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1 Helmintoses em bovinos Características gerais: Baixa produtividade ao rebanho Retardamento no desenvolvimento dos animais Aumento de taxa de mortalidade dos bovinos (principalmente em a. jovens). Elevado custo relacionado aos tratamentos. Alta densidade populacional animal e a sistemas intensivos de manejo, principalmente relacionado à bovinocultura leiteira. Desenvolvimento e na sobrevivência das larvas nas pastagens e na manutenção das infecções nos animais. Fatores climáticos Perfil genético Características das pastagens Aspectos Epidemiológicos: No Brasil grande parte da criação ainda é feita em regime de pasto ou parcial, o que leva a constantes infecções por parasitos presentes nas pastagens. Animais sujeitos a uma criação mais intensiva são forçados a se alimentar sem muita seletividade e próximos aos bolos fecais. Essa proximidade ambiental, faz com que adquiram cargas parasitárias maiores de vermes, o que, somado ao fator nutricional, leva a uma queda de imunidade e maiores percentuais de mortalidade. Dados Epidemiológicos: Estudo: Haemonchose em bovinos no estado de Mato Grosso do Sul. Foram analisadas 12 propriedades rurais distribuídas aleatoriamente pelo estado, sendo calculados os percentuais de distribuição e prevalência dos gêneros de nematódeos recuperados das coproculturas e também das espécies de Haemonchus sp. Foram coletadas amostras de fezes de bovinos de corte ( 8 e 12 meses de idade) Infectados naturalmente por helmintos gastrointestinais e sem histórico de tratamento recente por anti-helmínticos. As fezes foram retiradas da ampola retal dos animais, armazenadas em caixas térmicas, refrigeradas: coproculturas com pool de fezes dos animais positivos. Geovanna Ponte 2 Características Gerais: Apresentam-se um ciclo evolutivo direto, com um período de desenvolvimento no hospedeiro, denominado fase parasitária e outra no ambiente, denominado de vida livre. A fase ambiental inicia-se com a liberação dos ovos nas pastagens, por meio das fezes, e posterior liberação das larvas que se desenvolvem até o estágio infectante (L3) em condições ideais, como temperatura entre 18 a 26°C e umidade entre 80 a 100%. Os resultados demonstraram que os gêneros com maior percentual de infecção encontrados foram Cooperia sp. e Haemonchus sp. e a espécie H.placei apresentou o maior percentual de infecção dentre as amostras analisadas. Espécies: H.placei e H.similis: bovinos, ovinos e caprinos. Substância anticoagulante no local onde se fixam, provocando grandes perdas de sangue. Sinais clínicos e Diagnóstico: Anemia Edema submandibular Emagrecimento Diarreia Diagnóstico: Coproparasitológico Geovanna Ponte 3 Características Post-mortem: No exame pós-morte, a carcaça esta emaciada (perda de massa muscular), os linfonodos mesentéricos aumentados de volume e a mucosa do colón espessada, congesta e recoberta por uma camada de muco em que os vermes estão espalhados. Os nódulos provocados pela L4 principalmente no intestino grosso têm 0,5 a 3 cm de diâmetro e compreende um núcleo central caseoso. Larvas L1, L2 e L3: os ovos são eliminados com as fezes do hospedeiro. Larva ingerida, muda para L4, após 4 dias de infecção e os adultos imaturos surgem depois de 10 dias de ingestão. Espécies: C. curticei: ovinos, caprinos: ID, raramente no abomaso. C. oncophora: bovinos, ovinos: ID, raramente no abomaso. *Mais patogênica para os bezerros. C. pectinata: bovinos, ovinos: ID, raramente no abomaso. C. punctata: bovinos, ovinos: ID, raramente no abomaso. Sinais clínicos: Diarreia Anorexia Enterite Espessamento da parede intestinal Hemorragias Invadem a mucosa do duodeno e sugam sangue T. axei: abomaso, e ocasionalmente ID dos bov, caprinos e ovinos. Hospedeiros: Ruminantes, equinos, suínos e homem. Geovanna Ponte 4 L1: larva rabditoides L3: larva filarioide (infectante) Ingestão pelo hospedeiro, de acordo com a espécie. Deixa a cutícula e muda para a L4. Lesões na mucosa do abomaso e do ID; Gastrite e Enterite; Hiperemia e Infiltração de linfócitos. Controle: Drenagem de campos alagadiços; Rotação de pastagens; Desinfetar o estrume, com finalidade de destruir os ovos ou as larvas; Incinerar as vísceras de animais mortos ou abatidos; Povoar as pastagens com os animais negativos para parasitos (rotação da pastagens), comprovados com exames parasitológicos de fezes. Tratamento: Levamisole: 4,5 mg/kg Vias: SC (subcutânea) e IM (intramuscular) Período de carência: Não abater animais destinados ao consumo humano antes de decorridos 7 dias da última aplicação em bovinos. O leite não deve ser destinado ao consumo humano, antes de 96 horas (4 dias) após o término do tratamento. Características Gerais: Formam-se os nódulos: vermes nodulares Ingestão de L3 que penetram na mucosa do ID; Nódulos: L4; L4- Cólon- Estágio adulto. Tratamanto: Ivermectina pour on. Dose: 500mcg/kg. Abamectinas (animais jovens), SC. Dose: 200 mcg/kg. 1,0 mL para cada 50 kg (Virbamax®); Levamisole. Controle: Geovanna Ponte 5 Os tratamentos devem ser estratégicos, baseados na estação do ano e utilizando dosagens adequadas de anti- helmínticos para evitar a resistência do parasito aos fármacos. No controle das verminoses é fundamental manter sempre limpa e desinfetada as instalações, utilizando desinfetantes pelo menos uma vez por semana e separando os animais quando possível por faixa etária. Porém, nada terá valor se não houver alimentação adequada, através do fornecimento de pastagens de boa qualidade e de sais minerais de boa procedência, pois sem nutrição os animais estarão vulneráveis ao parasitismo, que aproveita a debilidade orgânica pela carência nutricional, para levá-los a uma alta morbidade e mortalidade. Echinococcus granulosus: Características Gerais: Hidatidose é uma doença que desenvolve-se em vários órgãos, mas principalmente no fígado e pulmão (cistos de 5-10 cm). Taeniidae de pequenas proporções: 4 a 5 proglótides, última gravídica. Adultos em carnívoros: Larva Hidátide ou Cisto hidático: em mamíferos. (6-12 meses). Hospedeiro definitivo: cão ou outros canídeos selvagens. Hospedeiros intermediários: ovinos, bovinos e seres humanos. O ovo embrionado eliminado nas fezes do cão é ingerido por um dos hospedeiros intermediários. A oncosfera liberada dos ovos no intestino do hospedeiro intermediário segue pela circulação sanguínea até o fígado, ou pela circulação linfática até os pulmões. Quando o hospedeiro definitivo ingere tecidos de hospedeiros intermediários contendo cistos viáveis, o ciclo recomeça. Sinais clínicos: HD: Normalmente não se manifesta no cão. Infecção maciça: diarreia catarral hemorrágica. HI: Hidatidose hepática: perda de apetite, ruminação alterada, diarreia, emagrecimento e hipertrofia do fígado. Hidatidose pulmonar: tosse, aumento da frequência respiratória: dispneia, febre. Geovanna Ponte 6 Diagnóstico, Controle e Tratamento: Diagnóstico: Proglótide nas fezes do cão. Controle: Educação sanitária do homem; Controle e tratamento do cão com vermífugo; prevenção da reinfecção do cão; Evitar que os cães se alimentem com vísceras cruas de bovinos, ovinos, caprinos e suínos;Criar os bovinos em melhores condições, como pastagens cercadas. Inspeção sanitária nos frigoríficos. Cães: Praziquantel: 5 mg/kg. Bovinos: Cirúrgico (?), Mebendazole, Albendazole. Infecção moderada Restrição comercial: Não é permitida a incisão em carnes nobres. O bovino, hospedeiro intermediário, ingere os ovos de Taenia saginata eliminados pelo hospedeiro definitivo, o homem. Os embriões penetram na parede intestinal e pela circulação sanguínea são carreados para várias partes do corpo do animal, onde se desenvolverão os cistos. Há grande disparidade na literatura quanto aos locais de predileção dos cistos de Cysticercus bovis, porém, para a maioria dos autores, os metacestoides são encontrados principalmente nos músculos mais irrigados, notadamente músculos mastigatórios e coração. Geovanna Ponte 7 Etiologia: O hosp. Definitivo (homem): se infecta ao ingerir os cisticercos contidos em carne de bovino crua ou mal passada. O hosp. Intermediário (bovino): se infecta aos pastar em campos contaminados com ovos de T. saginata ou beber água poluída com embrióforos da tênia ou alimentos com ovos de verduras e frutas cruas e mal lavados. Sintomatologia: Grande maioria dos casos assintomáticos Tratamento: Albendazole: Dose: 7,5 mg/kg, via parenteral, SC. 2,2 mL- 44 kg. Tempo de ação do medicamento: 60 a 90 dias antes do abate. Tempo de carência: 14 dias entre o último tratamento e o abate dos animais destinados ao consumo humano. Descartar o leite até 72 horas após à administração Diagnóstico e Controle: Exame Parasitológico: Proglótides nas fezes (humano). Necropsia: Cisticercos nos animais (coração, músculos mastigadores, língua). Educação sanitária do homem; uso de instalações sanitárias, inspeção sanitária em frigoríficos; carcaças incineradas; produtos de origem animal bem cozidos. Características Gerais: Espécies de Eurytrema spp. vivem principalmente nos ductos pancreáticos e ocasionalmente nos ductos biliares de bovinos, búfalos, camelos, veados, cabras, ovinos, porcos e seres humanos. No Brasil, E. coelomaticum é descrita como a espécie mais comum nos ductos pancreáticos de bovinos, ocorrendo, principalmente, nas regiões Central, Sudoeste e Sul. Aspectos Epidemiológicos: Aumento de prevalência de casos. Crescimento de 17,15% em Minas Gerais; Geovanna Ponte 8 70% no Estado de São Paulo; Tratamento e Controle: Albendazole: (17,5 mg/kg), não alterou de forma significativa a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) de Eurytrema spp. Não permitir os animais defecarem próximos a água; Drenagem de campos alagadiços; Rotação de pastagens. Geovanna Ponte
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