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RESENHA
A 18º edição do livro “Direito Romano” foi escrita por José Carlos Moreira Alves e foi publicada pela Editora Forense no Rio de Janeiro em 2018. Dentre as suas 883 páginas de texto expositivo, o livro encontra-se segmentado em 56 capítulos que, intrinsecamente, dividem-se em partes gerais e específicas.
José Carlos Moreira é um magistrado brasileiro que nasceu em 1993 na cidade de Taubaté. Durante sua trajetória alcançou diversas conquistas, como ter sido: ministro e presidente da corte  do supremo tribunal federal; professor de direito civil na Faculdade de direito da Universidade de São Paulo; livre-docente de direito civil e romano na faculdade de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro; doutor honoris causa pela faculdade de direito da Universidade Tor Vergata de Roma II e escritor de outras obras como "Estudos de Direito Romano" e vários volumes de "Direito Romano".
No decorrer da obra “Direito Romano” a temática central a ser desenvolvida por José Carlos Moreira Alves é acerca do caráter e da evolução do Direito Romano de acordo com o transcorrer do tempo em diversos aspectos, com a finalidade exclusiva de que o corpo acadêmico possa inteirar-se das particularidades e perspectivas modernas do Direito Clássico e sua relação com a atualidade. 
No capítulo “Posse” a ser abordado nesta resenha o autor discorre sobre a conceituação de natureza jurídica da posse, seu elementos, modalidades, objeto, composse, início, permanência e término da posse, bem como a origem e meios judiciais de proteção possessória e a posse de direitos. 
A primeira análise é sobre o conceito e a natureza jurídica de posse, em que tal expressão constitui-se, na atualidade, como “o poder de fato, protegido juridicamente, que se exerce sobre uma coisa”, no entanto até o período clássico, para os romanos, este termo não referia-se a um direito, mas sim a um fato, ao momento em que alguém exerce poder sobre uma coisa e, consequentemente, usavam outro termo para tratar sobre os direitos do beneficiário sobre a coisa: “propriedade”, corroborando assim para a ideia de autores como Bonfante. Enquanto que somente a partir do período pós-clássico é que a ideia de “posse” passa a ser tratada como um direito e tal ideia é a defendida por autores com Ihering e Lenz.
Com base nos textos romanos, entende-se que os elementos de posse dividem-se em: um elemento objetivo ou corpus e um elemento subjetivo ou animus. Uma vez que nas fontes não há uma indicação precisa do que significa cada um, surgiram conceituações do que provavelmente seriam. Para o corpus formularam três teorias: a dos glosadores, a de Savigny e 
a de Ihering. Quanto ao animus haviam duas teorias conflitantes em relação à sua etimologia: a de Savigny e a de Ihering. Essa divergência que se assumiu a partir da síntese das teorias nasceu do fato de que “segundo as fontes romanas, nem todo poder de fato sobre uma coisa era considerado posse devidamente protegida pelo Estado”. Portanto, como não era um assunto tutelado por lei não havia uma atribuição a essas figuras dos mesmos efeitos jurídicos.
Além disso o autor trata sobre as modalidades de posse, dentre elas considera como principais a posse de boa-fé e a posse de má-fé, posse justa e posse injusta e posse decorrente de causa jurídica e posse decorrente de causa não jurídica. A posse de boa-fé trata-se de quando o possuidor não compreende que está lesionando o proprietário da coisa, em esbulho ou turvação da posse o possuidor de boa-fé é protegido contra todos, paradoxalmente a posse de má-fé refere-se a quando o possuidor tem conhecimento de que está lesionando o proprietário da coisa, sendo protegido por terceiro, mas não tendo margem para usucapião como a posse de boa-fé. Quanto à posse justa e a posse injusta, elas distinguem-se levando em consideração a existência ou a inexistência de três vícios de posse, que seriam violência, clandestinidade e precariedade, sendo assim, a posse justa é caracterizada pela ausência dos três vícios e a posse injusta ocorre quando os a violência, a clandestinidade e pela precariedade estão presentes desde o início. Por fim, a posse decorrente de causa jurídica e a posse decorrente de causa não jurídica, em que a primeira caracteriza-se pela relação do possuidor anterior que deveria ser capaz de justificar a propriedade, enquanto que a segunda tem fundamentação em causa injusta e é capaz de impedir a transferência da propriedade. 
No ponto de número 145, o autor apresenta sobre como o objeto era visto em alguns períodos históricos. No período pré-clássico tinha por objeto coisas, pessoas e direitos, no período clássico o objeto era considerado enquanto coisas corpóreas e no período justinianeu o último requisito não e-mais considerado porque surgiu a posse de direitos. Ainda dentro dessa subdivisão o autor reflete sobre o sentido de “composse” para se referir à posse exercida em conjunto por dois ou mais indivíduos sobre a mesma coisa indivisa.
Após tratar sobre o modo de observação do objeto, o autor trata sobre início, permanência e término da posse em seus respectivos períodos. Acerca do início da posse, no pré-clássico para haver o surgimento era fulcral que coexistissem tanto a natureza material, como o caráter jurídico, ao passo que no período clássico a posse se iniciava quando o ato material estava vinculado a uma certa vontade. Sobre a permanência e o término da posse, no período clássico a posse desaparece em decorrência do sumiço do animus, do corpus, ou de ambos. Já no período justinianeu a posse se mantém devido ao ânimo solo.
Ademais, trata-se sobre a distinção feita pelos romanos entre posse de direito, que refere-se ao exercício de fato dos poderes inerentes a outros direitos reais que não o de propriedade, e entre posse de coisa que tratava-se do exercício dos poderes intrínsecos ao de propriedade. Provando, assim, que o usufrutuário, que era o simples detentor da coisa, passou a ser possuídos do direito de usufruto.
Por conseguinte, no capítulo XXII, A Posse, o autor retrata as origens etimológicas referentes a tal conceito, a fim de deixar bem claro a estruturação a qual submetiam-se os romanos nos períodos pré-clássico, clássico e justinianeu. A partir de toda a dissertação é possível compreender a construção do termo “posse” no passado e a atual atribuição e importância que ele recebe na atualidade.
Livro: Direito Romano – Autor: José Carlos Moreira Alves
Nome do Capítulo: A POSSE
Nome Completo do RESENHISTA: ANA BEATRIZ DOS SANTOS SOUSA 
Nome da Universidade: Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Nome do Curso: Direito Bacharelado
Nome da disciplina: Direito Romano
Período (semestre): 2022-2
Turno: Noturno

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