Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO ANATOMOPATOLOGIA • Diabetes tipo I Achado histopatológico de insulite – ilhota de Langherans. A fisiopatologia não é clara, mas os genes HLA predispõe ao diabetes e, consequentemente, a este processo já que desencadeia uma resposta auto imunológica. Assim, acumula-se infiltrado linfocitário na região pancreática e a destruição absoluta das células beta, culminando com hipoinsulinismo. Genética + Fator ambiental. Achados histopatológicos do diabetes tipo I em crianças que faleceram por cetoacidose diabética: o Insulite; o Hiperplasia focal de certas áreas do pâncreas; (tentativa de compensar a destruição das áreas próximas) Grupo nosológico – inflamatório + adaptativo (mais intenso e rápido) • Diabetes tipo II Processo degenerativo – progressivo – de acúmulo de proteínas nas ilhotas de Langherans. Fator ambiental + Genética. Resistência periférica à insulina Proteinose – típico do DM II Grupo nosológico – degenerativo + adaptativo (menos intenso e lento) Intolerância periférica à insulina, pode ocorrer paralela ao processo de desenvolvimento da doença, culminando com o hiperinsulinismo. Endotélio -> NO + Angiotensina II (homeostasia vasoconstritora/vasodilatadora). Essa camada sofre glicolisação pela hiperglicemia, causando alterações bioquímicas e estruturais, que liberam fatores pro-inflamatores, pro- trombogênicos e pro-constritores. Lesão endotelial – vasos calibrosos: o Aterosclerose o Tríade de Virshow -> Trombose Lesão Microvascular – vasos delgados: o Retina – Retinopatia o Rins - Nefropatia o Nervos periféricos – Neuropatia (Atua sobre as células de schuwan que provoca um processo de desmielinização). As alterações principais ocorrem nos glomérulos e caracterizam-se por: a) espessamento da membrana basal dos capilares (só visível com PAS ou microscopia eletrônica e não demonstrada aqui); b) glomerulosclerose intercapilar difusa e c) glomerulosclerose intercapilar nodular, ou lesão de Kimmelstiel-Wilson. Hialinose arteriolar e hialinização glomerular, alterações inespecíficas, encontradas também na hipertensão arterial, são particularmente marcadas na nefropatia diabética. Glomérulo fecha -> esclerose Possibilidades de desenvolvimento o Começa focal -> Difusa o Começa segmentar -> Global o Segmentar e focal -> GESF (principal complicação do DM II) – principalmente no Diabético. Pode evoluir e deixar de ser segmentar no glomérulo e focal no rim e progredir para um possível PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO quadro de insuficiência renal crônica. Glomerulosclerose intercapilar difusa. Consiste no aumento difuso da matriz mesangial, quantidade de material róseo entre os núcleos. A glomerulosclerose intercapilar difusa é considerada inespecífica, pois pode ser observada na hipertensão arterial sistêmica, senilidade e doenças hepáticas, principalmente cirrose. Já a glomerulosclerose intercapilar nodular (ver mais abaixo) é considerada característica da nefropatia diabética. Corpúsculos de Armanni-Ebstein – Lesão que ocorre na cetoacidose. Justificado pela hiperglicemia, que evidencia a necessidade de degradação das fontes energéticas secundarias. o Palidez cortical o Acúmulo de gordura circulante – na base do epitélio. o Acúmulo de linfócitos e células sanguíneas “Temos a idade das nossas artérias e veias’’ Neoplasia Endócrina Microadenoma </= 0,5cm ou 5mm Funcional: • Insulinoma • Glucagonoma • Somastotinoma • Gastrinoma • Carcinoma Endócrino Pobremente Diferenciado De células pequenas De células grandes • Carcinomas Endócrinos Mistos A designação de neoplasia endocrinológica pancreática e não de neoplasia de ilhas pancreáticas deve-se ao fato da produção de células e de substâncias que não são detectadas nas ilhotas de Langerhans normais. PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO SUPRARRENAL • Glomerulosa -> mineralocorticóides (aldosterona) • Fasciculada -> glicorticoides (cortisol) • Reticular -> esteróides sexuais (estrógenos e andrógenos) – acelera virilizacao ou feminilização (MAIS COMUM AS NEOPLASIAS MALIGNAS) Insuficiência hipofisária pós-parto – Síndrome de Chivan. Persistência da bolsa de Rathke – má formação da hipófise. Inflamação da hipófise – Hiposifisite. Neoplasia hipofisária Neoplasia em glândulas benigna -> adenoma Maligna – adenocarcinoma Neoplasias endocrinológicas (glândulas) malignas: o Invasão local o Atipia celular importante (indiferenciado e agressivo) o Presença de metástases (fator de diferenciação de lesão maligna e benigna) Podem continuar a secretar hormônios ou parar a secreção. Consequência, das alterações sofridas pelas neoplasias. Tipos o Adenomas não secretantes o Adenomas secretantes o Adenocarcinomas não secretantes o Adenocarcinomas secretantes As neoplasias secretantes podendo ser classificadas em: 1. Funcionante – produz hormônio funcionante, pois é capaz que provocar alterações clínicas. 2. Não funcionante A maioria das neoplasias endocrinológicas são adenomas não secretantes e são incidentalomas – achados ao acaso. Exemplo: Adenoma hipofisário secretante e produz ACTH (biologicamente viável) em excesso. Age especificamente na zona fasciculada na região adrenal e gera aumento de secreção de cortisol – hipercortisolismo – doença de Cushing (dependente de ACTH). PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO Exemplo: Adenoma/Adenocarcinoma ou Carcinoma Adrenocortical secretante de cortisol, ocasionando hipercortisolismo – Cushing Primário. Exemplo: Principal causa de Cushing – Iatrogênico. Excesso de glicorticoides – Cushing Iatrogênico. Exemplo: Proliferação de células neuro endocrinológicas no pulmão que secreta ACTH em excesso – estimula a adrenal e gera hipercortisolismo (logo estamos diante de um tipo de lesão que há produção de ACTH fora da glândula) – Cushing paraneoplásico. Neoplasia da Medula da Suprarrenal Região que secreta as catecolaminas (noradrenalina, epinefrina, ...). Feocromocitoma (células cromofins – líquido de Zenker) -> neoplasia que ocorre na medula da suprarrenal, produzindo catecolaminas e hormônios (ACTH e Somatostatina). Clínica: Hipertensão (consequência direta) Originam forma cirúrgica de hipertensão. Região normal x Feocromocitoma A arquitetura alveolar. A disposição das células em ninhos (dito arquitetura alveolar) é observada com frequência no feocromocitoma. PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO Neuroblastoma o Crianças o Neoplasia nas células jovens o Microadenomas - <1cm o Macroadenomas - >1cm Apoplexia hipofisária – AVC do macroadenoma, sendo a principal complicação e uma emergência neurocirúrgica. Neoplasia de células ganglionares Seio carotídeo e zona de Zuckerkandi (barorreceptores que controlam a pressão arterial) são locais que tem células semelhantes as células cromafins – PARAGANGLIONAR. Além de produzir catecolaminas – paraganglioma. 10% dos feocromocitomas suprarrenais são bilaterais; Sind familiares (50%) 10% dos feocromocitomas suprarrenais são malignos. SÍNDROME DE CUSHING Hiperplasia difusa da suprarrenal (embaixo) em contraste com a glândula suprarrenal normal (em cima). O córtex suprarrenal é amarelado e espessado, e modularidade sutil é evidente. A glândula anormal era de um paciente com síndrome de Cushing dependente de ACTH, no qual as duas suprarrenais se apresentam difusamente hiperplásicas, ACTH. Adenoma cortical. A O adenomaé diferenciado da hiperplasia nodular pela sua natureza solitária e circunscrita. A condição funcional do adenoma adrenocortical nãopode ser prognosticada a partir de seu aspecto macro e microscópico. PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO Características histológicas de um adenoma cortical suprarrenal. As células neoplásicas são vacuoladas devido a presença de lipídeos intracitoplasmáticos. Existe leve pleomorfismo nuclear. Atividades de mitóticas e de necrose não são observadas. TIREOIDE Tireoide marcada pela presença de vários nódulos – Bócio Multinodular Coloide Se causar tireotoxicose pode ser ainda tóxico – carência de iodo na dieta. Folículos tireoidianos com tamanhos diversos e traves de fibrose. • Identificar se a neoplasia é secretante ou não secretante DEVE- SE DOSAR T3 e T4. • A produção excessiva de T3 e T4 gerando tireotoxicose à FUNCIONANTE O paciente com os achados acima pode se apresentar com insuficiência respiratória aguda e tireotoxicose. Folículos tireoidianos atróficos com exuberante infiltrado inflamatório mononuclear esboçando folículos linfoides. Diferença histopatológica entre Graves e Hashimoto (ambos são imunomediados) A menor intensidade do infiltrado inflamatório e a pequena quantidade de folículos linfoides e a presença de sinais de produção coloidal na doença de Graves. Graves – inflamação leve a moderada e hiperplasia de folículos PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO Hashimoto – inflamação mais exuberante e atrofia de folículos O paciente com os achados acima pode se apresentar com hipotireoidismo progressivo assintomático e anti receptores de TSH positivo. Tireoidite de Hashimoto (Principal causa de Hipotireoidismo) Adenoma tireoidiano tóxico – doença de Plummer (se houver tireotoxicose) Nódulo habitualmente único com presença de folículos que tendem a imitar a glândula normal. Os folículos podem ter tamanho e quantidade de coloide variáveis. Não há pleomorfismo ou hipercromatismo nuclear. A lesão é bem delimitada por capsula fibrosa. BÓCIO X ADENOMA TIREOIDIANO As diferenças microscópicas entre as duas entidades podem ser indistinguíveis. Contudo, os bócios à macroscopia tendem a ser multinodulares enquanto os adenomas tendem a ser uninodulares. Os adenomas tendem a ser hipocaptantes de iodo, enquanto os bócios são captantes de iodo. Contudo, alguns adenomas podem ser captantes de iodo e secretarem hormônios e dependendo da capacidade de captação de iodo, podem ser frios ou quentes. Adenomas tóxicos. • Adenomas de células bem diferenciadas • Carcinomas (bem diferenciadas, pouco diferenciada ou indiferenciada) Nódulo quente à adenoma ou carcinoma de células bem diferenciadas (pois continua com a sua função original de secretar hormônios) O paciente com os achados acima pode se apresentar com aumento irregular da tireoide e tireotoxicose. Ca ps ul a t ire oi di an a Tir eo id e Ad en om a PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO NEOPLASIA FOLICULAR BENIGNA DA TIREOIDE Nódulo habitualmente único com presença de folículos que tendem a imitar a glândula normal. Os folículos podem ter tamanhos e quantidade de coloide variáveis. Não há pleomorfismo ou hipercromatismo nuclear. A lesão é bem delimitada por capsula fibrosa. Doença de Basedow Graves Tireoide, em pequeno aumento, apresentando folículos pequenos, frequentemente abaixo do diâmetro normal e contendo pouco ou nenhum coloide. Há infiltrado linfocítico focal, formando folículos linfoides com centros germinativos. Na imagem histopatológica vê-se inflamação com presença de folículos tireoidiano e hiperplasia de pequenos folículos. O paciente com os achados acima pode se apresentar com aumento difuso da tireoide, tireotoxicose com T3 e T4 elevados e captação de iodo difuso com iodo radioativo. Carcinoma Folicular da Tireoide Células tireoidianas atípicas formando pequenos folículos. • Setas representando a invasão capsular. • Círculo representando folículos. Carcinoma Folicular x Adenoma Folicular Presença de invasão capsular e/ou presença de infiltração de vasos O paciente com os achados acima pode se apresentar com aumento indolor da tireoide, nódulo frio e limites pouco precisos em um dos lobos da tireoide. PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO Carcinoma Papilífero da Tireoide Presença de células atípicas com núcleos vazados semelhantes a Anne Eyes. Arranjo papilar, presença de fendas ou grooves nucleares. A presença de invasão capsular e/ou infiltração vascular descarta neoplasia benigna e confirma neoplasia maligna. Círculo representa a formação de papilas O paciente com os achados acima pode se apresentar com aumento irregular da tireoide, com sinais de hipotireoidismo progressivo e adenoma cervical. DOENÇA DE ADDISON • Para desenvolver essa doença a suprarrenal do paciente precisa estar comprometida de 80-90%. • Insuficiência Adrenal é CRÔNICA para ser Addison. PROVA MULTIESTAÇÕES SOI V JOSÉ PAULO DOURADO Para que o indivíduo desenvolva Addison ele deve ter o processo de adrenalite autoimune mostrada abaixo. Abaixo nota-se um extenso infiltrado de células mononucleares.
Compartilhar