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1 Khilver Doanne Sousa Soares Ritmos Cardíacos na pcr Habilidades Médicas VI A parada cardíaca pode ser causada por quatro ritmos: Fibrilação Ventricular (FV), Taquicardia Ventricular Sem Pulso (TVSP), Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP) e Assistolia. FV Fibrilação Ventricular (FV) é uma patologia cardíaca na qual o ventrículo entra em estado caótico e não contrai de forma eficaz. É ocasionado por mecanismo de reentrada, ocasionando contrações desordenadas e inefetivas das células cardíacas. Durante a FV, as contrações dos ventrículos estão totalmente dessincronizadas e ineficazes. O débito cardíaco (DC) não é eficaz, o ritmo é irregular, o complexo QRS fica invisível e a circulação não pode ser obtida por causa da falta de eficácia do DC. É o distúrbio do ritmo cardíaco mais comum nos primeiros dois minutos de PCR (Parada Cardiorrespiratória), no adulto. Evolui, rapidamente, para assistolia, caso não sejam estabelecidas medidas de SBV (Suporte Básico de Vida). O único tratamento disponível para o controle desse distúrbio do ritmo cardíaco é a desfibrilação. O movimento ventricular da FV não é sincronizado com as contrações atriais. FV é uma condição na qual os ventrículos se contraem mais de 100 vezes por minuto. Regras Para Fibrilação Ventricular (FV) O complexo ventricular varia 2 Khilver Doanne Sousa Soares TVSP A taquicardia ventricular é uma arritmia de prognóstico grave e frequentemente prenuncia a instalação de fibrilação ventricular. Caracteriza-se pela ocorrência de extrassístoles ventriculares em rápida sucessão e pelo aumento da frequência ventricular (>120), com três ou mais extrassístoles, causando consequências hemodinâmicas ao paciente. Principais causas: Doença de Chagas e Doença Coronariana. A condição de emergência, TV sem pulso, ocorre quando a contração ventricular é tão rápida que não há tempo para o coração reabastecer, resultando em pulso indetectável. Em ambos os casos, os indivíduos não estão recebendo fluxo sanguíneo adequado para os tecidos. Apesar de serem fenômenos patológicos diferentes e terem ritmos de ECG diferentes, o manejo do ACLS para FV e TV é essencialmente o mesmo. Um DEA lê e analisa o ritmo e determina se um choque é necessário. O DEA está programado para apenas solicitar ao usuário que choque os ritmos de VF e VT. A máquina não sabe se o indivíduo tem pulso ou não. Esta é a principal razão pela qual você não deve usar um DEA em alguém com pulso palpável. As respostas do ACLS a FV e TV sem pulso dentro de um hospital provavelmente serão conduzidas usando um monitor cardíaco e um desfibrilador manual. Assim, o provedor de ACLS deve ler e analisar o ritmo. Choques só devem ser administrados para FV e TV sem pulso. Da mesma forma, drogas antiarrítmicas e medicamentos para apoiar a pressão arterial podem ser usados. Regras Para Taquicardia Ventricular FV e TV sem pulso são ritmos chocáveis. O DEA não pode dizer se o indivíduo tem pulso ou não. Atividade Elétrica Sem Pulso – AESP A atividade elétrica sem pulso constitui um ritmo com complexos QRS que não produzem respostas de contração miocárdica suficiente e detectável. Apesar de existir um ritmo organizado no monitor, não existe acoplamento do ritmo com pulsação efetiva (com débito cardíaco). O importante é garantir o SBV e tentar identificar a provável etiologia da PCR. Hipovolemia e hipóxia são as duas causas mais comuns de AESP. São também os mais facilmente reversíveis e devem estar no topo de qualquer diagnóstico diferencial. 3 Khilver Doanne Sousa Soares Regras para AESP Assistolia A assistolia corresponde à ausência total de qualquer ritmo cardíaco, sendo o processo final das demais modalidades de PCR. É a situação terminal. Evidências cada vez mais contundentes apontam que a identificação de assistolia deva corresponder ao término dos esforços. Pode ser reversível com atendimento adequado e rápido. A principal causa de assistolia é a hipóxia, o que justifica as ofertas de oxigênio e ventilação efetivas, como prioritárias no atendimento. 4 Khilver Doanne Sousa Soares A atividade elétrica sem pulso (AESP) e a assistolia são ritmos cardíacos relacionados, pois são ritmos cardíacos com risco de vida e sem choque. A assistolia é um ECG de linha plana. Pode haver movimento sutil para longe da linha de base (desvio de linha plana), mas não há atividade elétrica cardíaca perceptível. Certifique-se sempre de que a leitura da assistolia não seja um erro técnico ou do usuário. Certifique-se de que os pads tenham um bom contato com o indivíduo, que os cabos estejam conectados, que o ganho esteja configurado adequadamente e que a energia esteja ligada. A AESP é uma das muitas formas de onda do ECG (incluindo ritmo sinusal) sem pulso detectável. A AESP pode incluir qualquer forma de onda sem pulso, com exceção de VF, VT ou assistolia. Regras para Assistolia ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________________________________ Referências ACLS Suporte Avançado de Vida em Cardiologia: Emergências em Cardiologia. 2020- 2025 diretrizes e padrões.
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