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Reabilitação oral 2 Exame clinico/ radiográfico. Princípios gerais do preparo dentário. Preparo dentário. Coroas provisórias. Moldagens e modelos. Sistemas cerâmicos. Prova da PPF e seleção de cor. Exame do paciente Anamnese + fotografias . Identificação do paciente. Motivo da consulta e queixa principal. Histórico odontológico e medico. Habitos alimentares, de higiene e parafuncionais. Tipo de paciente expectativa, motivação. Exame intra oral. Analise dos dentes (caries, restaurações....) Analise oclusal. Exame periodontal. Avaliação do espaço endêntulo. Exame extra oral. Simetria e formato facial. Proporção entre os terços nas vistas frontal e lateral da face. Sulcos faciais e suporte labial. Dimensão vertical. Analise do sorriso. Avaliação da musculatura e das articulações temporomandibulares. Exame radiográfico. Radiografias panorâmicas para avaliação dos reparos anatômicos. Radiografias periapicais/ interproximais para visão mais detalhada das áreas. Princípios gerais do preparo dentário Princípios Biológicos: Preservação do órgão pulpar, da saúde periodontal. A adequação da saúde periodontal e pulpar é tão importante como a função estética. Essa saúde deve ser mantida, principalmente na região do término. Princípios Mecânicos : Retenção: é a qualidade do preparo de impedir o deslocamento da prótese no sentido ápico cervical, ou seja no sentido contrario da sua retenção. A retenção basicamente depende do contato existente entre as superfícies internas da restauração e as superfícies externas do dente preparado, o que é denominado retenção friccional. Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente preparado maior será a retenção friccional da restauração, devem ter uma leve inclinação para o cimento escoar. O aumento exagerado da retenção friccional vai atrapalhar a retenção e a cimentação. Quanto maior for a coroa clinica de um dente preparado, maior será a superfície de contato e a retenção friccional. Coroas curtam devem apresentar paredes com inclinação próxima ao paralelismo e receber meios adicionais de retenção, como a confecção de sulcos. Quanto maior a área preparada maior será a retenção. Quanto maior a conicidade, menor será a retenção. De 2-6° porém é aceitável ate 16° Fonte de imagens: Pegoraro. Resistencia ou estabilidade: É a qualidade do preparo em evitar o deslocamento da prótese por forças obliquas, que podem provocar sua rotação. Relação altura e conicidade. Estabilidade. As paredes com inclinação ideal e com a altura bem feita, interferem no arco de rotação da prótese. *Magnitude e direção da força: forças de grande intensidade e direcionadas lateralmente -> Bruxismo, pode ocorrer o deslocamento da prótese. *Relação altura/ largura do preparo: quanto maior a altura das paredes, maior a área de resistência do preparo para impedir deslocamento quando a prótese for submetida por forças laterais. Se a largura for maior que a altura, maior será o raio de rotação. Altura do preparo pelo menos igual a sua largura. Em coroas curtas confeccionar sulcos, canaletas ou caixas. *Integridade do dente preparado: a porção coronária integra, seja em estrutura dentaria, em núcleo metálico ou em resina, é mais resistente do que as que já foram restauradas ou destruídas. Rigidez estrutural: o preparo deve ser realizado de modo que a restauração apresente uma espessura suficiente de material na coroa (metálicas, metalocerâmicas e cerâmicas), para resistir as forças mastigatórias, não comprometendo a estética e o tecido periodontal. Integridade marginal: o objetivo básico de toda restauração comentada é estar bem adaptada e com uma linha mínima de cimento. Quanto melhor a adaptação, melhor será o sucesso. A linha de terminação deve estar adequada. ( com a sonda exploradora podemos sentir se existe alguma irregularidades). Tipos de término cervical: pode apresentar diferentes configurações, de acordo com o material a sem empregado. OMBRO/ DEGRAU ARREDONDADO COROA CERÂMICA. É um tipo de término em que o ângulo entre as paredes gengival e axial do preparo é de aproximadamente 90°, mantendo arredondada a intersecção entre essas duas paredes para evitar a formação de tensões na cerâmica nessa área Dentes posteriores ou anteriores. Contraindicado em dentes com coroa clínica curta ou com largura vestibulolingual que impeça a realização de desgaste uniforme nas paredes sem diminuir a resistência da própria coroa do dente. CHANFRADO COROA METALOCERÂMICA. Este é um tipo de término em que a junção entre a parede axial e a gengival é feita por um segmento de círculo, que deverá apresentar espessura sufi- ciente para acomodar o metal e a faceta estética Ele é considerado pela maioria dos autores como o tipo de término cervical ideal, porque permite uma espessura adequada para as facetas estéticas de cerâmica ou resina e seus respectivos suportes metálicos, facilitando a adaptação da peça fundida e o escoamento do cimento. Como no término biselado, o término em chanfrado deverá ser realizado apenas nas faces envolvidas esteticamente, pois não se justifica um maior desgaste exclusivamente para coloca- ção de metal. Princípios Estéticos: Forma . Cor . Contorno/ volume . Saúde periodontal/ gengival. Depende da saúde gengival e da qualidade da prótese. Relacionados com a quantidade de desgaste quanto maior ele for, mais espaço para camada opaca cobrir o pino metálico e para cerâmica das o efeito translucido. Preparo dentário. Técnica do preparo para dentes anteriores e posteriores. Preparo para coroa metaloceramica Técnica da silhueta dentes anteriores. A “Técnica da Silhueta” de preparo cavitário é, entre outras, uma sequência para facilitar o treinamento do profissional que pretende padronizar procedimentos e consequentemente minimizar erros no cotidiano do consultório. Para a execução desta técnica é necessário o conhecimento da anatomia dental, pois ela se baseia nesta para seu desenvolvimento, assim como o formato e diâmetro das pontas adiamantadas. Sulco marginal cervical: Primeiro passo é o sulco de orientação em nível gengival, confeccionado com a broca 1014 A prática de riscar antes de se utilizar a broca pode ajudar em relação ao posicionamento mais adequado do corte na região desejada do dente. Detalhe da aste inclinada em 45 graus e com profundidade de Broca: 1014 ½ da ponta. Sulcos de orientação na face vestibular: Mudança da ponta diamantada para a 3216 ou semelhante, que possua extremo ogival Neste passo precisamos estar atento às inclinações da face vestibular, e nesta situação serão três: Cervical, Médio e Incisal. Detalhe da ponta preparando a porção média e ilustrando a profundidade correta da ponta. Sulcos de orientação da face vestibular preparados e a ilha de esmalte entre eles propositalmente deixada para servir de referência para orientação quanto à profundidade do desgaste Vista palatina do sulco de orientação pronto. Ainda utilizando a broca 3216 vamos remover a ilha de esmalte entre os dois sulcos realizados anteriormente. Desgaste da metade integra e da face proximal: Com a troca da broca para a 2135 e uma matriz na interproximal vamos realizar o desgaste da face proximal. A matriz serve para que haja proteção do dente vizinho. Muitas vezes após a ação desta ponta a fatia não se rompe, podendo haver a necessidade de fratura-la Utilizando um cinzel ou outro instrumento que se adeque para retirada da fatia. Porção removida estabelece-se o espaço necessário para a ação da ponta 3216 para prosseguir o preparo. Sulco de orientação gengival palatino: A confecção do sulco de orientação ao nível gengival palatino é feita também como na vestibular utilizando a a ponta 1014 com ½ ponta e inclinação de 45 graus. Desgaste da face palatina: O desgaste da face palatina se faz com a ponta 3118, forma de chama, observando-se o desgaste de acordo com a oclusão Vista do desgaste após o uso da ponta. É importante manter o cíngulo pois esteé quesito de resistência e retenção. Todos os passos serão repetidos na outra metade para que se chegue a este nível de desgaste. Desgaste da face palatina: Detalhe da metade da borda do preparo posicionada sub e metade em nível gengival. Feito com a broca 3216 cuidando para não desgastar de mais. Acabamento do preparo: Após o posicionamento das margens passamos ao passo que irá suavizar a divisão das inclinações da face e aumentar um pouco o espaço para a ceramização. Isto será feito com a tronco cônica 4138 de extremo ogival. Em média teremos, 0,2 mm para o metal, 0,3 mm para o opaco e de 1,2 a 1, 5 para a ceramização. Sulcos de orientação vestibular, oclusal e lingual: Com a broca 3216 criamos os sulcos de orientação na face vestibular, lingual e oclusal como nas imagens ao lado. Desgaste nas proximais: Preparo para coroa metalocerâmica dentes posteriores As pontas diamantadas necessárias para preparar dentes posteriores são as mesmas descritas anteriormente. O desgaste marginal é feito com a ponta diamantada esférica, seguindo os mesmos procedimentos descritos no preparo para dentes anteriores. Essa técnica confeccionamos sulcos de orientação horizontais, ao contrario da maioria d técnicas de preparos que utilizam sulcos verticais. Mesmo principio dos dentes anteriores criamos o sulco de orientação com a broca 1014 em nível gengival. Sulco marginal cervical vestibular e lingual: O desgaste proximal é feito seguindo os mesmos princípios e com a mesma ponta diamantada 2135 e matriz, descritos no preparo para dentes anteriores. União dos sulcos de orientação A união dos sulcos deve ser feita com a mesma ponta diamantada 3216 empregada em sua confecção. Após a união dos sulcos, tem -se a metade do dente preparado, Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. União dos sulcos de orientação Para a realização desses procedimentos, os princípios e as pontas diamantadas são os mesmos descritos anteriormente. Usamos a broca 3216 para reparos e com a 4138 também efetuamos reparos se preciso cuidando sempre o limite do término. 3216 4138 Preparo para coroa cerâmica técnica da silhueta dentes anteriores. A diferença entre os preparos para coroas totais cerâmicas e metalocerâmicas está na forma e na quantidade de desgaste do término cervical e das faces axiais e incisal/oclusal. O término cervical deve ter a forma de ombro com ângulo axiogengival arredondado (ombro arredondado) e desgaste uniforme de 1 mm; as faces axiais podem ter até 1,5 mm de desgaste, dependendo da cerâmica e da cor do dente; já as faces oclusal e incisal devem ter de 1,5 a 2 mm de desgaste. Sulco marginal cervical: A sequência do preparo do sulco marginal segue os mesmos princípios já descritos nos preparos para dentes anteriores. deve-se aprofundar a metade do diâmetro da broca. 1014 Sulcos de orientação nas faces vestibular, incisal e linguocervical: A profundidade dos sulcos deve ser de até 1,5 mm para poder acomodar, sem sobrecontorno, a espessura da cerâmica. Inicialmente, dois sulcos são feitos nos terços mediocervical e medioincisal da face vestibular e na face linguocervical em uma metade do dente, usando -se uma ponta diamantada com extremidade plana e borda arredondada com 1 mm de diâmetro, aprofundando -a uma vez e meio seu diâmetro. Nessa fase, deve -se tomar cuidado com a inclinação da ponta diamantada, para que os sulcos apresentem relação de paralelismo. Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. Desgaste proximal, união dos sulcos e desgaste da concavidade palatina O desgaste da concavidade palatina é feito com a ponta diamantada em forma de pera acompanhando a anatomia da área. 3216 O desgaste da face proximal é feito com a ponta diamantada 2135 tronco -cônica fina, seguindo os princípios já descritos no preparo para coroa metalocerâmica em dentes anteriores. 2135 Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro.Fonte de imagens: Pegoraro. 3118 Fonte de imagens: Pegoraro. Preparo subgengival e acabamento: O término cervical do preparo é em ombro arredondado com desgaste de 1 mm, e deve -se utilizar a mesma ponta diamantada empregada para fazer os sulcos de orientação. Os princípios e cuidados que devem ser tomados nesse procedimento estão descritos no preparo para coroa metalocerâmica. 3216 4138 Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. Para preparos de coroa cerâmica em dentes posteriores segue a mesma sequencia técnica já vista anteriormente com as mesmas brocas diamantadas. Cuidando apenas a anatomia dental para que fique no formato e ângulos certos. Em todos os preparos precisamos ficar atentos ao uso correto do material, das angulações permitidas e paralelismo, para que na hora da cimentação possamos tem o escoamento do cimento e uma retenção digna de um trabalho de sucesso. Coroas provisórias. Qualquer tipo de tratamento com prótese de um ou mais elementos, em dentes ou implantes, exige a confecção de restaurações provisórias, que facilitam a confecção da prótese definitiva. A palavra “provisória”, para muitos, pode significar que a prótese tem apenas a função de substituir a quantidade desgastada do dente preparado até a cimentação da pró tese definitiva. No entanto, a verdade é que o sucesso da prótese definitiva pode estar diretamente relacionado à qualidade das restaurações provisórias. Características das coroas provisórias: Proteção pulpar. Proteção periodontal. Função oclusal e proximal. Facilidade de limpeza. Margens bem delimitadas. Resistencia e retenção. Estética. Técnicas para confecção das restaurações provisórias: Técnicas diretas Clinico. Com dentes de estoque. (mais usado em dentes anteriores). Com resina bisacrílica. Téc. da bolinha dentes posteriores. Com molde de alginato. Técnicas indiretas Clinico+ laboratório. Com molde de silicona. Com molde de alginato. Técnica direta A técnica direta, como o próprio nome diz, é aquela em que a restauração provisória é confeccionada diretamente na boca do paciente, logo após a realização do preparo cavitário. Existem algumas maneiras de fazer diretamente na boca do paciente. Técnica indireta é mais indicada para confecção de provisórias de longa duração, como a confeccionada em resina termopolimerizável e/ ou com reforço de metal fundido. Técnica direta Bolinha Técnica direta com dentes de estoque. Indicado para dentes anteriores. Utiliza facetas ou dentes pré fabricados que são desgastados conforme a forma do dente que será reabilitado ate adaptar no preparo. Acesse video explicativo pelo QR Code Técnica da “bolinha” – nesta técnica manipula-se uma pequena quantidade de resina acrílica e na fase plástica leva-se sobre o dente preparado, pressionando mais na região cervical para conseguir a melhor adaptação possível. Acesse video explicativo pelo QR Code Técnica direta Resina bisacrílica Os provisórios de resina bisacrílica geralmente são aderidos aos preparos por sistemas adesivos em pequenas áreas de condicionamento ácido, auxiliando na retenção, porém tornando sua remoção difícil. Acesse video explicativo pelo QR Code Técnica direta Molde de alginato Acesse video explicativo pelo QR Code Técnica direta Molde de silicona Acesse video explicativo pelo QR Code Acesse video explicativo pelo QR Code Modelo de estudo: Permite o cirurgião dentista obter um diagnostico do caso e possíveis tratamentos. Modelo de trabalho: Obtido após a realização do preparo dentário e serve de base para a etapa de fundição. Moldagem e modelos A moldagem e o vazamento do modelo para obtenção do modelo de trabalho são etapas clinicas e laboratoriais decisivas para o sucesso do tratamento de reabilitação Prótese fixa. Fatores que afetam a qualidade da moldagem: Forma do preparo. Saúde e manipulação dos tecidos moles. Seleção da moldeira. Tipo de material. Técnica de moldagem. Polissulfeto. Poliéster. Siliconade condensação. Materiais de moldagem: Silicona de adição. É a que menos apresenta menos deformação após a presa. Fonte de imagens: Pegoraro. Métodos de retração gengival: Como o material de moldagem não tem capacidade para promover o afastamento lateral do tecido gengival, torna -se necessário o emprego de técnicas de retração gengival. Com o uso dessas técnicas, é possível expor a região cervical do dente preparado e criar espaço para que o material de moldagem tenha espessura suficiente e não se rasgue durante a remoção, permitindo a reprodução dos detalhes dessa área. O afastamento gengival pode ser realizado por meios mecânicos, químicos, mecânico -químicos e cirúrgicos. Técnicas de moldagem: Com fio retrator. Tec. mais usada. Com casquete individual. Tec. menos usada. Colocação do fio retrator: o fio deve ser colocado antes da finalização das margens do preparo para permitir uma melhor visualização da região cervical do dente. O fio retrator pode ser embebido em uma solução hemostática e inserido dentro do sulco, sem anestesia local, o primeiro fio ( o mais fino) serve para controlar a hemostasia do sulco, utilizamos dois fios um bem fino primeiro para afastar a gengiva e o material de moldagem entrar e o segundo de uma espessura mais grossa. Deixamos por alguns minutos e retiramos para moldagem. A técnica de moldagem com casquetes individuais permite o acesso do material aos limites cervicais do preparo dental sem agredir o tecido gengival adjacente. Os materiais de moldagem que apresentam os melhores resultados clínicos quando da utilização de casquetes são: poliéter, polissulfeto e silicona de adição. Método mecânico. Método mecânico-químico. Acesse video explicativo pelo QR Code Acesse video explicativo pelo QR Code Fonte de imagens: Pegoraro.Fonte de imagens: Pegoraro. Sistemas Cerâmicos A busca por materiais cada vez mais estéticos e com propriedades mecânicas semelhantes às da próteses metalocerâmicas estimulou pesquisadores e indústrias a desenvolver novas cerâmicas reforçadas com o objetivo de substituir as infraestruturas (IEs) metálicas. Esses materiais apresentam excelentes propriedades mecânicas, biológicas e estéticas, porém alguns cuidados devem ser tomados antes de sua aplicação em PPFs. Infraestruturas para PFF em metalocerâmica: A prótese metalocerâmica é seguramente o sistema mais utilizado nas modalidades de tratamento com PPF. Sua versatilidade permite que ela possa ser usada em elementos unitários anteriores e posteriores, em PPFs pequenas e extensas, em combinações de próteses fixas e removíveis, por meio de encaixes e em próteses sobre implantes. As características que tornam as restaurações metalocerâmicas tão versáteis são a estética, a grande resistência mecânica – que possibilita as mais variadas utilizações clínicas –, sua fácil confecção e a previsibilidade clínica. IE para elemento unitário anterior. IE para elemento unitário posterior. IE para PPF anterior. IE para PPF posterior. IE para elemento unitário anterior. Talvez uma das mais simples infraestruturas metalocerâmicas características: Dimensão anatômica aproximada de dois ter- ços do trabalho definitivo PPF Metalocerâmicas Fonte de imagens: Pegoraro. Extensão próximo -incisal para dar suporte à cerâmica Presença de cinta metálica lingual obedecendo às características estéticas É muito importante que a cerâmica sobrepasse o bordo incisal em pelo menos 1 mm, terminando na superfície lingual a pelo menos 0,5 mm de distância do contato com o dente antagonista. Não é adequado que o contato oclusal aconteça na interface metal/cerâmica. Resumo: Os ângulos internos da IE que serão recobertos pela cerâmica devem ser completamente arredondados. Os ângulos das bordas da cinta metálica nos quais ocorrerá o contato com a cerâmica devem ser vivos e de preferência em 90°. A IE deve ter espessura mínima de 0,3 a A cinta metálica deve restringir -se à superfície lingual, com a altura ideal de aproximadamente 2,5 mm. 0,5 mm e dimensão aproximada de dois terços da restauração final, com compensação na espessura em todas as áreas em que o preparo for deficiente. IE para elemento unitário posterior. Os elementos unitários posteriores devem idealmente ser recobertos por uma camada uniforme de cerâmica com espessura entre 1 a 2,5 mm, pois isso cria uma configuração de abraçamento e, portanto, de resistência mecânica máxima. Desse modo, a espessura mínima ideal para uma IE é 0,3 a 0,5 mm. Fonte de imagens: Pegoraro. Assim como nas estruturas unitárias anteriores, as estruturas posteriores devem apresentar também uma cinta metálica na região lingual com altura ideal de 2,5 mm, estendendo -se para as faces proximais, em direção à face vestibular, que deverá ter aproximadamente 0,5 mm de altura. As faces proximais apresentarão essa cinta metálica de acordo com os requisitos oclusais. Superfície oclusal em metal: neste caso, somente a face vestibular será revestida por cerâmica, de forma semelhante à usada em trabalhos metaloplásticos. Convém salientar, no entanto, que essa janela vestibular deve ser expulsiva, e seus ângulos internos obtusos e arredondados devem terminar no mínimo a 1 mm de distância das pontas de cúspides funcionais no nível oclusal. Isso evita que o contato oclusal sobre as cúspides metálicas provoque a flexão do metal e, eventualmente, cause a trinca ou até mesmo a expulsão da faceta estética vestibular Face vestibular e cúspides vestibulares em cerâmica: neste caso, toda a face vestibular que passa pela cúspide vestibular e entra pela superfície oclusal será construída em cerâmica. É importante salientar que a cerâmica deverá invadir a face oclusal, ultrapassando as pontas de cúspides em pelo menos 1 mm, para que haja a ação de abraçamento e apoio. O paciente deve usar a placa à noite para proteger a prótese das possíveis consequências do hábito parafuncional (bruxismo). Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. A IE deverá idealmente ser completamente A IE deverá apresentar uma espessura mínima de 0,3 a 0,5 mm e uma dimensão aproximada de três quartos do tamanho anatômico final da restauração. A IE posterior obrigatoriamente deverá apresentar cinta metálica lingual com altura mínima de 2,5 mm. Essa cinta metálica deverá se estender pelas faces proximais, elevando -se em direção à superfície oclusal sempre que contatos oclusais incidirem sobre as cristas marginais. Quando a estética permitir, a cinta metálica deverá se estender também para superfícies vestibulares, com uma altura mínima de 0,5 mm, para permitir uma melhor remoção do padrão de cera do troquel de gesso e para suportar adequadamente os procedimentos de cocção da cerâmica. revestida por cerâmica. Maior parte da superfície oclusal em cerâmica e com “ilhas” de metal: nesta situação, tanto a superfície vestibular quanto a lingual e suas pontas de cúspides serão construídas em cerâmica, com eventuais “ilhas” metálicas constituídas de elevações da estrutura metálica, com ângulos externos vivos e arredondamento interno. Essas “ilhas” podem apresentar recobrimento parcial da superfície oclusal, à semelhança de restaurações metálicas em dentes naturais, ou podem se estender em direção lingual, reconstruindo toda a cúspide lingual a partir do sulco mesiodistal ou de parte das cúspides. Resumo: IE para PPF anterior: As IEs para elementos múltiplos anteriores devem ter uma configuração exatamente igual à usada em elementos unitários anteriores quando se pretende unir dentes contíguos. A diferença fundamental acontecerá nos casos de PPF, pois a extensão e o número de pônticos criarão situações mecânicas bastante complexas. Da para repor ate 4 elementos no caso 4 pônticos. Fonte de imagens: Pegoraro. As PPFs comportam -se como barras, esses mesmos conceitos podem ser aplicados a elas: dobrando a altura do conector, a resistência dessa área é aumentada em oito vezes. Muitas vezes é necessário realizarredução vertical nas áreas de conexões entre pônticos e retentores para facilitar a higienização. Uma IE com área de conexão com 2 U de altura (A), quando reduzida para 1 U (B), tem sua resistência diminuída em 8 vezes. PPFs anteroinferiores, é muito importante a diminuição das conexões no sentido cervicoincisal, a fim de criar espaços adequados para as papilas gengivais e para os instrumentos usa- dos na higiene oral. Desse modo, tais conexões deverão apresentar uma configuração adequada para criar condições de estética e de higiene bucal, sem diminuir a resistência da estrutura metálica. (A) IE metalocerâmica em cera de PPF anterior. Observe a separação entre pôntico e retentores na região vestibular, criando uma condição estética adequada devido à individualização dos elementos. (B) Observe por lingual a pequena espessura das conexões e a necessidade de reforçá-la para aumentar a resistência mecânica da prótese. Isso será conseguido com a criação da cinta metálica. (C) O reforço em cera branca mostra as áreas onde a estrutura metálica deverá ser mais espessa. Assim, a cinta metálica se estende dos retentores, passando pelas conexões proximais em direção ao pôntico. Se este for volumoso, não é necessário que a barra palatina ou lingual atravesse toda sua superfície, entretanto, é necessário que sempre esteja presente nas áreas das conexões. (D) Em casos de pônticos menos volumosos, a cinta metálica palatina ou lingual ou barra corrugada deverá se estender ao longo de toda a superfície palatina dos pônticos. Fonte de imagens: Pegoraro. Fonte de imagens: Pegoraro. Para obedecer à lei das barras, as cintas me- tálicas nos elementos pilares devem se estender também para os pônticos, criando uma barra ao longo da face lingual de toda a prótese. Se essa barra tiver secções horizontais e verticais, suas características mecânicas serão melhoradas. Resumo: Cada elemento retentor deve ter uma espessura mínima de 0,3 a 0,5 mm e uma cinta metálica lingual ao longo de toda a superfície com a altura ideal de 2,5 mm. A cinta deve estender -se em direção à face proximal e estar presente também na conexão entre cada retentor e cada pôntico na forma de um “U”, afim de aumentar a resistência nessas áreas. Cada pôntico deve ter sua anatomia básica reduzida em aproximadamente 25%, que corres ponde à área que será ocupada pela cerâmica. A conexão de cada pôntico com cada retentor é feita na superfície proximal. É muito importante lembrar que o volume dos pônticos deverá ser cuidadosamente observado, de forma que sua superfície vestibular esteja no mesmo plano das superfícies vestibulares dos retentores e sua dimensão incisogengival também seja proporcional às A cinta metálica lingual deve prosseguir pela superfície lingual do retentor e estender -se para os pônticos, podendo ser interrompida ou continuar uniformemente ao longo de todas as faces linguais dos pônticos. dimensões dos elementos retentores. Todos os elementos deverão ter as dimensões de aproximadamente dois terços do tamanho correspondente à anatomia final da prótese. Um erro frequentemente cometido com as próteses metalocerâmicas é a construção de pônticos com tamanho reduzido com o objetivo de economizar metal. Isso resulta em um, volume excessivo de cerâmica, ocasionando prejuízo mecânico e, principalmente, alteração de cor em razão de uma espessura maior de cerâmica nos pônticos do que nos retentores. Fonte de imagens: Pegoraro. IE para PPF posterior: Nos elementos múltiplos posteriores, os esforços mecânicos são maiores do que em todas as situações apresentadas anteriormente. Assim, os pônticos serão submetidos a grandes esforços em decorrência de cargas oclusais consideráveis que ocorrem nessa região, e as características das IEs devem obedecer ao mesmo padrão das descritas anteriormente. As conexões dos pônticos com os retentores são confeccionadas nas faces proximais de ambos. Os retentores devem apresentar uma cinta metálica lingual com uma altura ideal de 2,5 mm, que continuará ao longo dos pônticos, melhorando a resistência da estrutura metálica. Resumo: Cada elemento retentor deverá ter uma es- Tanto os retentores quanto os pônticos deverão apresentar uma dimensão equivalente à anatomia final da prótese reduzida em 25%. Por essa razão, se houver necessidade de correção de volume em alguma área, isso deverá ser feito por meio de aumento na estrutura metálica, e não na espessura da cerâmica. As conexões são extremamente importantes na resistência da estrutura metálica e, por isso, sua forma deverá ser cuidadosamente analisada e verificada durante o enceramento. Essa análise deve definir se as superfícies gengivais das conexões poderão ser feitas em cerâmica ou em metal, para possibilitar uma área de higiene mais adequada sem prejuízo da resistência. pessura mínima de 0,3 a 0,5 mm e uma cinta metálica lingual ao longo de toda superfície com a altura ideal de 2,5 mm. A cinta deve estender -se em direção à face proximal e estar presente também na conexão entre cada retentor e cada pôntico na forma de um “U”, a fim de aumentar a resistência nessas áreas. Fonte de imagens: Pegoraro. Lentes/facetas fragmentos inlay/onlay coroas anteriores. (Estética) PPF Cerâmicas Existem várias propostas de classificação dos sistemas cerâmicos descritas na literatura. A mais didática e simples talvez seja a que classifica as cerâmicas de acordo com sua composição: cerâmicas vítreas, cerâmicas vítreas preenchidas por partículas e cerâmicas policristalinas. Essa ordem coincide com a sequência em que foram desenvolvidas, e o CD deve considerar três aspectos fundamentais em relação à escolha de uma delas. As cerâmicas estéticas são aquelas com alto A evolução das cerâmicas em busca de mais O fato de uma cerâmica apresentar propriedades mecânicas superiores não significa necessariamente que seu desempenho clínico será adequado. Além disso, os vários fatores que influenciam a longevidade das restaurações em cerâmica estão relacionados aos procedimentos realizados pelo CD e pelo técnico de laboratório. Assim, é importante que o CD faça um acompanhamento clínico de longo prazo, pois os trabalhos de avaliação clínica das cerâmicas recentemente lançadas no mercado são ainda escassos. conteúdo vítreo. resistência (para serem usadas em coroas e em PPFs posteriores) envolveu um aumento do conteúdo cristalino, o que consequente mente reduziu seu potencial estético. Cerâmicas feldspáticas/ vítreas Compostas principalmente por feldspato, quartzo (óxido de silício) e alumina (óxido de alumínio) e, por isso, pertencem a um grupo chamado vidros de alumínio -silicato. Leucita/ dissilicato Lentes/facetas fragmentos inlay/onlay coroas anteriores coroas posteriores PPFs anteriores Cerâmicas vítreas reforçadas pelo acréscimo de cristais de dissilicato de lítio. Boa translucidez Adicionadas partículas de leucita. Zircônia Coroas anteriores coroas posteriores PPFs anteriores PPFs posteriores abutments Essas cerâmicas não apresentam componente vítreo e têm átomos densamente compactados, o que dificulta a propagação de uma trinca.+ resistente Fonte de imagens: Pegoraro. IE para PPF anterior: A IE deve apresentar um desenho que acompanhe a anatomia dental, a fim de proporcionar apoio e uniformidade à cerâmica de revestimento, especialmente nas regiões de maior espessura, como nas faces proximais. Nessas áreas, a IE deve estender -se na direção incisal em aproximadamente 3 mm. É importante também a presença de uma cinta na face lingual ou palatina com 2 mm de altura e 1 mm de espessura, para garantir suporte à cerâmica de revestimento nessa área. Resumo: As áreas dos preparos com excesso de desgaste ou fraturas de ângulos devem ser compensadas por meio de aumento da IE, e não da espessura da cerâmica de revestimento. Cada pôntico deve ter sua anatomia básica reduzida em aproximadamente 25%, que corresponde à área que será ocupada pela cerâmica. Um pôntico com tamanho muitoreduzido resultará em um volume excessivo da cerâmica de revestimento sem uniformidade de espessura e suporte adequado. Isso causará uma concentração de estresse na interface e pode resultar na fratura da cerâmica de revestimento. Cada elemento retentor deverá ter uma cinta ao longo de toda a superfície lingual com 2 mm de largura e 1 mm de espessura. Essa cinta deve estender -se em direção à face proximal para se unir ao conector. Na face vestibular, a cinta deve ter uma largura correspondente à espessura mínima que a cerâmica permitir. O conector deverá ter uma área mínima de 12 mm2, sendo que a área ideal deve ficar próxima de 16 mm2. A exceção se aplica às cerâmicas à base de zircônia, em que, segundo os fabricantes, essa área pode ser diminuída para 9 mm2. É importante lembrar que a altura do conector é mais importante que sua largura para manter a resistência da área. Fonte de imagens: Pegoraro. IE para PPF posterior: Na região posterior, as forças oclusais que incidem em uma PPF são bem maiores que na região anterior. Por isso, as características da IE devem obedecer ao mesmo padrão descrito no item anterior, ou seja, ter uma forma anatômica que garanta um suporte adequado à cerâmica de revesti- mento, especialmente nas cúspides de contenção cêntrica (vestibulares inferiores e palatinas superiores) por serem as que mais recebem os impactos da oclusão. De modo geral, uma IE para PPF posterior em cerâmica deve seguir as mesmas orientações para IEs para metalocerâmica. Resumo: Os retentores e os pônticos devem apresentar Os retentores devem apresentar uma cinta lingual com 2 mm de largura que se estenderá ao longo do pôntico, aumentando a resistência da IE. A espessura da cinta será determinada pelo contorno da prótese e ficará exposta ao meio bucal. As conexões são extremamente importantes para a resistência da IE; por isso, sua forma deverá ser cuidadosamente avaliada durante a confecção. Como comentado anteriormente, as IEs idealmente devem ter aproximadamente 16 mm2, mas uma PPF de três elementos localizada na região de pré -molares pode chegar a 9 mm2. dimensões equivalentes à anatomia final da prótese, reduzida em 25%. Áreas dos preparos com excesso de desgaste deverão ser com- pensadas por meio de aumento da IE, e não da espessura da cerâmica de revestimento. Fonte de imagens: Pegoraro. Componentes de uma PPf. Conectores rígidos: IF fundida 6 a 9 mm. IF Cerâmica zircônia: 6 a 9 mm IF cerâmica dissilicato de lítio 12 a 16 mm Pônticos contato mínimo com o rebordo. Fonte de imagem: Colega Mônica. Seleção de cor A seleção de cor pode ter influencia de vários fatores, ambiente, observador, fonte de luz...., após a escolha é enviado para o técnico em prótese dentaria para ser confeccionada a PPF. É enviado também fotos, idade e sexo do paciente. Ajustes prévios antes da realização da prova na boca do paciente. Ajustes clínicos. Ajustes estéticos. Após a confecção da PPF em laboratório, é necessário o acabamento, prova em boca, ajuste e polimento. Cimentação Cimentação provisória: É a fixação da PPF finalizada com agentes cimentantes classificados como provisórios, como pasta de oxido e zinco e eugenol, cimentos de oxido de zinco com ou sem eugenol e cimentos de hidróxido de cálcio. A cimentação provisória é indicada preferencialmente para Pffs metalocerâmica. Cimentação definitiva: A cimentação definitiva recebe essa denominação devido ás características do agente cimentante utilizado. Cimentos definitivos: De fosfato de zinco. De ionômero de vidro. De ionômero de vidro modificado pro resina. Cimentos resinosos. Cimentos autoadesivos. Fosfato de zinco Coroas, PPFs e pinos intrarradiculares metálicos; coroas e PPFs cerâmicas. Mais de 100 anos de experiencias clinica, bom cimento de rotina, simplicidade de uso, baixo custo. Sensibilidade pós operatória ocasional, baixa dureza, alta solubilidade, não indicado para a maioria das cerâmicas. Ionômero de vidro convencional Coroas, PPFs e pinos intrarradiculares metálicos, coroas e PPFs cerâmicas. Mais de 20 anos de experiência clinica, liberação de flúor, adesão molecular ao substrato dentário, bom cimento de rotina, simplicidade de uso, baixo custo, baixa alteração dimensional. Sensibilidade pós operatória ocasional, sensibilidade a água e a cargas mecânicas, não é indicado para a maioria das cerâmicas. Cimento resinoso adesivo Coroas PPFs e pinos intrarradiculares metálicos, pinos intrarradicuares estéticos, coroas cerâmicas. Mais de 10 anos de experiência clinica, baixa solubilidade boa adesão, alta dureza, boas propriedades mecânicas, boa estética. Dificuldade de manuseio e sensibilidade técnica, requer o uso de primers e sistemas adesivos, alto custo, sensibilidade pós operatória ocasional, degradação ao longo do tempo e em atas temperaturas, não indicado para algumas cerâmicas. Cimento de ionômero de vidro modificado por resina Coroas, PPFs e pinos intrarradiculares metálicos, coroas e PPFs cerâmicas. Liberação de flúor, resistência de união boa, adesão molecular ao substrato dentário, baixa solubilidade, baixa sensibilidade pós operatória, simplicidade de uso, baixo custo. Absorção de água e expansão, degradação, ao longo do tempo e em altas temperaturas, não indicado para a maioria das cerâmicas. Cimento resinoso autoadesivo Coroas, PPFs e pinos intrarradiculares metálicos pinos intrarradiculares estéticos, coroas cerâmicas com alguns tipos de cerâmica. Facilidade de utilização, tempo clinico, baixa solubilidade, boas propriedades mecânicas, boa estética. Poucos estudos longitudinais de avaliação clinica. Cimentos Indicações Vantagens Desvantagens Referências Pregoraro, L. F. Protese fixa, 2° Ed. São Paulo. Artes medicas, 2007. Resumo @sinteseodonto. Aulas ministradas na faculdade Unirriter- Zona Sul Porto Alegre. https://www.odonto.ufmg.br/ecv-odr/wp- content/uploads/sites/23/2021/03/coroa-completo-Ebook.pdf Redes sociais Acesse o Qr Code Acesse o Qr Code @dafne_ariane_