de levantamento e posicionamento para concessão de crédito do mundo, decidiu, em parceria com a FIESP, divulgar, no seu site, os principais indicadores da indústria nacional. Os indicadores econômico‑financeiros estão divididos em cinco grupos: • rentabilidade; • nível de atividade; • estrutura de capitais; • capacidade de pagamento de dívidas; • gestão do capital de giro. Essas informações são calculadas com base no arquivo das demonstrações financeiras que a Serasa compila e são explicitadas por um glossário completo, explicando o significado de cada indicador e sua respectiva aplicação. 97 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Saiba mais Você poderá obter mais informações acerca da metodologia acessando: SERASA Experian. Indicador Serasa – Fiesp orienta empresários. Edição 94. [s.d]. Disponível em: <http://www.serasaexperian.com.br/ serasaexperian/publicacoes/bis/2005/94/bis_00208.htm>. Acesso em: 27 dez. 2013. Aqui, perceberá que a Fiesp e a Serasa desenvolveram ferramentas de auxílio às micro, pequenas e médias indústrias no incremento de sua competitividade pela melhor gestão de suas finanças. Já a revista Exame, por meio da edição das “Melhores e Maiores”, apresenta, desde 1973, uma edição elucidativa de como se posicionam as melhores e maiores empresas do país. Enquanto a parceria Fiesp‑Serasa trata apenas de indústrias, a edição da revista Exame contempla todas as atividades. Não há paralelo de comparação. O trabalho da revista Exame é bem mais completo e elucidativo para a tomada de decisões. Ambos se complementam. Torna‑se possível afirmar que é impossível, no mundo das finanças, no território nacional, ignorar esses dois estudos. O importante é que, para os estudiosos, existam parâmetros de comparação e de estímulo ao desenvolvimento de trabalhos analíticos sobre finanças. Saiba mais A visita ao site da revista Exame: melhores e maiores oferece grande quantidade de informações acerca do assunto que estamos tratando: <http://exame.abril.com.br/topicos/melhores‑e‑maiores> Os indicadores setoriais mais importantes e que são contemplados em ambos os estudos são: • liquidez corrente; • liquidez geral; • giro do Ativo; • retorno sobre o Patrimônio Líquido. 98 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III 7.3 Avaliação de empresas: diagnóstico empresarial Este trecho de nossa análise focaliza uma série de situações típicas que envolvem as organizações nos seus aspectos econômico‑financeiros. Uma vez diagnosticados os problemas, à luz dos diversos indicadores empresariais e setoriais, é possível uma tomada de decisão com relação às prováveis soluções. Trata‑se de “aprender com os problemas”, uma metodologia tão difundida no ensino de finanças. Observação Observe que nosso intuito é o de “aprender com os problemas”, uma metodologia tão difundida no ensino de finanças. A técnica de diagnosticar em finanças deve seguir algumas premissas básicas que poderiam até transformar‑se em “conselhos úteis” para os gestores financeiros: • o diagnóstico financeiro assemelha‑se ao diagnóstico em medicina; • há um senso lógico a permear todas as conclusões; • poderão ocorrer problemas quando os limites forem ultrapassados; • gastar R$1.200,00 todos os meses, quando a receita mensal é de R$1.000,00, poderá ser fatal; • contrair empréstimos sem possibilidade de geração de resultados para pagar as despesas financeiras é um erro; • a empresa pode acumular prejuízos durante meses ou anos; no entanto, existem limites; • excesso de caixa não é lucro; • o prejuízo corrói o Ativo Circulante; • se o capital de giro não for bem dimensionado, a empresa terá de recorrer a terceiros, para quem, normalmente, pagará juros. • recorrer a bancos não é uma atitude errada, mas recorrer sem ter condições de pagar juros e quitar o empréstimo é uma atitude extremamente perigosa; • as indústrias precisam de imobilizações, o comércio menos, e os prestadores de serviço quase nada; • iniciar uma empresa e destinar todo o capital social inicial para imobilizações é trabalhar eternamente para terceiros. 99 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Nossa análise focalizará as seguintes situações, com base em balanços reais: • um diagnóstico empresarial sobre indústrias do ramo metalúrgico, uma apresentando lucros e outra apresentando prejuízos em suas demonstrações financeiras; • um diagnóstico empresarial sobre indústrias do ramo de construção civil, mais propriamente indústria cerâmica, com uma empresa com dívidas e outra empresa sem dívidas; • uma análise de uma indústria de máquinas com excesso de custos e despesas; • um diagnóstico empresarial de indústrias do setor eletrônico, com e sem capital de giro; • um diagnóstico empresarial de indústria de eletrodos com ciclo financeiro excessivo e, finalmente, • um diagnóstico empresarial de indústrias de tecidos com e sem liquidez. Utilizaremos os padrões Serasa para efeitos de comparação com o desempenho setorial e, ao final de cada diagnóstico serão apresentadas as principais constatações. ObservaçãoUtilizaremos os padrões Serasa para efeitos de comparação com o desempenho setorial e, ao final de cada diagnóstico, serão apresentadas as principais constatações. 7.3.1 Desempenhos setoriais 7.3.1.1 Diagnóstico empresarial a partir das ferramentas da administração financeira Nesta parte, apresentaremos casos de sucesso e insucesso na administração das finanças para que se possa, por meio das ferramentas oferecidas, proceder a um diagnóstico comparativo entre diferentes situações. Iniciaremos com um diagnóstico empresarial de empresa com lucros e de empresa com prejuízo em um mesmo setor, qual seja, metalurgia. Primeiro, apresentando o Balanço Patrimonial das duas empresas e depois a Demonstração dos Resultados do Exercício nas duas situações. 100 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Quadro 32 – Diagnóstico empresarial indústria metalúrgica Tema: Empresa com lucros Empresa com prejuízos Empresa com lucros Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria metalúrgica A Ativo Circulante 40,266 Passivo Circulante 9,815 Disponível 16,653 Fornecedores 1,787 Duplicatas a receber 13,962 Contas a pagar 5,993 Estoques 9,009 Empréstimos bancários 2,035 Outras contas 642 Exigível L Prazo 2,429 Realizável Longo Prazo 7,212 Financiamentos 2,421 Outras contas 8 Permanente 8,259 Investimentos 15 Patrimônio Líquido 43,493 Imobilizado 8,244 Capital social 14,452 Diferido – Reservas e lucros acumulados 29,041 Total do Ativo 55,737 Total do Passivo 55,737 Empresa com prejuízos Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria metalúrgica B Ativo Circulante 1,594 Passivo Circulante 1,924 Disponível 58 Fornecedores 328 Duplicatas a receber 1,064 Contas a pagar 1,596 Estoques 148 Empréstimos bancários – Outras contas 324 Exigível L Prazo 29,014 Realizável Longo Prazo 665 Financiamentos 29,014 Outras contas – Permanente 4,856 Investimentos 1,550 Patrimônio Líquido (23,823) Imobilizado 3,306 Capital social (23,823) Diferido – Reservas e lucros acumulados – Total do Ativo 7,115 Total do Passivo 7,115 101 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Quadro 33 Empresa com lucros Empresa com prejuízos Demonstração de resultado padronizada Demonstração de resultado padronizada Em 31 de dezembro de 2006 Em 31 de dezembro de 2006 Indústria metalúrgica A Indústria metalúrgica B Receita Bruta de Vendas 48,580 Receita Bruta de Vendas 7,956 Deduções/impostos incidentes (10,443) Deduções/impostos incidentes (1,412) Receita Líquida de Vendas 38,137 Receita Líquida de Vendas 6,544 Custo dos Produtos Vendidos (20,912) Custo dos Produtos Vendidos (7,960) Matéria‑prima – Estoque Inicial 8,034 Matéria‑prima – Estoque Inicial 251 + Compras 14,220 + Compras 5,413 (‑) Estoque Final (9,009) (‑) Estoque Final (148) = Consumo matéria‑prima 13,245 = Consumo matéria‑prima 5,516 + MOD 3,137 + MOD 1,194 + CIFs 3,814 + CIFs 1,083 + Depreciação 716 + Depreciação 167 Lucro Bruto 17,225 Lucro Bruto (1,416) Despesas Operacionais (5,495) Despesas Operacionais (7,847) Despesas administrativas (2,972) Despesas administrativas (2,542) Depreciação (72) Depreciação (17) Despesas financeiras (2,846) Despesas financeiras (5,233) Receitas financeiras 2,392 Receitas financeiras 5 Despesas comerciais (1,997) Despesas comerciais (60) GPC Investimentos – GPC Investimentos – Lucro Operacional 11,730 Lucro Operacional (9,263) Resultado não operacional 78 Resultado não operacional – Lucro Antes do Imposto de Renda 11,808 Lucro Antes do Imposto de Renda (9,263) Provisão Imposto Renda e Contribuição Social (3,936) Provisão Imposto Renda e Contribuição Social – Lucro Líquido 7,872 Lucro Líquido (9,263) Após a apresentação dos casos, procederemos à análise dos indicadores econômico‑financeiros, conforme a metodologia Fiesp–Serasa. 102 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Quadro 34 – Indicadores econômico‑financeiros da Fiesp – Serasa – média 1º semestre 2006 Indicadores para Grandes Empresas Média 2006 Com lucros Com prejuízos Evolução das vendas 4,6 % 0,8 % ( 41,0 % ) Margem ebitda 17,7 % 34,0 % ( 25,8 % ) Custo industrial x faturamento 70,0 % 43,0 % ( 100,1%) Despesa operacional x faturamento 16,2 % 11,3 % 13,1 % Despesa financeira x faturamento ( 5,1 % ) ( 0,9 %) (53,2 %) Rentabilidade das vendas 9,5 % 16,2 % (52,5%) Retorno sobre o Patrimônio Líquido 8,7 % 18,0 % PL NEG Endividamento total 130,5 % 28,1 % PL NEG Endividamento oneroso 67,4 % 36,4 % PL NEG Investimento imobilizado x faturamento 5,9 % 2,9 % 11,5 % Lembrete Lembre‑se que a margem Ebitda é a sigla em inglês para lucro antes dos juros, imposto de renda, depreciação e amortização. Constatações: • diferenças quanto aos critérios de endividamento; • queda nas vendas; • excessivo custo industrial; • endividamento excessivo traz despesas financeiras; Quadro 35 – Diagnóstico empresarial indústria cerâmica Tema: Empresa com dívidas Empresa sem dívidas Empresa com dívidas Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria cerâmica A Ativo Circulante 5,575 Passivo Circulante 10,873 Disponível 266 Fornecedores 575 Duplicatas a receber 3,644 Contas a pagar 3,120 Estoques 1,223 Empréstimos bancários 7,178 Outras contas 442 103 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Exigível L Prazo 254 Realizável Longo Prazo 85 Financiamentos 4 Outras contas 250 Permanente 2,240 Investimentos 20 Patrimônio Líquido (3,227) Imobilizado 2,111 Capital social 9,048 Diferido 109 Reservas e lucros acumulados (12,275) Total do Ativo 7,900 Total do Passivo 7,900 Empresa sem dívidas Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria cerâmica B Ativo Circulante 4,834 Passivo Circulante 1,993 Disponível 406 Fornecedores 366 Duplicatas a receber 2,557 Contas a pagar 1,627 Estoques 896 Empréstimos bancários – Outras contas 975 Exigível L Prazo – Realizável Longo Prazo 11 Financiamentos – Outras contas – Permanente 1,329 Investimentos 26 Patrimônio Líquido 4,181 Imobilizado 1,303 Capital social 2,000 Diferido – Reservas e lucros acumulados 2,181 Total do Ativo 6,174 Total do Passivo 6,174 Quadro 36 Empresa com dívidas Empresa sem dívidas Demonstração de resultado padronizada Demonstração de resultado padronizada Em 31 de dezembro de 2006 Em 31 de dezembro de 2006 Indústria cerâmica A Indústria cerâmica B Receita Bruta de Vendas 15,864 Receita Bruta de Vendas 11,681 Deduções/impostos incidentes (3,786) Deduções/impostos incidentes (852) Receita Líquida de Vendas 12,078 Receita Líquida de Vendas 10,829 Custo dos Produtos Vendidos (7,458) Custo dos Produtos Vendidos (7,673) Matéria‑prima – Estoque Inicial 2,108 Matéria‑prima – Estoque Inicial 1,412 + Compras 5,071 + Compras 5,218 (‑) Estoque Final (1,223) (‑) Estoque Final (896) = Consumo matéria‑prima 5,956 = Consumo matéria‑prima 5,734 104 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III + MOD 1,119 + MOD 1,151 + CIFs 86 + CIFs 785 + Depreciação 297 + Depreciação 3 Lucro Bruto 4,620 Lucro Bruto 3,156 Despesas Operacionais (10,135) Despesas Operacionais (1,792) Despesas administrativas (1,230) Despesas administrativas (1,673) Depreciação (30) Depreciação (3)Despesas financeiras (1,913) Despesas financeiras (62) Receitas financeiras 244 Receitas financeiras 63 Despesas comerciais (7,206) Despesas comerciais (117) GPC Investimentos – GPC Investimentos – Lucro Operacional (5,515) Lucro Operacional 1,364 Resultado não operacional 1,514 Resultado não operacional 15 Lucro Antes do Imposto de Renda (4,001) Lucro Antes do Imposto de Renda 1,379 Provisão Imposto Renda e Contribuição Social – Provisão Imposto Renda e Contribuição Social (403) Lucro Líquido (4,001) Lucro Líquido 976 Quadro 37 – Indicadores econômico‑financeiros da Fiesp – Serasa – média 1º semestre 2006 Média 2006 Com dívidas Sem dívidas 4,6 % ( 4,8 % ) 11,1 % 17,7 % (12,8 %) 12,7 % 70,0 % 47,0 % 65,6 % 16,2 % 63,8 % 15,3 % ( 5,1 % ) ( 10,5 %) 0,0 % 9,5 % 16,2 % 8,3 % 8,7 % PL negativo 23,2 % 130,5 % PL negativo 47,6 % 67,4 % PL negativo 0,0 % 5,9 % 0,7 % 0,0 % Constatações: • quem tem lucro não tem empréstimos bancários; • queda nas vendas na empresa com dívidas; • excessivas despesas operacionais; • endividamento excessivo traz despesas financeiras. 105 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Quadro 38 – Diagnóstico empresarial indústria: máquinas Tema: Excesso de custos e despesas Empresa com excesso de custos e despesas Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria máquinas A Ativo Circulante 4,865 Passivo Circulante 863 Disponível 297 Fornecedores 302 Duplicatas a receber 1,268 Contas a pagar 561 Estoques 2,832 Empréstimos bancários – Outras contas 468 Exigível L Prazo 8,343 Realizável Longo Prazo 3,397 Financiamentos 2,065 Outras contas 6,278 Permanente 2,442 Investimentos 84 Patrimônio Líquido 1,498 Imobilizado 2,358 Capital social 10,000 Diferido – Reservas e lucros acumulados (8,502) Total do Ativo 10,704 Total do Passivo 10,704 Quadro 39 Empresa com excesso de custos e despesas Demonstração de resultado padronizada Em 31 de dezembro de 2006 Indústria máquinas A Receita Bruta de Vendas 9,259 Deduções/impostos incidentes (2,301) Receita Líquida de Vendas 6,958 Custo dos Produtos Vendidos (4,646) Matéria‑prima – Estoque Inicial 2,416 + Compras 3,159 (‑) Estoque Final (2,832) = Consumo matéria‑prima 2,743 + MOD 697 + CIFs 1,125 + Depreciação 81 Lucro Bruto 2,312 Despesas Operacionais (2,939) Despesas administrativas (1,678) Depreciação (8) 106 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Despesas financeiras (1,009) Receitas financeiras 235 Despesas comerciais (479) GPC Investimentos – Lucro Operacional (627) Resultado não operacional 459 Lucro Antes do Imposto de Renda (168) Provisão Imposto Renda e Contribuição Social – Lucro Líquido (168) Quadro 40 – Indicadores econômico‑financeiros da Fiesp – Serasa – média 1º. sem. 2006 Indicadores para grandes empresas Média 2006 Empresa Exemplo Evolução das vendas 4,6 % (15,6%) Margem ebitda 17,7 % 12,3 % Custo industrial x faturamento 70,0 % 50,1 % Despesa operacional x faturamento 16,2 % 31,7 % Despesa financeira x faturamento (5,1 %) (8,3 %) Rentabilidade das vendas 9,5 % (1,8 %) Retorno sobre o Patrimônio Líquido 8,7 % (11,0%) Endividamento total 130,5 % 614,1 % Endividamento oneroso 67,4 % 90,6 % Investimento imobilizado x faturamento 5,9 % 0,3 % Lembrete Lembre‑se de que este é um caso de empresa com excesso de custos e despesas. O Exigível a Longo Prazo sendo maior do que a soma do Ativo Circulante com o Realizável a Longo Prazo produz uma péssima situação. Constatações: • prejuízo em relação ao faturamento; • queda nas vendas; • excessivas despesas operacionais; • excessivas dívidas em longo prazo. 107 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Quadro 41 – Diagnóstico empresarial indústria eletrônica Tema: Empresa com capital de giro Empresa sem capital de giro Empresa com capital de giro Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria eletrônica A Ativo Circulante 98,517 Passivo Circulante 55,818 Disponível 14,611 Fornecedores 16,531 Duplicatas a receber 42,661 Contas a pagar 25,859 Estoques 29,954 Empréstimos bancários 13,428 Outras contas 11,291 Exigível L Prazo 128,098 Realizável Longo Prazo 45,425 Financiamentos 128,098 Outras contas – Permanente 126,148 Investimentos 59,729 Patrimônio Líquido 86,174 Imobilizado 64,599 Capital social 29,972 Diferido 1,820 Reservas e lucros acumulados 56,202 Total do Ativo 270,090 Total do Passivo 270,090 Empresa sem capital de giro Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria eletrônica B Ativo Circulante 4,654 Passivo Circulante 14,725 Disponível 13 Fornecedores 835 Duplicatas a receber 1,208 Contas a pagar 3,895 Estoques 3,117 Empréstimos bancários 9,995 Outras contas 316 Exigível L Prazo 13,453 Realizável Longo Prazo 29 Financiamentos 13,453 Outras contas – PERMANENTE 9,574 Investimentos – Patrimônio Líquido (13,921) Imobilizado 7,092 Capital social – Diferido 2,482 Reservas e lucros acumulados (13,921) Total do Ativo 14,257 Total do Passivo 14,257 108 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Quadro 42 Empresa com capital de giro Empresa sem capital de giro Demonstração de resultado padronizada Demonstração de resultado padronizada Em 31 de dezembro de 2006 Em 31 de dezembro de 2006 Indústria eletrônica A Indústria eletrônica B Receita Bruta de Vendas 320,434 Receita Bruta de Vendas 12,443 Deduções/impostos incidentes (64,633) Deduções/impostos incidentes (3,826) Receita Líquida de Vendas 255,801 Receita Líquida de Vendas 8,617 Custo dos Produtos Vendidos (179,811) Custo dos Produtos Vendidos (6,293) Matéria‑prima – Estoque Inicial 29,758 Matéria‑prima – Estoque Inicial 3,108 + Compras 124,069 + Compras 3,776 (‑) Estoque Final (29,954) (‑) Estoque Final (3,117) = Consumo matéria‑prima 123,873 = Consumo matéria‑prima 3,767 + MOD 26,972 + MOD 629 + CIFs 21,659 + CIFs 771 + Depreciação 7,307 + Depreciação 1,126 Lucro Bruto 75,990 Lucro Bruto 2,324 Despesas Operacionais (71,279) Despesas Operacionais (4,782) Despesas administrativas (27,889) Despesas administrativas (1,526) Depreciação (1,257) Depreciação (113) Despesas financeiras (19,389) Despesas financeiras (1,022) Receitas financeiras – Receitas financeiras 45 Despesas comerciais (22,744) Despesas comerciais (2,166) GPC Investimentos – GPC Investimentos – Lucro Operacional 4,711 Lucro Operacional (2,458) Resultado não operacional 8,469 Resultado não operacional 1 Lucro Antes do Imposto de Renda 13,180 Lucro Antes do Imposto de Renda (2,457) Provisão Imposto Renda e Contribuição Social (2,516) Provisão Imposto Renda e Contribuição Social – Lucro Líquido 10,664 Lucro Líquido (2,457) Quadro 43 – Indicadores econômico‑financeiros da Fiesp – Serasa – média 1º. sem. 2006 Indicadores para grandes empresas Média 2006 Com capital giro Sem capital Giro Evolução das vendas 4,6 % ( 0,1 % ) ( 1,0 % ) Margem ebitda 17,7 % 15,5 % 20,2 % Custo industrial x faturamento 70,0 % 56,1 % 50,5 % Despesa operacional x faturamento 16,2 % 22,2 % 38,4 % 109 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Despesa financeira x faturamento ( 5,1 % ) ( 6,0 %) ( 7,8 %) Rentabilidade das vendas 9,5 % 3,3 % (19,7 %) Retorno sobre o Patrimônio Líquido 8,7 % 12,3 % PL NegEndividamento total 130,5 % 213,4 % PL Neg Endividamento oneroso 67,4 % 76,9 % PL Neg Investimento imobilizado x faturamento 5,9 % 9,6 % 1,3 % Constatações: • liquidez corrente positiva (com capital de giro) e negativa (sem capital de giro); • excesso de dívidas a curto e longo prazo; • excessivas despesas operacionais e custos industriais; • sucessivos prejuízos eliminam o capital de giro anualmente e provocam Patrimônio Líquido negativo no decorrer do tempo. Quadro 44 – Diagnóstico empresarial indústria eletrodos Tema: Ciclo financeiro excessivo Empresa com ciclo financeiro excessivo Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria eletrodo A Ativo Circulante 33,755 Passivo Circulante 23,555 Disponível 3,518 Fornecedores 2,078 Duplicatas a receber 23,456 Contas a pagar 3,468 Estoques 3,333 Empréstimos bancários 18,009 Outras contas 3,448 Exigível L Prazo 32,345 Realizável Longo Prazo 18,742 Financiamentos 32,345 Outras contas – Permanente 10,959 Investimentos – Patrimônio Líquido 7,556 Imobilizado 10,959 Capital social 7,556 Diferido – Reservas e lucros acumulados – Total do Ativo 63,456 Total do Passivo 63,456 110 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Quadro 45 Empresa com ciclo financeiro excessivo Demonstração de resultado padronizada Em 31 de dezembro de 2006 Indústria eletrodo A Receita Bruta de Vendas 32,635 Deduções/impostos incidentes (6,612) Receita Líquida de Vendas 26,023 Custo dos Produtos Vendidos (12,848) Matéria‑prima – Estoque Inicial 5,670 + Compras 8,865 (‑) Estoque Final (3,333) = Consumo matéria‑prima 11,202 + MOD 1,927 + CIFs (702) + Depreciação 421 Lucro Bruto 13,175 Despesas Operacionais (13,140) Despesas administrativas (8,531) Depreciação (421) Despesas financeiras (1,390) Receitas financeiras – Despesas comerciais (2,798) GPC Investimentos – Lucro Operacional 35 Resultado não operacional 43 Lucro Antes do Imposto de Renda 78 Provisão Imposto Renda e Contribuição Social (13) Lucro Líquido 65 Quadro 46 – Indicadores econômico‑financeiros da Fiesp – Serasa – média 1º semestre 2006 Indicadores para grandes empresas Média 2006 Empresa Exemplo Evolução das vendas 4,6 % 54,3 % Margem ebitda 17,7 % 7,2 % Custo industrial x faturamento 70,0 % 39,3 % Despesa operacional x faturamento 16,2 % 40,0 % Despesa financeira x faturamento (5,1 %) (4,2 %) Rentabilidade das vendas 9,5 % 0,2 % Retorno sobre o Patrimônio Líquido 8,7 % 0,8 % 111 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Endividamento total 130,5 % 740,0% Endividamento oneroso 67,4 % 90,0 % Investimento imobilizado x faturamento 5,9 % 1,8 % Constatações: • prazo médio de renovação de estoques – 135 dias; • prazo médio de recebimento das vendas – 258 dias; • prazo médio de pagamento das compras – 114 dias; • ciclo financeiro (não equivalente) – 279 dias. Quadro 47 – Diagnóstico empresarial indústria: tecidos Tema: Empresa com liquidez Empresa sem liquidez Empresa com liquidez Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria tecidos A Ativo Circulante 90,846 Passivo Circulante 16,702 Disponível 22,918 Fornecedores – Duplicatas a receber 14,575 Contas a pagar 5,689 Estoques 38,583 Empréstimos bancários 11,013 Outras contas 14,770 Exigível L Prazo 1,069 Realizável Longo Prazo 2,970 Financiamentos 1,069 Outras contas – Permanente 33,532 Investimentos 2,319 Patrimônio Líquido 109,577 Imobilizado 31,213 Capital social 91,000 Diferido – Reservas e lucros acumulados 18,577 Total do Ativo 127,348 Total do Passivo 127,348 Empresa sem liquidez Balanço Patrimonial padronizado, em 31 de dezembro de 2006 Indústria tecidos B Ativo Circulante 1,961 Passivo Circulante 2,707 Disponível 406 Fornecedores 2,186 Duplicatas a receber 1,218 Contas a pagar 521 112 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Estoques 164 Empréstimos bancários – Outras contas 173 Exigível L Prazo 753 Realizável Longo Prazo 12 Financiamentos 751 Outras contas 2 Permanente 4,182 Investimentos 4 Patrimônio Líquido 2,695 Imobilizado 4,148 Capital social 1,050 Diferido 30 Reservas e lucros acumulados 1,645 Total do Ativo 6,155 Total do Passivo 6,155 Quadro 48 Empresa com liquidez Empresa sem liquidez Demonstração de resultado padronizada Demonstração de resultado padronizada Em 31 de dezembro de 2006 Em 31 de dezembro de 2006 Indústria Tecidos A Indústria Tecidos B Receita Bruta de Vendas 93,184 Receita Bruta de Vendas 23,421 Deduções/impostos incidentes (4,576) Deduções/impostos incidentes (6,475) Receita Líquida de Vendas 88,608 Receita Líquida de Vendas 16,946 Custo dos Produtos Vendidos (78,551) Custo dos Produtos Vendidos (15,494) Matéria‑prima – Estoque Inicial 29,857 Matéria‑prima – Estoque Inicial 164 + Compras 53,414 + Compras 10,536 (‑) Estoque Final (38,583) (‑) Estoque Final (391) = Consumo matéria‑prima 44,688 = Consumo matéria‑prima 10,309 + MOD 11,783 + MOD 2,324 + CIFs 18,210 + CIFs 2,532 + Depreciação 3,870 + Depreciação 329 Lucro Bruto 10,057 Lucro Bruto 1,452 Despesas Operacionais (9,019) Despesas Operacionais (1,170) Despesas administrativas (10,736) Despesas administrativas (965) Depreciação (387) Depreciação (33) Despesas financeiras – Despesas financeiras (172) Receitas financeiras 3,645 Receitas financeiras – Despesas comerciais (1,541) Despesas comerciais – GPC Investimentos – GPC Investimentos – Lucro Operacional 1,038 Lucro Operacional 282 Resultado não operacional 178 Resultado não operacional 166 Lucro Antes do Imposto de Renda 1,216 Lucro Antes do Imposto de Renda 448 Provisão Imposto Renda e Contribuição Social (422) Provisão Imposto Renda e Contribuição Social (124) Lucro Líquido 794 Lucro Líquido 324 113 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Quadro 49 – Indicadores econômico‑financeiros da Fiesp – Serasa – média 1º semestre 2006 Indicadores para grandes empresas Média 2006 Com Liquidez Sem Liquidez Evolução das vendas 4,6 % 13,3 % (2,7 %) Margem ebitda 17,7 % 16,2 % 4,8 % Custo industrial x faturamento 70,0 % 84,2 % 66,1 % Despesa operacional x faturamento 16,2 % 10,1 % 5,0 % Despesa financeira x faturamento (5,1 %) 3,9 % (0,7 %) Rentabilidade das vendas 9,5 % 0,9 % 1,3 % Retorno sobre o Patrimônio Líquido 8,7 % 0,7 % 13,5 % Endividamento total 130,5 % 16,2 % 177,1 % Endividamento oneroso 67,4 % 11,7 % 29,6 % Investimento imobilizado x faturamento 5,9 % 1,8 % 12,0 % Constatações: • liquidez corrente – respectivamente: 5,43 e 0,65; • liquidez geral – respectivamente: 5,27 e 0,52; • a empresa que tem menor endividamento tem maior liquidez; • a empresa que tem mais despesas financeiras tem menor liquidez. 8 HEDGE (PROTEÇÃO) Hedge é um instrumento de proteção financeira, praticado com o objetivo de reduzir ou eliminar riscos. Literalmente, podemos traduzi‑lo como “cerca”, ou seja, é o ato de “cercar” um risco com uma proteção de idêntica força. Consiste no ato de tomar‑se uma providência financeira cujos resultados econômico‑financeiros sejam do mesmo valor absoluto, minimizando eventuais variações. É muito praticado nos casos em que as empresas tomem empréstimos em moeda estrangeira, acarretando um risco em relação à sua variação no período em consideração. Saiba mais Para melhor entender tanto a questão do retorno quanto a questão da proteção do investimento de forma estratégica,a leitura do livro de Armando Mellagi Filho e Sérgio Ishikawa, Mercado financeiro e de capitais (São Paulo: Editora Atlas, 2000) apresenta‑se como excelente opção. O capítulo 13 trata da projeção de preço e risco de ativos financeiros, relacionado a ações e o capítulo 15 trata das estratégias no mercado de opções de compra e venda de ações. 114 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III O hedge pode ser feito por intermédio de aplicações financeiras, derivativos originados de ações, contas a receber, contas a pagar, operações no mercado futuro, compra de opções e swap. Examinemos um caso em que o hedge é imediatamente possível – dada a disponibilidade de recursos financeiros –, e outro caso em que o hedge deve ser efetuado por meio de operações no mercado futuro. Quadro 50 Hedge imediatamente possível Ativo 6.000 Passivo 6.000 Disponibilidades 1.000 Empréstimos bancários 800 Contas a receber 3.000 Fornecedores 2.000 Estoques 2.000 Patrimônio Líquido 3.200 É possível o hedge por meio de aplicações com opção de variação monetária, no mesmo valor dos empréstimos existentes. Quadro 51 Hedge possível no mercado de futuros Ativo 6.000 Passivo 6.000 Disponibilidades 1.000 Empréstimos bancários 3.000 Contas a receber 3.000 Fornecedores 2.000 Estoques 2.000 Patrimônio Líquido 1.000 É impossível proteger a conta de empréstimos bancários, cujo saldo é de $3.000 com disponibilidades de $1.000. Além do mais, as demais contas não se prestariam a uma conversão em moeda tão rápida que permitisse proteger a diferença de $2.000, existente entre o volume de disponibilidades e o de empréstimos bancários. Neste caso, são recomendadas operações no mercado de futuros, com opções de compra e venda e swap de moeda e/ou de taxa de juros. Resumo Esta unidade trouxe uma discussão acerca de diagnóstico empresarial para que se permita efetuar avaliação das condições financeiras de diferentes empresas a partir do emprego de determinada metodologia de análise. Tal metodologia fundamenta‑se nos indicadores de desempenho oferecidos pela Fiesp–Serasa, bem como pelo levantamento da revista Exame e suas edições dedicadas às melhores e maiores empresas. 115 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Para que se permita efetuar a aplicação da metodologia, a unidade apresentou diferentes casos de empresas, oferecendo informações de balanços patrimoniais bem como de demonstrações de resultados do exercício em diferentes situações: empresas com lucros e com prejuízos, com dívida e sem dívida, empresa com excesso de custos e despesas, com e sem capital de giro, com ciclo financeiro excessivo e com liquidez e empresa sem liquidez. Exercícios Questão 1 (Cesgranrio 2006). Em uma aula sobre ativos financeiros, o professor iniciou um debate a respeito do prêmio de risco de um título. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta sobre o tema, feita por um dos alunos. A) É inversamente proporcional à taxa de juros livre de mercado. B) Independe da classificação de risco do emissor do título. C) É definido como a diferença entre o risco não sistemático e a taxa de juros livre de risco. D) É o retorno extraordinário que os investidores esperam receber por manter um ativo com risco ao invés de investir em ativos financeiros livres de risco. E) Se o risco sistemático de um título for de 5% e a taxa de juros livre de risco, de 2%, o prêmio de risco desse título será 7%. Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: não se pode afirmar que o prêmio de risco de um título seja proporcional à taxa de juros livre de mercado. São grandezas com movimentação inversa, em que diante subida de taxa de juros livre de mercado à queda de prêmio de risco, mas não proporcionalmente. B) Alternativa incorreta. Justificativa: a classificação de risco do emissor do título influencia fortemente o a aquisição do título e, portanto, seu retorno. C) Alternativa incorreta. 116 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade III Justificativa: é definido como a diferença entre a taxa de retorno médio de mercado e a taxa de juros de um ativo livre de risco. D) Alternativa correta. Justificativa: o prêmio de risco é um retorno financeiro excedente, correspondente à diferença entre a taxa de rentabilidade de um determinado ativo e a rentabilidade dos ativos sem risco associado. E) Alternativa incorreta. Justificativa: neste caso, o prêmio pelo risco de mercado será de 3%, ou seja, 5% do risco sistemático diminuído dos 2% referentes à taxa de juros de mercado livre de risco. Questão 2 (Enade 2009, adaptada). Leia o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultados do Exercício da Cia. Inter: Tabela 6 ‑ Cia. Inter ‑ Balanço Patrimonial – Exercício Findo em 31/12/X2 – Em R$ ATIVO X1 X2 PASSIVO X1 X2 Circulante Disponível Clientes Estoques Total do Circulante Não Circulante Investimentos Imobilizado Máquinas Deprec. Acumulada Intangível Total Não Circulante 6.850 4.800 7.460 19.110 10.200 17.200 20.000 (2.800) 27.400 7.000 3.710 5.800 16.510 15.000 21.500 25.300 (3.800) 10.000 46.500 Circulante Fornecedores Dividendos a Pagar IR/CSSL a Pagar Total do Circulante Não Circulante Exigível a Longo Prazo Empréstimos Total do Não Circulante Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Lucros Total do PL 4.780 1.300 430 6.510 8.000 8.000 30.000 2.000 32.000 10.290 520 510 11.320 9.300 9.300 40.000 2.390 42.390 Total do Ativo 46.510 63.010 Total do Passivo + PL 46.510 63.010 117 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Tabela 7 – Cia. Inter ‑ Demonstração do Resultado do Exercício de X2 – Em R$ Receita Bruta de Vendas 21.000 Impostos sobre Vendas (3.000) Receita Líquida de Vendas 18.000 CMV (15.900) Lucro Bruto 2.100 Salários (1.200) Depreciação (1.000) Despesas Financeiras (800) Receita de Equivalência Patrimonial 2.200 Lucro antes do IR/CSLL 1.300 Provisão p/ IR/CSSL (390) Lucro Líquido do Exercício 910 Considere as afirmativas acerca das informações apresentadas nas demonstrações contábeis. I – No ano X2, o Ativo Circulante, em relação ao Ativo Total, é proporcionalmente maior do que no ano X1. Tal conclusão é permitida a partir de uma análise horizontal. II – A liquidez corrente do ano X2 é maior do que a liquidez corrente de X1, sendo possível observar que o Ativo Circulante em X2 é maior do que o Passivo Circulante do mesmo período. III – No Ano X2, o percentual de lucro sobre o faturamento foi superior ao percentual de lucros gerados aos acionistas. Está correto apenas o que se afirma em: A) I e II. B) II e III. C) III. D) I. E) II. Resolução desta questão na plataforma. 118 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 3. ed. São Paulo: Harper & Row: 1984. p. 7. REFERÊNCIAS ALVES, S. D. S.; SOARES, M. M. Democratização do crédito no Brasil: atuação do Banco Central. Bacen, jun. 2004. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/htms/public/microcredito/democrat.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2013. BARBOSA, A. F. O mundo globalizado. São Paulo: Contexto, 2001. BERNSTEIN, P. L. Desafio aos deuses: a fascinante história do risco. Rio de Janeiro: Campus, 1997. BRAGA, R. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1989. BRAGA, R.; NOSSA, V.; MARQUES, J. A. V. C. Uma proposta para a análise integrada da liquidez e rentabilidade das empresas. Revista de Contabilidadee Finanças, v. 15, São Paulo, jun 2004. 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Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2012: Tecnologia em Gestão Financeira. Questão 16. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/ provas/2012/14_CST_GESTAO_FINANCEIRA.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2013. 120 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Ciências Contábeis. Questão 17. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_ DE_CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2013. Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO CESGRARIO. Petrobras Transporte S.A.: Analista Financeira Júnior. Questão 27. Disponível em: <http://www.centraldeconcursos.com.br/docs/prova/PROVA%2024%20 ‑%20ANALISTA%20FINANCEIRO%20JTNIOR.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2013. Unidade III – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2009: Ciências Contábeis. Questão 20. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/CIENCIAS_CONTABEIS.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2013. 121 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a 122 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a 123 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a 124 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : N om e do d ia gr am ad or - d at a Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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