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LEUCEMIAS AGUDA E CRÔNICA

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LEUCEMIAS AGUDA E CRÔNICA 
INTRODUÇÃO 
“Por definição, leucemias são tumores que possuem uma 
origem na medula óssea e que provocam um acumulo de 
células brancas doentes na medula óssea.” 
As células brancas também conhecidas como leucócitos do 
organismo são as células responsáveis pela defesa, sendo 
originadas tanto da linhagem linfoide em que se formam 
os Linfócitos T e os Linfócitos B responsáveis pela resposta 
imune do organismo, enquanto outros surgem também da 
linhagem mielóide, a mesma das hemácias, são aquelas do 
tipo granulocitos como neutrófilos, basófilos e eosinófilos 
e ainda os monócitos que posteriormente se transformam 
em macrófagos ao saírem da corrente sanguínea. 
 
Entendendo as linhagens, é possível então classificar tipos 
de leucemias encontradas, assim como suas subdivisões 
conforme a linhagem célula a ser comprometida: são as 
leucemias podem ser agudas ou crônicas, assim como 
podem afetar a linhagem mielóide e a linhagem linfoide de 
pacientes. Dessa maneira, existem quatro principais tipos 
de leucemias. 
I – Leucemia Linfóide Aguda (crianças) ou LLA 
II. Leucemia Mielóide Aguda (adultos) ou LMA 
III. Leucemia Linfóide Crônica (idosos) ou LLC 
IV. Leucemia Mielóide Crônica ou LMC 
ENTENDENDO AS LEUCEMIAS... 
As leucemias são um tipo de câncer e assim como qualquer 
tipo de neoplasia, apresentam um fator genético bastante 
presente, não sendo diferente na leucemia, que em outras 
palavras, consistem em uma neoplasia da linhagem branca 
do sangue, dos leucócitos. 
Dessa maneira, ocorre uma mutação genética de qualquer 
tipo que leva a produção de genes oncológicos que levam 
a produção de células defeituosas leucocitárias, que então 
se multiplicam e formam o quadro de leucemia. 
Em outras palavras, uma mutação genética ocorre dentro 
de cromossomos responsáveis pela expressão de genes em 
que irão estimular a produção de células brancas leucócito 
pela medula óssea. Uma alteração mutante faz com que a 
expressão de genes não ocorra corretamente, sendo logo 
expressado onco-genes que levam a medula óssea a fazer 
a produção de células danificadas que se multiplicam ao 
longo do processo de produção, originando a leucemia. 
Quanto a diferenciação em aguda e crônica se dá pelo fato 
de quais são as células que são afetadas dentro linhagens, 
independentemente de quais sejam aquelas linhagens em 
questão: as leucemias agudas são aquelas em que células 
afetadas são as células jovens, os BLASTOS, que não possui 
função nenhuma dentro do sistema imune ao não ser levar 
a produção de células maduras. Essas leucemias agudas 
são mais jovens devido ao acumulo de células sem função 
no organismo, que não produzem células maduras. 
Já as leucemias crônicas são aquelas que duram por mais 
tempo, em que o paciente consegue conviver mais, sendo 
menos graves, que afetam as células maduras da linhagem 
que apesar de serem células doentes ou defeituosas, ainda 
podem possuir alguma função relevante para o organismo 
e não são apenas células acumuladas e descartáveis que só 
servem para gerar doenças como no caso dos Blastos que 
são afetados na leucemia aguda. 
 
LEUCEMIAS AGUDAS: LLA E LMA 
Na Leucemia Aguda, denominada justamente de Aguda ao 
afetar as células bebes da linhagem mielóide ou linfoide do 
organismo, faz com que se tenha um acumulo células das 
células jovens, em detrimento de células maduras, tendo o 
acumulo de células sem funções, que causam doenças, não 
produzem células maduras, por isso é mais grave. 
Os sintomas e manifestações clínicas começam aparecer 
conforme o evoluir da doença e acumulo de blastos bebes 
dentro da medula. Inicialmente se tem a presença de um 
quadro de febre causado pela produção dessas células. 
Com o passar do tempo, o acumulo celular passa a ser tão 
intenso que provoca uma ocupação da medula gigantesca 
fazendo com que não tenha mais espaço para produção de 
novas células comuns da medula como hemácias, plaqueta 
e também leucócitos normais, ocorre um quadro típico de 
pancitopenia. Nesse momento, o paciente ainda crianças 
possui anemia, equimoses e dores ósseas características 
de um quadro de leucemia, principalmente linfoide. 
Em um segundo momento, esses blastos muito elevados 
na medula óssea, começam a sair e cair no sangue ou nas 
corrente sanguínea. Nesse momento, pode-se ocorrer no 
hemograma um aumento da quantidade de leucócitos, em 
nomes técnicos, uma leucocitose por blastos em que essa 
pessoa passa a ter ao mesmo tempo, anemia, quedas nas 
plaquetas e leucocitose por blastos com números grandes 
como 100.000 blastos por mm cúbico, sendo que o normal 
é de no máximo 11.000. Lembrando que pessoas normais 
não possuem blastos no sangue de maneira nenhuma. 
Essa elevada quantidade de células no sangue, torna esse 
sangue mais espesso provocando um fenômeno chamado 
de Leucostase em que se tem cefaléia, dispneia por causar 
uma maior dificuldade nas trocas gasosas pulmonares nos 
alvéolos capilares. Mas nada que não possa piorar, esses 
blastos bebes em alta quantidade no sangue começam a 
invadir o tecidos causando sintomas diversos em inúmeros 
órgãos: hepatoesplenomegalia, linfonodomegalia, além de 
lesões cutâneas, aumento da orbita ocular, aumento das 
gengivas, lesões no SNC e até em testículos. 
 
O diagnóstico definitivo é feito identificando a presença de 
blastos na MO por meio da biopsia ou do aspirado como se 
fosse um mielograma da medula em que se tiver mais de 
20% do total de células forem blastos, é diagnostico final 
de Leucemia. O tipo de blastos, se pertencente a linhagem 
mielóide ou a linhagem linfoide indicará qual leucemia o 
paciente possui, sendo LLA ou LMA. Lembrando que todos 
os seres humanos possuem blastos na medula, mas não 
em grandes quantidades, quem tem grande quantidade na 
medula é leucemia. E quem tem no sangue, é leucemia. 
Lembrando que mesmo que o paciente possua um quadro 
de Leucocitose com aumento dos blastos sérico, ele possui 
uma suscetibilidade para infecções oportunistas já que os 
blastos não possuem funções imunes como possuem essas 
células maduras. É muito comum de ocorrer infecções em 
pacientes com leucemia, principalmente apresentando um 
quadro de febre. 
 
LEUCEMIA MEILÓIDE AGUDA (LMA) 
O quadro clínico da LMA segue os padrões das leucemias 
com a presença de anemia tendo palidez e mucosas pouco 
coradas, plaquetopenia com aparecimento de equimoses 
e petéquias, pode apresentar febre pela leucopenia, além 
de sinais de Leucostase como hepatoesplenomegalia, além 
de feridas na pele, orbita ocular e no SNC. Esse quadro é o 
quadro geral de casos de leucemia. 
No quadro clínico mais específico da LMA que diferencia 
dos quadros de LLA é primeiramente a faixa etária em que 
ocorre, sendo a LMA mais comum em adultos, enquanto a 
LLA é o tipo de Leucemia mais comum em crianças. Nessas 
leucemias, depende muito de onde ocorreu o processo, ou 
seja, em quais locais da linhagem mielóide, podendo ter a 
variação dos sintomas: 
M2: Cloroma (massa tumoral que afeta a orbita ocular) 
M3: CIVD (sangramento total) 
M4 e M5: hiperplasia gengival mais comum de ocorrer. 
 
Esses sintomas são comumente encontrados na LMA, mas 
que não indicam o fechamento do diagnóstico para LMA já 
que os sintomas podem ser mais comuns em algum tipo de 
Leucemia Aguda, mas não exclusivamente. Para fecharmos 
um diagnóstico de LMA é apenas pesquisando na MO qual 
os blastos que se encontram aumentados: 
MORFOLOGIA – Bastonetes de Auer 
CITOQUÍMICA – Mieloperoxidase (coloração) 
IMUNOFENOTIPAGEM – CD 3334-1413 
CITOGENÉTICA – cariótipo ou FISH (translocação) 
OBS: é comum de aparecer aumento de mieloblastos com 
o quadro de hiperplasia gengival, gengivorragia e febre 
não muito elevada. Lembrando sempre que não é comum 
de se aparecer blastos no sangue, e a quantidade de 
blastos na medula óssea não ultrapassam20% do total de 
células. Assim como quadro de anemia, plaquetopenia mas 
com leucocitose é indicativo de suspeita de leucemia aguda 
principalmente em pacientes mais adultos. 
O tratamento específico da LMA é por meio quimioterapia 
assim como a grande maioria das neoplasias, tendo uma 
exceção no subtipo M3 que se realiza ácido transretinoico 
ou ATRA. Lembrando que a quimioterapia provoca quadro 
de pancitopenia por destruir as células tumorais claro, mas 
destrói também células com elevada capacidade de serem 
multiplicadas como as próprias células hematológicas das 
hemácias e plaquetas. 
O tratamento de suporte visa exatamente corrigir quadros 
de pancitopenia: iniciando pela anemia, em pacientes com 
leucemia é aconselhável manter os valores de Hb maiores 
do que 6-7 sendo em cardiopatas, maiores do que 8-9. As 
doses de hemácias geralmente são 1 CHA = 1,0 Hb, ou seja, 
1 concentrado de hemácias são iguais a 1 ponto de Hb mais 
alto. 
A plaquetopenia é corrigida também, principalmente caso 
de queda muito acentuada das plaquetas, por meio de um 
esquema de 1U para 10 kg do paciente, segundo for essa 
necessidade: 
< 10.000 = SEMPRE TRANSFUNDIR; 
< 20.000 = SE FEBRE OU INFECÇÃO; 
< 50.000 = SE SANGRAMENTO ATIVO; 
A leucopenia merece atenção especial, sendo a principal e 
mais grave alteração a neutropenia febril em que o doente 
possui uma queda acentuada nos valores de neutrófilos e 
um quadro associado de febre: os neutrófilos ficam menor 
do que 500/mm3 com 1 pico de febre maior do que 38º C 
por mais de 1 hora. Esses quadros de neutropenia são de 
certa forma, extremamente graves. 
A gravidade do quadro de neutropenia febril ocorre devido 
ao paciente apresentar um quadro de infecção mostrado 
pela febre, mas que não apresenta uma reação imune bem 
estabelecida, formando aglomerados de células que levam 
a identificação do local da infecção. É o que ocorre casos 
de pacientes com pneumonia por exemplo, não ocorre a 
formação de consolidações nos pulmões que evidenciam 
os neutrófilos brigando contra a bactéria. A neutropenia 
febril evidencia uma infecção silenciosa e não rastreavel e 
que dificulta muito o diagnóstico de saber onde está tendo 
a infecção. 
É por esse motivo que o tratamento inicial é colher cultura 
de qualquer porção do corpo em que se tem uma suspeita 
maior de infecção na tentativa de encontrar a bactéria ou 
o causador da infecção e de primeiro momento já realizar 
administração de antibiótico para bactérias gram negativa 
como as Pseudomonas ssp que são as responsáveis por ter 
quadros mais graves de infecção sendo a droga escolhida 
o Cefepime. 
I. CULTURA + ATB X PSEUDOMONAS = CEFEPIME IV 
II. ATB X GRAM POSITIVAS = VANCOMICINA IV 
III. NÃO MELHORA APÓS 4 A 7 DIAS = ANTIFÚNGICOS IV 
Todos esses três passos citados anteriormente para que se 
tenha administração dos medicamentos é realizado dentro 
do ambiente hospitalar via intravenosa, sendo necessário 
a internação do paciente. Em casos mais leves, pode-se ter 
opção do tratamento ambulatorial, com expectativa de se 
ter aumento dos neutrófilos em até 7 dias, sem sintomas 
de disfunção orgânica ou do TGI. 
I. CIPROFLOXACINA + AMOXICILINA/CLAVULANATO VO. 
Lembrando que os quadros de pancitopenia podem ser um 
resultado propriamente dito da própria leucemia, mas em 
pacientes que realizam a quimioterapia que é tratamento 
especifico para LMA pode-se apresentar como um desses 
efeitos colaterais, a própria pancitopenia. É necessário que 
se realize juntamente com a quimioterapia, transfusão de 
hemocomponentes, assim como manutenção dos níveis 
normais dessas células, evitando novos sintomas. 
 
SÍNDROME DA LISE TUMORAL 
A síndrome da lise tumoral é um dos efeitos da realização 
da quimioterapia, que se obtiver sucesso, promovem uma 
destruição das células tumorais em massa. No entanto, a 
destruição dessas células em massa faz com que se tenha 
a liberação enorme de conteúdo intracelular, levando logo 
a consequências graves para o organismo que devem ser 
tratadas. Lembrando que é uma emergência oncológica. 
A primeira complicação é a HIPERCALEMIA que ocorre por 
aumento dos níveis séricos de potássio por conta de ter o 
potássio abundantemente na células, e após ocorrer essa 
destruição, o potássio é liberado na corrente sanguínea e 
é a complicação mais grave que pode levar a arritmias, dor 
no peito, alteração dos batimentos cardíacos e fraqueza. 
A segunda complicação é o aumento do fosfato também 
pelo mesmo mecanismo da hipercalcemia devido ocorrer 
a destruição celular. A HIPERFOSATEMIA leva ao consumo 
de cálcio, já que o fosfato se liga ao cálcio facilmente, logo 
ocorrer uma HIPOCALCEMIA acentuada e formação ainda 
de compostos de Fosfato de Cálcio que podem causar um 
acumulo no sangue e nefropatias, assim como cálculos dos 
rins ou pedra nos rins. 
A terceira complicação é o aumento do ácido úrico sérico 
por destruição intensa de DNA celular podendo levar aos 
quadros de gota, uricemia elevada e nefropatia também e 
dessa forma, prejudicar ainda mais o paciente. Recomenda 
se o uso de Alopurinol em pacientes que irão iniciar esses 
tratamentos quimioterápicos para evitar uricemia. 
O tratamento para todas essas complicações é hidratação 
a fim de promover um aumento do fluxo renal, liberando 
maiores quantidades de potássio na urina, assim como ter 
uma profilaxia para cálculos renais e nefropatias, sendo a 
hidratação inclusive uma das melhores formas de evitar a 
formação de cálculos renais, assim como a uricemia junto 
com uso de Alopurinol. 
 
LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA – LLA 
 
É o câncer mais comum das crianças, entre todos os tipos 
de câncer existentes. Dentro da própria linhagem linfoide 
é mais comum de ocorrer nos Linfócitos B, assim como os 
casos de Linfomas. Apresentam inúmeros subtipos como 
os subtipos T, L1, L2 e L3, sendo o T comum da linhagem 
do Linfócito T, enquanto o L1 dos linfócitos B com maiores 
prognósticos de cura, ocorrendo mais em crianças. 
Apresentação clássica de leucemia também ocorre nesses 
casos de LLA com uma pancitopenia, que leva aos sintomas 
de Astenia por conta da anemia, febre por conta também 
da leucopenia, equimose e petéquias por conta da queda 
das plaquetas. Posteriormente os blastos entram corrente 
sanguínea e se acumulam, causando a Leucostase, tendo a 
elevação da viscosidade sanguínea que pode gerar quadro 
de hepatoesplenomegalia, cefaléia, dispneia e lesões pele, 
orbita ocular e gengivorragia ou hiperplasia gengival que 
são mais frequentes na LMA. 
Na apresentação clínica especifica da LLA é comum de se 
ter o aparecimento de dor óssea, principalmente crianças 
reclamando de dor em articulações ou dores nos ossos, já 
os Linfócitos T possuem uma afinidade muito grande com 
linfonodos, ocorrendo nesses causos linfonodomegalia, e 
maiores acometimentos do SNC e dos testículos, o que não 
ocorre com frequência na LMA. Para curiosidade, é comum 
de se realizar quimioterapia intratecal no SNC injetando 
direto no líquor para evitar recidivas desse tumor no SNC. 
O diagnóstico é feito a partir de estudo da medula feito por 
meio do mielograma da medula, tendo a contagem >> 20% 
de blastos na composição. Lembrando que os diagnósticos 
de câncer são confirmados apenas que se tenha prova 
histopatológica. 
MORFOLOGIA – .... 
CITOQUÍMICA – PAS (Ácido Periódico de Schiff) (coloração) 
IMUNOFENOTIPAGEM – CD 10, 19, 20 (B) – CD 3, 7 (T) 
CITOGENÉTICA – cariótipo ou FISH 
O tratamento é o mesmo da LMA, com quimioterapia em 
tratamento especifico e medidas de suporte para quedas 
nos glóbulos vermelhos e plaquetas, com atenção especial 
para neutropenia febril e síndrome da lise tumoral em que 
pode ocorrer na quimioterapia. Uma quimioterapia mais 
direcionada ocorre nesses casos no SNC principalmente 
pelos Linfócitos acometerem essa região mais do que nos 
quadros agudosde LMA que é a quimioterapia intratecal 
com quimioterápicos administrados diretamente no líquor 
cerebral. 
LEUCEMIAS CRÔNICAS: LMC E LLC 
As leucemias crônicas seguem as mesmas definições uma 
leucemia em geral, ocorrendo aumento de células brancas 
na medula óssea e no sangue devido a presença de tumor 
na medula óssea. No entanto, nesses casos se encontra um 
aumento dos valores de células adultas, sejam da linhagem 
mielóide como da linhagem linfoide, de células maduras e 
não mais células jovens como antigamente. 
É comum nesses casos ocorrerem aumento também célula 
de outras linhagens como hemácias ou glóbulos vermelho 
e de plaquetas também. Não é comum de ocorre aumento 
das hemácias, inclusive, sendo raro e quase não ocorre. 
Nesses casos, as manifestações clínicas e evolução doença 
são mais brandas e mais arrastadas já que as células muito 
produzidas são células adultas que possuem uma função 
de resposta imune muito bem estabelecida. Nesses casos, 
o processo fisiopatológico se mantém o mesmo, com uma 
produção aumentada de leucócitos, mas que nesses casos 
são adultos. 
Esses leucócitos vão para o sangue, dessa vez, com maior 
facilidade, já que o local ideal deles não é na medula óssea 
mas sim no sangue, ocorre o processo de leucemizaçao no 
sangue. Nesse momento, o paciente apresentará quadro 
de LEUCOCITOSE, MAS DIFERENTEMENTE DAS AGUDAS, 
DE CÉLULAS VELHAS/MADURAS como células Linfócitos T 
ou Linfócitos B, eosinófilos, basófilos e de neutrófilos. E 
não mais de blastos. 
Se essa contagem for extremamente exagerada, as células 
adultas irão se acumular excessivamente no sangue, tendo 
o sangue se tornado mais viscoso e podendo gerar quadros 
de cefaléia e dispneia. Assim como posteriormente ocorre 
uma infiltração tecidual dos leucócitos velhos provocando 
os sintomas de hepatoesplenomegalia, sintomas na pele e 
nas gengivas, aumento dos linfonodos, acometimento dos 
SNC e dos testículos e assim por diante. 
A diferença agora será novamente entre as linhagens tipo 
mielóide e linfoide, tendo o acumulo de diferentes células 
maduras e não mais de blastos que podem configurar esse 
quadro de Leucemia Mielóide Crônica ou LMC ou quadros 
de Leucemia Linfóide Crônica ou LLC. 
LEUCOMETRIA DIFERENCIAL 
Desvio para esquerda: utiliza esse termo médico quando 
ocorre quadros de infecções recentes em que se tem um 
aumento dos neutrófilos jovens no sangue para combater 
uma infecção inicialmente. Em outras palavras, o corpo já 
mandou todas as células neutrófilos adultos e precisa de 
mais ajuda na guerra, então manda os jovens também. 
Desvio para direita: ocorre em fases que são mais tardias 
de infecções graves, em que os jovens já amadureceram e 
se tornaram adultos, sendo nesses casos, possível observar 
um aumento exagerado de neutrófilos segmentados, e não 
de bastonetes e neutrófilos mais jovens. 
 
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA (LMC) 
Como o próprio nome já diz, ocorre o acumulo de células 
do sistema imune especificamente da linhagem mielóide 
nas fases adultas. Sendo as principais células granulocitos 
como basófilos, eosinófilos e neutrófilos. 
Assim como todos os casos de câncer, é necessário ocorrer 
mutações genéticas para que seja possível posteriormente 
ocorrer as diferenças encontradas. No caso da LMC, existe 
uma mutação específica como causa principal que é uma 
translocação entre os genes 9 e 22 como se trocassem os 
braços dos cromossomos e produzissem um cromossomo 
com genes novos ligados entre si pertencentes esses dois 
cromossomos em especial. Esse cromossomo formado é 
denominado de Cromossomo Philadelphia. 
Essa translocação gera a produção de um novo gene que é 
responsável por transcrever a expressão de uma proteína 
que não existe naturalmente, a Tirosina Quinase, sendo a 
responsável pela proliferação e aumento da leucocitose 
que é encontrada na LMC. Pensando nesse mecanismo, o 
tratamento atual visa justamente impedir a atuação dessa 
proteína a fim de evitar a leucocitose e todos os sintomas 
da LMC. 
Como já dito ocorre nas leucemias crônicas um aumento 
das células adultas, no caso da linhagem mielóide ocorre o 
aumento obviamente dos granulocitos, tendo destaque o 
aumento dos basófilos que é muito especifico para casos 
de LMC. Aumentam também os neutrófilos e eosinófilos 
que são menos específicos, assim como plaquetas. 
No entanto, como se pode diferenciar um quadro em que 
se tem uma leucocitose mielóide de um caso infeccioso em 
que também se tem leucocitose? É necessário dosar uma 
proteína denominada Fosfatase Leucocitária responsável 
por estimular a produção de granulocitos para combate de 
infecções, mas no caso de leucemia em que essa produção 
aumentada se dá pelo tumor, essa enzima estará baixa o 
que não ocorre em casos de infecções em que ela encontra 
se muito elevada preparando as células para a guerra. Em 
casos que não configura leucemia com leucocitose chama-
se de REAÇÃO LEUCEMÓIDE. (Questão observar ocorre um 
aumento de todas as células da linhagem mielóide menos 
de hemácias, mas de basófilos, eosinófilos e neutrófilos) 
Assim como ocorre nas outras leucemias, o aumento célula 
no sangue exageradamente pode provocar um aumento 
da viscosidade sanguínea, gerando uma Leucostase. Além 
de ocorrer aumento das plaquetas, uma plaquetose, o que 
não ocorre nas leucemias agudas, aumentando as chances 
de formação de trombos, ocorrendo a trombocitose. E as 
células da linhagem adulta mielóide possuem uma atração 
pelo baço, podendo ser uma causa de esplenomegalia os 
quadros de LMC. 
O diagnóstico é feito procurando na medula óssea ou ainda 
no sangue periférico a presença do gene BCR/ABL formado 
pela translocação do cromossomos 9 e 22 ou ainda próprio 
cromossomo Philadelphia. Não é necessário ia na medula 
apenas já que o sangue possui a presença das células mais 
adultas com maior facilidade do que nas leucemias agudas. 
Logicamente, esse paciente consegue conviver com a LMC 
durante a vida toda, já que possui células funcionais com 
um número elevado no sangue, sendo o fenômeno próprio 
de Leucostase não tão comum assim de ocorrer. Então os 
pacientes permanecem durantes anos, pouco possuem as 
infecções e seguem a vida normalmente, talvez com uma 
discreta esplenomegalia. No entanto, o maior problema da 
LMC é se ocorre quadro de mutação adicional na medula 
óssea que venha causar agudização da LMC denominada 
crise blástica em que o paciente começa a ter um aumento 
também de blastos e a taxa de mortalidade aumenta 
consideravelmente, em que a maioria dos pacientes 
acabam vindo a falecer. 
É por esse motivo, ser necessário o tratamento mesmo que 
o paciente possua uma ótima convivência com a doença a 
fim de prevenir que possíveis novas mutações levem então 
a piora do quadro e morte. O tratamento é feito utilizando 
fármacos que inibem a ação da Tirosina Quinase e em caso 
mais grave que o paciente não responde mais a esse tipo 
de tratamento farmacológico é indicado o transplante de 
medula óssea. 
 
 
LEUCEMIA LINFÓIDE CRÔNICA OU LLC 
É a Leucemia típica do idoso, que vem se tornando a mais 
comum do ocidente segundo a Sociedade Europeia. Nesse 
caso ocorre mais predominância na linhagem Linfócito B 
do que do Linfócito T, que serão produzidos linfócitos tipo 
modificados e mutantes que irão perder sua função defesa 
como se fossem células jovens. Esses linfócitos passam a 
expressarem diferente CD, sendo o principal o CD5. 
Os Linfócitos B são aqueles responsáveis pela produção de 
anticorpos ou também denominados de imunoglobulinas 
gama. Para que esses linfócitos B consigam produzir esses 
anticorpos, eles se modificam em plasmócitos, sendo essa 
a fase afetada quando os linfócitos B são modificados nos 
casos de LLC, perdendo a capacidade de modificarem em 
plasmócitos e produzirem anticorpos. 
 
Nas manifestações clinicas irá ocorrer um aumentologico 
dos leucócitos, mas nesse caso em especial, ocorrerá um 
aumento dos valores dos Linfócitos gerando um quadro de 
Linfocitose. Ocorrerá diminuição da expressão anticorpos 
denominado hipogamaglobulinemia, além de aumento do 
linfonodos (linfonodomegalia) e em alguns casos podem o 
ocorrer uma anemia e plaquetopenia mais grave. 
 
 
O diagnóstico é feito avaliando a presença de linfócitos no 
sangue caracterizando uma Linfocitose com valores acima 
de 5000 células /mm3 + a presença de Linfócitos B CD5 no 
exame da citometria de fluxo que irá identificar a presença 
de CD como feito em todos os diagnósticos de leucemia 
até então. Sendo a pesquisa feita por meio da coleta de 
SANGUE PERIFÉRICO E NÃO DE MO. 
“Essa Imunofenotipagem por citometria de fluxo é um tipo 
de ferramenta diagnóstica para avaliação de populações 
celulares normais e neoplásicas, realizada por meio da 
incubação das células com anticorpos conjugados a 
fluorocromos, que permite identificar assim de caracterizar 
diferentes populações celulares.” 
 
 
O tratamento é realizado pesquisando as mutações que se 
encontram naquele determinado paciente utilizando uma 
forma de tratamento mais personalizado conforme forem 
as mutações e as necessidades do paciente: podendo ser 
utilizado Ibrutinibe, Ventoclax, Clorambucil, sendo todos 
quimioterápicos importantes.

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