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Curso_ 222RGR0102A - APARELHO LOCOMOTOR2

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17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 1/28
APARELHO	LOCOMOTOR
UNIDADE 2 - COMO MOVIMENTAMOS O
ESQUELETO AXIAL?
Jaqueline Santos Silva Lopes; Vivian Alessandra Silva
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 2/28
Introdução
Como você já deve saber, os benefı́cios para saúde fı́sica e mental resultantes da prática contı́nua de exercı́cio
são bem conhecidos. Nesse cenário, diferentes pro�issionais de saúde se destacam por promover ações
terapêuticas e preventivas, sempre relacionadas à saúde da função do aparelho locomotor.
Por isso, é primordial que, antes de estabelecer qualquer diagnóstico ou plano de tratamento, o pro�issional
de saúde conheça o funcionamento normal do aparelho locomotor e como o movimento ocorre em cada
segmento corporal. Só assim será possı́vel identi�icar disfunções, lesões e alterações, além de determinar a
gravidade de tais condições. Para atuação prática, algumas caracterı́sticas e questões devem ser bem
compreendidas, como: quais movimentos cada articulação sinovial realiza? Em quais planos e eixos são
observados? Quais músculos atuam em movimentos especı́�icos, como a �lexão da coluna vertebral, por
exemplo?
Nesta unidade, debateremos essas e outras questões relacionadas ao movimento humano. Apresentaremos,
também, conceitos básicos sobre a resolução de casos clı́nicos, a �im de demonstrar a importância do assunto
na prática do pro�issional de saúde.
Acompanhe com atenção, re�lita e aprenda conosco! Vamos lá? 
2.1 Principais movimentos articulares
Os movimentos articulares nos permitem desempenhar diversas atividades vitais no dia a dia, como digitar,
comer, andar etc. Entretanto, para que tais movimentos ocorram, é necessário que haja equilı́brio e �isiologia
normal dos tecidos envolvidos na articulação. Desequilı́brios ou disfunções, com etiologia multifatorial, são
responsáveis por desencadear impactos e bloqueios na movimentação normal da articulação, afetando de
maneira direta a qualidade de vida do indivı́duo.
Neste tópico, entenderemos quais movimentos articulares são realizados nos planos e eixos do corpo
humano e conheceremos quais desses movimentos são realizados em cada articulação. Com isso, teremos
uma base teórica para interpretar as condições musculoesqueléticas de nossos pacientes e alunos.
Acompanhe com atenção o conteúdo apresentado a seguir!
2.1.1 Identificação dos movimentos articulares nos planos realizados
Em relação aos	 movimentos	 no	 plano	 sagital, tendo como ponto de partida a posição anatômica,
observamos os movimentos angulares de �lexão	e	extensão. Nos movimentos angulares, ocorre diminuição
(�lexão) ou aumento (extensão) do ângulo entre os segmentos.
Por exemplo, �ique na posição anatômica e desloque seu antebraço na direção do braço. Percebeu como há
uma redução do ângulo entre o braço e o antebraço? Notou, ainda, que o braço �icou parado e que o antebraço
se aproximou do braço? Agora, retorne seu antebraço para a posição inicial. Note o aumento do ângulo entre o
braço e o antebraço. Viu que o braço �icou parado e que o antebraço se afastou do braço?
Agora, faça repetidamente os movimentos de �lexão e extensão do cotovelo. Observe que, ao se deslocar, o
antebraço desenha no ar o plano sagital. Para que o movimento ocorra, é necessário um eixo de união entre os
segmentos: esse é o eixo horizontal. Continue fazendo os movimentos de �lexão e extensão do cotovelo
repetidamente e imagine o antebraço deslizando em torno do eixo horizontal.
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 3/28
Aqui, atenção: uma diferença de nomenclatura dos movimentos angulares é observada na articulação do
tornozelo, em que o movimento que aproxima o dorso do pé à parte anterior da perna é denominado
dorsi�lexão, ao passo que o movimento contrário, responsável por aproximar a planta do pé à parte posterior
da perna, é conhecido como �lexão plantar.
Em relação aos	movimentos	no	plano	frontal,	a abdução e adução são os principais. Assim, a abdução se
refere ao movimento que afasta o segmento corporal do plano mediano. A adução, por outro lado, move o
segmento corporal em sentindo contrário, aproximando-o do plano mediano. Nesse movimento, o eixo no
qual o segmento se desloca é o eixo sagital.
Outros movimentos no plano frontal estão elencados abaixo. Clique e con�ira!
Passando aos	movimentos	no	plano	transverso,	os movimentos são caracterizados por rotação ao redor do
eixo longitudinal do corpo. Sempre que o movimento de rotação afastar o segmento do corpo do plano
mediano, teremos a rotação lateral. Sempre que o segmento se aproximar do plano mediano, teremos a
rotação	medial.
No antebraço, os movimentos de rotação lateral e medial são denominados supinação e pronação,
respectivamente.
O último movimento a ser estudado é o de circundação, de�inida como um movimento que simula o traçado
de um cı́rculo imaginário no ar. Ela é caracterizada por movimentos de �lexão, extensão, adução e abdução, e
pode ser realizada por articulações com, pelo menos, dois graus de liberdade, como dedos da mão, ombro e
quadril.
Elevação e depressão do ombro: o movimento de elevação caracteriza-se por movimento
em sentido superior da escápula. Já no movimento de depressão ocorre o inverso, com a descida da
escápula em sentido inferior.
Flexão lateral direita e esquerda do tronco (na coluna vertebral).
Desvio ulnar e radial (no punho): no movimento de desvio radial, a mão se afasta do plano
mediano. Ao contrário, no desvio ulnar a mão se aproxima do plano mediano.
Inversão e 	eversão (no pé): a inversão é realizada quando a planta do pé se volta para o
plano mediano e a eversão é realizada quando a planta do pé se volta para o plano lateral.
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Elevação	e	depressão 	
Flexão	lateral	 	
Desvio	ulnar	e	radial	 	
Inversão	e	eversão	 	
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 4/28
A partir do conteúdo apresentado, deve �icar claro para você que os movimentos das articulações corporais
podem ser realizados em três diferentes planos (sagital, frontal e horizontal), que são determinados por
caracterı́sticas especı́�icas das articulações envolvidas. Desse modo, chamaremos de articulações uni	 ou
monoaxiais as articulações que realizam movimento em apenas um único plano. Um bom exemplo de
articulação monoaxial é a do tornozelo, entre o tálus e a tı́bia, pois ela realiza exclusivamente o movimento de
�lexão e extensão. As articulações que realizam movimentos em dois planos são chamadas de biaxiais, como
a articulação radioulnar, no cotovelo. As articulações responsáveis por realizar movimentos em três planos,
por sua vez, são chamadas de triaxiais, como é o caso da articulação glenoumeral, do ombro.
Perceba que, quanto maior o número de planos em que o movimento é realizado, mais liberdade e mobilidade
são desempenhadas pela articulação. Por exemplo, é nı́tido que o ombro (triaxial) possui maior mobilidade
que o tornozelo (uniaxial).
Figura 1 - Movimentos do corpo humano.
Fonte: Auttapon Wongtakeaw, Shutterstock, 2019.
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 5/28
Agora que todos os movimentos realizados pelas articulações foram estudados, apresentaremos
resumidamente todos os movimentos e seus respectivos planos e eixos. Acompanhe e estude o quadro
seguinte, que sintetiza todas essas informações.
VAMOS PRATICAR?
O pro�issional de Educação Fıśica trabalha, em boa parte do seu tempo
movimento humano. Para que possa atender bem aos seus alunos e cli
importante que conheça cada gesto realizado na prática esportiva e cada 
que participa da execução dos movimentos.
Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o quef
aplicar o que foi aprendido na sua prática pro�issional. Para auxiliá-lo, vo
consultar o material de apoio a seguir:
MOORE, K. L. Anatomia	 orientada	 para	 a	 clínica. 8. ed. Rio de 
Guanabara Koogan, 2019.
Assista também ao vıd́eo:
MOTUS HOMINIS. Flexão-extensão	 do	 cotovelo	 /	 Pronação-supina
antebraço	 em	 3D. 4 mar. 2018. Disponıv́el 
https://www.youtube.com/watch?v=JjzKRnpIWW4
(https://www.youtube.com/watch?v=JjzKRnpIWW4).
Situação-problema:
Em sua casa, encontre um local com espaço e no qual você possa se mov
com segurança, sem esbarrar em objetos. Coloque-se na posição anat
execute o movimento de �lexão e extensão do cotovelo seguidamente. Ap
volte à posição anatômica e execute os movimentos de rotação do cotove
medial (pronação) e para lateral (supinação). Volte novamente à 
anatômica e faça a abdução e adução do ombro, tomando cuidado p
ultrapassar a altura do seu ombro ao abduzir o braço. Ao executar cada um
movimentos, observe: qual segmento do membro superior se move e q
parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento realizado? Qual 
do corpo humano em que cada movimento foi realizado?
https://www.youtube.com/watch?v=JjzKRnpIWW4
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 6/28
Bom, agora que já conhecemos os principais movimentos realizados pelas articulações sinoviais, vamos
classi�icá-las morfologicamente? Vamos lá!
2.1.2 Classificação morfológica das articulações
Vamos conhecer a classi�icação das articulações de acordo com a sua forma (morfologia)? Nessa
classi�icação, utilizamos como critério o formato das faces articulares para compreendermos qual
movimento elas realizarão. Em resumo, veri�icaremos o formato das peças articuladas para analisarmos
como elas se “encaixam”.
Observe, na imagem abaixo, o esquema que representa cada uma dessas articulações.
Quadro 1 - Descrição dos principais movimentos realizados pelas articulações sinoviais.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 7/28
Figura 2 - Classi�icação morfológica das articulações sinoviais.
Fonte: Blamb, Shutterstock, 2019.
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Com todas as informações detalhadas referentes aos movimentos articulares, os tópicos seguintes abordarão
caracterı́sticas especı́�icas sobre as articulações do corpo humano.
2.2 Crânio e tórax
Neste tópico, falaremos sobre as articulações e os movimentos realizados pelo crânio e tórax,
respectivamente. No que se refere a essas duas estruturas ósseas, podemos identi�icar um ponto em comum:
ambas	desempenham	papel	de	proteção	a	órgãos vitais.
Por outro lado, também são observadas muitas diferenças. Nesse sentido, o crânio é formado, na sua maioria,
por articulações imóveis, ao passo que o tórax realiza movimentos que permitem o processo de respiração. A
leitura dos tópicos seguintes abordará e explicará peculiaridades sobre tais estruturas que incluem aspectos
relacionados à anatomia e à �isiologia. Acompanhe!
2.2.1 Crânio
Entenda que o crânio possui função primordial de proteção ao encéfalo, bem como órgãos sensoriais da visão,
olfato, audição e paladar. No total, ele engloba 22 ossos.
As articulações do crânio são formadas por articulações do tipo �ibrosa (com exceção da articulação
temporomandibular, que será discutida a seguir) com pouca ou nenhuma mobilidade. Especi�icamente no
crânio, são observadas articulações �ibrosas do tipo sutura. Essas articulações são temporárias, já que, ao
nascimento, estão afastadas por grande quantidade de tecido conjuntivo, que vai diminuindo com a idade até
desaparecer, fazendo com que ocorra a fusão entre os ossos do crânio, um processo chamado de sinostose
(soldadura de ossos).
O excesso de tecido conjuntivo presente nas suturas ao nascimento recebem o nome de fontı́culos. Con�ira na
imagem abaixo.
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A função dos fontı́culos é possibilitar a passagem do crânio pelo canal do parto e permitir o crescimento
durante a infância. E� frequente que haja cavalgamento entre os ossos do neurocrânio durante o parto e que, em
alguns dias após o parto, o crânio volte ao normal. Os fontı́culos desaparecem após os dois anos de vida.
Figura 3 - Crânio do recém-nascido.
Fonte: logika600, Shutterstock, 2019.
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 10/28
 
Quando observamos a cabeça, é possı́vel concluir que a única parte móvel é a responsável por movimentar a
mandı́bula. Essa articulação recebe o nome de temporomandibular (ATM) por conectar o osso temporal com
a mandı́bula. Constitui uma das articulações mais complexas, estando entre as mais usadas no corpo humano,
pois se move de 1.500 a 2.000 vezes por dia. E� formada pelos côndilos convexos da mandı́bula e pela fossa
mandibular. A ATM é indispensável nas atividades de vida diária, sendo responsável por funções relacionadas
à deglutição, à respiração, ao bocejo, à mastigação e à fonação.
A ATM possui um disco articular, �ibrocartilaginoso, responsável por amortecer impactos mastigatórios e dar
congruência à articulação. Nela, também são observados os movimentos que listamos a seguir. Clique e
con�ira!
VOCÊ SABIA?
A palpação dos fontıćulos anterior e posterior durante o primeiro ano de vida
ajudam a determinar: o grau de hidratação de um recém-nascido, pois, quando há
desidratação, o fontıćulo apresenta uma depressão; e o aumento da pressão
intracraniana (PIC), pois quando a PIC está aumentada, o fontıćulo �ica projetado
para fora do crânio. O exame dos fontıćulos é especialmente importante para os
enfermeiros que cuidam dos pequenos recém-nascidos na UTI neonatal. 
Oclusão	
Elevação da mandı́bula, promovendo o contato dos dentes da arcada inferior com a arcada
superior.
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A mandı́bula é movimentada, principalmente, por um grupo de quatro músculos que, juntos, formam os
músculos da mastigação. São eles: temporal, masseter, pterigoideo medial e pterigoideo lateral.
Outro grupo importante de músculos são os músculos da face, responsáveis pela mı́mica facial. Con�ira
alguns deles no quadro a seguir.
Protrusão	
Movimenta a mandı́bula para a frente.
Retrusão	
Movimenta a mandı́bula para trás.
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A mı́mica facial é uma das maneiras que temos para expressar ao mundo nossos sentimentos e pensamentos.
Para ocorrer de maneira adequada, conta com diferentes músculos chamados de músculos da mı́mica ou da
expressão facial.
Os músculos da mı́mica apresentam um tendão de origem �ixo ao osso e, diferentemente de outros músculos
estriados esqueléticos, um tendão de inserção que está preso à pele. Dessa maneira, toda vez que contraı́mos
esses músculos, movimentamos a pele da face.
Os músculos da mı́mica são em número de dezoito e dividem-se em cinco grupos de acordo com sua posição
na face, sendo:
Músculos do couro cabeludo. Formados por:
Músculo occipitofrontal
Músculos auriculares
Músculos ao redor da órbita. Formados por:
Músculo orbicular do olho
Músculo corrugador do supercílio
Músculos ao redor do nariz. Formado por:
Músculo nasal
Músculo prócero
Quadro 2 - Principais músculos do cabeça.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019. decade3d - anatomy online, Shutterstock, 2019.
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Músculos ao redor da cavidade oral. Formados por:
Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz
Músculo levantador do lábio superior
Músculozigomático menor
Músculo zigomático maior
Músculo levantador do ângulo da boca
Músculo risório
Músculo bucinador
Músculo abaixador do ângulo da boca
Músculo abaixador do lábio inferior
Músculo mentual
Músculo orbicular da boca
Músculos da região cervical. Formado por:
Músculo platisma
Os músculos da mı́mica são inervados pelo nervo facial e executam movimentos de acordo com a liberação
do neurotransmissor acetilcolina pelas suas terminações nervosas. Eventualmente, o nervo facial pode ser
acometido por uma infecção e ter seu funcionamento interrompido. Nesse caso, dizemos que o paciente teve
uma paralisia do facial. A maior parte das paralisias do facial tem regressão espontânea em cerca de três
meses. No perı́odo de duração da doença, o paciente �ica bastante incomodado, com di�iculdade para falar e
mastigar, já que os músculos da face �icam paralisados sem o controle do nervo facial. O nervo facial também
supre as glândulas lacrimais, nasais e salivares, levando o paciente a sentir um ressecamento na conjuntiva
ocular na cavidade nasal e na cavidade oral.
2.2.2 Tórax
O tórax constitui segmento corporal delimitado superiormente pelo pescoço, inferiormente pelo músculo
diafragma e lateralmente pelas costelas. Anteriormente, o tórax está delimitado pelo esterno e,
posteriormente, pela coluna torácica. As costelas formam o limite lateral da caixa torácica e se articulam tanto
com o esterno quanto com a coluna torácica. Tenha em mente que essa estrutura tem função primordial de
proteção aos órgãos vitais do tórax (pulmão e coração). A caixa torácica é modi�icada durante os movimentos
respiratórios, graças à ação dos músculos intercostais e diafragma.
Além da função de proteção mencionada, os movimentos articulares realizados pelo tórax desempenham
papel primordial na respiração. Além disso, o tórax serve de suporte para �ixação dos músculos respiratórios,
colabora para manutenção da coluna vertebral e auxilia os movimentos dos membros superiores (KAPANDJI,
2009c).
Agora que já sabemos a constituição e as funções da caixa torácica, passaremos às articulações que formam
essa estrutura. Clique e con�ira!
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Costocond
rais	
São	caracterizadas pela união das costelas com a cartilagem costal, na região anterior.
Condroest
ernais	
São formadas por meio da articulação da cartilagem costal com o esterno.
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https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 14/28
Em relação aos	movimentos	do	tórax	durante	a	respiração, temos que o ciclo respiratório é composto por
dois movimentos: a inspiração e a expiração. A inspiração corresponde à etapa em que o tórax aumenta de
volume e o ar entra nos pulmões, enquanto na expiração o ar sai dos pulmões e o tórax retorna ao tamanho
inicial.
Os músculos serrátil anterior e serrátil posterior também são músculos do tórax e de fundamental
importância para os movimentos respiratórios.
Veja, no quadro abaixo, a origem e inserção dos músculos do tórax.
Os músculos toracoapendiculares estão na caixa torácica, mas movimentam o membro superior.
Correspondem aos músculos peitoral maior, peitoral menor, músculo serrátil anterior.
Quadro 3 - Músculos do tórax e toracoapendiculares.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
2.3 Coluna vertebral
No que se refere ao estudo anatômico e �isiológico da coluna vertebral, destacamos que se trata de um
segmento complexo, responsável por desempenhar diversas funções importantes. Além disso, serão
apresentados neste tópico as caracterı́sticas particulares da coluna vertebral, incluindo as generalidades
anatômicas, os desvios posturais comuns, os movimentos realizados e a ação muscular.
Iniciaremos com a abordagem sobre os tópicos acima mencionados, relacionados à coluna vertebral.
Acompanhe!
2.3.1 Generalidades da coluna vertebral
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 15/28
A coluna vertebral humana é formada por 33 vértebrase se divide em regiões: cervical (7 vértebras); torácica
(12 vértebras); lombar (5 vértebras); sacral (5 vértebras); e coccı́gea (4 vértebras). As vértebras sacrais e
coccı́geas se fundem, formando os ossos do sacro e cóccix.
As principais funções da coluna vertebral incluem:
sustentação do peso corporal;
proteção da medula espinal;
mobilidade;
equilíbrio.
A coluna mede cerca de 70 centı́metros em homens e 60 centı́metros em mulheres. O conjunto de ligamentos,
que se estende desde o sacro até a base do crânio, fornece resistência mecânica à coluna vertebral. São eles:
ligamento longitudinal anterior; ligamento longitudinal posterior; ligamento amarelo; ligamento
interespinhoso e ligamento supraespinhoso.
A coluna apresenta curvaturas primárias, de concavidade anterior, que herdamos da nossa vida fetal: são as
curvaturas torácica e pélvica. Todos nós nascemos com as curvaturas primárias, mas, durante a vida,
adquirimos as curvaturas secundárias, compensatórias, que permitem que nos equilibremos em pé apoiados
por este eixo ósseo, que é a coluna vertebral. São as curvaturas cervical e lombar e ambas apresentam
concavidade posterior.
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VOCÊ QUER LER?
As doenças relacionadas à coluna vertebral estão entre as que causam maior ıńdice de
afastamento do trabalho no mundo. Sua biomecânica é complexa e os hábitos de vida
moderna não ajudam na manutenção da saúde da coluna vertebral. Para conhecer
mais sobre a coluna leia a obra Quiropraxia	–	diagnóstico	e	 tratamento	da	 coluna
vertebral, organizada por Djalma José Fagundes.
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 16/28
As curvaturas secundárias se formam quando a criança se torna capaz de sustentar a cabeça (terceiro mês de
vida extrauterina), no caso da curvatura cervical; quando a criança começa a engatinhar e andar (primeiro ano
de vida), no caso da curvatura lombar.
Figura 4 - A – Curvatura primária da coluna vertebral desenvolvida durante a vida fetal. Observe a
concavidade anterior. B – Curvaturas primárias da coluna vertebral, com concavidade anterior, originadas na
vida fetal e curvaturas secundárias, com concavidade posterior, adquiridas no processo de sustentação de
cabeça, sentar-se e andar.
Fonte: 3Dstock, Shutterstock, 2019/sciencepics, Shutterstock, 2019.
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 17/28
O exagero das curvaturas �isiológicas da coluna vertebral pode causar importantes distúrbios posturais. Ao
exagero das curvaturas primárias chamamos de cifose, enquanto o das curvaturas secundárias chamamos de
lordose. Vale a pena comentar que a coluna vertebral deve sempre estar posicionada no plano mediano. Seu
desvio do plano mediano é chamado de escoliose, porém é normal uma pequena escoliose para a direita em
indivı́duos destros e um pouquinho para a esquerda em indivı́duos canhotos.
VOCÊ O CONHECE?
O pesquisador e médico ortopedista Adalbert Ibrahim Kapandji nasceu em 17 de abril
de 1928 em Paris, na França. Suas realizações são referências para estudiosos e
pro�issionais da área de saúde, relacionadas ao sistema locomotor. Seus feitos incluem
muitos procedimentos cirúrgicos com técnicas inéditas, além de invenção de próteses
especı�́icas.
17/10/2022 18:34 Aparelho Locomotor
https://ambienteacademico.com.br/course/view.php?id=18284 18/28
Agora que conhecemos os tipos de desvios posturais, você deve se atentar às situações nas quais é preciso
exercitar a avaliação postural, utilizando os conhecimentos adquiridos e observações. Uma estratégia
interessante é observar a postura de pessoas pelos lugares por onde passamos, como ruas, supermercados,
bancos e re�letir sobre a possı́vel presença de desvios posturais ou não. Clique nos itens para aprender mais
sobre o tema.
VAMOS PRATICAR?
A coluna vertebral passa por grandes alteraçõesdesde a sua formação 
intrauterina até seu completo amadurecimento, por volta da terceira dé
vida. Durante o perıódo fetal, você aprendeu que a coluna apresenta um 
de C, uma curvatura primária com concavidade anterior, e que, 
amadurecimento do sistema nervoso na vida extrauterina, a criança co
controlar melhor os movimentos e estes levam ao surgimento da cur
secundárias, de concavidade posterior nas regiões cervical e lombar.
Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que 
analisar e aplicar o que foi aprendido na sua prática pro�issional. Para a
você pode consultar os materiais de apoio a seguir:
MOORE, K. L. Anatomia	 orientada	 para	 a	 clínica. 8. ed. Rio de 
Guanabara Koogan, 2019.
STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada. Barueri: Manole, 2015. p
Situação-problema: 
Você é professor de Educação Fıśica em uma escola de Ensino Fundame
terças-feiras pela manhã, você dá aula para a turminha do 1º ano, com al
6 a 7 anos. Enrico é seu aluno e demonstra muita aversão à atividad
demandando bastante do seu tempo na tentativa de fazê-lo participar 
outras crianças. Na última aula, você estava com a turma toda na quadra d
fazendo um treino de lateralidade, quando uma forte e repentina chuva c
Você e a criançada correram de volta para o interior da escola, mas aind
�icaram muito molhados. As crianças tiraram a camiseta para se secar 
momento, você observou que Enrico apresenta uma coluna clarame
formato de S, com um desvio signi�icativo em relação ao plano mediano
lado esquerdo. Qual o nome dessa alteração? Qual a posição normal que a
de Enrico deveria estar? Como você imagina que os músculos do dorso po
se adaptado a esta condição? Essa anormalidade pode levar a quais disfun
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De maneira geral, as vértebras são formadas pelo
corpo, anterior e com função de sustentar peso, e
o arco vertebral, posterior e com função de
proteger a medula espinal.
Na coluna vertebral, as vértebras sustentam
apenas o peso da cabeça, por isso observamos um
corpo vertebral pequeno. Em compensação, nessa
região há muita mobilidade, já que a coluna
cervical movimentará a cabeça.
Essa mobilidade se traduz em um forame
vertebral grande, onde há bastante espaço para a
medula espinal se ajustar durante o movimento.
Na região cervical, encontramos também um
espaço que dá passagem à artéria vertebral: é o
forame transversário.
Veja o quadro a seguir e conheça as caracterı́sticas tı́picas de uma vértebra cervical. 
Na região cervical, há duas vértebras atı́picas com caracterı́sticas adaptadas à rotação da cabeça: são a
primeira vértebra cervical, também conhecida como atlas, e a segunda vértebra cervical, conhecida como áxis.
Veja a imagem a seguir.
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Quadro 4 - Caracterı́sticas das vértebras cervicais.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
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Na coluna torácica, as vértebras sustentam o peso da cabeça e dos membros superiores, por isso observamos
um corpo vertebral um pouco maior. Nessa região, observamos pouca mobilidade e encontram-se estruturas
adaptadas para a articulação com as costelas (MOORE, 2019).
Veja o quadro a seguir e conheça as caracterı́sticas tı́picas de uma vértebra torácica.
Na coluna lombar, as vértebras sustentarão o peso da cabeça, do pescoço, dos membros superiores e do
tronco. Dessa maneira, o corpo vertebral é bastante robusto. Há mais mobilidade nessa região quando
comparado à região torácica. O processo transverso é longo e assemelha-se a uma pequena costela, por isso,
nessa região, o processo transverso recebe o nome de processo costiforme.
Veja o quadro abaixo e conheça as caracterı́sticas tı́picas de uma vértebra lombar.
Figura 5 - Vértebras cervicais.
Fonte: stihii, Shutterstock, 2019.
Quadro 5 - Caracterı́sticas das vértebras torácicas.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
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Na região sacral, está o osso sacro, formado por cinco vértebras fundidas. No osso sacro, encontramos os
processos espinhosos fundidos, formando a crista sacral mediana; os processos articulares fundidos,
formando a crista sacral média; os processos trasnversos fundidos, formando a crista sacral lateral. Ao �inal
do sacro, encontramos o hiato sacral, uma abertura que dá acesso ao canal vertebral.
O pequeno osso cóccix é formado por 3-4 vértebras coccı́geas fundidas.
A estrutura óssea da coluna vertebral é extremamente complexa e re�lete a complexidade de seu
funcionamento. Em alguns paı́ses, há pro�issionais com bacharelado que se dedicam prioritariamente ao
tratamento não medicamentoso da coluna vertebral. Esses pro�issionais são os quiropraxistas e tratam as
dores da coluna, fazendo o realinhamento das vértebras e deixando-as em uma posição ótima.
Vamos conhecer mais sobre a coluna vertebral? Continue a leitura do texto.
2.3.2 Fisiologia articular da coluna vertebral: sínfise intervertebral e
articulação dos processos articulares
As duas articulações da coluna vertebral são a sı́n�ise intervertebral, que desempenha função estática, uma
vez que permanece �ixa, unida pelo disco intervertebral, e as articulações dos processos articulares.
A sı́n�ise intervertebral apresenta um formato discoide e, por isso, também é chamada de disco
ontervertebral. Acompanhe mais sobre a formação do disco nas abas abaixo. Clique e con�ira!
Quadro 6 - Caracterı́sticas das vértebras lombares.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2019.
Núcleo	pulposo 
Anel	�ibroso 
Trata-se da parte mais central, com aspecto gelatinoso, constituı́do
predominantemente por água. O núcleo contém também �ibras
colágenas e é totalmente avascular, o que di�iculta sua regeneração
em caso de lesão.
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No decorrer da vida, o disco sofre alterações marcantes em seu formato, seu volume e sua composição,
afetando amplamente sua habilidade em responder às cargas a que é submetido, resultando em alteração da
biomecânica da coluna. Assim, o comportamento biomecânico do disco depende diretamente do estado de
degeneração. O disco apresenta taxa de metabolismo baixa, com grande parte de sua nutrição ocorrendo por
difusão.
Clique nas setas abaixo e aprenda mais sobre o tema.
E� formado por diversas camadas concêntricas de �ibrocartilagem
que circundam e envolvem o núcleo pulposo, protegendo-o e
evitando que saia do seu local de origem. 
Os discos intervertebrais são estruturados para atuarem como atenuador de cargas, com o núcleo
pulposo atuando hidrostaticamente na pressurização do disco. A pressão dentro do disco é
uniforme no núcleo e na camada externa do anel �ibroso, e é diretamente relacionada à
compressão axial aplicada no disco. A presença de pressão compressiva faz com que a água saia
do disco. Quando as forças são removidas, as �ibras elásticas e colágenas retomam seu
comprimento original de pré-carga (KAPANDJI, 2009c).
Migração	de	água	do	núcleo	pulposo: o núcleo pulposo localiza-se na região central do disco
intervertebral, que se aloja no platô vertebral. O platô vertebral, por sua vez, apesar de ser uma
parte cartilaginosa, possui numerosos poros microscópicos. Desse modo, quando uma pressão
excessiva é imposta ao eixo da coluna vertebral (como o peso corporal resultante de �icarmos em
pé por prolongadas horas), a água contida no núcleo pulposo migra para o platô vertebral. Por
isso, podemos veri�icar que, ao �inal de um longo dia, no qual permanecemos sobre a in�luência
de cargas compressivas, o núcleo diminui de tamanho por estar menos hidratado (KAPANDJI,
2009c). 
Sobre tal aspecto, é possı́vel notar que, para indivı́duos normais, a perda de lı́quido donúcleo
pode resultar em perda de até dois centı́metros na espessura do disco intervertebral. Por outro
lado, durante a noite, quando normalmente o indivı́duo se deita, sem a in�luência de pressão
axial, a água retorna ao núcleo pulposo e recupera a hidratação perdida. Aqui, devemos relembrar
que isso ocorre em razão do núcleo possuir hidro�ilia, ou seja, tendência de atrair água. Por isso,
no inı́cio da manhã, podemos dizer que o núcleo recuperou sua espessura inicial. 
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O envelhecimento altera as caracterı́sticas elásticas do disco intervertebral e em idosos o processo de
absorção de impactos e descompressão do disco estão prejudicados.
2.3.3 Músculos do tronco
De forma geral, os músculos da coluna vertebral possuem função relacionada à estabilidade dinâmica dos
segmentos e são divididos em função de sua localização, sendo músculos	pré-vertebrais ou anteriores e
pós-vertebrais ou	posteriores. Desse modo, são responsáveis primordialmente por funções relacionadas à
sustentação e à mobilidade.
Estados de fraqueza e desequilı́brio muscular estão diretamente relacionados à exposição e incidência de
lesões do sistema musculoesquelético. Nesse sentido, é importante entender que grande parte das
intervenções recuperativas dos mais diversos tipos de lesões devem ser baseadas na recuperação do
condicionamento muscular (KAPANDJI, 2009c).
VOCÊ SABIA?
Pesquisas demonstram que levantar peso de maneira inadequada, com os joelhos
estendidos e tronco inclinado para frente, pode aumentar em até 100% a carga
imposta ao disco intervertebral. Tal hábito, quando realizado por tempo
prolongado, caracteriza um dos motivos do surgimento de hérnia de disco. Leia
sobre o tema no artigo de Ferreira e Nascimento (2015), disponıv́el em:
https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article
/view/497/302
(https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/articl
e/view/497/302).
https://www.uninter.com/revistasaude/index.php/saudeDesenvolvimento/article/view/497/302
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O principal extensor da coluna vertebral é o músculo eretor da coluna. Trata-se de um complexo muscular que
se estende desde o sacro até a cabeça e faz a manutenção da postura ereta.
VAMOS PRATICAR?
As dores da coluna afetam um número enorme de pessoas em todo o m
maior parte delas decorre de uma postura inadequada durante o trab
sedentarismo, da obesidade e de maus hábitos, como o fumo. O pro�iss
Educação Fıśica é um importante aliado da população na promoção da sa
coluna vertebral e na prevenção de seus distúrbios.
Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que 
analisar e aplicar o que foi aprendido na sua prática pro�issional. Para a
você pode consultar os materiais de apoio a seguir:
MOORE, K. L. Anatomia	 orientada	 para	 a	 clínica. 8. ed. Rio de 
Guanabara Koogan, 2019.
STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada. Barueri: Manole, 2015.
18.
Situação-problema: 
Marıĺia é executiva de uma multinacional e mora no Rio de Janeiro. Tem 3
há dois anos toda a operação da empresa foi movida para o interior d
Gerais. A maior parte dos executivos foi convidada a trabalhar em sist
home-of�ice. Nesses dois últimos anos, Marıĺia engordou oito quilos e p
sofrer de dor nas costas. Ela relaciona essa dor com as muitas horas qu
sentada em frente ao computador diariamente. Ela procura um pro�issi
Educação Fıśica para atendimento domicilar. Você atende Marıĺia e 
exercıćios de alongamento da coluna vertebral com o uso de bola suıḉ
músculos pós vertebrais serão alongadas em cada região da coluna
músculo pré-vertebrais poderão estar encurtados e deverão ser alongado
a bola suıḉa pode ajudar nos exercıćicos para manter a coluna saudável? 
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No que se refere à ação muscular dos músculos descritos, é importante que você saiba e entenda que os
músculos anteriores estão associados ao movimento de �lexão da coluna vertebral. Os músculos posteriores
estão relacionados ao movimento de extensão. Já os músculos látero-vertebrais, associam-se ao movimento
de �lexão lateral da coluna vertebral.
VOCÊ QUER LER?
Um estudo recente veri�icou que o fortalecimento adequado e periodizado dos
músculos do tronco é responsável pela redução dos nıv́eis de lombalgia em mulheres
jovens. Os resultados mostraram a efetividade da técnica de estabilização central sobre
o equilıb́rio muscular e consequente diminuição da dor, melhorando a qualidade de
vida e trabalho desses sujeitos, tornando desnecessário o uso adicional de drogas ou
terapias analgésicas (REINEHR; CARPES; MOTA, 2008). Con�ira em:
https://periodicos.pucpr.br/index.php/�isio/article/view/19051/18399
(https://periodicos.pucpr.br/index.php/�isio/article/view/19051/18399).
https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051/18399
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A palpação dos músculos é uma técnica que permite mensurar a condição do músculo e outros tecidos, que
nem sempre são detectados na avaliação visual. A palpação se refere, ainda, a uma técnica especı́�ica que
fornece cenário para veri�icar limitações em que estruturas anatômicas podem estar relacionadas à origem da
lesão.
Por �im, a utilização e a aplicação adequadas da palpação fornecem subsı́dio adequado para que o pro�issional
atue e sugira intervenções precisas, promovendo melhora clı́nica e funcional certeira, em menor intervalo de
tempo. Para tanto, o sucesso da anatomia palpatória depende de conhecimentos prévios a respeito da
localização especı́�ica de grupos musculares e suas respectivas ações.
CASO
Um homem de 49 anos de idade, obeso e diabético procurou atendimento no
pronto-socorro com queixa de dor intensa ao longo de toda a extensão posterior
na perna esquerda e coluna ‘travada’. A equipe de Enfermagem o acolheu e fez
os primeiros atendimentos. Após a avaliação completa do paciente, constatou-se:
O diagnóstico dado pelo médico foi ciatalgia, in�lamação do nervo isquiático por
compressão discal. O paciente foi tratado com analgésicos e anti-in�lamatórios e
encaminhado para o setor de Fisioterapia para o tratamento das disfunções
posturais. O médico recomendou ainda que o paciente procure um pro�issional
de educação fıśica e inicie, logo após a remissão dos sintomas, um programa de
atividades fıśicas que o ajude a tratar a obesidade e que não agrave os
problemas na coluna. 
fraqueza muscular em músculos do membro inferior,
lombar e abdômen;
limitação de movimento da perna esquerda e na coluna
vertebral;
alteração de sensibilidade na região lombar, ao nível da
quinta vértebra;
espasmo muscular na perna direita;
disfunções posturais no quadril e na coluna vertebral.
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Síntese
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Finalizamos aqui esta unidade. Apresentamos os movimentos articulares, bem como os eixos e planos de
movimentos nos quais esses movimentos ocorrem. Também apresentamos os músculos da região do tronco
e sua importância para a respiração e a postura. O entendimento dos conceitos apresentados constitui a base
para atuação do pro�issional de saúde, já que só podemos realizar diagnósticos, traçar objetivos e propor
condutas se conhecermos todas as estruturas e os tecidos envolvidos. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
identificar os planos e descrever os eixos nos quais cada
movimento ocorre;
analisar os movimentos realizados por cada articulação;
identificar as articulações do crânio e tórax e entender os
movimentos realizados por elas;
compreender as característicasda coluna vertebral, suas
articulações, movimentos e ação muscular;
conhecer quais músculos são observados na região do tronco e
sua importância.
sintetizar o conhecimento adquirido para futura aplicação na
prática profissional.
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Bibliografia
CAEL, C. Anatomia	palpatória	e	funcional. Barueri: Manole, 2013. 
FAGUNDES, D. J. (org.). Quiropraxia - diagnóstico e tratamento da coluna vertebral. São Paulo: Roca, 2013.
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KAPANDJI, I. A.	Fisiologia	articular. Tronco e coluna vertebral. v. 3. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
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MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia	e	�isiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
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STRIANO, P. Coluna saudável: anatomia ilustrada. Barueri: Manole, 2015.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios	 de	 anatomia	 e	 �isiologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2015.
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https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/19051/18399

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