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Clínica de pequenos animais I

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26 DE AGOSTO
CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS I
➺SEMIOLOGIA DO DO SISTEMA URINÁRIO
➺IDENTIFICAÇÃO DO ANIMAL
⤷Sexo
◦Conformação trajeto uretra.
▹Masculina (longa/estreita).
▹Feminina (curta/larga).
⤷Idade
◦Jovens: Doenças infecciosas, doen-
ças parasitárias e malformações.
◦Adultos e idosos: Doença renal
crônica, neoplasias, urolitíases.
⤷Raças
◦Lhasa apso, shih tzu: displasia
renal.
◦Persas: RIns policísticos.
◦Dálmatas e felinos: Urolitíases.
➺ANAMNESE
⤷Antecedentes.
⤷Início do quadro.
⤷Periodicidade.
⤷SIntomas.
⤷Comportamento dos órgãos ou sistemas.
⤷Causas prováveis.
⤷Tratamento prévio ou atual.
➺ANAMNESE DO SISTEMA URINÁRIO
⤷Alterações na micção.
◦Volume (poliúria, oligúria, anúria).
◦Frequência (normal, polaquiúria (ou
polaciúria).
◦Dificuldade (disúria, estrangúria).
◦Esvaziamento, Incontinência uriná-
ria, iscúria.
⤷Aspecto da urina.
◦Coloração.
◦Odor.
◦Turbidez.
◦Hemorragias.
◦Cristais.
⤷Ingestão de água.
◦Volume: polidipsia (60 a
100ml/kg/dia).
⤷Alterações digestivas.
◦Odor urêmico, vômito, diarréias,
úlceras em cavidade oral.
➺SINAIS DE ALERTA
⤷Disúria (postura de esforço.
◦Cabeça ligeiramente inclinada para
baixo.
◦Pode vocalizar.
◦Postura anteriores verticais.
◦Dorso curvado.
◦Músculos tensos.
◦Patas posteriores mais verticais.
◦Articulação do joelho flexionada.
➺FUNÇÃO DOS RINS
⤷Excreção.
◦Resíduos metabólicos.
◦Drogas.
◦Toxinas.
⤷Regulação.
◦Homeostase (regulação hídrica,
regulação da pressão).
◦Volume extracelular.
◦Equilíbrio ácido-base.
⤷Endócrina (produção de hormônio).
◦Vitamina D.
◦Eritropoetina (formação de
hemácias).
◦Renina (regulação da pressão).
➺FORMAÇÃO DA URINA.
⤷Os rins filtram aproximadamente 2 a
25% do débito cardíaco (fluxo sanguíneo
renal = 20 ml/min/kg).
⤷Em cada néfron, a formação da urina é
resultante de 3 etapas/processos.
◦Filtração glomerular.
◦Reabsorção tubular.
◦Secreção tubular.
➺EXAME DE URINA (importância).
⤷Exame de triagem para diversas
condições clínicas.
◦Avalia o sistema renal e urinário.
⤷Complementar a outros exames.
◦Avaliação funcional.
◦Avaliação estrutural.
◦Auxilia na detecção da etiologia da
doença renal.
➺URINÁLISE.
⤷Avaliação física e química da urina.
◦Avaliação da função renal.
◦Avaliação da integridade das vias
urinárias (ureter, bexiga e uretra).
◦Avaliação do sistema genital e
metabolismo (fígado, adrenais,
sistema circulatório e muscular).
⤷Comprometimento.
◦Inflamatório ou infeccioso.
◦Obstrutivo ou isquêmico.
◦Tóxico, neoplásico ou malformação.
⤷Método de coleta.
◦Micção espontânea.
▹Desprezar os primeiros
jatos.
▹Presença de leucócitos,
células epiteliais e bactérias.
◦Cateterização.
◦Coleta através da cistocentese
guiada por ultrassom.
*Cistocentese contraindicada em caso de gases na
bexiga (recomenda-se cateterismo/sondagem).
➺EXAME FÍSICO
⤷Volume.
◦Volume mínimo para exame 10ml.
⤷Coloração.
◦Amarelo claro / amarelo escuro.
⤷Aspecto.
◦Límpida.
⤷Densidade.
◦1,015 a 1045 (cães).
◦1,035 a 1060 (gatos).
*Urinas com coloração normal (tubo 1) e aspecto
discretamente turvo (tubo 2) e turvo (tubo 3:
precipitação de cristais causada pela refrigeração
da amostra).
*Densidade plasma: 1008-1012.
➺EXAME QUÍMICO
⤷Fita reagente.
⤷Análise semi-quantitativa.
◦Proteína.
◦Glicose.
◦Corpos cetônicos.
◦Bilirrubina.
◦Urobilirrubina.
◦Sangue oculto.
◦pH.
➺EXAME DO SEDIMENTO
⤷Hemáceas.
⤷Leucócitos.
⤷Células.
◦Epiteliais: Comum em amostras
coletadas por micção espontânea e
cateterismo.
◦Transição: Derivados do uroepitélio
da pelve renal e da uretra, aumenta
em quantidade nas infecções,
irritações ou neoplasias do trato
urinário.
◦Renais: Células dos túbulos renais.
⤷Cilindros.
⤷Cristais.
➺FUNÇÃO GLOMERULAR
⤷Está diretamente relacionada com a
massa renal funcional.
⤷Triagem:
Uréia
⤷Sintetizada no fígado a partir da amônia
(catabolismo de aminoácidos) e excretado pela
filtração glomerular.
⤷Seu valor é inversamente proporcional a TFG.
⤷Está sujeita a reabsorção passiva nos túbulos
(desidratação e hipovolemia).
⤷Fatores que podem alterar sua concentração:
◦Aumento do catabolismo e infecções,
febre, medicações.
Creatinina
⤷Produto da degradação enzimática da
fosfocreatina no músculo.
⤷É menos afetada pela dieta.
⤷Não é metabolizada e é excretada
exclusivamente pelo filtração glomerular.
⤷Seu valor é inversamente proporcional a TFG.
*Azotemia pré-renal - Redução da taxa de
filtração glomerular (TFG) em virtude da queda no
fluxo sanguíneo para os glomérulos.
*Creatinina aumentada = filtração do rim afetada.
➺INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
➺INTRODUÇÃO
⤷Definição: ITU é a colonização bacteriana
de porções do trato urinário que
normalmente são estéreis (rins, ureter,
bexiga).
◦Afecção comum em cães e raro
em felinos.
◦Risco elevado em fêmeas.
◦37% fêmeas / 29% machos.
◦Em felinos - ocorrência após
processo obstrutivo ou doenças
concomitantes (DRC;
Hipertireoidismo.
*Fêmeas mais predispostas devido a questões
anatômicas.
*Felinos ocorrência de ITU secundária.
➺INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ETIOLOGIA
BACTÉRIA DO TRATO GASTROINTESTINAL
↓
PERÍNEO
↓
GENITÁLIA EXTERNA
↓
COLONIZAÇÃO URETRA
↓
COLONIZAÇÃO BEXIGA
↓
COLONIZAÇÃO DE URETER E RIM (PIELONEFRITE)
*Via hematógena - ex: endocardite bacteriana.
➺ETIOLOGIA DAS CISTITES - CANINOS
➺ETIOLOGIA DAS CISTITES - FELINOS
➺INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
FISIOPATOGENIA
*Betalactamase: Substância produzida pelas
bactérias que altera o pH da urina e inibe a ação
de alguns anti-corpos.
➺MACHO X FÊMEA
➺ROTAS DE INFECÇÃO
⤷Ascendente
◦Bactérias da região perineal.
◦Bactérias do ambiente.
◦Bactérias da região vaginal ou
prepúcio.
⤷Hematógena
◦Septicemias (raro).
⤷Cateterização
◦Risco de infecção.
➺HISTÓRICO CLÍNICO
⤷Cães de 6m a 16 anos (média de 7 anos).
◦Jovens - malformações.
◦Idosos - diabetes mellitus.
◦Doença renal crônica.
⤷Gatos - média de 6 a 10 anos (fêmeas).
◦Hipertireoidismo.
◦Doença renal crônica.
➺ANAMNESE
⤷Alteração na micção.
◦Volume: poliúria, oligúria, anúria.
◦Frequência: normal. polaquiúria (ou
polaciúria).
◦Dificuldades: disúria, estrangúria.
◦Esvaziamento: incontinência uriná–
ria, iscúria.
⤷Aspecto da urina.
◦Coloração, odor, turbidez,, hemorra-
gias, cristais.
⤷Ingestão de água.
◦Volume: polidipsia (60 a
100ml/kg/dia).
⤷Alterações digestivas.
◦Odor: urêmico, vômito, diarréia,
úlceras em cavidade oral.
➺MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
⤷Hematúria (sangue na urina).
⤷Disúria (micção dolorosa ou dificuldade
de urinar).
⤷Polaciúria (frequência excessiva, porém
com pequenos volumes de urina).
⤷Estrangúria (esforço ao urinar devido
aos espasmos da bexiga e da uretra).
⤷Periúria (urinar fora do local habitual).
⤷Associada às desordens do trato urinário
inferior especialmente cistites, uretrites,
cálculo vesical, neoplasia vesical e
obstrução da uretra por cálculo ou
neoplasia.
⤷Pode estar associada a doenças
inflamatórias ou neoplásicas do trato
genital (Ex: glândula prostática, vagina).
➺DIAGNÓSTICOS
⤷Diferenciais.
◦Inflamação do trato urinário.
◦Urolitíase.
◦Neoplasia.
◦Trauma.
◦Pólipos.
*Inflamação é mais comum em gatos que
infecções.
*Inflamação clínicas indicam inflamação não
infecção.
*Manifestações clínicas indicam apenas
inflamação (não significa infecção).
*Cistite parede espessada e dolorida - indicação
em palpação porém necessita de exames
complementares.
➺DIAGNÓSTICOS
⤷Histórico clínico.
◦Hematúria.
◦Polaciúria.
◦Disúria.
◦Incontinência.
⤷Exame físico.
◦Dor à palpação.
◦Espessamento de parede vesical.
⤷Exames complementares.
◦Exame de urina.
◦Urocultura.
◦Antibiograma.
◦Ultrassom.
➺EXAME DE URINA (importância).
⤷Exame de triagem para diversas
condições clínicas.
◦Avalia o sistema renal e urinário.
⤷Complementação a outros exames.
◦Avaliação funcional.
◦Avaliação estrutural.
◦Auxilia na detecção da etiologia da
doença renal.
➺URINÁLISE
⤷Avaliação física e química da urina.
◦Avaliação da função renal.
◦Avaliação da integridade das vias
urinárias (ureter, bexiga e uretra).
◦Avaliação do sistema genital e
metabolismo (fígado, adrenais,
sistema circulatório e muscular).
⤷Comprometimentos:
◦Inflamatório / Infeccioso.
◦Obstrutivo/ Isquêmico.
◦Tóxico / Neoplásico / Malformação.
➺ EXAME DE URINA
⤷Fita urina.
◦Leucócitos.
◦Hemácias.
◦Proteínas.
◦pH.
⤷Sedimento urinário
◦Leucócitos.
◦Bactérias.
◦Hemácias.
◦Cilindros.
◦Cristais.
➺MÉTODOS DE COLETA
⤷Micção espontânea.
◦Desprezar os primeiros jatos.
◦Presença de leucócitos, células
epiteliais e bactérias.
⤷Cateterização
◦Lesão do uroepitélio.
◦Introdução de bactéria por via
ascendente.
⤷Cistocentese.
Significativo Suspeito Contaminação
Método de
coleta
Cão Gato Cão Gato Cão Gato
CIstocentese >1.000 >1.000 100-1.000 100-1.000 <100 <100
Cateterização >10.000 >1.000 1.000-10.000 100-1.000 <1.000 <100
Micção
espontânea
>100.000 >10.000 10.000-90.000 1.000-10.000 <10.000 <1.000
Impressão
manual
>100.000 >10.000 10.000-90.000 1.000-10.000 <10.000 <1.000
➺UROCULTURA
⤷Ideal: Coletar antes do tratamento.
◦Descontinuar antibiótico 3-5 dias
antes da coleta.
◦Realizar o exame no momento da
coleta (até 6 horas).
Significativo Suspeito Contaminação
Método de
coleta
Cão Gato Cão Gato Cão Gato
CIstocentese >1.000 >1.000 100-1.000 100-1.000 <100 <100
Cateterização >10.000 >1.000 1.000-10.000 100-1.000 <1.000 <100
Micção
espontânea
>100.000 >10.000 10.000-90.000 1.000-10.000 <10.000 <1.000
Impressão
manual
>100.000 >10.000 10.000-90.000 1.000-10.000 <10.000 <1.000
*75% dos casos bactérias gram-negativas
(Escherichia coli).
*Sthaphylococcus spp. Proteus spp, e
streptococcus spp.
*Pseudomonas spp. Klebsiella spp. Enterococcus
spp (imunocomprometidos).
➺ANTIBIOGRAMA
*Concentração urinária é mais importante que a
concentração plasmática.
➺CLASSIFICAÇÃO
⤷Cistite bacteriana esporádica.
⤷Cistite bacteriana recorrente.
⤷Bacteriuria subclínica.
➺CISTITE BACTERIANA ESPORÁDICA
⤷Comum: cães / incomum: Gatos.
⤷Diagnóstico:
◦Manifestação clínica de ITU +
Evidência de cistite bacteriana
(exame de urina e cultura).
◦1 ou 2 episódios de cistite nos
últimos 12 meses.
⤷Exames complementares.
◦Exame de urina + cultura de
bactérias aeróbicas (confirmar
bactéria e descartar afecções
concomitantes) - idealmente
coletar por cistocentese.
◦Se não houver comorbidade ou uso
de antimicrobiano recente pode
realizar o tratamento mesmo sem
cultura em cães.
◦Em gatos é obrigatória a
realização de cultura.
⤷Tratamento.
◦AINE (Melhora clínica).
◦Esperar resultado da cultura?
▹Em gatos o ideal é sempre
esperar cultura.
▹Em cães pode-se esperar a
cultura ou entrar com o
antibiótico (se piora das
manifestações ou se não
tiver melhora com AINE por
3-4 dias pode iniciar o
antibiótico).
◦Antibiótico empírico.
▹1º OPÇÃO: Amoxicilina (com
ou sem clavulanato de
potássio) ou sulfonamidas e
trimetoprim (mais efeitos
adversos).
▹2ª OPÇÃO: Fluorquinolona,
nitrofurantoína ou
cefalospori-
na de 3ª geração.
▹Antibiótico por 3-5 dias.
⤷Monitoração:
◦Se não houver melhora em 48
horas do início do antibiótico.
▹Pesquisar se a cistite está
presente e se tem fatores
complicadores.
◦Se na cultura a bactéria for
resistente ao antibiótico realizar a
troca do antibiótico (exceto se
houver melhora clínica).
◦Em caso de melhora das
manifestações clínicas, não é
necessário nova cultura de urina.
➺CISTITE BACTERIANA RECORRENTE
⤷Diagnóstico:
◦Quando ocorrem 3 ou + episódios
clínicos de cistite bacteriana nos
últimos 12 meses, ou
◦Quando ocorrem 2 ou + episódios
clínicos de cistite bacteriana nos
últimos 3 meses.
◦Tentar identificar / tratar doença
concomitante (ex: endocrinopatia,
doença renal crônica, obesidade,
conformação anormal de vulva,
prostatopatia, neoplasia de ITU,
urolitíases, imunossupressão,
incontinência urinária ou retenção,
alteração congênita [ureter
ectópico]).
⤷Diagnóstico (exames complementares):
◦Ultrassonografia abdominal.
◦Radiografia abdominal.
◦Exame de urina + cultura
(cistocentese).
◦Hemograma + perfil renal + perfil
hepático + triglicérides e colesterol +
eletrólitos.
*Procurar se tem alguma doença concomitante.
⤷Tratamento
◦Utilizar AINE (Para manifestações
clínicas).
◦Pode ou não utilizar antibiótico
empírico (o mesmo para cistite
bacteriana esporádica) até
resultado da cultura.
◦Tratamento por 3-5 dias
(reinfecção) ou mais 7-14 dias
(persistente ou recidiva).
◦Tratar causa de base.
*O mais importante é resolver a manifestação
clínica (alguns animais mantém bacteriuria).
◦Após 5-7 dias do tratamento pode
se realizar nova cultura (porém o
mais importante é melhora clínica).
➺BACTERIÚRIA SUBCLÍNICA
⤷Presença de bactéria na urina (cultura)
sem manifestação clínica.
⤷2-12% de cães normais / 1-13% de gatos
normais.
⤷15-74% em cães com D.M, obesos,
parvovirose, paralisados,
imunossuprimidos.
*Ainda não se tem evidência de bacteriúria
predispor a cistite bacteriana esporádica.
⤷Diagnóstico.
◦Cultura (cistocentese) em animais
sem manifestação clínica.
◦A quantidade de crescimento de
bactérias não diferencia bacteriúria
sub clínica de cistite bacteriana
esporádica (o'que diferenciar é se
tem ou não manifestações clínicas).
◦Pode ou não ter piúria (piúria não
significa bacteriúria).
◦Não se recomenda realizar nova
cultura.
⤷Tratamento
◦Não há necessidade de tratar
(mesmo se a bactéria for
multirresistente).
◦Não se recomenda tratar mesmo
se tiver piúria.
◦Tratar se achar risco de afecção
ascendente ou sistêmica - raro.
◦Se o paciente não pode manifestar
clinica (ex: doença medular) - difícil
avaliação.
◦Febre =tratar? / Apenas alteração
de cor e odor não precisa tratar.
◦Se achar necessário tratar por 3-5
dias.
◦Se crescer Corynebacterium
urealytium (forma placas) ou
Staphylococcus (urease positiva)
pode tratar por 3-5 dias.
➺GASTROENTEROLOGIA
➺SEMIOLOGIA DO TGI
⤷Identificação do paciente (resenha).
➺ANAMNESE
⤷Exame físico geral.
⤷Exame físico específico.
◦Manifestações clínicas.
◦Palpação abdominal.
◦Percussão.
⤷Exames complementares (inspeção
indireta).
◦Radiografia.
◦Ultrassonografia.
◦Tomografia/ressonância.
◦Endoscopia.
◦Laparotomia.
⤷Queixa principal.
⤷Tratamentos realizados.
⤷Alimentação.
◦Ração comercial? Dieta caseira?
◦Petiscos e guloseimas?
◦Preparo do alimento, exposição,
marca.
◦Ingestão Hídrica.
⤷Vacinação/vermifugação.
⤷Manejo reprodutivo.
⤷Ambiente e acesso a lixo (imprudência
alimentar), rua, roedores…
⤷Contactantes.
⤷Antecedentes mórbidos.
➺MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Sinal/Sintoma Significado clínico
Êmese
Expulsão forçada de conteúdo
estomacal pela boca
Disfagia Dificuldade ao engolir
Regurgitação
Expulsão sem esforço de
conteúdo indigerido do esôfago
Sialorréia Secreção excessiva de saliva
Pseudoptialismo Incapacidade de engolir saliva
Diarréia
Passagem de fezes com
excesso de água resultando em
aumento anormal do volume
de fezes
Constipação Evacuação infrequente ou difícil
Obstipação
Constipação intratável,
resultante de constipação
prolongada
Disquezia Evacuação difícil e dolorosa
Tenesmo Esforço improdutivo e
doloroso para expelir fezes
Xerostomia Ressecamento de mucosa
oral
➺ÊMESE
⤷Vômito – MANIFESTAÇÃO CLÍNICA.
⤷Ejeção forçada do conteúdo gástrico e
duodenal pela boca.
⤷Controlado pelo centro do vômito (SNC).
⤷Manifestações podrômicas.
◦Ansiedade.
◦FC e FR.
◦Náusea.
▹Salivação.
▹Deglutições repetidas.
◦Contrações abdominais rítmicas –
mímica de vômito.
⤷Centro do vômito (medula oblonga).
⤷Meio de impulsos aferentes provenientes
do córtex cerebral.
⤷Zona de disparo.
⤷Receptores na faringe.
⤷Estimulação visceral.
➺REGURGITAÇÃO
⤷Eliminação retrógrada e passiva (sem
esforços abdominais) do conteúdo
esofágico.
⤷Sem manifestações podrômicas.
⤷Antes do alimento chegar ao estômago.
⤷Referente a doenças esofágicas.
➺ÊMESE X REGURGITAÇÃO
⤷Êmese.
Manifestações
clínicas
Regurgitação Êmese
Salivação
podrômica
Não Sim
Contrações
abdominais
Não Sim
pH do conteúdo Variável <5
Presença de bile Não Sim/Não
Conteúdo não
digerido
Presente Presente/Ausente
Forma do
conteúdo
Tubular Variável
Tempo Variável Variável
Dor (odinofagia) Presente (*) Ausente
⤷Complicações:
◦Desidratação
◦Desequilíbrios eletrolíticos
◦Desequilíbrios ácido-básico
◦Pneumonia por aspiração
◦Esofagite por refluxo
➺DOENÇAS GÁSTRICAS
⤷Seção proximal
◦Distendedurante a refeição
(armazenando o alimento +
produção de muco)
◦Musculatura circular => mistura e
maceração do alimento
⤷Seção distal.
◦Função enzimática + produção
ácido clorídrico.
◦Regula a saída de alimento para o
intestino delgado.
PEPSINA
⤷Digestão protéica e regulação
microbiota bacteriana endógena
⤷Mais ativa em pH 2
⤷Inativada no duodeno
LIPASE ⤷Ativa em ácidos graxos de cadeia
longa
BICARBONATO ⤷Neutralizam o ácido (barreira da
mucosa gástrica
➺DOENÇAS GÁSTRICAS
⤷Secreção gástrica é influenciada pela
ingestão proteica e quantidade ingerida de
alimentos e hormônios (acidez).
⤷Gatos tem pH mais ácido (pH 2,5) que
cães.
⤷População bacteriana aeróbica (Gram+).
⤷Células parietais do estômago são
estimuladas por três receptores.
◦Acetilcolina
◦Gastrina.
◦Histamina tipo 2.
Antieméticos Antiácidos Protetores de
mucosa
Metoclopramida
Ondansetrona
Maropitant
Omeprazol
Pantoprazol
Ranitidina
Famotidina
Cimetidina
Sucralfato
Hidróxido de
alumínio
*Tratamento suporte – Fluidoterapia e correção
dos distúrbios eletrolíticos.
➺DOENÇAS GÁSTRICAS
⤷Gastrite aguda e úlcera gástrica.
◦Inflamação da mucosa gástrica,
decorrente da quebra da barreira
protetora da mucosa gástrica ou do
aumento da produção de HCl.
⤷Úlcera – camada muscular (perfuração)
◦AINEs.
◦Corticosteróides.
◦Mastocitoma.
◦Dieta (imprudência alimentar).
◦Doenças infecciosas e metabólicas.
◦Ingestão de agentes irritantes.
◦Insuficiência renal e hepática.
➺DOENÇAS INTESTINAIS
⤷Diarreia.
◦É definido como um aumento no
conteúdo de água nas fezes
acompanhada ou não pelo aumento
da frequência e intensidade dos
movimentos peristálticos e do fluxo
intestinal.
⤷Intestino Delgado.
⤷Intestino Grosso.
Osmótica
⤷Solutos intraluminais
Secretora
⤷Estimula a secreção ou
inibe a absorção do epitélio
⤷Permeabilidade intestinal ⤷Motilidade intestinal
⤷Manifestações Clínicas
◦Borborigmas intestinais.
◦Dor abdominal.
◦Flatulência.
◦Presença de sangue nas fezes
(Melena. Hematoquesia).
◦Disquesia e tenesmo --- urgência.
Parâmetro Delgado Grosso
Volume Aumentado Diminuído ou
aumentado
Muco Ausente (*) Presente
Melena Presente Ausente (*)
Hematoquezia Ausente (*) Presente
Esteatorréia Presente Ausente
Frequência Aumentado (*) Aumentada
(>4)
Disquezia Ausente Presente
Tenesmo Ausente Presente
Urgência Ausente (*) Presente
Flatulência Presente (+/-) Presente
Perda de peso Presente Infrequente
Prurido anal Ausente Presente
Êmese Presente Ausente (*)
⤷Diarreias agudas (+/- 3-5 dias)
◦Infecciosas (parasitárias,
bacterianas, virais).
◦Tóxicas (AINE, ATB,
quimioterápicos)
◦Nutricionais (dietas inapropriadas,
alergia / intolerância / imprudência
alimentar).
◦Extra intestinais (IR, IH,
pancreatite).
◦Idiopáticas (gastroenterite
hemorrágica idiopática).
⤷Diarreias infecciosas
LOCALIZAÇÃO PARASITÁRIAS PROTOZOÁRIOS VIRAIS BACTERIANAS
INTESTINO
DELGADO
Ancylostoma sp
Toxocara sp
Giardia spp,
Isospora sp,
Cryptosporidium
Parvovirose,
Coronavirose, FIV,
FeLV, PIF
Campylobacter
spp, E. coli,
Salmonela spp
INTESTINO
GROSSO
Trichuris sp,
Ancylostoma sp
Giardia spp,
Isospora,
Tritrichomonas
sp
Brachyspira,
Campylobacter
sp, Clostridium
sp, E. coli,
Salmonela spp
➺CONDUTA DIAGNÓSTICA
⤷Esfregaço de fezes frescas.
◦Todos os pacientes com diarreia.
⤷Flotação fecal.
◦Sulfato de zinco.
◦Solução saturada.
◦3 amostras.
⤷Detecção antígeno nas fezes
◦Elisa
◦IFA
◦PCR
➺TRATAMENTO
Fármaco Dosagem
Metronidazol
(protozoários)
Cães e gatos
25 mg/Kg BID/ 7dias
Nitazoxanida
(protozoários)
Gatos e cães
25 mg/Kg BID 5-7 dias
onidazol
(protozoários)
Tritrichomonas
30 mg/Kg SID 14 dias
Fembendazol
(cães e gatos)
50mg/Kg SID 5 dias
Pamoato de pirantel
+ Praziquantel +
febantel (Drontal
plus®)
(Cães e gatos)
56mg/Kg SID 5 dias
➺DIARRÉIAS CRÔNICAS
⤷Estratégia diagnóstica.
◦Agudo X crônico.
◦ID X IG (ou ambas).
◦Má digestão ou má absorção
intestinal.
*Distúrbios intraluminais - má digestão.
*Distúrbios do mucosa intestinal - má-absorção.
*Distúrbios hemodinâmicos - Linfangiectasia.
➺DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
⤷Enteropatia crônica responsiva a terapia
imunomoduladora /imunossupressão.
⤷Síndrome idiopática com sinais clínicos
associados a infiltrados de células
inflamatórias na mucosa do trato GI.
◦Linfocítica-plasmocítica.
◦Eosinofílica.
◦Granulomatosa.
⤷Alterações da tolerância imunológica.
⤷Alterações da barreira mucosa.
⤷Resposta imune exacerbada contra
antígenos ingeridos ou produzidos
localmente:
◦Proteínas dietéticas.
◦Bactérias intestinais.
⤷Êmese.
⤷Espessamento de alças intestinais.
⤷Diarreia.
⤷Perda de peso.
⤷Anorexia/disorexia.
⤷Desidratação.
⤷Borborigmas intestinais.
⤷Linfadenomegalia mesentérica.
➺CONDUTA DIAGNÓSTICA
⤷Ultrassonografia abdominal.
◦Espessamento de parede
gástrica/intestinal.
▹Mucosa e submucosa.
▹Muscular.
◦Alterações de ecogenicidade.
▹Fígado e pâncreas.
◦Linfadenomegalia mesentérica.
◦Linfonodos hipoecóicos.
◦Perda de estratificação de
camadas gástricas/intestinais.
◦Permite exame citológico.
Coproparasitológico
Bioquímica sérica / urinálise
TLI e PLI
Dosagem sérica de folato (duodeno) e
cobalamina (íleo)
⤷Biópsia e Análise histopatológica.
◦Endoscopia.
◦Laparotomia (gatos).
▹Infiltrado difuso.
▹Jejuno, íleo e válvula
ileocecocólica.
▹Permite amostras
transmurais.
▹Linfonodos, pâncreas e
fígado.
➺TRATAMENTO
⤷Dieta hipoalergênica.
◦Proteínas hidrolisadas.
◦29-50% melhora com dieta.
◦Tratamento não deve ser inferior
a 40 dias.
◦Pacientes em bom estado geral.
◦Fibras (psyllium ¼ colher de
chá/refeição).
▹Colites.
◦Ômega 3.
⤷Imunossupressão.
◦Corticoterapia.
▹Prednisolona.
▹Dexametasona.
▹Metilprednisolona.
▹Budesonida (gatos).
◦Clorambucil.
◦Ciclosporina.
◦Azatioprina (cães).
◦Mesalazina (colites).
⤷Antibióticos.
◦Metronidazol.
◦Amoxicilina.
◦Doxiciclina.
➺LINFANGECTASIA INTESTINAL
⤷Acomete cães e gatos.
⤷Desordem do sistema linfático intestinal.
⤷Ocorre a obstrução linfática causada pela
dilatação e ruptura de vasos quilíferos do
intestino, com subsequente extravasame-
nto dos conteúdos linfáticos dentro da
submucosa intestinal, lâmina própria e
lúmen..
⤷Ocorre a ruptura de vasos linfáticos na
parede intestinal ou na borda mesentérica
e formação de lipogranulomas.
⤷Doença segmental (jejuno ou apenas o
íleo são acometidos).
⤷Obstrução linfática, pericardite, doença
infiltrativas de linfonodos mesentéricos,
doença infiltrativas da mucosa intestinal,
malformações congênitas ou idiopáticos.

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