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PALS - PCR em Afogamento e Trauma

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Pcr em 
Afogamento & 
Trauma 
Habilidades Médicas VI; PALS 
A alteração mais importante no afogamento 
é a hipóxia. O desenvolvimento de encefalopatia 
por hipóxia, com ou sem edema cerebral, é a 
causa mais comum de morbimortalidade em 
afogados hospitalizados. 
A FV, quando ocorre, está relacionada a 
hipóxia e acidose. 
A hipóxia produz uma sequência de eventos 
cardíacos: taquicardia, bradicardia, uma fase de 
contrações cardíacas ineficazes, sem pulso, 
seguida, então, de arritmia e de assistolia. 
Os resultados da hipóxia são: redução do 
débito, hipotensão arterial, hipertensão pulmonar, 
aumento da resistência dos vasos pulmonares, 
hipotermia, liberação de epinefrina e intensa 
vasoconstrição. 
O que define o prognóstico? Tº da água, 
tempo de submersão, cianose, apneia, 
atendimento inicial da vítima, tempo de início das 
manobras de RCP e respostas às manobras. 
 
Pacientes graus 1 a 5, quando sobrevivem, raramente 
apresentam sequelas (cura em 95% dos casos). 
O que define um prognóstico sombrio? 
Necessidade de RCP no hospital ou por + de 25 
minutos, presença de pupilas dilatas e fixas, 
convulsões, flacidez, Glasgow menor que 5. 
 
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Tratamento 
Reverter rapidamente a hipoxemia, retirar a 
vítima da água imediatamente, a não ser que a 
criança esteja em apneia, nesse caso realiza-se a 
respiração de resgate imediatamente ainda em 
água rasa. Se for o caso de água profunda só se 
realiza a ventilação de resgate se houver 
treinamento para tal, idealmente com um suporte 
flutuador. 
As vias aéreas devem ser limpas. Evita-se 
manobras de retirada de água dos pulmões e 
compressões abdominais e manobras de 
Heimlich. 
Evitar perder de calor secundárias e manter 
RCP durante todo transporte para o hospital. 
Oferecer oxigênio na maior concentração 
possível. 
No Hospital. . . 
Avalia-se: medidas de RCP, possíveis 
traumas, temperatura da vítima (aquecê-la), 
equilibrar eletrólitos do paciente, avaliar estado 
hemodinâmico. 
Politrauma 
É a principal causa de morte na faixa de 1 
a 37 anos de idade. 
Os principais mecanismos de trauma são 
ferimentos e contusões causados por veículos 
motorizados (tanto colisão como atropelamento), 
quedas, agressão física, arma de fogo, arma 
branca, ataque de animais, soterramento e 
explosões. 
A presença de qualquer dos seguintes fatos 
na história clínica deve levar a suspeita de lesão 
traumática significativa (mecanismos de alta 
energia): queda de mais de 1 metro de altura, 
acidente com fatalidades, acidente com veículo a 
motor (> 60 km/h, colisão com cinto), > 40 km/h 
(colisão sem cinto), > 30 km/h (moto), > 10 km/h 
(atropelamento), fraturas em mais de uma 
extremidade e lesão em mais de um sistema. 
Primeira hora após o trauma é a “hora de 
ouro”, em que todos os esforços devem ser 
concentrados para que o paciente alcance os 
cuidados definitivos. 
A assistência sempre começa no local do 
acidente o tempo despendido no local deve ser 
dedicado à manutenção da permeabilidade das 
vias aéreas. 
 
No uso para triagem no local do trauma, o paciente com pontuação 12 pode aguardar atendimento, 11 é urgente, e 3 a 
10, atendimento imediato. 
ABCDEFG 
A - Vias Aéreas e Cervical 
 O colar cervical deve ser colocado logo 
após estabelecimento da permeabilidade 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
das vias aéreas e permanecer até se 
caracterizar radiológica e clinicamente o 
não comprometimento da coluna cervical; 
 Observar o grau de lucidez, agitação, 
torpor, cornagem, esforço e dificuldade 
para respirar; 
 Visualizar a orofaringe para remover 
corpos estranhos, restos alimentares, 
fragmentos de dentes ou prótese 
dentária; 
 Aspirar secreções e sangue com tubo 
rígido, examinando feridas em língua, 
palato, gengivas e demais partes da boca; 
 Pacientes inconscientes: o uso de cânula 
de orofaringe (de Guedell) está indicado 
quando eles se apresentam com drive 
respiratório sustentável, sem o reflexo do 
vômito; 
 Reflexo de vômito intacto: a melhor opção 
para manutenção da permeabilidade da 
via aérea é a cânula nasofaríngea desde 
que não haja suspeita de fratura de face 
e/ou de base de crânio 
 Após avaliação, preparo e posicionamento, 
aspiração e pré-oxigenação (oferecer O2 
a 100% por balão/valva/máscara), utilizam-
se, na sequência rápida para intubação: 
potente analgésico, sedativo (hipnóticos 
como midazolam, propofol, etomidato ou 
cetamina) e relaxante muscular não 
despolarizante (rocurônio, vecurônio ou 
cisatracúrio). 
B - Respiração 
O objetivo é restaurar ou manter ventilação 
normal e boa oxigenação através de 
balão/valva/máscara, tubo intratraqueal ou cânula 
de traqueostomia, ou prótese respiratório. 
Todo paciente com via aérea artificial que 
piora subitamente deve levantar a suspeita de 
DOPE: 
 D = deslocamento do tubo (extubação ou 
intubação seletiva); 
 O = obstrução do tubo; 
 P = pneumotórax hipertensivo; 
 E = falha no equipamento. 
O tratamento do pneumotórax aberto 
consiste em restituir a integridade da parede 
torácica: com gaze estéril embebida em vaselina 
no local da lesão para prevenir possível 
pneumotórax hipertensivo. 
Obtida a via aérea, não se deve hiperventilar 
o paciente, pois há: 
 Aumento da pressão intratorácica; 
 Diminuição do retorno venoso; 
 Comprometimento do débito cardíaco; 
 Modifica a perfusão cerebral, levando a 
isquemia local ou global do cérebro. 
 A hiperventilação é reservada para situações 
críticas como herniação! 
C - Circulação 
Realizar a avaliação hemodinâmica, controle 
de hemorragias, instalação de um acesso venoso 
vascular. A insuficiência circulatória deve ser 
tratada com: controle das perdas sanguíneas, 
elevação dos MMII, reposição rápida de volume 
através de 2 acessos vasculares de grosso calibre 
em extremidades não lesadas. 
 Se o acesso venoso estiver difícil, punção 
intraóssea!; acesso seguro, podendo-se 
infundir cristaloides, coloides, hemoderivados 
e drogas. 
Reposição volêmica: 
 Cristaloides de forma rápida (5 a 20 min); 
 Alíquotas de 20 ml/kg; 
 Monitorar o paciente por: perfusão, FC, 
débito urinário, nível de consciência e PA. 
D = Disfunção Neural 
Realizar um exame sumário de função 
neurológica – escala de coma de Glasgow. 
 Pacientes com real ou potencial lesão em coluna 
cervical devem ser protegidos durante o manuseio. 
4 
Khilver Doanne Sousa Soares 
 
E = Exposição 
A monitoração da temperatura é 
mandatória. A hipotermia aumenta o consumo de 
oxigênio e causa vasoconstrição periférica, 
aumentado a resistência vascular sistêmica, além 
de comprometer a função do SNC. 
F = Cateter de Foley 
Deve-se instalar imediatamente um cateter 
vesical para monitoração do débito urinário. 
G = Catéter Gástrico 
Deve-se instalar imediatamente um cateter 
naso ou orogástrico; evitar distensão gástrica e 
diminuir as chances de broncoaspiração de 
conteúdo estomacal. 
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Referências 
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de 
Pediatria, 4ª edição, Barueri, SP: Manole, 2017 
Disque, Karl. PALS Pediatric life support. 
Provider Handbook. Satori Continuum 
Publishing, 2021.

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