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CPDC_C3_GRD_Ebook_v12_220322

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PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: 
GESTÃO DE RISCO
CURSO 3
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: 
GESTÃO DE RISCO
CEPED/UFSC – Florianópolis, 2022.
1ª EDIÇÃO
CURSO 3
FICHA INSTITUCIONAL
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL – MDR
Ministro
Rogério Simonetti Marinho
SECRETARIA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL – SEDEC
Secretário
Alexandre Lucas Alves
DEPARTAMENTO DE ARTICULAÇÃO E GESTÃO – DAG
Diretora
Karine da Silva Lopes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
Reitor
Prof. Ubaldo Cesar Balthazar, Dr.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEAD
Secretário de Educação a Distância
Prof. Luciano Patrício Souza de Castro, Dr.
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ENGENHARIA E DEFESA CIVIL – CEPED
Coordenador-Geral
Prof. Amir Mattar Valente, Dr.
Coordenadora do Projeto
Profa. Ana Maria Bencciveni Franzoni, Dra.
Coordenador Técnico
Rafael Schadeck
FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOCIOECONÔMICOS – FEPESE
Presidente
Prof. Raimundo Nonato de Oliveira Lima
CURSO 1
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: 
INTRODUÇÃO À POLÍTICA NACIONAL
 30 horas
CURSO 3
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: 
GESTÃO DE RISCO
 30 horas
CURSO 2
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: 
ATUAÇÃO NO ÂMBITO MUNICIPAL
 30 horas
CURSO 4
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: 
GESTÃO DE DESASTRE
 30 horas
JORNADA 
DO ALUNO
GUIA DE AMBIENTAÇÃO – COMO LER O E-BOOK
Você sabia?
Direciona 
para materiais 
complementares a 
fim de aprofundar 
conhecimentos sobre 
determinado assunto.
Atenção! 
Destaca informações 
importantes que precisam 
ser vistas com maior atenção.
Está na lei
Reproduz o texto de uma 
lei, normativa ou decreto.
Trazendo 
para a realidade
Exemplifica como 
determinada diretriz, lei, 
regra ou determinação 
aplica-se na prática.
Nota 
Esclarece um 
termo ou aprofunda 
uma informação que 
está no corpo 
do texto.
O objetivo deste Guia de Ambientação é orientar você na leitura e utilização correta dos conteúdos dos cursos da Capacitação em Proteção e Defesa Civil. 
Este guia deve servir de base para que você encontre as informações necessárias para resolver suas dúvidas relacionadas ao que encontrar em cada tópico do material.
SIGLAS E ABREVIATURAS
ANA Agência Nacional de Águas
Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica
Cadúnico Cadastro Único
Cemaden Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
Cenad Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres
Censipam Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia 
Ceped Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil
Cobrade Classificação e Codificação Brasileira de Desastres
CPF Cadastro de Pessoas Físicas
CPRM Serviço Geológico do Brasil,
 antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
CPTEC/Inpe Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos 
 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
DOP Departamento de Obras de Proteção e Defesa Civil
GD Gerenciamento/Gestão de Desastres
GRD Gestão de Riscos de Desastres
GT Grupo de Trabalho
Ibama Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
 dos Recursos Naturais Renováveis
Inmet Instituto Nacional de Meteorologia
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
MDR Ministério do Desenvolvimento Regional
NDRA Avaliação Nacional de Risco de Desastre 
 (National Disaster Risk Assessment)
NIS Número de Identificação Social
P&DC Proteção e Defesa Civil
Plancon Plano de Contingência
PMRR Plano Municipal de Redução de Riscos
PNPDEC Política Nacional de Proteção e Defesa Civil 
PNUD Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas
(UNDP) (United Nations Development Programme)
RDP Relatório de Danos e Prejuízos 
RRD Redução de Risco de Desastres
S2ID Sistema Integrado de Informações sobre Desastres
Sedec Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
SIG Sistemas de Informações Geográficas 
Sinpdec Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil
TR Tempo de Retorno
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UNDRR Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres 
(United Nations Office for Disaster Risk Reduction – antigo UNISDR)
Nos Cursos 1 e 2 foram apresentados os principais conceitos sobre Proteção e Defesa Civil (P&DC) e uma 
abordagem prática na redução de riscos de desastres (RRD) com ênfase na atuação municipal. Agora, no 
Curso 3, serão apresentadas as etapas da Gestão de Riscos de Desastres (GRD). A GRD ocorre no período de 
normalidade, ou seja, quando ainda não há a ocorrência de um desastre; englobando as ações de prevenção, 
mitigação e preparação. Para explicar melhor esses assuntos, o curso foi organizado em quatro módulos.
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO
CURSO 3
MARCELO BARBOSA, GOVERNO DE MINAS GERAIS
SUMÁRIO
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO À 
GESTÃO DE RISCOS 
DE DESASTRES 
página 12
MÓDULO 2
AVALIAÇÃO 
DE RISCO 
 
página 20
MÓDULO 3
AÇÕES DE 
PREVENÇÃO, 
MITIGAÇÃO E 
PREPARAÇÃO
página 75
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS 
página 123
MÓDULO 4
COMUNICAÇÃO 
DE RISCOS 
 
página 114
10PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
OBJETIVOS
Realizando o curso com dedicação e atenção, ao final de seus estudos, você deve:
Compreender os principais conceitos e objetivos 
relacionados à GRD, incluindo as ações de prevenção, 
mitigação e preparação pertencentes ao 
Ciclo de Atuação da P&DC. 
Conhecer o processo de avaliação e mapeamento 
de riscos em todas as suas etapas (identificação 
e análise das ameaças, análise da exposição, 
análise da vulnerabilidade, dimensionamento 
e mapeamento do risco).
11PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
OBJETIVOS
Observe que os conteúdos seguem uma linha de raciocínio inicial com foco na parte conceitual de GRD ou 
pré-desastre; em seguida, será discutido sobre a avaliação de risco por meio de quatro etapas: identificação do risco, 
análise dos fatores de risco, diagnóstico das capacidades e dimensionamento do risco; posteriormente, sobre a atuação 
da P&DC nas ações de prevenção, mitigação e preparação; e, por fim, será destacada a importância dos processos 
de comunicação de riscos na atuação transversal em todas as etapas de atuação da P&DC.
Compreender a atuação do gestor municipal 
de P&DC relacionada às ações de avaliação de 
risco, prevenção, mitigação e preparação.
Desenvolver competências necessárias para melhorar 
os resultados e a eficiência da GRD no Brasil; o 
que inclui promover as ferramentas de apoio para 
aprimorar os processos de comunicação dos riscos.
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO 
À GESTÃO 
DE RISCO 
 JO
EL VA
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G
A
S, PR
EFEITU
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A
 D
E PO
RTO
 A
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R
E, R
S
13PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
INTRODUÇÃO À GESTÃO DE RISCO
CRISTIANO ESTRELA, GOVERNO DE SANTA CATARINA
Neste primeiro módulo serão 
apresentados os principais conceitos 
sobre a GRD e o contexto para 
compreensão das suas respectivas 
fases de atuação na P&DC.
14PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Como já estudado no Curso 1, desde 1988 a Defesa Civil no Brasil está organizada sob a forma de um 
sistema, o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Ci-
vil (Sinpdec), coordenado pela Secretaria Nacional de 
Proteção e Defesa Civil (Sedec), órgão do Ministério do 
Desenvolvimento Regional (MDR).
Neste terceiro curso, vamos nos concentrar nas ativi-
dades de P&DC desenvolvidas na normalidade, ou seja, 
anteriormente ao desastre, durante a GRD, que abran-
ge as ações de prevenção, mitigação e preparação, as 
quais visam eliminar ou reduzir os riscos identificados 
e preparar a área de análise para riscos residuais.
Foi a partir da publicação da Política Nacional de 
Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) – aprovada pela Lei 
n° 12.608, de 10 de abril de 2012, e regulamentada pelo 
Decreto n° 10.593, de 24 de dezembro de 2020 – que a 
GRD passou acompreender estas três etapas distintas 
e inter-relacionadas: 
1. ações de prevenção; 
2. ações de mitigação;
3. ações de preparação. 
Conforme definido pelo Escritório das Nações Uni-
das para a Redução do Risco de Desastres (United Na-
tions Office for Disaster Risk Reduction – UNDRR, antigo 
UNISDR), a GRD é:
CICLO DE ATUAÇÃO DA DEFESA CIVIL
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
15PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
[...] a aplicação de políticas e estratégias de 
redução do risco de desastres para prevenir 
novos riscos de desastres, reduzir os riscos 
de desastres existentes e gerir os riscos 
residuais, contribuindo para o fortalecimento 
da resiliência e a redução das perdas por 
desastres. (UNISDR, 2017a, tradução própria).
Veja que, diferentemente do Gerenciamento de De-
sastres (GD), que atua na situação de anormalidade – 
ou seja, durante a ocorrência do desastre e no período 
de pós-desastre (temática que será abordada no Curso 
REPRESENTAÇÃO DOS DIFERENTES PERÍODOS DE ATUAÇÃO NO DESASTRE
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
Prevenção Mitigação Preparação
Gestão de Risco
DepoisDuranteAntes
Gerenciamento de Desastres
Resposta Recuperação
DESASTRE
4 desta Capacitação) – a GRD concentra-se em todas 
as atividades de P&DC que ocorrem no período de nor-
malidade, isto é, antes da ocorrência do desastre. Ob-
serve o esquema sobre a representação dos diferentes 
períodos de atuação para entender melhor como atuar 
antes, durante e depois de um desastre.
Você pode notar que, por vezes, parece que esta-
mos presos em um ciclo vicioso e autorrealizável de: 
desastre > resposta > recuperação > repetição. Po-
rém, se nos comprometermos de fato com a Gestão 
de Risco, esse ciclo pode ser quebrado quando colo-
camos em prática a RRD (UNDRR, 2019).
Nesse contexto, a GRD deve ser compreendida 
como um processo que abrange todas as etapas de 
planejamento, coordenação, execução e constante 
aprimoramento das ações de prevenção, mitigação 
e preparação, a fim de reduzir os riscos de desastres. 
Para que essa gestão seja efetiva, é necessário:
» implementar uma série de políticas e estratégias 
para reduzir os riscos de desastres já existentes 
(por meio de medidas de gestão corretiva); 
» prevenir novos riscos (utilizando medidas de 
gestão prospectiva);
» gerenciar riscos residuais (fazendo uso de medi-
das de gestão compensatória).
Contribuindo, assim, para a redução de perdas e 
danos, o fortalecimento da resiliência e o desenvolvi-
mento sustentável.
16PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
» A Gestão Corretiva de Riscos é representada pelas atividades que buscam eli-
minar ou reduzir os riscos de desastres já existentes (UNISDR, 2017a). Como 
o próprio nome indica, as medidas de gestão corretiva são as mais comuns e 
incluem quaisquer medidas estruturais para corrigir situações de risco, como 
por exemplo: obras de contenção; obras de retenção; obras de estabilização 
de taludes; ações de reforço estrutural; modernização e aperfeiçoamento de 
infraestruturas críticas; realocação de populações; entre outras.
» A Gestão Prospectiva de Riscos é representada pelas atividades que buscam 
evitar o desenvolvimento de novos (ou maiores) riscos de desastres futuros. Ela 
se concentra em lidar com os riscos que possam vir a surgir se as políticas e es-
tratégias de RRD não forem devidamente implementadas (UNISDR, 2017a). São 
exemplos de medidas de gestão prospectiva: uso racional do espaço geográ-
fico por meio da identificação de áreas seguras para a construção de moradias 
ou outras infraestruturas críticas mediante ações de regulamentação do uso e 
ocupação do solo; construção de sistemas de abastecimento de água resisten-
tes a desastres; entre outras.
Veja mais sobre a distinção dos componentes da GRD.
17PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Portanto, a GDR, além de reduzir riscos, previne ris-
cos futuros relacionados às emergências e desastres e 
gerencia os riscos residuais, buscando promover a me-
lhoria da qualidade de vida da população. E não deve-
mos esquecer que os desastres também são fruto de 
uma construção social, resultado de processos de de-
senvolvimento inadequados que, consequentemente, 
acabam gerando riscos para as pessoas e seus espa-
ços de convivência. Por isso, certas decisões críticas 
relacionadas ao planejamento urbano podem agravar 
riscos já existentes e gerar novos riscos de desastres 
futuros.
Então, para que o desenvolvimento humano con-
tribua para a RRD de forma eficiente e eficaz, é preciso 
construir um caminho que incorpore a GRD ao desen-
volvimento sustentável com foco no fortalecimento da 
resiliência, a passo que as ações preventivas, mitiga-
tórias e de preparação incluem o desenvolvimento 
de capacidades e de recursos para antecipar, res-
ponder e promover a recuperação de forma eficiente 
dos impactos dos desastres.
De forma resumida, o processo de gestão do risco 
ocorre conforme ilustra o infográfico a seguir:
» Finalmente, a Gestão Compensatória de Riscos é representada pelas atividades 
que são desenvolvidas para fortalecer a resiliência social e econômica de indiví-
duos e sociedades diante de riscos residuais que permanecem mesmo após a 
implementação de medidas preventivas/mitigatórias (UNISDR, 2017a). Este con-
ceito, ainda recente, busca explorar oportunidades benéficas para construir rela-
ções sociais colaborativas e inovadoras e aumentar a resiliência, harmonizando 
as ações de gestão de risco com o desenvolvimento sustentável, sem esquecer 
da adaptação às mudanças climáticas e a conservação ambiental. Exemplos de 
gestão compensatória incluem desde o simples plantio compensatório de mu-
das até uma série de outras ações, como: a abertura de créditos e financiamen-
tos; a oferta de seguros (como FGTS e seguro Garantia-Safra); medidas para a 
redução de emissões de gases de efeito estufa; medidas de combate à poluição; 
ações planejadas de gestão de resíduos e efluentes; entre outras.
 Lembre-se de 
que tratamos dos 
conceitos de gestão 
corretiva, prospectiva 
e compensatória 
anteriormente nesta 
Capacitação. Caso 
queira, relembre o 
conteúdo no Curso 1 
(páginas 74 a 77).
18PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
PRÉ-
DESASTRE
Avaliação do Risco: 
Dimensionamento de todas as informações produzidas, comparando os resultados das análises com 
critérios padronizados, resultando em matrizes de risco, mapeamentos ou setorizações.
GRD IDENTIFICAÇÃO ANÁLISE DIAGNÓSTICO
CONHECIMENTO DA 
ÁREA DE ATUAÇÃO
Identificação de ameaças e 
suas características técnicas.
Análise dos fatores de risco 
(ameaça, vulnerabilidade e exposição) 
e suas dimensões.
Diagnóstico das capacidades 
e recursos frente aos cenários de risco
Com base na avaliação, o gestor pode planejar sua atuação
PLANEJAMENTO
DA ATUAÇÃO EM:
reduzir riscos existentes (gestão corretiva),
prevenir riscos futuros (gestão prospectiva) e
gerenciar riscos residuais (gestão compensatória).
» PREVENÇÃO
AÇÕES E MEDIDAS ESTRUTURAIS AÇÕES E MEDIDAS NÃO ESTRUTURAIS
» MITIGAÇÃO
ligadas à execução das obras. estratégicas, de regulamentação e educativas.
» PREPARAÇÃO
Planejamento para o momento do desastre.
Por exemplo: planos de contingência. 
Tudo isso promove o fortalecimento da resiliência pela ativação de ações de RRD
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 para atuação articulada, 
sistêm
ica e participativa durante todo o processo.
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GRD focada em 
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
19PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
Por fim, é importante que a GRD seja planejada le-
vando em consideração todas as diretrizesda PNPDEC 
e seja executada de forma articulada e coordenada com 
todos os atores do Sinpdec, sendo a comunicação de ris-
co uma ferramenta de implementação dessa articulação.
Neste módulo de estudos, você teve uma breve in-
trodução à GRD e à atuação pré-desastre, em que lhe 
foi apresentada a necessidade de identificar as amea-
ças mais recorrentes ou de maior impacto, exigindo, 
dessa forma, uma avaliação dos riscos de uma locali-
dade. No próximo módulo, acompanhe o detalhamen-
to das etapas e ações de GRD.
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MÓDULO 2
AVALIAÇÃO 
DE RISCO 
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EPED
21PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
AVALIAÇÃO DE RISCO
DEFESA CIVIL DE SERGIPE, DIVULGAÇÃO
Neste segundo módulo serão 
compreendidos os processos 
de avaliação e mapeamento de 
riscos em todas as suas etapas, 
incluindo a identificação de 
ameaças, a análise dos fatores 
de risco (ameaça, vulnerabilidade 
e exposição) e o diagnóstico das 
capacidades de enfrentamento 
existentes, de forma a realizar 
o correto dimensionamento ou 
estimativa dos riscos, bem como 
sua representação gráfica, se 
necessário.
22PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres, a expres-
são avaliação de risco de desastre (disaster risk asses-
sment) representa:
uma abordagem qualitativa ou quantitativa para 
determinar a natureza e a extensão do risco de 
desastre, analisando as ameaças potenciais 
e mensurando as condições existentes de 
exposição e vulnerabilidade que, juntas, podem 
prejudicar pessoas, propriedades, serviços, 
meios de subsistência e o meio ambiente 
do qual dependem. (UNISDR, 2017, 
tradução própria).
Podemos, então, considerar que a avaliação de ris-
cos de desastres é um processo de estudo e diag-
nóstico das condições de risco de uma região ou 
área, com o objetivo de pautar o planejamento futuro 
para a RRD mediante a análise das capacidades de 
enfrentamento da área de interesse.
É importante ter em vista que esse processo pode ser desenvolvido em diferentes níveis:
» nacional; 
» local (estados e municípios);
» comunitário (regiões e bairros); 
» objetivo (para setores específicos, como transportes, barragens, saúde etc.).
Observe, no quadro a seguir, alguns exemplos desses diferentes níveis e seus principais objetivos.
DIFERENTES NÍVEIS DA AVALIAÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES
NÍVEL OBJETIVOS DETALHAMENTO INCERTEZA
N1 – Nacional
Estratégia nacional, políticas, regulamentos, 
recursos orçamentários e programação.
N2 – Local
Planos de contingência, planos de ação para RRD, 
planejamento do zoneamento, uso e ocupação da terra.
N3 – Comunitário
Percepção, conscientização de riscos 
e preparação para desastres.
N4 – Objetivo
Segurança de propriedades, proteção de 
infraestruturas críticas e serviços essenciais.
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
23PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
O nível e o propósito da avaliação do risco são os 
fatores que determinam como dimensioná-lo, repre-
sentá-lo e comunicá-lo. Visto isso, no nível municipal, 
sua classificação pode ter, como exemplo, o objetivo de:
» definir prioridades de investimentos em RRD; 
» elaborar planos para redução de riscos ou pla-
nos de contingência; 
» planejar o uso e ocupação do solo.
Já no nível comunitário, é desejável que o risco seja 
classificado e representado em mapas (Mapas de Risco) 
ou outros instrumentos que identifiquem tão claramente 
quanto possível os elementos que podem ser impacta-
dos e facilitem a compreensão pela população local.
 A representação por mapas é particularmente 
importante para os riscos de desastres associados 
a uma determinada área (como deslizamentos e 
inundações, por exemplo) e será detalhada mais à 
frente neste curso.
É importante que você saiba que não existe um mo-
delo único para o desenvolvimento de uma avaliação de 
riscos de desastres. Entretanto, com base no conteúdo 
desenvolvido pelo Programa de Desenvolvimento das 
Nações Unidas (PNUD), que tem como objetivo principal 
identificar o risco e compreender as causas e os impactos 
decorrentes dele (UNDP, 2010), a avaliação de riscos de 
desastres deve ser desenvolvida em quatro etapas:
ARQUIVO SEDEC
24PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
AVALIAÇÃO DE RISCO
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
25PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
A primeira etapa, identificação das ameaças, é defi-
nida pelo reconhecimento e descrição das ameaças de 
desastres (naturais ou tecnológicos) existentes na área 
de interesse. Essa primeira etapa deve definir as amea-
ças mais relevantes que devem ser avaliadas.
Já a análise dos fatores do risco – ou apenas aná-
lise de risco – concentra-se na compreensão da na-
tureza e extensão do risco, mediante a análise das 
condições das ameaças (localização, intensidade, fre-
quência e probabilidade), da exposição e das vulnera-
bilidades (incluindo as dimensões física, social, de saú-
Todo esse 
processo 
tem como 
objetivo gerar 
informações 
aplicáveis aos 
tomadores 
de decisão, 
principalmente 
para a definição 
de prioridades 
e alocação 
de recursos, 
pois permite 
uma maior 
compreensão 
dos riscos 
identificados 
na região 
considerada.
de, ambiental e econômica do risco).
O diagnóstico das capacidades verifica a existên-
cia e a efetividade dos mecanismos de resposta e re-
siliência existentes na área de estudo diante dos cená-
rios de risco. 
E, por fim, a estimativa ou o dimensionamento do 
risco e representação gráfica consiste em estabele-
cer níveis ou classes para o risco – como, por exemplo, 
alto, médio e baixo – de forma a permitir o estabele-
cimento de ações prioritárias e, até mesmo, identificar 
onde ele é ou não aceitável.
CAROL GARCIA, GOVERNO DA BAHIA
26PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Acompanhe mais detalhadamente, a seguir, cada uma dessas etapas da avaliação de riscos.
Nesta primeira etapa do processo de avaliação de 
riscos – a identificação das ameaças – é necessário 
pesquisar e levantar informações sobre os desastres 
mais relevantes para a área de interesse, sejam os mais 
recorrentes ou com maior potencial de causar perdas. 
Neste momento é feita a escolha dos riscos que 
serão avaliados de acordo com o perfil histórico de 
desastres no local avaliado. Para isso, deve ser utiliza-
do o conhecimento e a experiência das partes interes-
sadas (sociedade, órgãos da administração pública, 
academia, setor privado etc.), além de dados sobre o 
histórico de desastres na região de interesse e informa-
ções de risco. Assim, será possível identificar ameaças 
relevantes, ativos, vulnerabilidades conhecidas e prin-
cipais impactos (UNDRR, 2017, p. 32).
O mesmo raciocínio aqui apresentado para o mu-
nicípio vale para o estado, região, bairro ou, até mes-
mo, uma rua. O fundamental é identificar o local que 
está exposto a uma ameaça e qual a abrangência do 
evento que pretende estudar. Exemplificando: caso o 
município seja frequentemente afetado por granizo, é 
coerente avaliar essa ameaça para todo o município, 
uma vez que é infactível delimitar uma área específica 
onde o evento poderá ocorrer.
IDENTIFICAÇÃO DAS AMEAÇAS
Por outro lado, quando se trata de uma ameaça 
como o deslizamento de terra, por exemplo, é mais ade-
quado avaliar uma área específica, assim como uma en-
costa onde reside uma comunidade, uma vez que o ris-
co de ocorrência de um deslizamento está diretamente 
relacionado com as características físicas específicas do 
local (tipo de solo, saturação, dentre outros).
Lembre-se de que, além da origem natural,as 
ameaças podem ter também origem antropogênica, 
tais como plantas industriais, transporte de produtos 
perigosos e rompimento de barragens. Essas infraes-
truturas têm ganhado cada vez mais espaço e relevân-
cia na agenda da P&DC devido à ocorrência de desas-
tres recentes, como os rompimentos de barragens em 
Mariana (MG) e Brumadinho (MG). Caso seu município 
esteja exposto a esse tipo de ameaça é importante 
avaliar o risco relacionado, mesmo que seja necessário 
buscar apoio em outras áreas de conhecimento, como 
engenharia, hidrologia, dentre outras.
Mais uma vez nos deparamos com a 
importância da atuação sistêmica e articulada da P&DC!
JA
V
IE
R
 C
A
ST
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A
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O
27PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Lembrando que, em relação aos desastres de 
origem antropogênica, a Classificação e Codifi-
cação Brasileira de Desastres (Cobrade) os identi-
fica como tecnológicos, sendo divididos em: 
E, quanto aos desastres de origem natural,
a Cobrade os identifica, resumidamente, como: 
 A Cobrade foi 
abordada no Curso 
1. Proteção e Defesa 
Civil: introdução à 
Política Nacional desta 
capacitação. Caso 
queira relembrar seus 
estudos, não deixe de 
acessar o conteúdo.
Incêndios 
urbanos
Obras civis
Radioativos Relacionados a 
produtos perigosos
Transporte 
de passageiros 
e cargas
CLASSIFICAÇÃO EXEMPLOS
Meteorológico
Vendavais, ciclones, tornados, 
granizo, ondas de calor e ondas de frio.
Hidrológico
Inundações, enchentes, 
enxurradas e alagamentos.
Climatológico
Estiagem, seca, geada e 
incêndios florestais
Geológico
Movimentos de massa, processos erosivos, 
terremotos e emanações vulcânicas.
Biológico
Epidemias, pandemias, infestações por 
doença e pragas animais e vegetais.
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/505
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/505
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/505
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/505
28PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Em resumo, no contexto da avalia-
ção de riscos de desastres em território 
municipal, a identificação das ameaças 
define-se pelo reconhecimento e des-
crição de eventos (naturais ou tecno-
lógicos) que ocorrem na área de interesse, a partir da 
investigação de cenários de riscos, necessidades lo-
cais e problemas reais já existentes, além de estudos, 
dados e informações disponíveis.
 
TRAZENDO PARA 
A REALIDADE
Construindo um perfil histórico é possível 
entender, por exemplo, se eventos com 
maior potencial de causar danos estão 
relacionados a eventos com origem 
meteorológica (como excesso de chuvas) 
ou estão ligados a eventos com origem 
climatológica (como estiagem), assim 
como observar se os maiores danos e 
prejuízos ocorrem na área rural ou são 
fundamentalmente urbanos, relacionados, 
por exemplo, à ocupação desordenada, 
como deslizamentos e alagamentos.
É possível, também, utilizar o co-
nhecimento local ou histórico de danos 
humanos, assim como as séries históri-
cas com dados, como o número de ve-
zes que o município decretou Situação 
de Emergência (SE) ou Estado de Calamidade Pública 
(ECP) para uma tipologia de desastre em um dado pe-
ríodo de tempo. A título de exemplo: em um mesmo lo-
cal, se foram decretadas oito situações de anormalidade 
por inundações e apenas uma por estiagem nos últimos 
dez anos, é coerente dizer que inundações são mais fre-
quentes; logo, mais prováveis de ocorrerem no futuro.
Muito falamos nas ferramentas de auxílio 
para pesquisa e investigação do histórico de 
ocorrências, mas é importante compreender 
a realidade de cada município e nem sempre 
você encontrará facilmente dados em meios 
digitais sobre desastres em sua região, o que 
não deve ser visto como empecilho no seu 
levantamento, mas uma oportunidade para 
buscar informações em arquivos locais, como 
a prefeitura, comunidades, órgãos setoriais e 
meios de conhecimento local diversos.
Com isso, é possível definir os riscos mais relevantes que 
serão considerados nas próximas etapas da avaliação de 
risco do local a ser analisado. Esse processo de investi-
gação é normalmente realizado por meio de um inven-
tário ou estudos técnicos produzidos por órgãos espe-
cializados. Um ponto de partida comum, principalmente 
quando não se encontram disponíveis estudo técnicos, é 
pesquisar o histórico de ocorrências de desastres, com 
o propósito de estabelecer um perfil de ocorrência e 
impacto dos desastres na área de interesse.
29PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Lembrando o que você aprendeu no Curso 1 desta capacitação sobre situações de anormalidade:
SE e ECP
Fonte: adaptado do Decreto nº 7.257 (2010).
SITUAÇÃO DE 
ANORMALIDADE
TIPO DE DANO INTENSIDADE DO DANO
SITUAÇÃO DE 
EMERGÊNCIA
Danos Suportáveis 
e Superáveis
Situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos 
que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de resposta 
do poder público do Ente atingido ou que demande a adoção de 
medidas administrativas excepcionais para resposta e recuperação.
ESTADO DE 
CALAMIDADE 
PÚBLICA
Danos Severos
Situação anormal, provocada por desastres, causando danos 
e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da 
capacidade de resposta do poder público do Ente atingido e adoção de 
medidas administrativas excepcionais para resposta e recuperação.
Logicamente, também devem ser analisados da-
dos relacionados aos impactos consequentes, visto 
que desastres menos recorrentes também podem 
provocar danos e prejuízos extremos, o que confirma 
a importância de traçar perfis específicos para cada 
local a ser analisado, identificando as ameaças mais 
recorrentes ou com maior potencial de causar perdas. 
Informações disponíveis da própria área de inte-
resse podem apoiar a construção do perfil de desas-
tres, mas em todo o caso, existem duas fontes de in-
formação que podem apoiar a composição de séries 
históricas: 
1. O Sistema Integrado de 
Informações sobre Desastres (S2ID);
2. O Atlas Digital de Desastres no Brasil.
ARQUIVO, SEDEC
30PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
» O Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, mais conhecido pela 
sua sigla, S2ID, é um portal que integra diversas ferramentas de armazenamen-
to de dados (processos de reconhecimento federal, informações de danos e 
prejuízos, registros de ocorrências de desastres, solicitações de recursos para 
ações de resposta e reconstrução, entre outros), sendo utilizado pelos órgãos 
do Sinpdec.
» O Atlas Digital apresenta dados para a consulta estruturada em mapas de 
ocorrências, gráficos e tabelas, que permitem identificar as características dos 
desastres ocorridos, os danos humanos e as perdas econômicas. Dessa forma, 
cada município pode identificar os principais desastres aos quais está sujeito, 
por meio de registros de quase 30 anos. Lembrando que ele representa a atu-
alização do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (2012) e utiliza os registros do 
S2ID realizados a partir de 2013 para composição das séries históricas e análises.
Recordando o que você aprendeu no Curso 2 desta capacitação sobre as fontes de informações:
Na sequência, veja como você pode identificar as ameaças na prática.
https://s2id.mi.gov.br/paginas/index.xhtml
https://atlas.ceped.ufsc.br/
31PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Para mais detalhes do funcionamento da plataforma, acesse 
os cursos de Capacitação em EAD para utilização do S2ID. 
Como eu identifico 
as ameaças a nível 
do meu município?
Quando estiver 
realizando a identificação 
das ameaças em sua 
localidade, você pode 
iniciar a pesquisa dos 
dados consultando os 
Relatórios ou o Arquivo 
Digital da plataforma do 
S2ID, por exemplo.https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/protecao-e-defesa-civil/capacitacoes/cursos-em-andamento
32PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Por meio dessas ferramentas é possível realizar o levantamento do número de re-
gistros de SE e ECP realizados pelo município, bem como, quando possível, dados de 
danos e prejuízos causados pelos principais desastres.
ANÁLISE DOS DADOS HISTÓRICOS DE DESASTRES
OCORRÊNCIAS DANOS HUMANOS ÓBITOS DANOS MATERIAIS HABITAÇÕES PREJUÍZOS
Enxurradas 27,78% 15,13 0,00% 81,54% 20,48% 3,27%
Estiagem e seca 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Granizo 5,56% 0,68% 0,00% 0,02% 2,04% 0,23%
Inundação 16,67% 53,69% 0,00% 0,00% 25,80% 1,07%
Movimento de massa 19,44% 20,91% 100,00% 0,95% 38,00% 94,31%
Outros 11,11% 8,85% 0,00% 11,61% 0,71% 0,01%
Ressaca e erosão costeira 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,00%
Tornado 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 1,73% 0,00%
Vendavais (ciclones e tempestades) 19,44% 0,74% 0,00% 5,89% 10,30% 1,12%
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
A tabela a seguir apresenta um exemplo de análise dos dados históricos de de-
sastres em um “município X” durante um certo período de tempo. Nessa análise inicial 
foram consideradas as ocorrências, os danos humanos e materiais e os prejuízos de-
correntes dos desastres para nove classificações de desastres. 
33PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ECP SE
Como analisar os dados?
Observe, pelos dados da tabela anterior, que o evento 
“movimento de massa” representou o segundo maior 
valor em ocorrências, habitações e prejuízos no período 
analisado. E, apesar de representar o terceiro valor para 
danos humanos, é o único desastre que resultou em 
óbitos para o município, em um total de 100%. 
Analisando outros dados (gráfico ao lado), agora 
em relação aos reconhecimentos realizados, note que 
o mesmo município apresentou a maior quantidade 
de situações de emergência para movimento de 
massa no mesmo período de tempo, confirmando 
que, apesar de haver impactos relevantes para outras 
tipologias, como inundações, o risco de movimento 
de massa é identificado como a ameaça mais 
significativa na análise.
Ressalta-se que, conforme as necessidades 
levantadas para a área de interesse, podem ser definidos 
mais de um risco relevante na etapa de identificação das 
ameaças. Entretanto, ao avançar para a fase seguinte 
da análise dos fatores de risco, deve-se considerar 
individualmente cada risco definido.
DECRETOS DE SE E ECP POR TIPOS DE DESASTRES
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
Granizo
1
2 2 2 2
Estiagem 
e seca
Movimento 
de massa
Enxurradas Inundações
7
3
20
1
16
34PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Ainda com base em séries históricas de registros 
de desastres, a identificação das ameaças mais rele-
vantes deve, quando possível, apoiar-se no estudo 
de eventos hidrometeorológicos passados, tais como 
vendavais, chuvas de granizo e inundações, mesmo 
Esses dados podem ser encontrados nos órgãos de meteorologia e 
pesquisas agropecuárias, usualmente existentes na estrutura do estado.
Dessa forma, caso existam registros, é importante ob-
servar a recorrência de eventos que possam ser carac-
terizados como ameaças.
Modelos hidrológicos, por exemplo, indicam onde 
há maior probabilidade de ocorrência de uma inunda-
ção, assim como sua magnitude, mesmo que nunca 
tenham sido observadas ou registradas ocorrências 
dessa tipologia anteriormente. Estudos de modelos 
como esse delimitam áreas sujeitas a ocorrências de 
eventos com potencial para causar danos. 
Nesse contexto, os mapas de suscetibilidade (tam-
bém chamados de mapas de ameaça ou perigo) indi-
cam a probabilidade da ocorrência dos processos na-
turais e/ou induzidos, expressando os fatores que mais 
influenciam a concretização de um evento adverso peri-
goso por meio da representação gráfica. Neles, as áreas 
são divididas em unidades de acordo com a probabili-
dade e a dimensão do evento, como, por exemplo, os li-
mites de profundidade de uma inundação em uma área 
atingida por um determinado período (BRASIL, 2021b).
Conforme apresentado no Curso 2, o Serviço Geo-
lógico do Brasil (CPRM) desenvolve cartas que repre-
sentam a propensão de ocorrência de um evento que 
possa causar um desastre. Tendo foco em movimentos 
gravitacionais de massa, enxurradas e inundações, já 
foram documentados 526 municípios brasileiros e, se-
gundo o próprio CPRM, além de serem utilizadas na 
GRD, as cartas desenvolvidas também podem ser em-
pregadas para o planejamento urbano de estados e 
municípios.
que estas não tenham caracterizado um desastre, ao 
passo que as condições de exposição e vulnerabili-
dade podem se alterar ao longo do tempo e even-
tos que não causaram danos no passado podem 
ter um resultado diferente no presente ou futuro. 
Verifique se seu 
município consta 
entre os que 
possuem a carta de 
suscetibilidade; para 
isso, basta consultar o 
site do CPRM – como 
tratado no Curso 2 
desta capacitação.
CPRM, REPRODUÇÃO
https://www.cprm.gov.br/
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/697
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/697
35PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
A elaboração de mapas de suscetibilidade deman-
da profissionais que, usualmente, não estão disponí-
veis no quadro da defesa civil do município, ou mesmo 
do estado. São análises que envolvem estudos mais 
complexos e conhecimentos relacionados ao tipo de 
ameaça em estudo, como engenharia, geologia, hi-
drologia, dentre outros. 
E, considerando a importância desse tipo de instru-
mento para uma análise de risco mais eficiente, para 
sua elaboração, é recomendada a articulação dos 
agentes de P&DC em conjunto com demais órgãos e 
instituições do próprio município, estado ou mesmo 
do Governo Federal. Uma boa opção é buscar apoio 
por meio de parcerias junto às universidades da região, 
uma vez que estas possuem pesquisadores de diver-
sas áreas de conhecimento e, se localizadas em regi-
ões próximas, podem já possuir estudos e pesquisas 
úteis à identificação das ameaças.
Antes de você ir para a segunda etapa do processo 
de avaliação de riscos – a análise dos fatores de risco – 
entenda na prática como verificar os estudos técnicos 
relacionados aos desastres.
DEFESA CIVIL DE SANTA CATARINA, DIVULGAÇÃO
36PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Como eu verifico os 
estudos técnicos relacionados 
aos desastres do meu município? 
No processo de identificação das ameaças 
recorrentes, você pode ir além da análise histórica e 
verificar as cartas de suscetibilidade do seu município 
geradas pelo CPRM. 
Para o “município X”, do exemplo, grande parte 
da área do território está classificada com alta 
suscetibilidade à ocorrência de movimento de massa, 
reforçando a relevância desse risco para a região. 
A análise dos estudos técnicos confirma os 
resultados encontrados anteriormente na análise 
histórica de desastres, caracterizando o movimento de 
massa como um dos riscos com maior possibilidade 
de ocorrência e potencial de impacto no município.
Suscetibilidade a 
Movimento de Massa
Classes:
 Baixa
 Média
 Alta
MAPA DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTO DE MASSA
37PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO
Nesta segunda etapa do processo de avaliação de 
riscos, abordaremos mais detalhadamente os compo-
nentes da etapa intermediária do processo de avalia-
ção de riscos de desastres, chamada de análise dos 
fatores de risco, na qual busca-se compreender a na-
tureza e a extensão do risco por meio da análise das 
condições representadas pelas ameaças, exposição e 
vulnerabilidades (incluindo a dimensão física, social, 
de saúde, ambiental eeconômica) em comparação 
com as capacidades de enfrentamento existentes.
VOCÊ SABIA?
Embora, à primeira vista, possamos pensar que as expressões “avaliar” e “analisar” 
signifiquem a mesma coisa, elas possuem uma conotação diferenciada no 
contexto da GRD. A análise de risco representa atividades específicas, nas quais são 
investigados os diferentes fatores do risco (ameaça, vulnerabilidade e exposição) 
com o objetivo de atribuir a cada um deles um valor (quantitativo ou qualitativo) 
correspondente. Por sua vez, a avaliação de risco representa uma abordagem 
mais ampla, incluindo a identificação e caracterização das ameaças, a análise das 
exposições e da vulnerabilidade, o dimensionamento do risco e as capacidades 
disponíveis para o enfrentamento do cenário de risco.
JULIO CAVALHEIRO, GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
38PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Art. 6º Compete à União:
III - Promover estudos referentes às causas e 
possibilidades de ocorrência de desastres de 
qualquer origem, sua incidência, extensão e 
consequência; 
IV - Apoiar os estados, o Distrito Federal e os 
municípios no mapeamento das áreas de risco, 
nos estudos de identificação de ameaças, 
suscetibilidades, vulnerabilidades e risco de desastre;
[...] 
Art. 7º Compete aos estados: [...] 
IV – Identificar e mapear as áreas de risco e realizar 
estudos de identificação de ameaças, suscetibilidades 
e vulnerabilidades, em articulação com a União e os 
municípios; 
V – Realizar o monitoramento meteorológico, 
hidrológico e geológico das áreas de risco, em 
articulação com a União e os municípios; [...] 
VIII – Apoiar, sempre que necessário, os municípios no 
levantamento das áreas de risco
[...]
Art. 8º Compete aos municípios: 
IV - Identificar e mapear as áreas de risco de 
desastres; [...]. 
(BRASIL, 2012).
ESTÁ NA LEIObserve que a Lei nº 12.608/2012 cita competên-
cias diversas às três esferas da Administração Pública, 
relacionadas à identificação e ao mapeamento das 
áreas de risco, além de estudos para identificação das 
ameaças, vulnerabilidades e riscos de desastres.
Considerando o exposto, ao iniciar seu processo de 
análise de risco, é necessário que o município busque, 
junto à União e estado, estudos que já tenham sido fei-
tos e que possam servir de base para seu trabalho. 
O Governo Federal, por exemplo, possui levanta-
mentos nacionais realizados pelo CPRM, Agência Na-
cional de águas (ANA), Centro de Previsão de Tempo e 
Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas 
Espaciais (CPTEC/Inpe), Instituto Nacional de Meteo-
rologia (Inmet), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Minis-
tério da Saúde, Agência Nacional de Energia Elétrica 
(Aneel), Departamento Nacional de Produção Mineral 
(DNPM) e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas 
de Desastres Naturais (Cemaden) em relação aos mu-
nicípios monitorados (BRASIL, 2017b).
PEDRO VENTURA, AGÊNCIA BRASÍLIA.
https://www.gov.br/ana/pt-br
https://www.cptec.inpe.br/
https://portal.inmet.gov.br/
http://www.ibama.gov.br/index.php?tipo=portal
https://www.aneel.gov.br/
http://antigo.mme.gov.br/web/guest/secretarias/geologia-mineracao-e-transformacao-mineral/entidades-vinculadas/dnpm
https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/cemaden
39PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ANÁLISE DAS AMEAÇAS
Anteriormente, observou-se como identificar as 
ameaças mais relevantes ao município. Agora, será 
definido como analisar as principais características das 
ameaças identificadas à análise de risco. Relembre o 
conceito do termo ameaça, visto no Curso 1: 
Ameaça é a ocorrência potencial de um evento 
físico, natural ou causado pela ação humana 
que pode causar perda de vidas, lesão e outros 
impactos à saúde, danos materiais, perturbação 
social e econômica ou degradação ambiental 
(UNISDR, 2017a).
Percebe-se que o conceito está relacionado ao 
evento deflagrador e, assim, à probabilidade de um 
evento perigoso impactar negativamente sobre popu-
lações ou cenários vulneráveis e chegar a resultar em 
um desastre.
Como tratado no Curso 1 desta capacitação, 
lembre-se de que ao falar sobre desastres 
devemos resgatar o debate sobre a construção 
social do risco, expressão adotada pelo 
escritório UNDRR, ao passo que a expressão 
“desastre natural” está cada vez mais em 
desuso, principalmente porque os fatores 
geradores das circunstâncias de risco sempre 
resultam de um processo social, ou seja, de 
uma intervenção humana no ambiente. No 
entanto, a legislação e o Sinpdec reconhecem a 
divisão entre desastres naturais e tecnológicos. 
Isso ocorre porque a evolução das discussões 
técnicas e teóricas não se dão no mesmo 
ritmo da reformulação de atos legais, estes 
normalmente bem mais morosos. Portanto, não 
se preocupe, não há contradições. São apenas 
tempos e ritmos diferentes. Sabendo disso, 
sempre que tiver oportunidade, faça de sua 
gestão uma atuação atualizada e alinhada às 
recentes discussões em RRD.
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
40PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
A análise da ameaça fornece informações importantes sobre a localização, a magni-
tude e a frequência dos eventos perigosos e, ainda, quão severos podem ser seus efeitos. 
Pode-se, por exemplo, analisar a velocidade dos ventos durante tempestades, o volume 
LEVANTAMENTO DE DADOS DAS AMEAÇAS
Fonte: Adaptado de Brasil (2017a).
FATOR DE RISCO O QUE OBSERVAR ONDE ENCONTRAR/VERIFICAR
Ameaça
Alguns desastres são menos frequentes, mas 
com impactos mais intensos. Outros são mais 
recorrentes, com impactos mais brandos. Há 
ainda áreas que sempre são afetadas e outras 
mais esporadicamente. Saber identificar cada 
aspecto, ampliando o conhecimento sobre 
como ocorrem os desastres em seu município 
é o objetivo da análise das ameaças.
Localização
Bairros ou áreas do município com histórico 
de ocorrências.
Intensidade 
Tipos de impactos, danos e prejuízos 
e severidade dos impactos. 
Frequência e Probabilidade
Períodos de recorrência dos desastres 
auxiliam na determinação da frequência 
e da probabilidade.
» Histórico de desastres (banco de dados, notícias e outros);
» Mapas de perigos e riscos (geológicos ou hidrológicos);
» Registros de estações de monitoramento;
» Relatórios de vistorias;
» Relatos de moradores mais antigos da região de interesse;
» Mapa falado; 
» Mapas geológicos de áreas suscetíveis a movimentos de massa;
» Mapas hidrológicos ou de áreas suscetíveis a alagamentos; 
» Dados sobre ventos, chuvas, nível do mar e dos rios.
e o nível das águas em inundações etc. Portanto, recomenda-se levantar os dados e re-
gistros disponíveis em sua região de forma a consolidar informações confiáveis, conforme 
se descreve no quadro a seguir: 
41PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Dependendo da finalidade da análise, da relevân-
cia da ameaça, da disponibilidade de tempo e dos re-
cursos disponíveis, poderão ser escolhidas metodolo-
gias diferentes e/ou complementares para ampliar as 
ações de investigação. 
É importante que você saiba que para analisar e 
classificar o risco é necessário estimar a probabilida-
de de determinada ameaça se concretizar, podendo 
ser utilizados métodos qualitativos ou quantitati-
vos, os quais ainda serão aprofundados no decorrer 
deste curso. Essa probabilidade pode ser estimada, 
por exemplo, por meio dos mapas de suscetibilidade, 
que consideram o tempo de retorno (TR) para deter-
minado evento.
Tempo de retorno é o período de tempo 
para estimativa da ocorrência de um evento. 
Aplicando ao cenário de risco, estima-se que 
o período de ocorrência de uma determinada 
ameaça seja igualado ou superado, em 
média, uma vez a cada TR.
Lembre-se de quese deve associar ainda um certo 
nível de incerteza ou grau de confiança na mensuração 
de todos os componentes da análise de risco (UNISDR, 
2017b), ao passo que os elementos empregados para 
determinar a probabilidade de ocorrência de um even-
to e o quão suscetível é uma determinada área são, em 
maioria, resultados de análises de eventos históricos, 
tal como frequência e volumes de chuva pretéritos. 
Além do mais, as séries históricas são ferramentas 
limitadas, visto que algumas características podem se 
alterar ao longo do tempo em função de fatores exter-
nos como, por exemplo, as alterações no clima.
VOCÊ SABIA?
De acordo com pesquisadores, as mudanças 
climáticas estão intensificando desastres naturais 
como incêndios florestais e inundações, tornando-os 
cada vez mais devastadores (MACINNIS; KROSNICK, 
2020). Alguns riscos de desastres têm, ainda, relação 
direta com o aumento da frequência e magnitude 
das variáveis climáticas (temperatura e precipitação). 
Dessa forma, as políticas e investimentos na 
adaptação às mudanças climáticas e na gestão de 
risco de desastres devem ser totalmente alinhados 
(National Disaster Risk Assessment - NDRA).
TONY WINSTON, AGÊNCIA BRASÍLIA
42PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Veja, na prática, as etapas de análise da ameaça.
Como eu analiso a ameaça 
identificada no meu município?
A análise da ameaça identificada pode ser 
segmentada em quatro etapas principais: (Etapa 1) 
análise da frequência e probabilidade de ocorrência, 
(Etapa 2) identificação da localização, (Etapa 3) 
análise da intensidade e (Etapa 4) mapeamento. 
Conforme definido neste curso, será considerada a 
ameaça “movimento de massa” para o “município X”. 
Acompanhe:
ETAPA 1 – Análise da frequência e probabilidade 
de ocorrência: essa etapa tem por objetivo identificar 
os períodos de maior recorrência da ameaça 
identificada. Por meio do reconhecimento histórico 
obtido com dados locais do “município X”, observa-se 
que, durante os últimos 20 anos, foram registradas 26 
ocorrências de movimento de massa. Com a análise 
histórica, foi possível perceber que o verão é a época 
de maior ocorrência do desastre, e que a última 
década concentra a maior quantidade de registros.
DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTO DE MASSA
DISTRIBUIÇÃO ANUAL DAS OCORRÊNCIAS DE MOVIMENTO DE MASSA
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
Janeiro
R
eg
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s)
Fevereiro Abril Junho Agosto OutubroMarço Maio Julho Setembro DezembroNovembro
1991 2001 20121995 2005 20161993 2003 20141997 2007 20181999 20091992 2002 20131996 2006 20171994 2004 20151998 2008 20192000 20112010
R
eg
is
tr
os
 (U
ni
da
de
s)
43PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ETAPA 2 – Identificação da localização: para 
identificar as regiões do município com maior 
probabilidade de ocorrência, podem ser considerados 
os dados fornecidos pelos estudos técnicos do CPRM, 
pois, conforme apresentado anteriormente, os mapas de 
suscetibilidade apresentam a probabilidade de ocorrência 
de um evento específico por meio de representação 
gráfica, indicando, assim, os locais suscetíveis à ameaça.
ETAPA 3 – Análise da intensidade e ETAPA 4 – 
Mapeamento da ameaça: grande parte do território 
do “município X” possui locais de alta suscetibilidade 
à ocorrência de movimento de massa. Então, além 
de identificar a localização (Etapa 2), a carta de 
suscetibilidade do município (figura ao lado) classifica a 
intensidade (Etapa 3) dessa ameaça, categorizando as 
áreas municipais entre baixa, média e alta suscetibilidade 
a sua ocorrência. Com isso, o mapeamento (Etapa 4) 
desenvolvido pelo CPRM pode ser utilizado diretamente 
como a análise da probabilidade de ocorrências de 
movimento de massa para o “município X”.
Suscetibilidade a 
Movimento de Massa
Classes:
 Baixa
 Média
 Alta
MAPA DE SUSCETIBILIDADE A MOVIMENTO DE MASSA
44PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ANÁLISE DA EXPOSIÇÃO
A análise da exposição fornece informações so-
bre a presença, os atributos e os valores de elementos 
existentes na área exposta e que podem ser afetados 
pelo desastre, avaliando, também, as consequências a 
longo prazo desses possíveis impactos (DCSC, 2019).
Assim sendo, considerando que os desastres 
responsáveis pela maior parte dos danos no Brasil 
estão relacionados à ocupação de áreas suscetí-
A exposição é definida pelo conjunto de pessoas, 
propriedades, sistemas ou outros elementos presentes em 
áreas sujeitas a desastres (UNISDR, 2017a).
veis a eventos como deslizamentos e inundações, é 
razoável concluir que, historicamente, a exposição 
está intimamente ligada a políticas habitacionais 
inoperantes, uso e ocupação do solo inadequado e 
falta de planejamento urbano, uma vez que é me-
dida, fundamentalmente, pelo número de pessoas, 
edificações, instalações e infraestruturas situadas 
nessas áreas.
VOCÊ SABIA?
A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, denominada 
Estatuto da Cidade, estabelece diretrizes gerais 
sobre o uso da propriedade urbana, assegurando 
que a ordenação e o controle do uso do solo (ver 
art. 2º, inciso VI) sejam conduzidos de forma a evitar 
a exposição da população a riscos de desastres, 
e obrigando os municípios incluídos no Cadastro 
Nacional de Municípios com Áreas Suscetíveis à 
Ocorrência de Deslizamentos de Grande Impacto, 
Inundações Bruscas ou Processos Geológicos ou 
Hidrológicos Correlatos a ter um Plano Diretor 
(ver art. 41). 
Observe que a Lei nº 12.608/2012 estabelece que 
a identificação e o mapeamento de áreas de risco 
de desastres são competências dos municípios 
(ver art. 8º, IV). E, tendo em vista o disposto na lei, 
recentemente, o Decreto nº 10.692, de 3 de maio de 
2021, instituiu o Cadastro Nacional de Municípios com 
Áreas Suscetíveis à Ocorrência de Deslizamentos de 
Grande Impacto, Inundações Bruscas ou Processos 
Geológicos ou Hidrológicos Correlatos.
AMIRA HISSA, PREFEITURA DE BELO HORIZONTE
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12608.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Decreto/D10692.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%2010.692%2C%20DE%203,Processos%20Geol%C3%B3gicos%20ou%20Hidrol%C3%B3gicos%20Correlatos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Decreto/D10692.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%2010.692%2C%20DE%203,Processos%20Geol%C3%B3gicos%20ou%20Hidrol%C3%B3gicos%20Correlatos
45PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Dentre os estudos técnicos amplamente difundidos 
e disponíveis para a análise da exposição está a Seto-
rização de Risco, que correlaciona as áreas suscetíveis 
a desastres com a exposição, identificando o número 
de habitações e pessoas expostas à ameaça analisada.
Ressalta-se que esses estudos não consideram a 
vulnerabilidade dos elementos expostos, servindo ape-
nas como um ponto de partida para a avaliação dos ris-
cos, não podendo ser considerados como um produto 
final de dimensionamento ou mapeamento do risco.
Também elaborada pelo CPRM, a Setorização de 
Risco considera somente as áreas que tenham edifi-
cações de permanência humana, como por exemplo:
» escolas; 
» habitações; 
» hospitais; 
» centros comerciais.
Para essas áreas é analisado o potencial de ocorrência 
de movimento de massa, processos hidrológicos (inun-
dações, enxurradas, alagamentos) e erosões hídricas.
Os setores, identificados com o apoio da defesa ci-
vil local, são representados por pranchas, nas quais são 
indicados dados e informações, tais como a estimativa 
do número de edificações e pessoas passíveis de serem 
atingidas pelos impactos do desastre. 
46PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃOE DEFESA CIVIL
EXEMPLO DE PRANCHA DAS ÁREAS DE RISCO DE CAMPANÁRIO (MG)
Fonte: BRASIL (2021c).
A setorização classifica as áreas avaliadas em ris-
co baixo, médio, alto ou muito alto, o que pode apoiar 
a priorização de medidas de RRD. Lembrando que as 
setorizações de áreas de risco geológico ocorrem ex-
clusivamente em regiões com edificações nas quais há 
permanência humana e cartografam apenas as áreas 
de risco alto e muito alto. 
Segundo o site do CPRM, atualmente, cerca de 
1.600 municípios são mapeados pela setorização de 
risco geológico. Caso seu município esteja entre eles, 
você deve acessar a base de dados do próprio site e 
realizar o download dos arquivos, usualmente, dispo-
níveis em arquivos de leitura e formato vetorial, que 
necessitam de softwares específicos. 
 Esse dado é alterado conforme atualizações 
de mapeamentos em: Produtos por Estado – 
Setorização de Risco Geológico.
http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Prevencao-de-Desastres/Produtos-por-Estado---Setorizacao-de-Risco-Geologico-5390.html
http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Prevencao-de-Desastres/Produtos-por-Estado---Setorizacao-de-Risco-Geologico-5390.html
47PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
VOCÊ SABIA?
São vários os processos geológicos associados a 
desastres; apesar disso, grande parte das mortes 
causadas por eventos geológicos no Brasil estão 
associadas a processos hidrológicos fluviais e à 
instabilidade de taludes ou encostas. Em razão disso, 
durante as setorizações de áreas de risco geológico, 
são prioritariamente consideradas as áreas sujeitas 
a serem atingidas por enchentes, enxurradas, 
inundações, deslizamentos, rastejo, quedas de blocos 
de rocha e fluxo de detritos (BRASIL, 2021d).
Caso exista disponibilidade de técnicos que conhe-
çam ferramentas de geoprocessamento, é possível 
trabalhar as informações contidas conjuntamente com 
outras bases do município. Porém, as informações dis-
poníveis no formato de leitura já são suficientes para 
apoiar o planejamento das ações de prevenção, mitiga-
ção e preparação, discutidas mais à frente neste curso.
Apesar da completude do estudo desenvolvido pelo 
CPRM, é importante destacar que as áreas consideradas 
não englobam campos utilizados para atividades de 
agropecuária, estradas, pontes, linhas férreas, túneis, 
entre outros. Como essas regiões apresentam impacto 
frequente e relevância para operações relacionadas às 
ações de resposta, o estudo da exposição pode ser com-
plementado por dados relacionados a essas estruturas.
DEFESA CIVIL ESPÍRITO SANTO
48PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Para entender melhor, 
acompanhe um exemplo 
na prática.
Como eu sei o quanto 
meu município está exposto?
Para analisar a exposição dos elementos presentes 
em áreas sujeitas aos impactos de um possível 
desastre, você pode utilizar a Setorização de Risco, 
correlacionando as áreas suscetíveis a desastres com 
a identificação dos elementos expostos. Para ilustrar, 
vamos retornar ao exemplo do nosso “município 
X”, com alta suscetibilidade para a ocorrência de 
movimento de massa.
Por meio do estudo do mapa de setorização de 
risco, de relatórios técnicos, pranchas, formulários e 
dados vetoriais fornecidos pelo CPRM, foi identificado 
que a criação de taludes usando cortes subverticais 
nas encostas sem acompanhamento técnico, 
associado à ocupação desordenada dessas áreas, é o 
principal gerador de risco à ocorrência de movimento 
de massa no “município X”.
MAPA DE SETORIZAÇÃO DE RISCO
Setorização de Risco
 Deslizamento
 Queda
 Erosão
49PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Além disso, foram contabilizadas 173 moradias 
e 728 pessoas residentes em áreas de risco, o que 
é extremamente significativo, visto que, segundo 
o histórico de danos e prejuízos decorrentes de 
movimentos de massa, o município apresenta 
maior potencial de impacto relacionado às pessoas, 
habitações e agricultura.
Com isso, para apoiar os dados relacionados à 
setorização de risco, o uso do solo do município deve 
ser considerado. Ele permite a identificação das áreas 
de maior concentração de edificações e das áreas 
antropizadas relacionadas com o desenvolvimento 
de atividades agrícolas. Para o “município X”, por 
exemplo, os dados de uso e ocupação do solo foram 
disponibilizados pela Fundação Brasileira para o 
Desenvolvimento Sustentável.
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Classe
 Água
 Formação florestal
 Silvicultura
 Área antropizada
 Área edificada
50PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ANÁLISE DA VULNERABILIDADE
Como visto no Curso 1 desta capacitação, a vulne-
rabilidade é determinada por fatores ou processos físi-
cos, sociais, econômicos e ambientais que aumentam a 
predisposição aos impactos de um evento natural, tec-
nológico ou de origem antrópica em um indivíduo, uma 
comunidade, infraestruturas, propriedades ou sistemas 
(UNISDR, 2017a). Sua análise fornece informações sobre 
de que maneira um elemento exposto é afetado por 
uma ameaça (DCSC, 2019).
A Instrução Normativa nº 36, de 4 de dezembro de 
2020, conceitua a vulnerabilidade como:
Algumas perguntas podem ser utilizadas 
para orientar o trabalho de análise de 
vulnerabilidades, como:
» Quais são as principais condições de vulnerabi-
lidade de uma determinada população, logra-
douro ou bairro específico? 
» De que maneira essas condições de fragilidade 
são constituídas ou agravadas? 
» Quais metodologias podem ser utilizadas para 
identificar as diferentes dimensões da vulnerabi-
lidade (física, econômica, social, ambiental) e pla-
nejar ações de RRD com foco no desenvolvimen-
to sustentável e no fortalecimento da resiliência? 
» Quais estratégias, programas e ações práticas 
serão empregadas na redução da vulnerabilida-
de a desastres?
As respostas a essas perguntas podem ser encon-
tradas em documentos específicos, estando associadas 
ao detalhamento dos tipos de vulnerabilidade, confor-
me ilustram os quadros a seguir.
“exposição socioeconômica ou ambiental de 
um cenário sujeito à ameaça do impacto de 
um evento adverso natural, tecnológico ou de 
origem antrópica” (BRASIL, 2020b).
Assim, como em outras etapas de GRD, é adequa-
do que a análise da exposição seja feita em articulação 
entre o órgão de P&DC e o de planejamento urbano. O 
trabalho conjunto pode envolver a troca de informa-
ções, como mapas de setorização e de suscetibilidade 
(quando disponíveis), bem como outros dados e estu-
dos disponíveis sobre ameaças e vulnerabilidades, que 
possam auxiliar na análise do risco.
CAMILA SOUZA, GOVERNO DA BAHIA
51PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
LEVANTAMENTO DE DADOS DE VULNERABILIDADE
Fonte: Adaptado de BRASIL (2017a).
O QUE OBSERVAR ONDE ENCONTRAR/VERIFICAR
Impactos humanos
Mortos, feridos, desalojados, desabrigados
» Plano diretor; 
» Cartas geotécnicas;
» Registros históricos de danos e perdas decorrentes de desastres;
» Dados demográficos (setor censitário do IBGE, por exemplo);
» Diagnósticos socioambientais das secretarias de meio ambiente, saúde, economia, assistência 
social, educação, planejamento etc;
» Relatórios de equipes de assistência e saúde da família (grupos vulneráveis, por exemplo);
» Planos de emergências das agências de resposta já existentes;
» Cadastro da população vulnerável situada no cenário de risco (pessoas financeiramente 
carentes, idosos, mulheres, crianças, pessoas com deficiência etc.).
Impactos econômicos
Perdas e danos em estruturas públicas e privadas e 
prejuízos financeiros
Impactos ambientais
Perdas e danos estruturais em ecossistemas, áreas de 
conservação, espécies protegidas e poluição ambiental
Impactos político-sociais
Interrupçãode serviços essenciais, perturbação da vida 
diária, questões psicológicas decorrentes de estresse etc.
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52PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
LEVANTAMENTO DE DADOS POR TIPO DE VULNERABILIDADE
TIPO DE 
VULNERABILIDADE
DESCRIÇÃO FATORES DETERMINANTES
FÍSICA
Ordenamento territorial, engenharia e arquitetura 
que definem a localização dos moradores, suas 
edificações e o entorno construído.
» Densidade populacional;
» Características das edificações; 
» Suscetibilidade; 
» Evidências de movimentação;
» Distância dos assentamentos em relação ao centro urbano;
» Redes de infraestrutura;
» Uso e ocupação do solo.
SOCIAL
O bem-estar social das comunidades nas áreas 
em estudo.
» Grau de alfabetização e educação;
» Gênero, idade, número de moradores na residência;
» Condições de paz e segurança;
» Existência de doentes crônicos e acesso ao serviço de saúde;
» Acesso aos direitos humanos fundamentais;
» Sistemas de boa governabilidade e equidade social;
» Valores tradicionais de caráter positivo;
» Costumes e convicções ideológicas que auxiliam na organização coletiva em geral;
» Carência de infraestrutura básica: água potável, saneamento, luz e telefonia.
CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA »
53PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
TIPO DE 
VULNERABILIDADE
DESCRIÇÃO FATORES DETERMINANTES
ECONÔMICA
O bem-estar e a situação econômica das
comunidades afetadas em comparação ao 
município.
» Distribuição de renda e desigualdade social;
» Pirâmide etária;
» Renda familiar, emprego formal e informal;
» Acesso aos benefícios federais.
AMBIENTAL Características oriundas do meio ambiente.
» Grau de esgotamento dos recursos naturais e o estado de degradação no relevo;
» Localização das áreas desmatadas;
» Água tratada;
» Conservação dos mananciais;
» Coleta de lixo no município;
» Exposição a contaminantes tóxicos e perigosos.
Fonte: adaptado de EIRD (2004).
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54PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Por fim, a vulnerabilidade também pode ser mensu-
rada levando em conta dados como o Coeficiente de 
Gini, o IDEB, o tipo de material de paredes das edifica-
ções e a vulnerabilidade social. Dessa forma, a vulne-
rabilidade social compreende parâmetros referentes a: 
» água, saneamento e promoção da higiene; 
» segurança alimentar e nutrição;
» moradia e assentamento; 
» saúde; 
» educação; 
» renda (DCSC, 2020).
VOCÊ SABIA?
O Coeficiente de Gini é um índice estatístico utilizado para medir a desigualdade social em relação à distribuição de 
riquezas em um determinado país, região, estado ou município. No Brasil, destacam-se o Instituto de Pesquisa Econômica 
Aplicada (Ipea) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na elaboração desses estudos.
Ideb significa “Índice de Desenvolvimento da Educação Básica”; ele foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação. É um indicador que compõe o Plano 
de Desenvolvimento da Educação para medir a qualidade da educação nas escolas públicas a cada dois anos por meio 
do rendimento escolar (aprovação e evasão) no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica e na Prova Brasil.
Informações sobre danos e prejuízos em desastres 
anteriores podem fornecer percepções valiosas para 
orientar a análise sobre as vulnerabilidades de um 
local. A UNDRR (2019) aponta que essas informações 
estão usualmente disponíveis na forma de banco de 
dados, os quais são especialmente úteis para compre-
ender as perdas cumulativas de alta frequência e baixa 
intensidade.
No entanto, deve-se ter em mente que esses dados 
devem ser tratados com cuidado, pois não necessaria-
mente representam o futuro.
Como citado no Curso 1 desta capacitação, além 
do Atlas Digital, muitos dados sobre os impactos dos 
desastres no país estão disponíveis no Relatório de 
Danos Materiais e Prejuízos Decorrentes de Desastres 
Naturais no Brasil, 1995 a 2019. Esse relatório pode auxi-
liá-lo na análise das vulnerabilidades do seu município.
 O Relatório de Danos e Prejuízos (RDP) possui uma 
aplicação online e uma versão em PDF, sinta-se à 
vontade para usar as duas em seus estudos.
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https://ftp.ceped.ufsc.br/danos_e_prejuizos_versao_em_revisao.pdf
https://ftp.ceped.ufsc.br/danos_e_prejuizos_versao_em_revisao.pdf
https://ftp.ceped.ufsc.br/danos_e_prejuizos_versao_em_revisao.pdf
https://relatoriodedesastres.ceped.ufsc.br/
https://ftp.ceped.ufsc.br/danos_e_prejuizos_versao_em_revisao.pdf
55PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Acompanhe o infográfico a seguir e veja como o banco de dados do relatório pode lhe ajudar.
APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE DANOS MATERIAIS E PREJUÍZOS
Como possível fonte de dados para a análise de vulnerabilidades
Fonte: Ceped/UFSC (2022).
https://relatoriodedesastres.ceped.ufsc.br/
56PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Além disso, dados indiretos ou históricos, como os já 
citados, podem apoiar na definição do grau de vulnera-
bilidade de, por exemplo, uma determinada comunida-
de. Porém, o ideal é coletar e analisar as informações no 
âmbito do próprio município, uma vez que estas forne-
cem uma visão mais próxima da realidade local. 
Lembre-se de que a atuação sistêmica, envolven-
do órgãos de saúde, habitação e assistência social do 
município, deve facilitar a caracterização da vulnera-
bilidade de áreas sujeitas a desastres, como a quan-
tidade de pessoas que necessitarão de abrigo, quais 
moradias serão mais danificadas e quais vias públicas 
poderão ser interrompidas, apoiando a caracterização 
da vulnerabilidade local e a definição das prioridades 
para o investimento em ações de prevenção e planeja-
mento para o enfrentamento de um desastre.
ARQUIVO SEDEC
57PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Agora, veja como 
definir e entender 
as vulnerabilidades 
enfrentadas no seu 
município.
Como eu determino e compreendo 
as vulnerabilidades do meu município?
Conforme identificado anteriormente no nosso 
exemplo, os danos humanos, as habitações e a 
agricultura são os setores mais atingidos pelo evento 
de movimento de massa no “município X”. Explorando 
as fontes de pesquisa disponíveis, especificamente 
por meio dos dados disponibilizados pelo IBGE 
e pela prefeitura local, foi possível classificar os 
setores censitários do “município X”, considerando 
aspectos como os padrões de projeto e material das 
edificações, a distribuição de renda domiciliar das 
famílias, a qualidade do abastecimento de água, 
entre outros. 
Além disso, dados relacionados ao meio ambiente, 
como a arborização de vias públicas, o esgotamento 
sanitário e a produção agrícola também foram 
considerados.
MAPA DE VULNERABILIDADE
Vulnerabilidade
Classe:
 Baixa
 Média
 Alta
58PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Finalmente, é preciso observar que os processos de 
vulnerabilidade estão também associados à, por exem-
plo, expansão das atividades industriais e agropecuárias 
nos municípios, incidindo na ocupação urbana, o que 
potencializa mais riscos, desastres e vulnerabilidades.
Nesse sentido, após a identificação dos fatores ou 
aspectos mais frágeis ou suscetíveis, faz-se necessário 
investigar de que maneira (como?) e por quais razões 
ocorrem (por quê?) os processos de vulnerabilidade. 
Com esse tópico, encerramos o detalhamento da 
análise dos fatores de risco. E você, com certeza, 
pôde notar queessa fase é complexa e exige muita 
atenção. Em razão disso, elaboramos um checklist 
(página 59) para você ter um resumo prático em mãos 
antes de avançar para a próxima etapa da avaliação de 
riscos de desastres.
A redução das vulnerabilidades 
depende efetivamente da 
ampliação das capacidades 
das populações, principalmente 
no que diz respeito à 
participação dessas pessoas 
nas ações e projetos de P&DC.
PIXABAY
59PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO
60PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
DIAGNÓSTICO 
DAS CAPACIDADES
A avaliação das capacidades é o processo pelo qual 
o nível de capacidade de um grupo, organização ou so-
ciedade é avaliado em relação a determinados objetivos 
desejados. Normalmente, o processo avaliativo consiste 
em identificar primeiramente as capacidades existentes, 
objetivando mantê-las ou fortalecê-las, e, depois, iden-
tificar lacunas para o planejamento de ações futuras. De 
acordo com o UNDRR, capacidade é definida como:
A combinação de todos os pontos fortes, 
atributos e recursos disponíveis dentro de uma 
organização, comunidade, ou mesmo de uma 
sociedade para gerenciar e reduzir os riscos 
de desastres e fortalecer a resiliência 
(UNISDR, 2017b, p. 32). 
O diagnóstico das capacidades inclui aspectos di-
versos e complementares como, por exemplo: existên-
cia de infraestruturas, presença de instituições fortes e 
atuantes, conhecimento e habilidades humanas, além 
de atributos coletivos, como adequadas relações so-
ciais e elevadas habilidades de liderança e gestão.
Outra expressão importante é a capacidade de en-
frentamento, que pode ser definida como: 
A faculdade das pessoas, organizações e sistemas, que usando 
suas habilidades e recursos disponíveis, gerenciam condições 
adversas, riscos ou desastres (UNISDR, 2017a).
As capacidades de enfrentamento contribuem para 
a RRD, sendo, portanto, fundamentais para atingir obje-
tivos de desenvolvimento. Considerando que a RRD re-
quer um envolvimento e parceria de toda a sociedade 
organizada, essa capacidade de enfrentamento requer 
igualmente uma consciência contínua, recursos e boa 
governança, tanto em tempos de normalidade como 
também durante desastres ou condições adversas.
IVAN FEITOSA, PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP
61PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
De certa forma, a capacidade representa 
um conceito inversamente proporcional a 
vulnerabilidade, pois quando uma determinada 
comunidade ou região não se prepara e é 
desorganizada nas ações de resposta aos 
desastres, dizemos que ela possui uma baixa 
capacidade de enfrentamento e, portanto, é 
provável que esteja mais vulnerável e acabe 
sofrendo mais acentuadamente com os 
impactos decorrentes do desastre.
Na prática e dependendo do contexto 
analisado, as capacidades podem ser 
entendidas como fatores associados à 
vulnerabilidade da população ou sistema em 
questão. O importante é, independentemente 
da etapa da análise, que esses fatores 
sejam considerados, principalmente para 
identificação das principais carências e 
consequente planejamento de ações que 
aumentem as capacidades ou diminuam as 
vulnerabilidades locais.
Quando analisamos comparativamente os diferentes 
fatores de risco (ameaça, vulnerabilidade e exposição) 
em relação à capacidade de enfrentamento de uma de-
terminada área de interesse, podemos observar diver-
sos elementos, dos quais destacam-se: a existência ou 
não de instituições consolidadas e atuantes, o conheci-
mento e as habilidades humanas e atributos coletivos 
existentes, a conscientização situacional dos moradores 
da região em relação à percepção de risco, os recursos 
(humanos, materiais, financeiros, tecnológicos) disponí-
veis para o enfrentamento de desastres, bem como as 
condições de boa governança e demais atributos de li-
derança, gestão e responsabilidade social.
Medir a "capacidade de enfrentamento" implica 
inevitavelmente na identificação e avaliação da 
governança local - estrutura das relações sociais 
entre os atores envolvidos (NAGAMATSU, 2009). 
Assim, ao avaliar as capacidades disponíveis no 
município, deve-se observar aqueles recursos e habili-
dades que podem reduzir os riscos e minimizar os im-
pactos de um desastre. Estas devem estar relacionadas 
com o tipo de ameaça e com o dano que pode acarretar. 
No caso de desastres que ocorrem de forma súbita 
e com alto potencial de ocasionar danos, como um ter-
remoto, a existência de um sistema de monitoramento e 
alerta local, de um plano de contingência para resposta 
rápida e de uma população bem-preparada podem re-
duzir as perdas de vidas.
DEFESA CIVIL DO RIO DE JANEIRO, RJ
62PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
O Great Hanshin Earthquake (“Sismo de Kobe” ou 
“Grande Sismo de Hanshin-Awaji”), terremoto que ocor-
reu em Kobe, no ano de 1995, foi o evento que impul-
sionou grandes esforços e políticas públicas globais 
voltadas à RRD, como o próprio Marco de Hyogo (NAGA-
MATSU, 2009). Ele é um exemplo de como a capacidade 
da população atingida em realizar as primeiras ações de 
resposta é fundamental em uma situação de desastre, 
visto que a maioria absoluta das pessoas foram resga-
tadas dos destroços por familiares, amigos, vizinhos e 
transeuntes, conforme ilustra o gráfico.
TRAZENDO PARA 
A REALIDADE
Ao observar o conceito de resiliência, pode-se 
concluir que ela está diretamente relacionada com o 
conceito de capacidade. O quão preparado um muni-
cípio está para responder a um desastre reflete na sua 
predisposição para agir de forma mais eficaz e retornar 
mais rapidamente à situação de normalidade.
 Como você aprendeu no Curso 1 , o termo 
resiliência trata da “capacidade de um sistema, 
comunidade ou sociedade exposta a ameaças de 
resistir, absorver, acomodar, se adaptar, transformar 
e se recuperar dos efeitos de um perigo de maneira 
oportuna e eficiente, incluindo a preservação e 
restauração de suas estruturas básicas essenciais 
e funções por meio da gestão de risco” (UNISDR, 
2017a).
M
A
SA
H
IKO
 O
H
KU
B
O
, D
IV
U
LG
A
ÇÃ
O
Sozinho
34,9%
Pelos 
amigos e 
vizinhos
28,1%
Pela equipe 
de resgate
1,7%
Pela família
31,9%
Pelos 
transeuntes
2,6%
Outros
0,9%
PERCENTUAL DE PESSOAS ASSISTIDAS
A tragédia deixou mais de 6.400 mortos, 
35 mil feridos e 300 mil desabrigados:
Fonte: NAGAMATSU. Shingo. Special Researcher, National 
Research Institute for Earth Science and Disaster Prevention 
(NIED), abr. 2007 a mar. 2009.
63PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Para pensar: é razoável constatar que a probabilidade de ocorrerem perdas, 
principalmente de vidas e de pertences, é menor na Comunidade X do que na Y? 
64PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL: GESTÃO DE RISCO – CURSO 3
CAPACITAÇÃO EM PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Entendido o processo de diagnóstico das capacidades de organizações, comunidades e sociedade presentes na sua região de atuação, falta 
dimensionar e representar graficamente o risco, o que condiz com a última etapa de avaliação de risco.
DIMENSIONAMENTO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO RISCO
DIMENSIONAMENTO DO RISCO
Observamos anteriormente que o conceito do Ris-
co de Desastre está relacionado com a probabilidade de 
determinado evento ocorrer e quais as consequências 
negativas esperadas. Conforme estudamos nas unidades 
anteriores, essa probabilidade está relaciona a ameaça, 
enquanto a exposição e a vulnerabilidade podem ser 
medidas em termos de “perdas possíveis”, ou seja, o im-
pacto esperado. Assim sendo, o risco de desastre pode 
ser dimensionado ou calculado pela combinação dos 
elementos aplicados à fórmula a seguir:
FÓRMULA PARA CÁLCULO DO RISCO
Fonte: Ceped/UFSC

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