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Exame Físico Ginecológico

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1 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
 
 
 
Há exames diagnósticos (feito quando há presença de sintomas, 
buscando descobrir etiologia) e preventivos 
Avaliar: 
• Custo-benefício 
• Validação cientifica 
• Acurácia 
• Menor para maior complexidade 
EXAME FÍSICO 
• Peso e estatura 
• Exame cardiovascular 
• Mamas 
• Abdome 
• Inspeção vulvar 
• Especular 
• Toque vaginal 
• Membros inferiores 
Exame genitália externa – inspeção vulvar 
• Posição de litotomia 
• Retirar toda a roupa, incluindo as íntimas. Colocar 
avental com abertura para frente 
• Recomendado que o exame seja acompanhado de 
uma enfermeira ou técnica de enfermagem 
• Todos os passos do exame devem ser avisados antes 
de serem executados 
• Avaliar condições anatômicas, distribuição pilosa e o 
trofismo da pele 
• Lábios maiores (grandes lábios) e lábios menores 
• Clitóris (prepúcio e frênulo) 
• Vestíbulo da vagina, glândulas vestibulares maiores 
(Bartholin) e vestibulares menores (Skene) 
• Meato uretral, hímen ou suas carúnculas, fúrcula, 
região perineal e perianal e inguinal 
• Lesões existentes no tegumento vulvar: tipo, número, 
localização, dimensões, cor, mobilidade e sensibilidade 
 
 
 
Condições Comuns na 
 Genitália Externa 
ÚLCERA GENITAL 
Tempo e forma de evolução 
Descrever a localização precisa. Preferencialmente dividir a vulva 
em terços 
Aspecto (tamanho, profundidade, grau de inflamação) 
Presença de linfoadenomegalia regional ou à distância 
Aparecimento concomitante de outras lesões no corpo e na boca 
Se houver algum fator desencadeante (trauma, uso de 
medicamentos, outras pessoas com o mesmo quadro) 
HERPES GENITAL 
Ardor, prurido, formigamento e adenomegalia que pode 
anteceder a erupção cutânea; 
Hiperemia aparece e, alguns dias após, evolui para vesículas 
agrupadas, que se rompem fomando exulceração dolorosa, 
seguida de cicatrização 
Diagnóstico é clínico 
 
 
 
SÍFILIS PRIMÁRIA 
Lesão única, com bordos endurecidos 
(cancro duro) 
É mais comum ser visível no homem, 
no sulco bálano prepucial, do que nas 
mulheres 
Se não for tratado, pode persistir por 
30-90 dias, involuindo 
espontaneamente. 
 
 
 
Adenopatia satélite ocorre e é bilateral (inguinal), indolor e não 
inflamatória. 
Em todas as fases da Sífilis, pode-se usar a sorologia para fazer 
o diagnóstico. 
ABCESSOS X CISTO DE BARTHOLIN 
Diferenciar por: 
• Sinais flogísticos 
• Recorrência 
• Sinais de infecção sistêmica 
• Tratamento: Calor local, Antibióticos e 
Drenagem/marsupialização 
PROLAPSO GENITAL 
Manobra de Valsalva 
• Prolapso anterior: bexiga 
• Prolapso apical: útero ou cúpula (se histerectomia) 
• Prolapso posterior: reto 
Exame Genitália interna 
EXAME ESPECULAR 
O espéculo é introduzido fechado seguindo-se o eixo vaginal, até 
o seu fundo, quando então são abertas as valvas, centrando-se o 
colo uterino. 
 
 
 
 
Exame Físico Ginecológico 
 
2 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
VAGINA 
Fórnices ou fundo de saco (anterior, posterior, laterais), 
pregueamento das paredes, cor, elasticidade e presença de 
lesões 
SECREÇÃO VAGINAL 
Aspecto, quantidade, odor 
COLO DO ÚTERO 
Lesões, orifício cervical externo 
Mede 3-4 cm de comprimento e 
2,5cm de diâmetro. Varia de tamanho 
e forma dependendo da idade e 
paridade 
 
 
 
 
 
Partes: 
• Ectocérvice: porção mais facilmente visível. Composta pelo 
epitélio escamoso estratificado, com várias camadas de 
células. 
• Endocérvice: grande parte invisível para dentro do canal 
cervical. Localiza-se próxima ao orifício cervical externo. 
Composta pelo epitélio colunar, com uma única camada de 
células. 
• Localização da JEC – junção escamo-colunar – varia 
conforme a idade, estado menstrual, gestação, uso de 
contraceptivos. 
Parte externa é tecido escamoso e a interna é glandular. Caso o 
tecido glandular seja exposto, ele ‘tenta” virar um escamoso, mas 
fica diferente e pode descamar (sangrar) na relação. É nessa 
região da zona de transformação que há maior prevalência de 
HPV. 
 
 
 
ECTOPIA corresponde a eversão do epitélio colunar sobre a 
ectocérvica, ocorrendo mais sob influência do estrogênio, após a 
menarca e durante a gestação 
Metaplasia escamosa indica a substituição fisiológica do epitélio 
colunar evertido na ectocérvice por epitélio escamoso recém-
formado → Zona de Transformação 
A identificação da zona de transformação é de grande 
importância na colposcopia, visto que quase todas as 
manifestações da carcinogênese cervical ocorrem nessa zona. 
Condições Comuns na 
 Genitália interna 
LEUCORREIAS / “CORRIMENTOS” 
CANDIDÍASE 
Prurido, disúria, dispareunia 
Inspeção vulvar: hiperemia, edema, 
fissuras e escoriações. 
Especular: hiperemia de mucosa 
vaginal, secreção esbranquiçada 
espessa ou flocular, podendo estar 
aderidas às paredes. 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
Intensidade variável, acompanhado de odor 
vaginal fétido (“peixe podre”), que piora com o 
intercurso sexual desprotegido e durante a 
menstruação 
Especular: conteúdo vaginal homogêneo, em 
quantidade variável, com coloração 
esbranquiçada, branco-acinzentada ou 
amarelada. 
Critérios de AMSEL (3 de 4 faz diagnóstico): 
1. Corrimento vaginal branco-acinzentado homogêneo 
aderente às paredes vaginais 
2. Medida do pH vaginal maior que 4,5 
3. Teste das aminas (whiff test) positivo → cheiro fétido 
4. Presença de clue cells 
 
TRICOMONÍASE 
Leucorreia, acompanhada de ardor genital, 
sensação de queimação, disúria e dispareunia 
Especular: conteúdo vaginal de coloração 
amarelada ou amarelo-esverdeada, por vezes, 
acompanhado de pequenas bolhas 
As paredes vaginais e a ectocérvice 
apresentam-se hiperemiadas, observando-se 
ocasionalmente o “colo uterino com aspecto de 
morango” 
Tricomoníase é uma IST, devendo tratar parceiro (a) também. 
Toque Vaginal Bimanual 
Os dedos indicador e médio 
da mão dominante são 
inseridos logo abaixo do colo. 
A outra mão é posicionada 
logo acima da sínfise púbica 
e gentilmente pressionada 
para baixo para determinar 
tamanho, posição e 
consistência do útero e, se 
possível, dos ovários; 
Avaliar mobilidade uterina, dor a mobilização, se existem 
nodulações em fundo de saco. 
Normalmente, o útero tem 
cerca de 6cm por 4cm e se 
direciona anteriormente 
(anteversão), mas pode 
estar vertido 
posteriormente 
(retroversão) 
Exames Complementares 
CITOPATOLÓGICO DE COLO UTERINO – PREVENTIVO 
Visualização completa do colo 
• Coleta ectocérvice – Espátula de Ayre – encaixa a ponta 
mais alta no orifício e fira 360º. 
• Coleta endocervical – Citorbrush – introduzir escova no 
orifício e realizar 3-5 giros completos 
 
3 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 
Pelo Ministério da Saúde, se 
coleta dos 25-64 anos. 
Se dois exames negativos 
consecutivos, pode coletar de 3 
em 3 anos. 
Gestante coleta normalmente 
Imunodeprimidas → iniciar 
coleta logo após relação, coletar 
de 6 em 6 meses por 1 ano, 
após isso, coleta anual 
Histerectomia total – se cirurgia por alteração benigna e paciente 
sem história de lesão em colo uterino, não é necessário coletar 
mais. 
Conduta em preventivo com resultado alterado 
 
COLPOSCOPIA 
Indicações: alterações no CP, colo suspeito ao exame, 
acompanhamento de lesões pós-tratamento 
Evitar se: inflamação excessiva, atrofia, paciente menstruada 
Usa-se ácido acético (3-5%) 
• Atua precipitando/coagulando proteínas 
• Células anormais: núcleo maior → precipitação aparente → 
coloração branca 
• Quanto maior o grau de lesão (maior conteúdo proteico) 
mais densa a lesão 
 
Lugol/Iodo 5% - Teste de Schiller 
• Cora epitélio escamoso maduro que contêm glicogênio 
• Aplicação resulta na captação do iodo pelo epitélio que 
contém glicogênio – marrom escuro 
• Células com pouco ou nenhum glicogênio não coram – 
amarelas – epitélio atrófico, displásico, glandular. 
• Seteste de Schiller positivo → biópsia 
ULTRASSOM TRANSVAGINAL 
Ondas que sofrem reflexão ao encontrarem determinada 
estrutura (Ecos) 
• Hiperecócio (branco) – osso 
• Hipoecócio (cinza) – tecidos 
• Anecócio (preto) – fluidos 
Útero → tamanho, posição, miomas, heterogeneidade 
Endométrio → espessura, pólipos, acúmulo líquido 
Ovários → tamanho, cistos, vascularização 
US pélvico também pode ser feito via abdominal (mulheres que 
nunca tiveram relação). 
HISTEROSCOPIA DIAGNÓSTICA 
Padrão-ouro para investigação da cavidade uterina 
Avalia: 
• Canal cervical: perviedade, posição, trofismo, lesões 
endocervicais 
• Cavidade: formato, presença de septos, sinequias, pólipos, 
miomas submucosos 
• Endométrio: compatibilidade com ciclo, espessura, 
endometrite, biópsia 
• Óstios tubários 
Indicações: 
• Sangramento uterino anormal, amenorreia, infertilidade, 
necessidade de amostra menstrual 
HISTEROSSALPINGOGRAFIA 
Injeção de contraste radiopaco pelo canal cervical, avaliando 
enchimento/formato uterino, permeabilidade tubária... 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
Padrão ouro para investigação da pelve 
Altamente específico, mas caro 
Contraste não iodado (gadolíneo) 
Liberada na gestação