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Livro: Ensino Híbrido Site: Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ifes Curso: [DocentEPT Norte-Nordeste] Tecnologias educacionais para a Educação Profissional e Tecnológica Livro: Livro: Ensino Híbrido Impresso por: Jozimar Farias de Souza Data: segunda, 8 ago 2022, 19:32 https://ava.cefor.ifes.edu.br/ Índice 1 | Introdução 1.1 | Introdução ao Ensino Híbrido 2 | Novos paradigmas da Educação 3 | Metodologias ativas 4 | O que é ensino híbrido? 5 | Modelos de ensino híbrido 6 | Como incentivar a prática do ensino híbrido? 6.1 | Passos de implementação das tecnologias no espaço escolar* 6.2 | E o professor? Como fica? 7 | Modelos de plano de aula para o ensino híbrido 8 | Encerramento Referências Ficha Técnica 1 | Introdução TEDPRO | UC6 - Video contextoTEDPRO | UC6 - Video contexto Parte do livro 1- Cap 1- Introdução TEDPRO UC6 - Video coParte do livro 1- Cap 1- Introdução TEDPRO UC6 - Video co…… https://www.youtube.com/watch?v=KuM84tFcPEc https://www.youtube.com/watch?v=gdKSTv1lYIs 1.1 | Introdução ao Ensino Híbrido Na trajetória pensada para esta disciplina, é importante refletir sobre o contexto do mundo atual no que diz respeito à Cultura Digital; pensar sobre diferentes possibilidades de comunicação por meio de tecnologias (as Linguagens Midiáticas), assim como experimentar e produzir recursos didáticos. Vamos, nesse momento, ampliar nosso olhar para estratégias que envolvem as práticas educacionais, como foco para o Ensino. Mas não qualquer ensino nem o ensino com as teorias pedagógicas tradicionais. Embora esse foco seja essencial em qualquer prática educacional que venhamos a desempenhar, gostaríamos de conversar com você sobre um tema que enxergamos como uma tendência que está por vir e que se desenvolve e ganha destaque, cada vez mais, devido ao desenvolvimento das tecnologias digitais e sua influência no contexto educacional! Estamos falando do Ensino Híbrido! Mas o que isso tem a ver com as tecnologias na educação? Tudo! Você vai ver que são conceitos intimamente ligados e que um dá origem e suporte ao outro! Mas, antes disso, vamos compreender um pouco como chegamos até aqui e como podemos descrever todas essas mudanças que aconteceram no mundo da educação! Respire fundo e, com pensamento inovador e sem medo de errar, siga em frente. Inovações em sala de aula?! https://giphy.com/gifs/forever-dis-10bdHQaMWyDpRu?utm_source=iframe&utm_medium=embed&utm_campaign=Embeds&utm_term=https%3A%2F%2Fava.cefor.ifes.edu.br%2F https://giphy.com/gifs/forever-dis-10bdHQaMWyDpRu?utm_source=iframe&utm_medium=embed&utm_campaign=Embeds&utm_term=https%3A%2F%2Fava.cefor.ifes.edu.br%2F via GIPHY https://giphy.com/gifs/forever-dis-10bdHQaMWyDpRu 2 | Novos paradigmas da Educação O rápido desenvolvimento das tecnologias, em especial das tecnologias de informação e comunicação, provocou e ainda continua a provocar a construção de novos paradigmas e muitas mudanças comportamentais, certo? Ahh, você já pode ter lido sobre isso em outros locais. O mesmo aconteceu com os processos de ensino e aprendizagem, não é mesmo? O autor Marcos Formiga (2009) descreve sobre este assunto no texto a seguir. Além dele, vários outros autores brasileiros reconhecidos na área, tais como Filatro (2004, 2008, 2009), Kenski (2007) e Behar (2009), corroboram com o mesmo pensamento. Vamos ao texto? Aliás, vale apena conferir os estudos desses autores (dá uma olhada lá nas referências onde você pode encontrá-los). Você precisa saber Compreenda melhor os novos paradigmas de aprendizagem promovidos pelo desenvolvimento das TICs com o texto a seguir. Artigo: Novos paradigmas da aprendizagem e o papel das TICs Mas e na prática? Como isso se consolida? No vídeo que segue, você encontra um exemplo de como estes novos paradigmas são capazes de transformar o espaço escolar. Muitos dos conceitos que Formiga (2009) apresenta na sua tabela comparativa entre antigos e novos paradigmas aparecem concretizados na ação apresentada que relata uma experiência na cidade do Rio de Janeiro. E agora? GENTE - SME-RJGENTE - SME-RJ Ao assistir ao vídeo, é possível perceber a utilização de diferentes estratégias que se relacionam com a integração das tecnologias no espaço escolar... Você até hoje já vivenciou algum cenário educacional parecido com esse? Compartilhe com a gente e comente sobre os desafios e as vantagens que você visualiza neste tipo de proposta... Contribua com a discussão clicando aqui https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82903/Novos%20paradigmas%20da%20aprendizagem%20e%20o%20papel%20das%20TICs%20%281%29.pdf https://www.youtube.com/watch?v=6h83S6CkMVA https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784614 3 | Metodologias ativas No case apresentado no "Ginásio Experimental de novas Tecnologias Educacionais" (no vídeo anterior), é apresentado um novo modelo de escola que coloca o estudante no centro do processo de aprendizagem. Mas o que isso significa? via GIPHY Será isso?! Não... O que queremos destacar, neste momento, em nosso estudos são as Metodologias Ativas... Já ouviu falar disso? O modelo mais conhecido e praticado nas instituições de ensino é aquele em que o aluno acompanha a matéria lecionada pelo professor por meio de aulas expositivas, com aplicação de avaliações e trabalhos. Reconhece esse padrão? Pois esse método é conhecido como passivo, pois nele o docente é o protagonista da educação. Já, na metodologia ativa, o aluno é personagem principal e o maior responsável pelo processo de aprendizado. O que significa que o objetivo dessa abordagem é incentivar que os estudantes desenvolvam a capacidade de absorção de conteúdos de maneira autônoma e participativa (LYCEUM, 2017). Resumindo: O principal objetivo das metodologias ativas é incentivar os alunos, para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela construção de conhecimento. E o que justi�ca o destaque para esse tipo de metodologia? Vários estudos concluem que, entre os meios utilizados para adquirir conhecimento, há alguns cujo processo de assimilação ocorre mais facilmente. Desse modo, temos como referência uma teoria do psiquiatra americano William Glasser, para explicar como as pessoas geralmente aprendem e qual a eficiência dos métodos nesse processo. De acordo com Glasser, o professor é um guia para o aluno, e não um chefe; e orienta que, no processo de ensino e aprendizagem, não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente esquece os conceitos após a aula. Em vez disso, o psiquiatra sugere que os alunos aprendem efetivamente com você, fazendo. Glasser fez afirmações contundentes sobre o processo de aprendizado, em favor de que o aluno aprenda fazendo. Este conceito foi melhor exemplificado numa ilustração conhecida como "a pirâmide de William Glasser", apresentada a seguir, que nos permite concluir que, tendo como base os estudos deste pesquisador, os métodos mais eficientes, quando se trata de aprendizagem, estão inseridos na metodologia ativa. https://www.youtube.com/watch?v=6h83S6CkMVA https://giphy.com/gifs/teacher-teachers-series-3ornk9pjFPStA3j2zC https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 http://www.oexplorador.com.br/william-glasser/ https://giphy.com/gifs/teacher-teachers-series-3ornk9pjFPStA3j2zC?utm_source=iframe&utm_medium=embed&utm_campaign=Embeds&utm_term=https%3A%2F%2Fava.cefor.ifes.edu.br%2F https://giphy.com/gifs/teacher-teachers-series-3ornk9pjFPStA3j2zC?utm_source=iframe&utm_medium=embed&utm_campaign=Embeds&utm_term=https%3A%2F%2Fava.cefor.ifes.edu.br%2F É muito provável que, pelo menos em suas formas mais simples, você deve conhecer algum tipo de "Metodologia Ativa". Já ouviu falar em ensino por meio de projetos ou por meio de soluções de problemas? Esses são exemplos típicosdas metodologias ativas. Quer saber quais são as práticas ensino-aprendizagem mais comuns nas metodologias ativas de aprendizagem? Vamos conhecer mais sobre algumas delas. Aprendizagem baseada em projeto A aprendizagem baseada em projetos (ABP) – em inglês, project based learning (PBL) – tem por objetivo fazer com que os alunos adquiram conhecimento por meio da solução colaborativa de desafios. Sendo assim, o aluno precisa se esforçar para explorar as soluções possíveis dentro de um contexto específico ― seja utilizando a tecnologia, seja a partir de diversos recursos disponíveis, o que incentiva a capacidade de desenvolver um perfil investigativo e crítico perante alguma situação. Além disso, o professor não deve expor toda metodologia a ser trabalhada, a fim de que os alunos busquem os conhecimentos por si mesmos. Porém, é necessário que o educador dê um feedback nos projetos e mostre quais foram os erros e acertos. Aprendizagem baseada em problemas O método da Aprendizagem Baseada em Problemas tem como propósito tornar o aluno capaz de construir o aprendizado conceitual, procedimental e atitudinal por meio de problemas propostos que o expõem a situações motivadoras e o prepara para o mundo do trabalho. Enquanto a aprendizagem baseada em projetos exige que os alunos coloquem a “mão na massa”, a aprendizagem baseada em problemas é focada na parte teórica da resolução de casos. Estudo de caso A prática pedagógica de Estudo de Casos tem origem no método de Aprendizagem Baseada em Problemas. O Estudo de Caso oferece aos estudantes a oportunidade de direcionar sua própria aprendizagem, enquanto exploram seus conhecimentos em situações relativamente complexas. São relatos de situações do mundo real, apresentadas aos estudantes com a finalidade de ensiná-los, preparando-os para a resolução de problemas reais. Aprendizagem por pares A aprendizagem entre pares e times – em inglês, team based learning (TBL) –, como o próprio nome revela, trata-se da formação de equipes dentro de determinada turma para que o aprendizado seja feito em conjunto e haja compartilhamento de ideias. Seja em um estudo de caso ou em um projeto, é possível que os alunos resolvam os desafios e trabalhem juntos, o que pode ser benéfico na busca pelo conhecimento. Afinal, com a ajuda mútua, pode-se aprender e ensinar ao mesmo tempo, formando o pensamento crítico, que é construído por meio de discussões embasadas e levando em consideração opiniões divergentes. E agora? Legenda: A Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser Fonte: Explorador, 2017. https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 Percebeu como essas práticas não são tão novas assim? Teóricos como Dewey (1950), Freire (2009), Rogers (1973), Novack (1999), entre outros, enfatizam, há muito tempo, a importância de superar a educação bancária, tradicional e focar a aprendizagem no aluno, envolvendo-o, motivando-o e dialogando com ele (MORAN, 2015). E você, o que acha? Quais dessas metodologias ativas você já conhecia e já experimentou? Compartilhe conosco, independentemente se a sua experiência foi como estudante ou como professor. Contribua com a discussão clicando aqui As metodologias ativas são, na visão de Moran (2015), pontos de partida para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas. Encontramos em Paulo Freire (1996) uma defesa para as metodologias ativas, com sua afirmação de que, na educação de adultos, o que impulsiona a aprendizagem é a superação de desafios, a resolução de problemas e a construção do conhecimento novo a partir de conhecimentos e experiências prévias dos indivíduos (BERBEL, 2011). Esse entendimento é especialmente pertinente quando se trata de Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Podemos dizer que a EPT requer uma aprendizagem significativa, contextualizada [...] que gere habilidades em resolver problemas e conduzir projetos nos diversos segmentos do setor produtivo. Complementando esses requisitos de aprendizagem, devemos acrescentar que, mesmo que o sistema educacional forme indivíduos tecnicamente muito bem preparados, é indispensável que eles sejam capazes de exercer valores e condições de formação humana, considerados essenciais no mundo do trabalho contemporâneo, tais como: conduta ética, capacidade de iniciativa, criatividade, flexibilidade, autocontrole, comunicação, dentre outros (BARBOSA; MOURA, 2013, p. 52). Nesse sentido, as metodologias ativas "têm um ideário favorável às necessidades da Educação Profissional e podem gerar práticas docentes inovadoras no contexto da formação profissional, superando limitações dos modelos tradicionais de ensino" (BARBOSA; MOURA, 2013, p. 49), apresentando diferentes benefícios. Entre as principais vantagens que as metodologias ativas podem proporcionar, a principal delas contempla "a transformação na forma de conceber o aprendizado, ao proporcionar que o aluno pense de maneira diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas conectando ideias que, em princípio, parecem desconectadas" (GAROFALO, 2018). Para os cenários da EPT, podem possibilitar mais autonomia, confiança, senso crítico, empatia, além de maior sentimento responsabilidade e necessidade de participação e colaboração - características essenciais para qualquer profissional dos de hoje, não é mesmo? Aprofunde seus conhecimentos Quer saber mais? Continue a sua leitura com o texto de José Moran (2015). Neste texto, você encontrará diferentes modelos educacionais inovadores que adotaram as metodologias ativas. Vale a pena conhecer! Mudando a educação com metodologias ativas Interessou-se pelo uso das metodologias ativas na Educação Profissional e Tecnológica? Então, acesse o artigo a seguir que incentiva a revisão de práticas tradicionais de ensino e discute possibilidades do uso destas metodologias na EPT. Metodologias ativas de aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica Mas, se você leu até aqui e ainda está pensando que essa é uma realidade distante, leia a reportagem de Marcela Lorenzoni, que pergunta: Por que as metodologias ativas de aprendizagem não funcionam na América Latina? Por que as metodologias ativas de aprendizagem não funcionam na América Latina? https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 http://www.bts.senac.br/index.php/bts/article/view/349 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 http://info.geekie.com.br/metodologias-ativas-de-aprendizagem/ 4 | O que é ensino híbrido? O Ensino Híbrido ou Blended Learning (termo em inglês) é o mais recente formato de educação. O termo vem sendo usado com grande ênfase na área de educação e vem causando muitas reflexões entre docentes e equipes pedagógicas de cursos. Diversos autores pesquisam e, cada vez mais, fortalecem esse novo formato educativo, criando e consolidando conceitos, características e formas de aplicação. Todas as definições que permeiam o termo, entretanto, relacionam esse modelo à integração das tecnologias e à personalização do ensino. Isso porque as tecnologias possibilitaram, como já vimos, diferentes formas de ensinar e aprender e colocaram o estudante como centro do processo do seu aprendizado, permitindo um respeito maior ao seu ritmo de aprendizagem! Não parece que estamos falando das metodologias ativas outra vez? E as similaridade com o Projeto GENTE do primeiro vídeo apresentado? Encontramos algumas, certo? Isso porque todasessas temáticas estão inter-relacionadas. Mas o que é ensino híbrido, a�nal? Você precisa saber O vídeo a seguir exemplifica esse cenário com o objetivo de definir o que é o Ensino Híbrido. Ensino Híbrido – Personalização e Tecnologia na educaçãoEnsino Híbrido – Personalização e Tecnologia na educação Portanto, conforme apresentado no vídeo, o Ensino Híbrido é uma proposta de integração das tecnologias digitais ao ensino em que o estudante aprende na escola (ensino presencial), mas também por meio do ensino on-line (educação a distância) com elementos de controle sobre o seu tempo e ritmo do aprendizado. Essa abordagem permite ao professor obter informações individualizadas sobre o desempenho dos alunos que permitem que ele atue com maior eficiência em relação às suas necessidades favorecendo a personalização do ensino. As principais características do ensino híbrido são: maior engajamento dos alunos no aprendizado; melhor aproveitamento do tempo do professor; ampliação do potencial da ação educativa visando a intervenções efetivas; planejamento personalizado e acompanhamento de cada aluno; https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 https://www.youtube.com/watch?v=sRNoe2gChd0 oferta de experiências de aprendizagem que estejam ligadas às diferentes formas de aprender dos alunos; aproximação da realidade escolar com o cotidiano do aluno. No Brasil, o tema vem sendo discutido entre os grupos de inovação tecnológica e educacional. Entre as figuras relevantes deste cenário, o Instituto Península e a Fundação Lemman estão entre os protagonistas no desenvolvimento de conteúdo, cursos, formações e experimentações sobre este tema (produtoras do vídeo acima, inclusive). Aprofunde seus conhecimentos O Instituto Península foi fundado em 2010 e é uma organização sem fins lucrativos que tem como propósito transformar e potencializar vidas para catalisar o desenvolvimento sustentável da sociedade. Para isso, atua nas áreas de Educação e Esporte. Instituto Península A Fundação Lemman também é uma organização sem fins lucrativo, mais antiga, fundada em 2002. Essa fundação atua somente na área da educação, realizando uma série de ações voltadas à inovação, à gestão, às políticas educacionais e à formação de uma rede de jovens talentos. Promove diversos cursos para estudantes e professores, assim como, em parceria com outras instituições, cursos em outras instituições. Entre estas, destacam-se universidade estadunidenses, como Havard University, Yale University, Stanford University, Columbia University, University of Illinois, University of California e MIT. Fundação Lemman Em conjunto, estas organizações desenvolveram o Grupo de Experimentações em Ensino Híbrído. Este grupo envolveu coordenadores e professores que, além de discutirem o ensino híbrido, também apresentaram uma série de propostas e experiências que têm servido de inspiração para a implementação desta forma de ensinar na realidade educacional brasileira. Como resultado, atualmente as Fundação Lemman e o Instituto Península trabalham juntos para desenvolver cursos e diversos conteúdos sobre o tema, abordando desde a otimização do espaço escolar até estratégias eficazes para verificação de aprendizagem. Além dos cursos on-line, publicaram também o livro "Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação", que apresenta contribuições para professores que querem inovar, integrando as tecnologias digitais ao dia a dia de sua sala de aula. O primeiro capítulo deste livro é também nossa primeira leitura obrigatória sobre o tema! Vamos aprofundar mais nossos conhecimentos? Você precisa saber Esta primeira leitura obrigatória apresenta a Educação Híbrida como um conceito-chave para a educação atual e descreve como isso pode ser integrado em modelos mais inovadores e também em modelos pedagógicos disciplinares. Educação Híbrida: um conceito-chave para a educação, hoje O mesmo autor da leitura obrigatória indicada também é o entrevistado do Prof. João Mattar no vídeo a seguir, que registrou uma conversa entre esses dois especialistas que têm grande atuação e relevância na área da Educação em nosso país! Vamos assistir? Ensino Híbrido: João Mattar e José Moran http://www.institutopeninsula.org.br/ http://www.fundacaolemann.org.br/ http://www.fundacaolemann.org.br/ensino-hibrido/#cursos http://www.fundacaolemann.org.br/ensino-hibrido/#o-livro https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82909/moran-ensino-hibrido.pdf Ensino HíbridoEnsino Híbrido Internacionalmente, uma das grandes referências em Ensíno Híbrido é o Clayton Christensen Institute, um instituto de pesquisa dos Estados Unidos que tem reunido profissionais e experiências com diferentes publicações na área. Aprofunde seus conhecimentos O Clayton Christensen Institute, instalado na Califórnia – USA, publicou, em 2013, um material de base para essa nova forma de educação, no qual comenta sobre a forma de trabalho no ensino híbrido tratando-o como uma inovação disruptiva. Quer conhecer o que é isso? Acesse o material no link a seguir. Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva? O material desenvolvido pelo Instituto Península e pela Fundação Lemman, assim como as publicações do Clayton Christensen Institute, são as referências base deste nosso livro, conforme você poderá observar nos capítulos seguintes. Vamos lá? https://www.youtube.com/watch?v=9LK9axXqwDw https://www.christenseninstitute.org/ https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82909/uma_inovacao_disruptiva.pdf 5 | Modelos de ensino híbrido No ensino híbrido, novas formas ou técnicas de trabalho vêm sendo desenvolvidas e têm sido denominadas "Modelos do Ensino Híbrido". Antes de conhecer com mais detalhes desses modelos, vamos realizar a leitura a seguir que introduz o tema. Você precisa saber Para introduzir a temática dos modelos de Ensino Híbrido, leia o material a seguir extraído do capítulo 02 do livro "Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação". Vamos começar a discutir o tema? Boa leitura! Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação Agora que você já conhece quais são os modelos de ensino híbrido, vamos conhecer melhor cada um deles? Acesse o texto a seguir para aprofundar seus conhecimentos neste tema! Descubra aqui quais são e como podem ser implementados os modelos do Ensino Híbrido. Modelos de Ensino Híbrido Vídeo sobre os modelos de Ensino Híbrido Entre os modelos de Ensino Híbrido existentes, pode-se dizer que os mais utilizados são: 1. A rotação de laboratório – técnica de ensino em que as aulas são intercaladas com momentos na sala de aula e no laboratório de informática, com conteúdos complementares, podendo, por exemplo, ocorrer a aula inicial no laboratório de informática, para o aluno ter o primeiro contato com o tema; a segunda ou próximas aulas em sala de aula, para debater o assunto em conjunto com colegas e professor e realizar exercícios; e, ainda, levar as práticas para fora das paredes da escola, realizando sua aplicação na sociedade; 2. Sala de Aula Invertida – esse talvez seja o modelo que desenvolve mais autonomia dos alunos, tornando-os ativos na construção do conhecimento. Ele consiste em três momentos para realização do estudo, conforme apresentado no quadro a seguir, baseado em Trevisani (2015): Momentos Atividade Primeiro O aluno estuda o conceito que será visto na escola antes da aula, preparando-se para as atividades a serem realizadas. Esse estudo pode ser feito baseado em referências pesquisadas pelos próprios alunos ou em referências selecionadas pelo professor, que podem ser complementadas pelos alunos. Segundo É o momento da aula, em que os alunos usam os conceitos aprendidos previamente para construir, com o professor, a aula, aplicando o que aprenderam e participando ativamente dela. Nesse momento, o professor passa a atuar como um supervisor daquilo que foi aprendido pelos alunos, buscando identificar pontos estudados e validar informações obtidaspelos estudantes. https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82902/introducao%20aos%20modelos%20de%20ensino%20hibrido.pdf https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82902/modelos%20Ensino%20H%C3%ADbrido.pdf https://pt.coursera.org/lecture/ensino-hibrido/modelos-de-ensino-hibrido-lI8X6 Terceiro Este último momento é posterior à aula. Os alunos podem aprofundar o que foi estudado em um local externo à escola, buscando mais informações para complementar aquilo que estudaram na aula. Esse momento é importante para os alunos solidificarem sua aprendizagem e buscarem assuntos ligados ao tema que sejam de seu interesse. Parte do livro 1 - Cap. 5 - Modelo ..- Parte do livro 1 - Cap. 5 - Modelo ..- depois do quadro e antdepois do quadro e ant…… Você precisa saber Ainda com dúvidas? Então explore este blog que traz mais detalhes sobre cada um dos modelos do ensino híbrido. Desvendando o Ensino Híbrido Independentemente do modelo selecionado pelo professor para trabalhar com os estudantes, é fundamental que a aula e todo o programa do curso ou da unidade curricular sejam planejados detalhadamente, obedecendo a todos os requisitos pedagógicos e metodológicos. No ensino híbrido, reforçam-se, ainda mais, as mudanças de papéis dos participantes do processo educativo: o docente deixa de ser o foco central e as construções educativas ocorrem em conjunto, tendo os estudantes grande papel de atuação no processo de ensino e aprendizagem. Visualizar experiências práticas é interessante para reforçar o entendimento do novo formato. Para isso, assista ao vídeo a seguir, com o caso prático de Eric Rodrigues, professor de História, e sua experiência com o ensino híbrido. Tecnologia e Ensino Híbrido - por Eric Rodrigues https://www.youtube.com/watch?v=8cQ323M3l4Y https://silabe.com.br/blog/ensino-hibrido-o-que-e/ Tecnologia/Ensino Híbrido - Eric Rodrigues - Transformar 2Tecnologia/Ensino Híbrido - Eric Rodrigues - Transformar 2…… Aprofunde seus conhecimentos Para ter mais detalhamento sobre os métodos do ensino híbrido, verifique os materiais a seguir. Vale a pena conferir! Aprender e ensinar com foco na educação - Lilian Bacich e José Moran. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida - José Armando Valente. https://www.youtube.com/watch?v=eOEKpCbwiR0 https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82902/aprender%20e%20ensinar%20com%20foco%20na%20educacao.pdf https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82902/blended%20learning.pdf 6 | Como incentivar a prática do ensino híbrido? Fonte: Debora Garofalo, 2018. E agora você pode se perguntar: mas como incentivar a aplicação de novos modelos e ações inovadoras, como as metodologias ativas e o ensino híbrido na educação, em nossas instituições? Para responder a essa pergunta, diversos estudos apontam algumas orientações. Conforme a professora Anna Penido destaca, para que a tecnologia possa de fato ser implementada em um espaço educacional, é preciso: Assegurar infraestrutura: Conectividade; Rede lógica com Wi-Fi; Equipamentos cada vez mais móveis; Uso quase transparente. Garantir recursos digitais cada vez mais diversificados e qualificados: Fomentar produção por empreendedores, educadores e até alunos; Permitir que estejam disponíveis para escolas, professores e alunos de forma gratuita ou adquiridas pelas redes como o livro didático; Avaliar, para que sejam sempre aprimorados. Formar professores: Utilizá-las na própria formação, para que eles se familiarizem; Oferecer referências do que pode ser feito; Disponibilizar ferramentas; Usar para que troquem conhecimentos e práticas. Mobilização da sociedade, especialmente famílias e alunos: Compreender como utilizar com propósito e da melhor maneira, para que juntos possamos garantir o direito de todos os brasileiros a uma educação de qualidade, que prepare para a vida e https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 permita a aprendizagem ao longo de toda a nossa existência. As reportagens a seguir também buscam orientar formas de estimular ações inovadoras na Educação, seja simplesmente para um uso mais intenso e adequado das tecnologias, seja para aplicação de novos modelos, como é o caso do Ensino Híbrido. Vale a pena conferir esses estudos e as dicas que eles contêm! Formas de incentivar o professor a usar tecnologia Especialistas sugerem práticas que o gestor pode adotar para estimular o uso de recursos digitais entre seus docentes por Fernanda Kalena (2014), disponível em: <http://porvir.org/4-formas-de-fazer- professor-querer-usar-tecnologia/> As tecnologias estão cada vez mais presentes nas salas de aula do mundo todo, os alunos, em grande parte, são receptivos a elas, mas… e os professores? Os docentes são responsáveis por fazer a conexão dos recursos tecnológicos com os conteúdos dos currículos pedagógicos. Por isso, é importante que se sintam seguros e sejam preparados para usá-los. Qual é o papel da direção e da coordenação de uma instituição de ensino nesse contexto? O que os gestores podem fazer para incentivar e otimizar o uso de das tecnologias dentro da escola? O Porvir conversou com especialistas de diferentes áreas para descobrir. Veja algumas dicas de como estimular o uso efetivo das tecnologias por parte dos educadores. 1. Oferecer recursos pertinentes São inúmeras as opções de recursos tecnológicos no mercado, tanto gratuitos quanto pagos [apenas o Escola Digital reúne milhares recursos...]. Pode ser difícil escolher qual plataforma adotar, qual game usar para abordar um conteúdo, ainda mais com o aparecimento de coisas novas frequentemente no mercado resolvendo problemas que às vezes o professor nem tem. Por isso, a utilidade do recurso precisa ser clara. “Oferecer recursos que contribuam para o trabalho do professor em atividades que ele já realiza dentro de sala faz com que ele se sinta mais confortável em um primeiro momento”, afirma Thiago Feijão, empreendedor que criou a plataforma adaptativa QMágico. “O papel do gestor na implementação de novas tecnologias não se restringe a mostrar a direção da inovação, mas trazer as melhores ferramentas que possam se adequar à visão [pedagógica] proposta”, completa. Para Fernanda Giannini, que trabalha com formação de professores na rede pública de São Paulo na área de tecnologia, é importante que as ferramentas escolhidas potencializem a aula do professor, que traga algo a mais, algo que ele não conseguiria realizar sem esse recurso. “A demanda de fazer uso de uma tecnologia tem que ser o mais pertinente possível. Cabe à direção apresentar ferramentas e mostrar quais são suas possibilidades de uso”, explica. 2. Incentivar que o uso da tecnologia seja um hábito Estimular que o professor incorpore as tecnologias no dia a dia, em diferentes momentos e situações, deixando sua utilização mais natural, facilita a integração desses recursos com a dinâmica escolar. Quando esse uso acontece dentro e fora da sala de aula, na própria rotina do docente, ele se sentirá mais confortável em fazer uso da tecnologia. “Adotar tecnologia é como escovar os dentes: no começo custa mudarmos nossos hábitos, mas, com o tempo, o benefício é evidente. Mudar hábitos requer acordo pedagógico, frequência de uso e acompanhamento”, ressalta Feijão sobre a importância da equipe pedagógica estar unida para implementar essas mudanças. A coordenadora pedagógica Adriana Gandin conta que, quando precisa compartilhar alguma informação com os professores do colégio onde trabalha, procura usar ferramentas que gostaria que eles usassem com seus alunos. “Para coletar dados ou enviar um arquivo maior, faço através de formulários do Google Drive ou do Dropbox. Assim, eles já percebem a funcionalidade desses recursos e isso os estimula a levar a ferramenta para a sala de aula.” “A demanda de fazer uso de uma tecnologia tem que ser o mais pertinente possível. Cabe à direção apresentar ferramentase mostrar suas possibilidades de uso”. 3. Ter um coordenador tecnológico na escola http://porvir.org/4-formas-de-fazer-professor-querer-usar-tecnologia/ Ter na instituição um profissional da direção que faça a ponte entre o corpo docente e os recursos tecnológicos pode facilitar o diálogo e a aproximação das ferramentas disponíveis com a abordagem pedagógica de cada professor. “Esse profissional não é um professor que leciona nem um técnico da informação. Ele é a ligação entre a tecnologia da informação e o ensino. Ele gera a união de forma confortável e efetiva para o professor e para o aluno. É uma pessoa para pensar isso”, explica Giannini. 4. Investir na formação constante Antes de ensinar, os professores precisam aprender como usar e se familiarizar com as novas tecnologias. Existem muitas formas de capacitá-los a isso, como cursos, palestras, workshops e seminários. Mas, para Giannini, essa complementação tem que fazer parte da carga horária de trabalho do profissional. “Os professores têm diversas obrigações não remuneradas fora da sala de aula, entre elas reunião de pais e institucionais, por exemplo. Quando a escola propõe a formação como mais uma atividade não remunerada, mesmo que seja para o benefício deles, eles não olham com bons olhos. Mas se a direção tem que estimulá-los a querer se aperfeiçoar, esse estímulo também vem pela remuneração.” O educador Cesar Nunes ressalta que cabe ao diretor criar um ambiente onde a cultura do pensamento é valorizada e sugere como opção que a direção faça com os docentes uma avaliação formativa, que é um recurso pedagógico usado comumente pelos professores como ferramenta de diagnóstico do processo de ensino aprendizado dos alunos. O objetivo desse tipo de avaliação é que ela seja um instrumento de formação, do qual os alunos fazem parte ativamente. No caso de ser usada entre professores, a avaliação formativa tem o objetivo de ajudá-los a encontrar a abordagem pedagógica que mais se adeque aos alunos. “O professor precisa passar pelo processo que quer fazer seus alunos passarem. E o diretor precisa recriar esse ambiente usando tecnologia para dar mais confiança e segurança para os docentes. Um ambiente onde eles possam receber aprovação e feedback dessa experimentação.” Essas formações são fundamentais como processo de reciclagem, para manter o corpo docente atualizado sobre os avanços tecnológicos e novos recursos disponíveis e também para trocar experiências sobre as ferramentas que já estão disponíveis para eles. “A formação continuada dentro da escola é importante, assim os professores podem compartilhar práticas com colegas, promover uma rede colaborativa. A troca entre eles é um processo bastante rico”, afirma Mila Molina, gerente de projetos da Fundação Lemann. 15 passos para adotar tecnologias em sala de aula Na semana do dia do professor, guia ajuda educador a não ter medo do universo digital; confira lista que resume dicas (PORVIR, 2013), disponível em: <http://porvir.org/15-passos-para-adotar- tecnologias-em-sala-de-aula/> 1. Acredite que as tecnologias digitais podem colaborar para promover novas práticas pedagógicas; 2. Entenda como estes recursos podem ser incorporados à rotina escolar; 3. Conheça algumas possibilidades que fazem sentido dentro da sua área de trabalho e se aproprie de algumas ferramentas tecnológicas; 4. Planeje novas estratégias de ensino que tenham o aluno no centro do processo de aprendizado e o professor como mediador da construção do conhecimento; 5. Pense em um ensino mais personalizado e uma avaliação que leve em consideração as necessidades de cada aluno, visto que o conhecimento está disponível e o foco da educação não é mais a transmissão de conteúdo, mas sim o desenvolvimento de competências e habilidades; 6. Incentive os alunos a pesquisar na internet. Oriente-os a pesquisar fazendo uso de palavras- chave e símbolos. Além disso, indique bibliografias e sites úteis para que desenvolvam com qualidade o trabalho; 7. Permita que os alunos comparem informações e discutam sobre os temas pesquisados, sinalizando a confiabilidade da informação;. http://porvir.org/15-passos-para-adotar-tecnologias-em-sala-de-aula/ 8. Estimule os alunos a produzir seus próprios textos, em diferentes formatos, a partir das pesquisas realizadas na internet e em outras mídias, bem como a mencionar autores e fontes pesquisadas; 9. Motive os alunos a participar de projetos colaborativos, inclusive com estudantes de outras escolas no Brasil e no exterior; 10. Crie ou estimule seus alunos a criar um espaço virtual exclusivo para produção de trabalhos colaborativos (uma página no Facebook, um perfil no Twitter, um blog, um disco virtual); 11. Incentive os alunos a compartilhar seus trabalhos na internet, para que qualquer pessoa possa ter acesso, contribuir e fazer críticas; 12. Valorize o uso de diferentes recursos tecnológicos para produção de trabalhos escolares, como vídeos, fotos, podcasts, blogs, slides, gráficos, banco de dados, ou seja toda e qualquer ferramenta que possa ser utilizada no dia a dia escolar ou futuramente no mercado de trabalho; 13. Permita diferentes formas de manifestação e expressão no desenvolvimento dos trabalhos, dando espaço à criatividade e pró-atividade; 14. Engaje os alunos em tarefas desafiadoras, que façam sentido para suas vidas, que proporcionem o trabalho em equipe e administração do tempo; 15. Propicie a produção de games, estimulando o raciocínio lógico, com o uso de softwares de programação. Aprofunde seus conhecimentos De forma mais aprofundada e científica, o texto a seguir apresenta os passos para a integração das tecnologias considerando toda a amplitude do espaço escolar. A integração das tecnologias no espaço escolar - passos de implementação https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82908/espaco-escolar.pdf 6.1 | Passos de implementação das tecnologias no espaço escolar* Fonte: pxhere.com Tudo o que vimos até aqui aponta para o fato de que não falamos mais do computador na escola, e sim de uma tecnologia que permite ao estudante trafegar em um mundo virtual, em meio a milhões de informações, conteúdos e materiais, concorda? Esses dados adentram o espaço escolar modificando a cultura organizacional por meio das novas relações estabelecidas dentro e fora da escola, por redes sociais, tão presentes no cotidiano de alunos, professores, equipe pedagógica, gestores e pais. Portanto, a questão da integração das tecnologias no contexto escolar ultrapassa os limites da sala de aula. A integração das tecnologias no contexto escolar não se restringe somente à relação entre alunos... Para que a inclusão digital prevaleça e que seja utilizada em prol da melhoria da qualidade da educação, o apelo para a colaboração e a participação ativa não pode mais se restringir à relação entre alunos. As diversas tecnologias – entre elas a Internet com seus infinitos recursos – oferecem meios para que a colaboração e as aprendizagens decorrentes delas ultrapassem os limites da sala de aula, que alunos participem de redes de aprendizagem com outros alunos de sua escola, de outras escolas de seu bairro, de sua cidade, do mundo, e possam participar de transformações que vivem para a construção de um mundo melhor e mais justo. A integração das tecnologias no contexto escolar ultrapassará a ação do professor... Para que a tecnologia possa ultrapassar os limites do laboratório de informática, bem como o espaço da sala de aula, podemos antever que a questão da integração curricular das tecnologias ultrapassará a ação do professor. Portanto, se realmente queremos que as tecnologias representem benefícios na aprendizagem e na vida dos alunos, temos de começar a enxergar a escola como um todo, analisar as possibilidades, os limites e os entraves para a escola se tornar realmente um espaço de inclusão social e digital, levando de fato nossas crianças e jovens a aprender mais e melhor. Vimos isso nos modelos de ensino híbrido, correto? Alguns deles somentesão possíveis de serem implementados se houver em toda a instituição de ensino alterações em diferentes dimensões (espaços, currículos, tecnologias etc.). Legenda: Categorias do modelo de integração de tecnologias Fonte: Vosgerau e Pasinato (2012 apud VOSGERAU, 2012, p. 38). Vosgerau e Pasinato (apud VOSGERAU, 2012) propõem um modelo a ser utilizado para promoção das tecnologias no contexto escolar que considera, além do professor e do aluno, os recursos tecnológicos disponíveis na escola, o envolvimento da equipe gestora, os documentos normativos da escola e a comunidade influenciada pela instituição de ensino. Ainda em relação a esse modelo, as autoras destacam que não há um único ponto de partida para a integração das tecnologias no contexto escolar, ou seja, o modelo é circular e o início por qualquer uma das categorias é válido. Pode-se iniciar, por exemplo, a partir das exigências e iniciativas de uma comunidade escolar ativa e participante, a partir do incentivo da equipe gestora (pedagogos e diretores), a partir da instalação de computadores e disponibilização de acesso à Internet, a partir de atividades desenvolvidas pelos alunos que tenham acesso à tecnologia em suas casas, a partir da reestruturação do projeto político- pedagógico da escola. Enfim, a partir das atividades pedagógicas desenvolvidas pelo professor. Contudo, para que o processo ocorra mais rapidamente e de forma mais duradoura, as autoras sugerem que o desenvolvimento das categorias seja estimulado na mesma intensidade, para que todos os participantes do contexto escolar se apoiem mutuamente no processo. Em cada uma das categorias apresentadas, a integração passa por seis estágios: 0. Não utilização; 1. Familiarização; 2. Conscientização; 3. Implementação; 4. Integração; 5. Transformação. Talvez, neste momento, você se pergunte: mas como eu vou saber em qual estágio a instituição que eu atuo se encontra? Para responder a esta pergunta, as autoras disponibilizam um esquema que mostra cada um dos estágios para cada categoria. Acesse o quadro a seguir e descubra. Quadro com a proposta de indicadores de Integração das Tecnologias na Educação (VOSGERAU; PASINATO, 2012 apud VOSGERAU, 2012) https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82910/indicadores%20categorias%20integracao.jpg E agora? Observando o modelo apresentado para integração das tecnologia no espaço escolar, queremos saber a sua opinião: será que um dia atingiremos o grau mais alto de integração em todas as instituições de ensino? Isso é necessário? E mais importante: será que acreditamos e queremos tais transformações? Cada um pode e deve ter suas próprias respostas a esses questionamentos... E nenhuma opinião está mais certa do que as outras; são visões de mundo! E nós queremos saber a sua! Contribua com a discussão clicando aqui *Texto extraído e adaptado de: VOSGERAU, D. S. R. A tecnologia nas escolas: o pa pel do gestor neste processo. In: BARBOSA, A. F. (org.). Pesquisa sobre o uso das t ecnologias de informação e comunicação no Brasil : TIC Educação 2011. São Paulo : C omitê Gestor da Internet no Brasil, 2012. Disponível em: https://www.cetic.br/me dia/docs/publicacoes/2/tic-educacao-2011.pdf. Acesso em: 5 set. 2019. https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784616 6.2 | E o professor? Como �ca? Imagem: pxhere.com Na situação atual, lentamente professores estão visualizando novas formas de trabalhar o processo de ensino e aprendizagem, que passa a ocorrer de forma mais colaborativa, já que o professor deixa de ser soberano, dono do conhecimento. Os alunos passam a ter um papel mais ativo, deixam de ser meros expectadores de apresentação de conteúdos e passam a trabalhar em conjunto com o professor na construção do conhecimento e do processo de ensino e aprendizagem. As autoras Konrath, Tarouco e Behar (2009) trabalham com assuntos relacionados à mediação pedagógica e confirmam essa situação na atualidade: A perspectiva da mediação pedagógica pressupõe que o professor assuma um novo papel no processo de ensino-aprendizagem no qual ele medeie as interações do aluno com o objeto de estudo/conhecimento. Além disso, o uso das tecnologias é pensado como forma de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e eficaz no sentido de que a aprendizagem realmente aconteça e seja significativa (KONRATH; TAROUCO; BEHAR, 2009, p. 3). O comportamento do professor se enriquece quando executa as funções de mediador, incentivador ou motivador da aprendizagem, apresentando-se como elo entre o aprendiz e sua aprendizagem. Neste novo papel do professor, é interessante citar uma pesquisa realizada por mais de 50 especialistas sobre atuação na educação moderna. Essa pesquisa, publicada por Mariana Fonseca e Agda Sardenberg (2013), indica as características da atuação dos professores, conforme você pode ver no quadro a seguir: Quadro – Características de atuação do professor na nova educação. Característica de atuação Descrição Coerência Atuar em sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola, compreendendo seu papel e cumprindo suas metas. Integralidade Compreender o estudante de forma integral, buscando identificar suas necessidades de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional, social, cultural. Reconhecimento Conhecer a realidade do aluno, da sua família e da comunidade em que a escola e esses estudantes estão inseridos. Empatia Acolher as diferenças, reconhecendo que cada estudante é único, aprende de uma forma diferente e vive em um contexto próprio. Sonhos Conhecer os interesses, anseios e/ou o projeto de vida dos seus alunos e apoiá-los a alcançar seus objetivos. Tempo Integral Considerar o estudante durante todo o tempo em que está na escola, e não apenas na sua sala de aula. Cumplicidade Conhecer as famílias de seus alunos, dialogar com elas e criar vínculos para fortalecer o seu desenvolvimento integral. Trilhas Construir roteiros educativos que integrem disciplinas tradicionais com atividades complementares, saberes acadêmicos e populares, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos. Colaboração Trabalhar de forma colaborativa com outros professores da escola, criando comunidades de aprendizagem para compartilhar desafios e propor estratégias articuladas que respondam às demandas do desenvolvimento integral. Relacionamento Estabelecer uma relação mais igualitária e dialógica com seus alunos, reconhecendo seus saberes e legitimando a sua capacidade de contribuição com seu próprio processo de desenvolvimento. Mediação Ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento, provocando o aluno a aprender a partir de seus próprios questionamentos. Pesquisa Convidar o estudante a perceber a realidade como objeto de estudo. Protagonismo Promover o protagonismo do aluno, incentivá-lo a ser autor e proponente do seu próprio processo pedagógico. Participação Colaborar com a equipe gestora no sentido de apontar necessidades de infraestrutura, propor projetos e ações inovadoras e se envolver com atividades do programa que extrapolem a sua sala de aula. Acompanhamento Avaliar continuamente os processos de ensino- aprendizagem, em conjunto com seus estudantes, estimulando que reconheçam o que precisam fazer para alcançar seus objetivos individuais e coletivos. Aprendizagem Admitir que pode errar e aprender enquanto ensina, inclusive com seus alunos. http://educacaointegral.org.br/glossario/tempo-integral/ http://educacaointegral.org.br/glossario/professor-mediador/ http://educacaointegral.org.br/glossario/participacao/ http://educacaointegral.org.br/glossario/ensino-aprendizagem/ http://educacaointegral.org.br/glossario/ensino-aprendizagem/ Fonte: Fonseca e Sardenberg (2013). 5.livro 1 - Cap. 6.2 - E o professor? Como �ca? [Audiodescri5.livro 1 - Cap. 6.2 - E o professor? Como �ca? [Audiodescri…… Focando no papel do aluno, é importante salientar que se espera dos alunos, ou pelo menos se propõe a eles, participação mais efetiva no processo de ensino-aprendizagem.O aluno continua sendo o centro da preparação escolar, ou seja, é o foco de projetos políticos pedagógicos de cursos. Os professores se preparam para promover o ensino, mas com estratégias de práticas pedagógicas em que o aluno é um ser atuante. Neste cenário de alunos participantes, eles precisam trabalhar, ou seja, participar efetivamente da busca da sua aprendizagem. Se o que pretendemos é que o aluno construa seu próprio conhecimento, aplicando seus esquemas cognitivos e assimiladores à realidade a ser aprendida e desenvolvendo o seu raciocínio, devemos permitir que ele exerça sua atividade mental sobre os objetos e até mesmo uma ação efetiva sobre eles. Isto é, os educandos devem ter papel ativo em sala de aula, colaborando de alguma forma, ou seja, assim como o professor, eles também devem ser participantes, ou melhor, “sujeitos da história na medida em que a constroem ao lado de outros seres humanos, num contexto socialmente definido" (LUCKESI, 1993, p.114). Dessa forma, professores e alunos têm uma relação mais próxima, pois ambos são peças importantes no desenvolvimento do processo educativo. As tecnologias, por sua vez, têm a missão de facilitar esse processo, oferecendo ferramentas de informação e comunicação para interações em tempo real ou diferentes tempos, sanando problemas de tempo e distância geográfica. https://www.youtube.com/watch?v=uqwSh_UNIwE 7 | Modelos de plano de aula para o ensino híbrido Apresentamos a seguir modelos de plano de aula do ensino híbrido propostos por Bacich, Tanzi Neto e Trevisani (2015). 1. Modelo de plano de aula - Laboratório Rotacional [Audio1. Modelo de plano de aula - Laboratório Rotacional [Audio…… Laboratório rotacional Clique para baixar 2. Modelo de plano de aula - Laboratório Individual [Audiod2. Modelo de plano de aula - Laboratório Individual [Audiod…… Rotação individual Clique para baixar https://www.youtube.com/watch?v=fNOf1BLCIEU https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82914/Plano%20de%20aula%20-%20Modelo%20de%20laborat%C3%B3rio%20rotacional.pdf https://www.youtube.com/watch?v=Lt4UQQi-CnY https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82914/Plano%20de%20aula%20-%20Modelo%20de%20rota%C3%A7%C3%A3o%20individual.pdf 3. Modelo de plano de aula - Rotação por estações [Audiod3. Modelo de plano de aula - Rotação por estações [Audiod…… Rotação por estações Clique para baixar 4. Modelo de plano de aula - Sala de aula invertida [Audiod4. Modelo de plano de aula - Sala de aula invertida [Audiod…… Sala de aula invertida Clique para baixar https://www.youtube.com/watch?v=m7oqg5uslfI https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82914/Plano%20de%20aula%20-%20Modelo%20de%20rota%C3%A7%C3%A3o%20por%20esta%C3%A7%C3%B5es.pdf https://www.youtube.com/watch?v=pN8_Xb0udwU https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82914/Plano%20de%20aula%20-%20Modelo%20de%20sala%20de%20aula%20invertida.pdf 5. Modelo de plano de aula - Modelo Flex [Audiodescrição]5. Modelo de plano de aula - Modelo Flex [Audiodescrição] Modelo �ex Clique para baixar Baixe o template para criar seu próprio plano de aula Para criar o seu próprio plano de aula utilizando o ensino híbrido, inspire-se nos planos apresentados e utilize o template a seguir: Download do template https://www.youtube.com/watch?v=0dHOh2DbgwM https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82914/Plano%20de%20aula%20-%20Modelo%20Flex.pdf https://ava.cefor.ifes.edu.br/pluginfile.php/2646429/mod_book/chapter/82914/Modelo%20de%20plano%20de%20aula%20para%20o%20ensino%20h%C3%ADbrido.docx 8 | Encerramento Para concluir nossa discussão, primeiro tenho uma pergunta importante: você chegou a ver nosso vídeo de abertura? (Se você não viu, volta lá e dá uma olhadinha... Prometo que é rápido!). Imagen: pxhere.com Nossa ideia com esse vídeo foi mostrar como a educação tem se transformado ao longo de sua história e como a tecnologia tem influenciado essas transformações. Essas transformações trouxeram diferentes possibilidades para uso das tecnologias na educação, seja por meio de metodologias ativas ou por meio do ensino híbrido. Vimos também que, para a implementação de ações inovadoras, todo o contexto educacional precisa mudar e adaptar-se e, talvez, seja neste aspecto que encontramos nosso maior desafio: ir além das mudanças das nossas ações, mudar também o nosso modo de pensar! E, para pensar de modo inovador, será necessário considerar também nossa capacidade de se relacionar com a prática docente, não só a tecnologia, mas também a imaginação. Soma-se ainda a necessidade de experimentação, considerando que os erros devem ser tão bem-vindos quanto os acertos, uma vez que ambos são capazes de promover aprendizado tanto para aqueles que ensinam quanto para aqueles que aprendem! Frase de um comercial de operadora telefônica [2005 - 2010]. Autoria da frase desconhecida. Certamente que a implementação dos modelos de ensino híbrido, em especial, aqueles que são mais disruptivos, requer mais que apenas a mudança de pensar de cada um de nós, requer também tempo, amplo acesso às tecnologias digitais e a uma internet de qualidade. Entretanto, mais do que isso, requer que todas as dimensões que envolvem os espaços educacionais transformem-se (o professor, o aluno, a comunidade escolar, os documentos normativos da escola e também a equipe gestora). https://www.youtube.com/watch?v=TtmSG2Qs1Y4 https://ava.cefor.ifes.edu.br/mod/forum/view.php?id=1784615 Para encerrar, gostaríamos de compartilhar com você uma palestra de Don Tapscoot, um pesquisador referência no estudo do impacto das tecnologias na economia e na sociedade e que apresenta um visão muita esperançosa para todo esse cenário tecnológico atual! Vamos assistir? The Open World [Um mundo aberto] E aí? Vamos juntos? Vamos fazer isso? Conte com a gente! 1.00 Don TapscottDon Tapscott Don Tapscott: Quatro princípios para o mundo abertoDon Tapscott: Quatro princípios para o mundo aberto https://www.ted.com/talks/don_tapscott_four_principles_for_the_open_world?language=pt-br Referências BACICH, L.; MORAN, J. Aprender e ensinar com foco na educação híbrida. Revista Pátio, n. 25, p. 45-47, jun. 2015. BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015. BARBOSA, E.; MOURA, D. Metodologias ativas de aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica. Boletim Técnico Senac, Rio de Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67, maio/ago. 2013. Disponível em: http://www.bts.senac.br/index.php/bts/article/view/349/333. Acesso em: 5 set. 2019. BERBEL, N. A. As Metodologias Ativas e a Promoção da Autonomia de Estudantes. N.Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25- 40, jan./jun. 2011. 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