Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Política Nacional de Humanização ● Busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo e estimulando mudanças nos modos de gerir e cuidar. ● Humanização: - Inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado - Considera o outro em seus direitos, singularidade e integralidade - Ofertar diferentes níveis e complexidade de atenção - Maior aproximação e articulação entre gestores, trabalhadores e usuários ● Importante na relação profissional-paciente ● Em 2003, o Ministério da Saúde institui a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS = Humaniza SUS ● Princípios da PNH: - Indissociabilidade entre atenção e gestão dos processos de produção de saúde: * Trabalhadores e usuários devem conhecer a gestão dos serviços e da rede de saúde, e participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações e ações de saúde coletiva = cogestão - Transversalidade: * Reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido = corresponsabilidade - Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos coletivos: * Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um * Como oferecer atendimento integral se não de forma humanizada? - Conceitos interligados ● Diretrizes da PNH: - Conceitos que norteiam o trabalho da PNH * Acolhimento: + Reconhecer o que o outro traz como legítimo e singular + Construído de forma coletiva + Constrói relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário com sua rede socioafetiva + É dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito + Deve ser articulada com as demais diretrizes + Postura ética: compartilhar saberes, angústias, medos, expectativas e invenções tomando para si a responsabilidade de “agasalhar e abrigar”, sinalizando a resolutividade e responsabilidade em cada questão levantada + Diferente de triagem + Permite mudanças nos modos de operar a assistência + Avaliação de risco e vulnerabilidade: considera as percepções dos usuários e sua rede social sobre seu processo de adoecimento + Estar atento ao grau de sofrimento psíquico e físico + Intenção de resolver os problemas de saúde + Todos profissionais de saúde fazem acolhimento + Portas de entrada dos serviços de saúde # Priorização da Atenção + Sistemática do Acolhimento # Compatibilizar o atendimento entre a demanda programada e não programada # Escuta qualificada # Garantir o acesso oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades Como fazer? * Ambiência: + O meio físico induz no comportamento do indivíduo # Influenciado pela bagagem cultural e história individual + Tratamento dado ao espaço físico, social, profissional e de relações interpessoais + Espaços saudáveis, acolhedores, resolutivos e confortáveis + Respeita a privacidade + Propiciam mudanças no processo de trabalho + Lugares de encontro entre as pessoas + Catalisa novas experiências + Valorização dos componentes estéticos e sensíveis # Ruídos # Temperatura # Luminosidade # Cor # Som # Cheiro + Discussão compartilhada do projeto arquitetônico de acordo com as necessidades de usuários e trabalhadores de cada serviço. Pode melhorar o trabalho em saúde # Arquitetura = arte de construir para atender aos desejos da sociedade, buscando seu bem-estar, conforto e segurança. Como fazer? * Gestão Participativa e Cogestão: + Inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão + Pensar e fazer coletivo, para que não haja excessos + Uma forma de controlar o estado e o governo. + Diretriz ética e política que motiva e educa os trabalhadores + Ampliação das tarefas da gestão + Lugar de formulação, pactuação e aprendizado coletivo + Indissociabilidade entre a gestão e atenção à saúde + Para o SUS é de grande importância a descentralização do poder para os municípios e por isso implementou os conselhos tripartites # Participação de trabalhadores, gestores e usuários em todas as instâncias de governo (municipal, estadual e federal) + Consequências: # Motivação, capacidade de reflexão e melhoria da autoestima dos trabalhadores # Empenho no trabalho e criatividade # Aumento da responsabilidade social # Interação entre poderes, saberes e afetos + Os Conselhos Locais das Unidades de Saúde são compostos por: # 50% de usuários # 25% de servidores # 25% de gestores. X # Visita aberta e direito de acompanhante # Equipe de referência e gerência com horários abertos (para interação com a rede sociofamiliar do usuário) # Ouvidoria dinâmica (para mediar os interesses entre usuários, trabalhadores e gestores) # Família Participante, Grupos de Pais, Grupo focal com usuários e trabalhadores nos vários espaços das unidades # Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) * Valorização do Trabalho e dos Trabalhadores: + Visibilidade à experiência dos trabalhadores e inclusão na tomada de decisão + Apostar na capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho + Instituição = espaço de valorização do potencial e inventivo dos sujeitos que trabalham nas mesmas + Para dar conta da complexidade do trabalho, é preciso: # Criar # Improvisar ações # Pensar em métodos de trabalho para contextos específicos + O trabalho em saúde é bem mais complexo e desafiador, pois: # Produz saúde # Produz sofrimento: envolvimento com doença, dor, morte # Ambientes insalubres = exposição a acidentes, falta de segurança, violência # Sobrecarga: vários vínculos de trabalho e jornada extensa # Desigualdades: salariais, carga horária, poder gerando competições e isolamento Como fazer? GESTORES Metas TRABALHADORES Revindicações USUÁRIOS Demandas # Interfere nas relações interpessoais # Recusar os modos de trabalho verticais e mecanizados # Apostar no diálogo # Gestão coletiva do trabalho = fundamental para a promoção da saúde e prevenção de adoecimento dos trabalhadores # Evitar o alcance de metas que exijam atos “heroicos” para seu alcance, porque o “herói” vai se desgastar e desistir de lutar por transformações # Trabalho em Equipe * Clínica Ampliada: + Considera a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença – não basta o diagnóstico para definir o tratamento + É assumir a responsabilidade sobre os usuários + Buscar ajuda em outros setores = intersetorialidade + Assumir um compromisso ético profundo. + Faz diferença para o tratamento: # Idade # Emprego # Vivência # Saúde mental + O adoecimento pode ser causado ou agravado por diversos fatores como: injustiça, falta de saneamento e descanso médico + A doença pode ser uma oportunidade para mudar de vida = produção de vida + Nem todos conseguem essas “saídas” sozinhos = ajuda Como fazer? “O trabalho é constituído por um conjunto de atividades simultâneas, que possuem características diferentes e são exercidas por trabalhadores de diversas áreas, com saberes e experiências específicas. A atividade do trabalho, portanto,é submetida a uma regulação que se efetiva na interação entre os trabalhadores e os usuários, numa dinâmica que perpassa diferentes pontos de vista” + O profissional deve aprender a ajudar o paciente a não só se tratar, mas também se reinventar + Doenças crônicas e graves: # São particularmente complexas + Resultado depende do paciente = autonomia + Dicas práticas para a implementar a Clínica Ampliada # Escuta: é preciso estar aberto a ouvir todas as queixas, para melhor compreensão a doença # Vínculo e afetos: demonstra maior preocupação na doença, na “obediência”, do que com a vida # Cuidado com excessos: Uso inadequado de exames e medicamentos, levando a prejuízos financeiros e até para a saúde + Social, biológico e psicológico não se separam # Em algum momento pode ser necessário maior enfoque em algum desses temas, mas não se pode esquecer dos demais # Utilizar recursos que enriquecem dos diagnósticos # Qualificação do diálogo = autonomia e saúde dos usuários * Defesa dos direitos dos usuários: + Amplia acesso dos visitantes às unidades de internação + Garante elo entre paciente e comunidade + Acompanhante = representante da rede social + Produz saúde e aumenta a autonomia + Problema comum: # Falta de estrutura e funcionamento dos hospitais # É considerado uma obstrução ao trabalho / “peso” # Muitas vezes não são considerados importantes Como fazer? Produção de vida Social Biológico Psicológico Combate a doença + Traz segurança e confiança ao paciente, que estará em uma situação de vulnerabilidade + Vantagens: # Melhor compreensão do contexto do paciente e diagnóstico ampliado # Mantém inserção social do paciente # Colabora no enfrentamento das limitações # Observa alterações clínicas # Melhora a comunicação com a equipe # Fortalece identidade e autoestima do paciente # Acompanhante aprende os cuidados para repetir em casa + Orientações: # Visita fora do leito, quando possível # Flexibilidade de horário # Capacitação do acompanhante # Adequação do ambiente hospitalar # Interação multidisciplinar: saúde mental para mediar conflitos, assistente social para busca de visitas + Situações especiais = corona, gravidez, criança... # Todo cidadão tem direito a uma equipe que cuide dele, de ser informado sobre sua saúde e também de decidir sobre compartilhar ou não sua dor e alegria com sua rede social “A alma de uma pessoa é a sua imagem no olho do outro” Como fazer?
Compartilhar