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Profa. Dra. Maria Meimei UNIDADE III Prática Gerencial em Saúde Hospitalar Gerenciar: Processo de dirigir indivíduos ou grupos para alcançar objetivos. Desafios na enfermagem: Alcançar resultados por meio do trabalho de outras pessoas. Desenvolver competências para integrar as três dimensões. Qual o trabalho do gerente de enfermagem? Gestão em Enfermagem Unidades Pessoas Assistência Desenvolvimento de diferentes papéis: mentor, facilitador, coordenador, negociador etc. Competências interpessoais para gestão de pessoas: inteligência emocional, liderança. Visão contemporânea de líder O que é inteligência emocional? Capacidade de reconhecer e lidar com as próprias emoções e as dos outros nas interações sociais. Competências na gestão de pessoas Inteligência emocional: compreensão de si mesmo e do outro. Liderança com base no relacionamento interpessoal. Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS – ParticipaSUS Princípios e diretrizes. Componentes, monitoramento e avaliação. Enfermeiro na gestão de Organizações do Terceiro Setor O que vamos aprender hoje? Competências na gestão de pessoas Origem IE: Psicologia Social (estudos na década de 80-90) Inteligência (capacidades mentais) = sucesso profissional (posição social, renda, relacionamentos estáveis)? Inteligência emocional: compreensão de si mesmo e do outro Entendimento e controle das próprias emoções Equilíbrio entre razão e emoção Coeficiente emocional Elementos: Autoconsciência Autocontrole Empatia Autoconsciência Consciência emocional: “reconheço como estou me sentindo e por que; percebo a relação entre meus sentimentos e meus atos”. Autorreflexão: “reflito sobre as emoções”; ser imparcial em relação aos próprios sentimentos. Autoconfiança: “conheço meu valor e minhas possibilidades”. Inteligência emocional: compreensão de si mesmo e do outro Autocontrole Capacidade de lidar com os próprios sentimentos: não “se deixar levar” pela emoção. Controle da emoção pela razão: sistema cognitivo versus sistema límbico. Predomínio de decisões racionais: inibição da impulsividade. Inteligência emocional: compreensão de si mesmo e do outro Perda de controle sobre comportamento Perda de capacidade de agir pelos próprios interesses Estados emotivos ou irracionais Exemplos: ataque de ansiedade; aumento da frequência cardíaca, tremor das mãos, contração no estômago Autocontrole: inibição da impulsividade. Inteligência emocional: compreensão de si mesmo e do outro Comer ou não comer? Eis a questão Controlar impulso de comer por impulsividade Identificar o estado emocional (ansiedade e não fome) Entender como se desenvolve (quando se frustra) Refletir sobre o problema (“comer me faria sentir culpado”) Tomar uma atitude apropriada (relaxar, fazer exercícios) Empatia Habilidade cognitiva para discriminar sentimentos nos outros. Envolve assumir o papel da outra pessoa (maturidade emocional). Habilidade afetiva para experimentar emoções. Inteligência emocional: compreensão de si mesmo e do outro Comportamento empático Prestar atenção: tornar-se presente Ouvir sensivelmente Verbalizar sensivelmente Solução eficiente de problemas interpessoais Você trabalha no hospital M há três meses e começou a se sentir confiante no novo papel. Um dos enfermeiros mais antigos que trabalha em seu turno, porém, constantemente, coloca em cheque sua formação como enfermeiro. Sempre que você pede ajuda para resolver um problema ou aprender uma nova habilidade, essa pessoa diz: “não te ensinaram nada no curso?”. Seu enfermeiro-encarregado fez uma avaliação positiva de seus três meses, mas você está cada vez mais na defensiva quanto aos comentários do outro enfermeiro. Enfrentar situações de conflito exige inteligência emocional. Qual seria a reação apropriada nesta situação? Interatividade Solução eficiente de problemas interpessoais Qual seria a reação apropriada nesta situação? Não reagir de forma impulsiva. Refletir sobre os próprios sentimentos (p. ex. frustração). Refletir se você poderia estar contribuindo para esse problema. Resposta Competências na gestão de pessoas Liderança: “Arte ou processo de influenciar pessoas de maneira que se esforcem espontaneamente para o alcance dos objetivos do grupo”. Liderança Interacional: determinada pela relação do líder com os membros da equipe. Liderança com base no relacionamento interpessoal Fundamentos: Pessoas são muito complexas e únicas. Motivações das pessoas mudam com o tempo. Desempenho e produtividade são influenciados por capacidades, motivação e natureza da tarefa. Liderança Interacional: determinada pela relação do líder com os membros da equipe. Liderança com base no relacionamento interpessoal Habilidades do líder Escuta reflexiva (empatia). Lidar com ambiguidade e situações complexas. Ter clareza quanto às metas e indicação de rumos. Capacidade de auxiliar e cooperar (líder servidor). Pensar antes de agir. Tratar com respeito. E a motivação? Liderança com base no relacionamento interpessoal Motivação Processo psicológico interno que gera um impulso que leva a um movimento Impulso necessidades, desejos, vontades (razão para o movimento) Liderança com base no relacionamento interpessoal Higiênicos: (relacionados ao ambiente) previnem deterioração, não estimulam crescimento. Exemplos: salário, supervisão técnica, condições de trabalho, políticas organizacionais, relações sociais Fatores Motivadores (relacionados à natureza do trabalho) influenciam positivamente na produtividade. Exemplos: reconhecimento; possibilidade de crescimento; realização pessoal; interesse pelo trabalho em si; responsabilidade Motivação: Teoria dos dois Fatores (Frederick Herzberg, 1959) Três modelos de relacionamento interpessoal/atitudes Liderança com base no relacionamento interpessoal Passivo agressivo Reações “pouco positivas” associadas a sentimentos de não gostar de alguém Enfrentamento e radicalismo Ausência de respeito e boa vontade Reações “negativas” associadas a sentimentos de não gostar de alguém Reações “positivas”, mesmo diante de sentimentos de não gostar de alguém Respeito, limite, objetividade Agressivo Assertivo Princípios da Comunicação/Atitude Assertiva Liderança com base no relacionamento interpessoal Crítica ao comportamento Afirmação objetiva dos fatos “Este relatório não está bom!” “Neste relatório, três ideias são necessárias para comunicar a mensagem e acredito que você é capaz de fazê-lo” Princípios da Comunicação/Atitude Assertiva Liderança com base no relacionamento interpessoal Julgamento do outro Expressão de sentimentos “Você está faltando muito! Só pensa em si!” “Quando você falta ao trabalho todo sábado à noite, o resto da equipe se sente enganada” Você é supervisor de uma unidade de emergência. Historicamente, a unidade fica movimentada nas noites dos fins de semana. Ana é uma enfermeira na instituição há cinco anos. Todos os funcionários gostam dela, uma vez que tem senso de humor e traz alegria a um ambiente estressante. A reputação de Ana é de gostar intensamente de festas. Durante os últimos três meses, ela adoeceu em cinco das sete noites de sábado em que estava de plantão. Os demais funcionários trabalham com escassez de recursos humanos na noite que costuma ser a mais movimentada da semana, o que começou a enfurecê-los. Alguns dos membros da equipe conversaram com ela, oferecendo apoio caso ela estivesse com problemas pessoais. Utilizando os princípios da comunicação assertiva, explique como planeja abordar esse problema com Ana. Interatividade Utilizando os princípios da comunicação assertiva, explique como planeja abordar esse problema com Ana. Não criticar e se ater aos fatos. Apontar o quanto o comportamentode Ana é prejudicial ao desempenho adequado do trabalho e à coesão e confiança da equipe. Afirmar as expectativas de mudança no comportamento de Ana. Resposta Gestão Estratégica e Participativa no SUS 1986 – 8º Conferência Nacional de Saúde: “Saúde é um direito de todos e dever do Estado” Constituição de 1988: Princípios doutrinários do SUS (universalidade, integralidade, equidade) e Princípios organizativos (regionalização e hierarquização; descentralização; participação popular). ParticipaSUS: princípios e diretrizes Controle Social Corresponsabilização entre governo e sociedade sobre o SUS Ampliação dos espaços públicos para diálogo entre gestores de saúde e sociedade Valorização da participação popular nos processos de gestão do SUS: Conselhos e Conferências de Saúde. Inclusão social de populações específicas visando equidade. Ampliação de espaços públicos de debates: protagonismo da população. Integração e interação das ações de auditoria, ouvidoria, monitoramento e avaliação com o controle social. Implantação de mecanismos de avaliação contínua da eficácia e efetividade da gestão do SUS. ParticipaSUS: princípios e diretrizes Gestão Participativa • Modelo de gestão que pressupõe envolvimento de diversos “atores sociais” para a tomada de decisão (determinação de políticas públicas) Gestão Estratégica • Conjunto de práticas que visa otimizar o desempenho, buscando eficiência e efetividade Gestão Estratégica Participativa • Conjunto de atividades voltadas ao aprimoramento da gestão do SUS ParticipaSUS: componentes Mecanismos institucionalizados de controle social: representados pelos Conselhos de Saúde e pelas conferências de saúde, com envolvimento dos gestores, trabalhadores e sociedade civil, nas três esferas de governo. Processos participativos de gestão: integração de formas de negociação entre diferentes instituições e órgãos do SUS, visando à gestão participativa e melhoria nas relações de trabalho. Instâncias de pactuação entre gestores: trabalho realizado pelas Comissões Intergestores Bipartites e Tripartites, em que há discussão sobre as decisões estratégicas e operacionais dos serviços de saúde do SUS. ParticipaSUS: Estratégias Mecanismos de mobilização social: articulação dos movimentos populares que visam garantia do direito à saúde e fortalecimento do SUS. Processos de educação popular em saúde: desenvolvimento de atividades educativas em saúde direcionadas para a população, reconhecendo necessidades. Reconstrução do significado da educação em saúde: estratégia a ser utilizada nas escolas, universidades e serviços de saúde, formando profissionais que efetivamente defendam o SUS. Ações articuladas entre diferentes setores de governo e a sociedade civil (intersetorialidade): compartilhamento de decisões entre instituições governamentais e sociedade civil. ParticipaSUS: Estratégias Conselho de Saúde Composição: representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários (órgão colegiado) = diferentes visões e perspectivas. Propósito: fiscalizar a aplicação do dinheiro público na saúde; verificar se as políticas públicas de saúde orientam o governo de acordo com as necessidades locais ou regionais. ParticipaSUS: componentes Exerce influência sobre decisões governamentais relacionadas ao planejamento e execução de políticas públicas. Conferências de Saúde Fóruns que reúnem segmentos representativos da sociedade (a cada quatro anos). Propósito: avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde nas três esferas de governo. ParticipaSUS: componentes Resultado: Planos de Saúde Orientam o planejamento em saúde em todos os níveis de governo, desde o local até o federal. Componente estratégico: sistema de avaliação do desempenho operacional (indicadores de resultado). Propósito: aprimorar os processos de trabalho (não é buscar problemas e punir!). Metodologia de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde: baseado em proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2000). ParticipaSUS: monitoramento e avaliação da gestão do SUS Dimensões de Avaliação Determinantes de Saúde: ambientais, socioeconômicos, comportamentais etc. Condições de saúde: morbidade/mortalidade, estado funcional etc. Sistema de saúde: condução, financiamento, recursos. Desempenho dos serviços de saúde: efetividade, acesso, aceitabilidade, adequação, segurança. Uma das ações proposta pela Política de Gestão Estratégica e Participativa no SUS diz respeito à implementação da política de promoção da saúde para populações em condições de vulnerabilidade social (população negra, de rua, LGBTQIA+, entre outras). A que princípio da ParticipaSUS esta ação se relaciona? Interatividade A que princípio da ParticipaSUS esta ação se relaciona? Princípio: Inclusão social de populações específicas visando equidade. Atividades relacionadas: Combate às iniquidades em saúde que atingem diferentes grupos sociais (população negra, de campo e da floresta, LGBTQIA+, em situação de rua, cigana, entre outras; Ampliação do acesso aos serviços e ações de saúde em articulação com os gestores; Sensibilização e capacitação de diferentes atores para promoção da equidade em saúde, para o controle social e para a educação em saúde. Resposta Enfermeiro na Gestão de Organizações do Terceiro Setor O que é Terceiro Setor? Organizações constituídas pela sociedade civil voltadas à resolução de problemas sociais, fora da lógica do mercado ou do Estado. Denominações: Organizações sem fins lucrativos, filantrópicas, sociais, independentes, não governamentais etc. Características: lucros voltados à sustentabilidade, autogovernança, algum grau de participação voluntária. Enfermeiro na Gestão de Organizações do Terceiro Setor Organizações Sociais de Saúde (OSS) Modelo de gestão mais flexível introduzido em serviços públicos, visando aumentar produtividade e reduzir custos. Foco da Gestão: Resultados Papel do enfermeiro: questionar “O que posso oferecer que afetará significativamente o desempenho e resultados onde trabalho?” Visão abrangente do trabalho: não se concentra nas tarefas, mas nas metas. Foco no exterior. Ênfase na responsabilidade. Enfermeiro na Gestão de Organizações do Terceiro Setor Que resultados devo buscar? Foco da Gestão: Resultados Negócios: resultados = lucro. Saúde: resultados = clínicos (efetividade das ações), gerenciais (controle de custos, produtividade). Terceiro setor = benefícios sociais (educação, saúde, cultura, direitos humanos, meio ambiente). Accontability = prestação de contas sobre utilização de recursos. Enfermeiro na Gestão de Organizações do Terceiro Setor Desafios do gestor de enfermagem Comunicar de forma clara a missão e as metas da organização (conhecimento do perfil social da organização); Desenvolver planejamento estratégico: transformar “pontos fracos” em oportunidades. Gestão do conhecimento: criação de redes de informação entre organizações (parcerias). Estruturar e desenvolver equipes: pessoas “motivadas” pela “missão” da organização. Sustentabilidade financeira: modelo misto (recursos gerados + doações). Enfermeiro na Gestão de Organizações do Terceiro Setor Atenção! Agora temos a atividade no chat! Atividade no chat ATÉ A PRÓXIMA!
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