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QUESTIONÁRIO SOBRE ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO, JURISDIÇÃO, COMPETÊNCIA E CONFLITOS DE COMPETÊNCIA - PROCESSO DO TRABALHO

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
QUESTIONÁRIO SOBRE ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA
JUSTIÇA
DO TRABALHO,
JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA E CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
Aluno: Túlio Cirne / MP4 CD
Prof: Nadja Leite
Atividade de graduação do curso de
Direito apresentado como requisito
parcial para avaliação do 1º GQ da
disciplina de Direito Processual do
Trabalho, ministrada pela Professora
Profª. Nadja Leite.
RECIFE
2020
1 – Qual é a importância da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) para o
Judiciário Trabalhista?
A ENAMAT é classificada como um órgão autônomo e foi instituída pelo Tribunal
Superior do Trabalho através da Resolução Administrativa No. 1.140, obedecendo ao
previsto pela EC No. 45/2004. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados do Trabalho tem como função fundamental a promoção de seleções, o
desenvolvimento e a formação dos magistrados do trabalho que precisam de competência,
prática e atualização plena, devido a importância da função estatal que cumprem. Por
conseguinte, são promovidas as seguintes atividades pela Escola:
1. Cursos de formação básica, presencial, com sua sede na cidade de Brasília,
direcionada aos juízes do Trabalho interinos recém-empossados
2. Cursos de formação de formadores, direcionados a juízes-formadores das escolas
regionais de judicatura, com a função de realizar a qualificação de instrutores na
esfera regional.
3. Cursos de formação prolongada, sob a configuração de seminários e conversas
jurídicas, a distância ou presenciais, direcionados a todos os magistrados trabalhistas
em atividade, de qualquer grau de autoridade.
4. Diversos eventos de pesquisa e estudo, permitindo a integração de magistrados para a
prática e desenvolvimento do suporte jurisdicional diretamente ou através de
convênios com outras distintas instituições estrangeiras ou nacionais.
5. Administração nacional dos exercícios de formação divulgadas pelas escolas
regionais direcionadas à qualificação do magistrado.
Vale mencionar que a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados do Trabalho (ENAMAT) apenas atua e funciona ao lado, e portanto, NÃO faz
parte da composição do Poder Judiciário Trabalhista, e cumpre apenas a função jurisdicional,
agindo ao lado do Tribunal Superior do Trabalho de acordo com a Constituição Federal de
1988.
Art. 111 - A. §2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho:
I. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento dos Magistrados
do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os
cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.
2. Explique a competência originária e recursal dos Tribunais Regionais do
Trabalho.
Os Tribunais Superiores do Trabalho têm essa competência originária para determinadas
ações, como por exemplo o julgamento de dissídios coletivos das espécies de sua esfera de
jurisdição, assim como ter a função de processar e julgar originariamente. Porém os TRTs
apresentam competência abalizadamente recursal, pois quem julga os atos trabalhistas são as
devidas varas.
3. Quais são as garantias e deveres da magistratura?
De certa forma, foi esclarecido que para que as funções de independência sejam
exercidas sem que os outros diversos Poderes interfiram, nossa Constituição prevê os
seguintes mecanismos e instrumentos para que essa autonomia seja exercida e garantida,
conhecida como as garantias constitucionais, para que assim seja garantida a eficiência e a
aplicabilidade do Direito no caso concreto, então a Constituição Federal do Brasil cedeu aos
magistrados as garantias de vitaliciedade, a inamovibilidade, e a irredutibilidade de subsídios,
sendo classificada como uma garantia constitucional pertencente ao Poder Judiciário. Assim
como previsto pela nossa Constituição em seu Art. 99, que consta:
Art. 99. P. único. Aos juízes é vedado:
I - exercer ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo
uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em
processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei;
4. Quais são as principais atribuições judiciais e extrajudiciais do
Ministério Público do Trabalho?
São duas as classificações de formas de atuação do Ministério Público do Trabalho:
judiciais e extrajudiciais. As judiciais são praticadas sob a tutela do Poder Judiciário em
forma de processo judicial, e as extrajudiciais praticadas na seara administrativa que
futuramente pode vir a ser convertida em um processo judicial. O MPT possui uma atuação
árdua no campo de investigação ao trabalho escravo, e a exploração do trabalho em crianças
e adolescentes, que são consideradas uma das formas mais perversas de violação aos direitos
humanos, pois são subtraídos inúmeras garantias desses seres-humanos que, indevidamente,
não conseguem usufruir dessas mesmas.
Quanto a exploração do trabalho escravo, o MPT possui a meta de realizar a
erradicação deste trabalho que é feito em situações semelhantes às de escravo, além de
praticar a investigação de casos em que os obreiros são obrigados a fazer o trabalho forçado,
jornadas exaustivas, ou condições lastimáveis de trabalho. A partir dessa premissa que o
Ministério Público do Trabalho faz as ações judiciais e extrajudiciais, que irão promover a
sanção do empregador e a integração do trabalhador ao mercado de trabalho com todos os
seus direitos assegurados e garantidos.
5. É possível a alteração da competência no curso do processo?
Existem distinções. A competência pode vir a ser prorrogada caso o réu não ateste
a incompetência do juízo na contestação, porém, pode vir a ocorrer quando o autor, possuindo
conhecimento da incompetência do juízo, faz uma proposta de ação no mesmo juízo.
Já a competência considerada absoluta sob hipótese alguma pode sofrer prorrogação,
possuindo o juiz o objetivo, de ofício, anunciar a incompetência. Entretanto na incompetência
relativa que é praticada em casos de competência em razão do lugar, poderá sofrer
prorrogação, isto é, um juízo que antes era incompetente, passa a ser competente, se por
acaso o réu não opor exceção de incompetência.
6. O empregado brasileiro foi contratado em São Paulo para laborar na
Alemanha. O empregador não possui nenhuma sede ou filial no Brasil. A
Justiça do Trabalho é competente para dirimir o dissídio individual?
Justifique.
In casu, o funcionário foi contratado em território nacional, porém não possui filial
ou sede no Brasil.
No entanto, o legislador fixou na Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 651. § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e
Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios
ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o
empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional
dispondo em contrário.
7. De quem é a competência processar e julgar ação de responsabilidade
civil decorrente de acidente de trabalho ou doença profissional?
Este tipo de situação se dá devido ao dano material decorrente de atividade laboral,
portanto, o órgão detentor de competência para julgar pertence a Justiça do Trabalho, e o
autor ainda possui o direito e a liberdade de pedir indenização por danos morais, tendo que
ser comprovado sua atestação.
Além do Art. 114. da Constituição Federal nos fixar este tipo específico de situação:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho
processar e julgar:
VI - as ações de indenização por dano moral ou
patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.
8. Qual a importância do critério valor na definição da competência da
Justiça do Trabalho?
Rudimentarmente, devemos entender que não é todo juiz que venha possuir jurisdição, possui
consequentemente competência. Portanto, todo juiz que possua competência, possui também
jurisdição.
Para que uma ação trabalhista sejaproposta, não irá depender de valor, pois os direitos
trabalhistas são considerados indisponíveis e questão de ordem pública, tendo autoridade o
MPT, claro que dispondo da lei, propor uma ação no judiciário. Por conseguinte, o devido
valor da causa irá fixar qual o rito que o processo irá seguir, em face da CLT nos afirmar em
seu Art. 852 - A:
Art. 852 - A. Os dissídios individuais cujo valor não
exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data
do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao
procedimento sumaríssimo.
9. Quais são as regras que disciplinam a propositura da demanda
trabalhista, quando o empregado é agente ou viajante comercial?
Neste determinado regulamento, se é praticada uma longa e árdua interpretação. No
entanto, aqueles que trabalham diante de locais sincrônicos, devem propor a ação trabalhista
no lugar em que a filial se encontra; e faltando deve ser no domicílio ou o local mais
próximo.
A devida regra do Art. 651 . § 1º da CLT é aplicada nesta situação:
Art. 651 . § 1º. Quando for parte de dissídio agente ou
viajante comercial, a competência será da Junta da
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a
esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será
competente a Junta da localização em que o empregado
tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
10. Leia atentamente o acórdão na íntegra do acórdão que julgou o
Conflito de Competência n. CC 154726 MG 2017/0253672-4, que você
encontrará no site do Superior Tribunal de Justiça, tendo como Relator:
Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 28/02/2018, S1 -
PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 02/08/2018 e responda a se
seguintes indagações:
a) Os RECLAMANTES (VALDIVINIO E OUTROS) eram servidores
públicos do Município de Campina Verde em Minas Gerais ingressaram
com ação trabalhista em que juízo e com que objetivo?
Essa situação se trata de conflito de competência que foi fixado entre o Juizo da
3a Vara Civel de Campina Verde/Minas Gerais, amparado, e o Juízo da Vara de Trabalho de
Iturama/MG, amparado. Nesse sentido, a vara que foi proposta a ação, é de fato a trabalhista,
tendo em vista os olhares em diversas outras parcelas trabalhistas.
b) Porquê e por quem foi instaurado o conflito de competência?
Via de regra, a Justiça Trabalhista não possui determinada competência para
realizar o julgamento de causas dos servidores públicos, tendo em vista que os mesmos
obedecem o regime estatal, decorrente de um regime de ordem, com sua devida base na lei.
Portanto, a competência seria a comum e não a do trabalho, pelo fato de ser incompetente em
virtude da pessoa, contudo, na situação envolvendo os servidores com vínculo celetista, irá se
aplicar o que nos dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho.
c) Que juízo foi considerado competente para processar e julgar o feito e
sob quais fundamentos?
Segundo a devida prática da ligação e vínculo celetista para o servidor público, o
ordenamento que possui autonomia é a CLT. Dessa forma, o Juízo da Vara do Trabalho de
Iturama/Minas Gerais, se declara competente.
d) Porque o conflito de competência foi julgado pelo Superior Tribunal de
Justiça e não pelo Tribunal Trabalhista, como determina o inciso V do Art.
114 da Constituição Federal?
Segundo nosso Art. 105 da Constituição Federal de 1988 - Os conflitos de
competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no Art. 102, I, ‘’o’’, bem como
entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos.’’