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1 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC O HCG é uma glicoproteína produzida pelo sinciciotrofoblasto que previne a involução do corpo lúteo (principal sítio de produção de progesterona nas primeiras 6-7 semanas). A subunidade Beta é a específica da gestação. Por isso Pode-se BetaHCG. O ßHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher entre 8-11 dias pós concepção. Niveis plasmáticos aumentam e tem pico entre 8-10 semanas. A maioria dos testes detecta BetaHCG entre 25-30mUI/mL. O resultados falso positivos ocorrem entre 2-25. Níveis de BHCG >1000 deve ser visto um saco gestacional no US. Se útero “vazio”, pesquisar gestação ectópica e aborto recente Modificações no Organismo Materno Pode ser dividido entre alterações hormonais e físicas pelo aumento do volume uterino MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS São basicamente por alterações hormonais MODIFICAÇÕES NA MAMA Há o preparo para a lactação (aumento do estrogênio aumenta a produção da prolactina por liberação da dopamina. A progesterona “ocupa” os receptores de prolactina. No pós-parto, há queda de progesterona e estrogênio. A prolactina continua alta e se liga no receptor, havendo produção de leite. A ocitocina faz a contração de células mioepiteliais para ejetar o leite. Há mastalgia, formação dos tubérculos de Montgomery (serve para proteção), Rede de Haller (aumento da vascularização venosa) e Sinal de Hunter (formação e uma aréola secundária). SISTEMA REPRODUTOR Corpo uterino aumenta quase 1000x. Pode haver contrações irregulares, não rítimicas com intensidade variável (diferente do parto) O colo uterino fica com área de ectopia, produção de muco com citocinas protetoras (tampão mucoso) Corpo lúteo se mantém até 7 semanas Vagina fica mais violácea pelo aumento hormonal, havendo aumento de secreção (não há prurido e nem odor fétido). Pela menor produção de ácido lático, diminui pH, predispondo a manifestação de candidíase. OSTEOARTICULAR Com o aumento do volume uterino, o centro de gravidade é deslocado para a frente, gerando uma hiperlordose lombar Há ampliação da base de sustentação (marcha anserina) Há um relaxamento ligamentar GASTROINTESTINAIS Decorrente sobretudo pela progesterona Há relaxamento de esfíncter esofagiano (refluxo), relaxa estomago (mais broncoaspiração se procedimento cirúrgico), relaxa vesícula biliar (risco de cálculo), relaxa intestino (diminui peristalse e causa constipação). Há redução da acidez estomacal, tendo menos úlceras gástricas. Há frequentemente hemorroida pela dificuldade de retorno venoso pela compressão de vasos Hipersalivação e hipertrofia gengival → tendência a cáries Mudança da localização do apêndice pelo aumento do útero. HEMODINÂMICAS Aumento na FC, redução da RVP, queda da PA (90x60) principalmente no segundo trimestre. Pela elevação do diafragma, coração pode estar deslocado para a esquerda e pode ter leves alterações no ECG HEMATOLÓGICAS Aumento do volume plasmático (para “se preparar” para a perda de sangue no parto) – hemodiluição. Causando uma anemia fisiológica. Por esse motivo, há suplementação de ferro SISTEMA RESPIRATÓRIO Aumento de 2cm no diâmetro da caixa torácica Redução do volume tecidual Hiperventilação: aumento da expansão e aumento da expiração Alcalose respiratória compensada Maior congestão nasal – indicar lavagem nasal com soro. SISTEMA URINÁRIO Aumento da TFG, diminuição da creatinina sérica, glicosuria fisiológica. Ureteres → hidronefrose fisiológica (mais evidente à direita devido dextrorotação uterina e veia ovariana) Bexiga → aumento a pressão vesical, perda de urina Obstetrícia 2 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC Pré-Natal O pré-natal bem-feito é o principal indicador prognóstico ao nascimento A OMS recomenda pelo menos 6 consultas de pré-natal: • Mensais até 28 semanas • Quinzenais até 36 semanas • Semanais até o parto CONDIÇÕES PARA ENCAMINHAR PARA PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO História reprodutiva anterior Relacionadas à gravidez atual ANAMNESE VACINA → Hep B, tétano e influenza GERAL Peso e altura → IMC PA • Pré-eclâmpsia → caracterizada pelo aparecimento de HAS + proteinúria (>300mg/24h) após a 20s em mulheres previamente normotensas • Eclâmpsia → corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas • Pré-eclâmpsia sobreposta à HAS crônica → elevação aguda da PA, a qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da função hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica com idade gestacional superior a 20 semanas • HAS crônica → hipertensão pré gestação ou descoberta no período antes de 20 semanas de gravidez ou o que se mantem por 12 semanas pós-parto. • HAS gestacional → HAS detectada após 20 semanas, sem proteinúria, podendo ser definida como transitória. Edemas EXAME FÍSICO MANOBRA DE LEOPOL-ZWEIFEL PRIMEIRA CONSULTA 3 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC Sulfato ferroso pode ser introduzido em torno de 12 semanas, pois no início geralmente gestante já tem náuseas e o sulfato ferroso aumenta. Caso paciente já anêmica, tem que introduzir bem no início. EXAMES LABORATORIAIS Também se faz sorologia para toxoplasmose (IgG e IgM) • IgM positivo e IgG negativo → contraiu toxo na gestação • IgM negativo e IgG positivo → toxoplasmose prévia • IgM – e IgG - → não teve toxoplasmose VACINAÇÃO Também se faz do COVID (menos Astrazeneca) → faz coronavac e Pfizer QUEIXAS COMUNS Hiperemese gravídica → náusea e vomito muito intensa, vomita saliva, perde peso, alterações eletrolíticas. Nesse caso, faz-se investigação laboratorial. Paciente interna, fica em jejum e a alimentação é em progressão (líquido → pastoso → sólido) 12 SEMANAS 4 Habilidades Médicas – Vitor Benincá – MED 202 UNESC 11 A 13+6 SEMANAS Se paciente não fez US até 13+6, não adianta mais fazer morfológico de primeiro trimestre. Queixas nessas semanas 20 A 24 SEMANAS 24 A 28 SEMANAS 36 SEMANAS ATB profilático de cistite → 1 CP de nitrofurantoina até o parto QUEIXAS COMUNS Deve ser visualizado Contrações de treinamento
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