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Direito Previdenciario Benefícios do RGPS

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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
Benefícios do RGPS
Livro Eletrônico
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Sumário
Benefícios do RGPS .........................................................................................................................................................5
Auxílio por Incapacidade Temporária ...................................................................................................................5
Evento Determinante .....................................................................................................................................................5
Beneficiários .......................................................................................................................................................................5
Carência .................................................................................................................................................................................6
Renda Mensal do Benefício ........................................................................................................................................6
Data do Início do Pagamento ....................................................................................................................................6
Observações .......................................................................................................................................................................8
Salário-Família ................................................................................................................................................................14
Evento Determinante ...................................................................................................................................................14
Beneficiários .....................................................................................................................................................................15
Renda Mensal do Benefício ......................................................................................................................................18
Data do Início do Pagamento ..................................................................................................................................18
Observações .....................................................................................................................................................................19
Salário-Maternidade ....................................................................................................................................................21
Evento Determinante ...................................................................................................................................................21
Salário-Maternidade X Licença-Maternidade ..............................................................................................25
Beneficiários ....................................................................................................................................................................25
Carência ..............................................................................................................................................................................26
Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................26
Data do Início do Pagamento ................................................................................................................................. 29
Observações ....................................................................................................................................................................29
Auxílio-Acidente ............................................................................................................................................................32
Introdução .........................................................................................................................................................................32
Evento Determinante ..................................................................................................................................................33
Beneficiários ....................................................................................................................................................................34
Carência ..............................................................................................................................................................................34
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................34
Data do Início do Pagamento .................................................................................................................................34
Observações ....................................................................................................................................................................34
Pensão por Morte .........................................................................................................................................................38
Evento Determinante ..................................................................................................................................................38
Menor Sob Guarda ........................................................................................................................................................40
Regras Gerais ..................................................................................................................................................................43
Beneficiários ....................................................................................................................................................................44
Carência ..............................................................................................................................................................................45
Renda Mensal do Benefício .....................................................................................................................................45
Data do Início do Pagamento .................................................................................................................................49
Observações .....................................................................................................................................................................51
Auxílio-Reclusão ........................................................................................................................................................... 59
Evento Determinante .................................................................................................................................................. 59
Beneficiários .....................................................................................................................................................................61
Carência ...............................................................................................................................................................................61Renda Mensal do Benefício ......................................................................................................................................61
Data do Início do Pagamento .................................................................................................................................62
Observações ....................................................................................................................................................................62
Abono Anual ....................................................................................................................................................................66
Habilitação e Reabilitação Profissional .......................................................................................................... 67
Evento Determinante .................................................................................................................................................. 67
Beneficiários ....................................................................................................................................................................68
Carência ..............................................................................................................................................................................68
Renda Mensal do Benefício ..................................................................................................................................... 68
Data do Início do Pagamento ................................................................................................................................. 68
Observações .................................................................................................................................................................... 69
Resumo ............................................................................................................................................................................... 72
Questões de Concurso ................................................................................................................................................81
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Gabarito ..............................................................................................................................................................................95
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................96
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
BENEFÍCIOS DO RGPS
Querido(a) aluno(a)! Na aula de hoje, continua-se o estudo acerca das prestações previ-
denciárias em espécie (benefícios concedidos e serviços prestados pelo INSS). Assim, estu-
dam-se o auxílio por incapacidade temporária, o salário-família, o salário-maternidade, o au-
xílio-acidente, a pensão por morte, o auxílio-reclusão, o abono anual e, por fim, a reabilitação 
profissional.
Auxílio por incApAcidAde TemporáriA
evenTo deTerminAnTe
O auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) será devido ao segurado 
que, uma vez cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado 
para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos, confor-
me definido em avaliação médico-pericial.
Portanto, o evento determinante do auxílio por incapacidade temporária é a incapacidade 
temporária do segurado por mais de 15 dias consecutivos. Essa incapacidade, conforme men-
cionado, deverá ser verificada mediante exame-médico pericial a cargo da previdência social.
Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao RGPS 
já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, exce-
to quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doen-
ça ou lesão.
O segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária concedido judicial ou admi-
nistrativamente está obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspensão 
do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Perícia Médica Federal, processo de 
reabilitação profissional a cargo do INSS e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o 
cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
Ou seja, ainda que o perito médico da previdência social determine intervenção cirúrgica 
ou transfusão de sangue para o segurado, tais procedimentos são facultativos, não podendo 
o benefício previdenciário ser suspenso, tendo em vista a negativa do segurado a se submeter 
a tais procedimentos.
Entretanto, para os demais procedimentos (a exame médico a cargo da previdência so-
cial, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, tratamento dispensado 
gratuitamente, além de novas perícias), a negativa do segurado a submeter-se faz com que o 
benefício previdenciário seja suspenso.
Beneficiários
Todos os segurados têm acesso ao auxílio por incapacidade temporária.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
cArênciA
A carência exigida para a concessão do auxílio por incapacidade temporária, regra geral, 
é de 12 contribuições mensais. Entretanto, nos casos de acidente de qualquer natureza ou 
causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após 
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista 
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, de acordo com os critérios de 
estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e 
gravidade que mereçam tratamento particularizado, a carência para a concessão do benefí-
cio é zero.
rendA mensAl do Benefício
O cálculo do auxílio por incapacidade temporária tem como base de cálculo o salário de 
benefício, ou seja, média aritmética simples dos salários de contribuição, atualizados moneta-
riamente, correspondentes a 100% do período contributivo desde a competência julho de 1994 
ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência.
Uma vez verificada a base de cálculo, aplica-se o percentual de 91% sobre tal base de cál-
culo. Portanto, a renda mensal do auxílio por incapacidade temporária é 91% sobre o salário 
de benefício.
E se o salário de benefício calculado for no valor de 1 salário mínimo? Aplica-se o percen-
tual de 91%?
Não, tendo em vista que o auxílio por incapacidade temporária é benefício remuneratório. 
Portanto, não pode ser inferior a um salário mínimo, salvo no caso do exercício do segurado 
de atividades concomitantes, onde a incapacidade ocorre em relação a apenas uma atividade. 
Nessa situação, o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá ser inferior ao salário 
mínimo desde que somado às demais remuneraçõesrecebidas resultar valor superior a este.
Cabe a ressalva que o auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média 
aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração 
variável, ou, se não alcançado o número de 12, a média aritmética simples dos salários de 
contribuição existentes.
dATA do início do pAgAmenTo
O auxílio por incapacidade temporária será devido:
• Ao segurado empregado a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da 
data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento 
decorrerem mais de 30 dias;
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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• Ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, espe-
cial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do 
requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de do-
ença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
Quando o acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de res-
ponsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do 
afastamento.
Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico 
e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento.
Quando a incapacidade ultrapassar o período de 15 dias consecutivos, o segurado será 
encaminhado ao INSS para avaliação médico-pericial.
Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo o início do pagamento do auxílio por inca-
pacidade temporária.
EXEMPLO
Imagine um segurado empregado que sofre um acidente e fica incapacitado de forma tempo-
rária para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Assim, caso requeira o benefício até 
30 dias do afastamento, receberá o benefício a partir do 16º dia, tendo em vista que cabe a 
empresa arcar com os 15 primeiros dias de afastamento. Esses 15 dias de afastamento são 
considerados como “período de espera”, ou seja, um período de interrupção do contrato de tra-
balho (cessação temporária e parcial dos efeitos e da execução do contrato de trabalho), pois 
não há o exercício da atividade, mas o salário é devido.
Caso o segurado empregado requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias, o benefício 
será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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EXEMPLO
Imagine um segurado contribuinte individual que sofre um acidente e fica incapacitado de 
forma temporária para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. Assim, caso requeira o 
benefício até 30 dias do afastamento, receberá o benefício a partir do afastamento.
Caso o segurado contribuinte individual requeira o benefício após o lapso temporal de 30 dias, 
o benefício será devido a partir da DER, ou seja, a partir da data da entrada do requerimento.
O auxílio por incapacidade temporária cessa pela recuperação da capacidade para o tra-
balho, pela concessão de aposentadoria por incapacidade permanente ou, na hipótese de o 
evento causador da redução da capacidade laborativa ser o mesmo que gerou o auxílio por 
incapacidade temporária, pela concessão do auxílio-acidente.
oBservAções
A MP n. 871/19, convertida na Lei n. 13.846/19, impôs a regra da impossibilidade de ser 
concedido o auxílio por incapacidade temporária para o segurado recluso em regime fechado.
Assim sendo, ainda que os dependentes não estejam recebendo o auxílio-reclusão, fato 
que, antes da Lei n. 13.846/19, impediria que o segurado fizesse jus ao auxílio por incapacida-
de temporária, atualmente, se o segurado estiver cumprindo a pena privativa de liberdade em 
regime fechado, este fato impede que ele faça jus ao auxílio por incapacidade temporária.
Ademais, o segurado em gozo do auxílio por incapacidade temporária na data do recolhi-
mento à prisão terá o benefício suspenso.
A suspensão será de até 60 dias, contados da data do recolhimento à prisão, cessado o 
benefício após o referido prazo.
EXEMPLO
Imagine, portanto, o caso de um segurado em gozo do auxílio por incapacidade temporária 
que comete um ato delituoso, sendo determinada a sua prisão preventiva, nos termos do CPP. 
Nesse caso, tendo em vista à prisão do segurado, o auxílio por incapacidade temporária será 
suspenso. Caso a prisão preventiva seja revogada dentro do prazo de 60 dias, reabre-se o auxí-
lio por incapacidade temporária. Caso a prisão preventiva ultrapasse o lapso temporal de 60 
dias, o benefício será cancelado.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Cabe ressaltar que, se o segurado for colocado em liberdade antes do prazo de 60 dias, o 
benefício será restabelecido a partir da data da soltura, não sendo devido nenhum valor entre 
a prisão e a soltura do segurado.
Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à percepção do benefício por 
todo o período devido, efetuado o encontro de contas na hipótese de ter havido pagamento 
de auxílio-reclusão com valor inferior ao do auxílio por incapacidade temporária no mes-
mo período.
Cabe, ainda, frisar que o segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou 
semiaberto terá direito ao auxílio por incapacidade temporária.
O auxílio por incapacidade temporária do segurado que exercer mais de uma atividade 
abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o 
exercício de uma delas, hipótese em que o segurado deverá informar a Perícia Médica Federal 
a respeito de todas as atividades que estiver exercendo.
Nessa situação, o auxílio por incapacidade temporária será concedido em relação à ativi-
dade para a qual o segurado estiver incapacitado, consideradas para fins de carência somen-
te as contribuições relativas a essa atividade, podendo o valor do auxílio por incapacidade 
temporária ser inferior ao salário mínimo, desde que, se somado às demais remunerações 
recebidas, resulte em valor superior ao salário mínimo.
É a única situação prevista na legislação previdenciária onde um benefício de natureza 
remuneratória pode ser inferior ao salário mínimo.
Se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato 
o afastamento de todas.
Ademais, quando o segurado que exercer mais de uma atividade for considerado defi-
nitivamente incapacitado para uma delas, o auxílio por incapacidade temporária deverá ser 
mantido indefinidamente, hipótese em que não caberá a concessão de aposentadoria por 
incapacidade permanente enquanto a incapacidade não se estender às demais atividades.
O segurado que durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária vier a exercer 
atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à 
atividade.
O verbo “poderá” é muito bem utilizado pelo legislador, tendo em vistaque o segurado em 
gozo do auxílio por incapacidade temporária não está impedido de exercer atividade remu-
nerada. Entretanto, para certas atividades, por exemplo, a que ele estava exercendo, existe o 
impedimento. Caso contrário, não haveria razão para o pagamento do auxílio por incapacidade 
temporária.
Portanto, caso o segurado, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, venha 
a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacida-
de para cada uma das atividades exercidas.
Além disso, sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio por inca-
pacidade temporária, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração 
do benefício.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Na ausência de fixação do prazo, o benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, 
contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorro-
gação junto ao INSS.
Ademais, o segurado em gozo de auxílio por incapacidade temporária, concedido judicial 
ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das con-
dições que ensejaram a concessão ou a manutenção.
Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de 60 dias contados 
da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do pagamento relativo aos 15 
primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício anterior e descontando-se os dias 
trabalhados, se for o caso.
Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo.
Repare que, para que haja a reabertura do auxílio por incapacidade temporária, sem que a 
empresa pague novamente o período de espera, é necessário que o segurado seja acometido 
do mesmo evento e em menos de 60 dias do retorno à atividade. Portanto, essas duas condi-
ções devem ser cumuladas.
Caso o evento seja distinto, a empresa paga novamente o período de espera. Caso o segu-
rado seja acometido do mesmo evento, mas após o lapso temporal de 60 dias, a empresa paga 
novamente o período de espera.
Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho durante 15 dias, 
retornando à atividade no 16º dia, e se dela voltar a se afastar dentro de 60 dias desse retor-
no, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio por incapacidade temporária a partir 
da data do novo afastamento.
Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo.
Diferentemente do 1º caso, onde o auxílio por incapacidade temporária foi concedido e, 
posteriormente, reaberto, nesse caso o auxílio por incapacidade temporária não chegou a ser 
concedido, tendo em vista que o segurado retornou à atividade no 16º dia.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Assim, para que haja a concessão do auxílio por incapacidade temporária, sem que a em-
presa pague novamente o período de espera, é necessário que o segurado seja acometido do 
mesmo evento e em menos de 60 dias do retorno à atividade. Portanto, essas duas condições 
devem ser cumuladas.
Caso o evento seja distinto, a empresa paga novamente o período de espera. Caso o segu-
rado seja acometido do mesmo evento, mas após o lapso temporal de 60 dias, a empresa paga 
novamente o período de espera.
Se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de 15 dias do afastamento, o segurado fará 
jus ao auxílio por incapacidade temporária a partir do dia seguinte ao que completar aque-
le período.
Visualiza-se por meio de um esquema ilustrativo.
Diferentemente dos casos anteriores, nesse caso a empresa ainda não terminou de pagar 
o período de espera, tendo em vista que no 11º dia o segurado retornou à sua atividade.
Assim, para que haja a concessão do auxílio por incapacidade temporária, sem que a em-
presa pague novamente todo o período de espera, é necessário que o segurado seja acometido 
do mesmo evento e em menos de 60 dias do retorno à atividade. Portanto, essas duas condi-
ções devem ser cumuladas.
Dessa forma, a empresa terá que arcar com os 5 dias restantes do período de espera, sen-
do que, a partir do 6º dia, o segurado irá receber diretamente do INSS o auxílio por incapacida-
de temporária.
Caso o evento seja distinto, a empresa paga novamente todo o período de espera. Caso o 
segurado seja acometido do mesmo evento, mas após o lapso temporal de 60 dias, a empresa 
paga novamente todo o período de espera.
A previdência social processará, de ofício, o benefício quando tiver ciência da incapacida-
de do segurado sem que este tenha requerido auxílio por incapacidade temporária.
Ademais, é facultado à empresa protocolar requerimento de auxílio por incapacidade 
temporária ou documento dele originário de seu empregado ou de contribuinte individual a 
ela vinculado ou a seu serviço, na forma estabelecida pelo INSS.
A empresa terá acesso às decisões administrativas de benefícios requeridos por seus 
empregados, resguardadas as informações consideradas sigilosas, na forma estabelecida 
em ato do INSS.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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O segurado empregado em gozo de auxílio por incapacidade temporária é considerado 
pela empresa como licenciado. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada fica-
rá obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio por incapacidade temporária a eventual 
diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença.
Tal diferença é conhecida como complementação do auxílio por incapacidade temporária. 
Entende-se a complementação do auxílio por incapacidade temporária por meio de um exem-
plo prático.
EXEMPLO
Imagine um segurado que durante toda a sua vida recebeu um valor equivalente a R$ 2.000,00.
Calculando o seu salário de benefício, será encontrado o valor de R$ 2.000,00. Entretanto, o 
valor do benefício será 91% x R$ 2.000,00, ou seja, R$ 1.820,00.
Perceba que o segurado, exercendo a sua atividade, recebe da empresa o valor de R$ 
2.000,00. Entretanto, se passar a receber o auxílio por incapacidade temporária, receberá o 
valor de R$ 1.820,00. Ou seja, o segurado acaba tendo uma perda.
Para que isso não ocorra, a empresa pode conceder a seus empregados a complementa-
ção do auxílio por incapacidade temporária, que consiste na diferença da remuneração auferi-
da na empresa e o valor do auxílio por incapacidade temporária, que, no caso prático, seria de 
R$ 180,00.
Se a complementação do auxílio por incapacidade temporária for extensiva a todos, não 
será considerada parcela integrante do salário de contribuição, ou seja, não é considerada 
como fato gerador de contribuição previdenciária.
Em contrapartida, se a complementação não for extensiva a todos, o valor será conside-
rado parcela integrante do salário de contribuição, ou seja, será considerado fato gerador de 
contribuição previdenciária.
Ademais, conforme preceitua o art. 118 da Lei n. 8.213/91, o segurado que sofreu acidente 
do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses,a manutenção do seu contrato 
de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio por incapacidade temporária acidentário, 
independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Tal estabilidade não é absoluta. Ou seja, o empregador não pode rescindir o contrato de 
trabalho de forma arbitrária ou sem justa causa. Entretanto, é possível a ruptura do contrato 
de trabalho por justo motivo, nos termos do art. 482 da CLT (ato de improbidade, desídia no 
desempenho das funções, abandono de emprego...).
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Resumo
Auxílio por 
incapacidade 
temporária
Evento 
determinante
Incapacidade temporária do segurado para o 
seu trabalho ou para a sua atividade habitual 
por mais de 15 dias consecutivos
Beneficiários Todos os segurados
Carência
Regra geral, 12 CM
0 CM - acidente de qualquer natureza ou 
causa e de doença profissional ou do trabalho
e, após filiação do segurado ao RGPS, for 
acometido de alguma das doenças ou 
afecções especificadas em lista elaborada
Renda mensal do 
benefício 91% x SB
Início do 
pagamento
Empregado - 16º dia, se requerida em até 30 
dias. Após 30 dias, DER
Demais segurados - incapacidade, se 
requerida em até 30 dias. Após 30 dias, DER
001. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO – ÁREA JURÍDICA/2018) Maria, casada, sofreu 
acidente de trabalho em 1º/2/2018 e ficou afastada da empresa em que trabalha por três me-
ses, recebendo auxílio-doença até a data imediatamente anterior ao seu retorno, que ocorreu 
em 2/5/2018. Na data do acidente, o cônjuge de Maria tinha quarenta e quatro anos de idade.
Nessa situação hipotética, durante o afastamento por incapacidade temporária, a renda men-
sal inicial do benefício previdenciário recebido por Maria deve ter correspondido a 91% do 
salário de benefício.
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Perfeita a afirmativa! A renda mensal do auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-do-
ença) é 91% sobre o salário de benefício.
Certo.
sAlário-fAmíliA
evenTo deTerminAnTe
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o domésti-
co, e ao trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a R$ 1.655,98 
(conceito de segurado de baixa renda), na proporção do respectivo número de filhos ou de ente-
ados e de menores tutelados, desde que comprovada a dependência econômica dos 2 últimos.
O salário-família será devido
Ao segurado empregado,
empregado doméstico e ao 
trabalhador avulso
Considerado segurado de 
baixa renda (SC inferior ou 
igual a R$ 1.655,98)
Possuir filhos ou enteados 
ou menores tutelados até 14 
anos ou inválidos, na 
proporção do respectivo 
número de filhos ou 
enteados e de menores 
tutelados
Portanto, o segurado fará jus a tantas cotas quanto o número de filhos.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados, inclusive domésticos, ou trabalhadores 
avulsos, ambos têm direito ao salário-família.
EXEMPLO
Imagine João, casado com Maria, sendo ambos segurados empregados que recebam uma 
remuneração mensal de R$ 1.500,00. Esse casal possui 3 filhos menores de 14 anos de idade. 
Pergunta: nessa situação, quem recebe as cotas do salário-família? João, Maria ou ambos? 
Quantas cotas cada um tem direito? Resposta: ambos têm direito, tendo em vista que ambos 
são segurados empregados do RGPS, considerados de baixa renda e que possuem filhos 
menores de 14 anos de idade. Cada um fará jus a 3 cotas no valor de R$ 56,47.
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E se o casal se divorciar, ou se separar judicialmente, ou se separar de fato? Ambos con-
tinuam fazendo jus as cotas do salário-família?
Não! Portanto, a filosofia do salário-família no país é: “Antes mal acompanhado do que só!”, 
uma vez que, caso haja o divórcio, por exemplo, o salário-família apenas será pago àquele a 
cujo cargo ficar o sustente do menor, ou seja, aquele que detiver a guarda do menor.
Portanto, tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de 
abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder (atualmente, perda do poder 
familiar), o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento 
do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.
A invalidez do filho, do enteado ou do menor tutelado, desde que comprovada a dependên-
cia econômica dos 2 últimos, maior de 14 anos de idade será verificada em exame médico-pe-
ricial realizado pela Perícia Médica Federal.
Beneficiários
Apenas o segurado empregado, o empregado doméstico e trabalhador avulso.
O salário-família é pago mensalmente ao empregado, pela empresa, com o respectivo sa-
lário, ao empregado doméstico, pelo empregador doméstico, com o respectivo salário, e ao 
trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, mediante convênio.
Quando o salário do empregado não for mensal, o salário-família será pago juntamente 
com o último pagamento relativo ao mês.
O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, 
devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota.
Assim, se o trabalhador avulso exercer a sua atividade um único dia do mês, fará jus ao 
benefício no seu valor integral.
Tal regra não se aplica ao segurado empregado e ao empregado doméstico. Portanto, 
quando a admissão ou demissão ocorrer no curso do mês, o salário-família será proporcional 
ao número de dias trabalhados.
Cabe ressaltar que a empresa ou o empregador doméstico, quando paga a cota do salário-
-família, está fazendo às vezes do INSS. Assim, quando a empresa ou empregador doméstico 
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apurar o valor devido à previdência social, deduzirá as cotas pagas a título de salário-família. 
Essa sistemática é conhecida como “reembolso”.
Para que o reembolso seja realizado, o segurado deve dar quitação à empresa, empregador 
doméstico, sindicato ou órgão gestor de mão de obra de cada recebimento mensal do salário-
-família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação 
fique plena e claramente caracterizada.
E se o segurado empregado, inclusive o doméstico, ou trabalhador avulso estiver em gozo 
do auxílio por incapacidade temporária ou aposentado por incapacidade permanente, 
quem paga as cotas do salário-família? E se o segurado estiver aposentado por meio de 
aposentadorias programáveis?
Nessas situações, o salário-família é pago diretamente pelo INSS, juntamente com o 
benefício.No caso do trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 
55 anos, se do sexo feminino, o salário-família será pago mensalmente pelo INSS, juntamente 
com a aposentadoria
Por fim, para os demais empregados, inclusive os domésticos, e aos trabalhadores avulsos 
aposentados aos 65 anos de idade, se homem, ou aos 60 anos, se mulher, o salário-família 
será pago mensalmente pelo INSS, juntamente com a aposentadoria.
Veja um quadro resumo para que você consiga visualizar o comentado acima.
Beneficiário Quem concede o benefício?
Empregado Empresa
Empregado Doméstico Empregador Doméstico
Trabalhador Avulso OGMO / Sindicato
Em gozo do auxílio por incapacidade temporária ou 
aposentado por incapacidade permanente INSS
Trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se 
homem, ou 55 anos, se mulher INSS
Demais empregados, inclusive os domésticos, e aos 
trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos de 
idade, se homem, ou aos 60 anos, se mulher
INSS
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Perceba, portanto, que o segurado empregado, inclusive o doméstico, ou trabalhador avul-
so, quando aposentados, por exemplo, por meio de uma aposentadoria especial, apenas rece-
bem as cotas do salário-família quando cumulam o requisito da idade.
EXEMPLO
Imagine, então, um segurado empregado que se aposentou por meio de uma aposentadoria 
especial tendo apenas 55 anos de idade. Tal segurado é considerado de baixa renda e possui 
1 filho de 3 anos de idade. Nessa situação, esse segurado não faz jus à cota do salário-família, 
tendo em vista não ter a idade mínima necessária.
Caso esse segurado tivesse 65 anos, faria jus à cota do salário-família.
Quando o segurado for afastado do trabalho ou no mês da cessação do benefício, o valor 
da cota será proporcional ao número de dias trabalhados ou ao número de dias do bene-
fício recebido?
Não! O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago inte-
gralmente pela empresa, pelo empregador doméstico pelo sindicato ou órgão gestor de mão 
de obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de benefício pelo INSS.
Assim, caso um segurado saia em gozo do auxílio por incapacidade temporária no curso 
do mês, a empresa deverá pagar a cota do salário-família no seu valor integral. Da mesma for-
ma que, quando o segurado retorna ao trabalho no curso do mês, caberá ao INSS pagar a cota 
do salário-família no seu valor integral.
Por fim, cabe ressaltar que, para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o 
segurado firmará termo de responsabilidade, no qual se comprometerá a comunicar à empre-
sa, ao empregador doméstico ou ao INSS, conforme o caso, qualquer fato ou circunstância 
que determine a perda do direito ao benefício e ficará sujeito, em caso de descumprimento, 
às sanções penais e trabalhistas.
A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família e a 
prática, pelo segurado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento autorizam a 
empresa, o empregador doméstico ou o INSS, conforme o caso, a descontar dos pagamentos 
de cotas devidas com relação a outros filhos, enteados ou menores tutelados ou, na falta 
delas, do próprio salário do segurado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas 
indevidamente recebidas, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
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O salário-família independe de carência para a sua concessão.
rendA mensAl do Benefício
A renda mensal do benefício depende da remuneração mensal do segurado.
Caso o segurado tenha remuneração mensal não superior a R$ 1.655,98, o valor da cota 
do salário-família por filho ou por enteado e por menor tutelado, desde que comprovada a 
dependência econômica dos 2 últimos, até 14 anos de idade ou inválido, é de R$ 56,47.
dATA do início do pAgAmenTo
O pagamento do salário-família será devido a partir da data de apresentação da certidão 
de nascimento do filho ou da documentação relativa ao enteado e ao menor tutelado, desde 
que comprovada a dependência econômica dos 2 últimos, e fica condicionado à apresentação 
anual de atestado de vacinação obrigatória dos referidos dependentes, de até 6 anos de idade, 
e de comprovação semestral de frequência à escola dos referidos dependentes, a partir de 4 
anos de idade.
No caso empregado doméstico, para recebimento do salário-família, este apresentará ao 
seu empregador apenas a certidão de nascimento do filho ou a documentação relativa ao en-
teado e ao menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos 2 últimos.
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Na hipótese de o segurado empregado ou de o trabalhador avulso não apresentar o atestado 
de vacinação obrigatória e a comprovação de frequência escolar do filho, do enteado ou do menor 
tutelado, desde que comprovada a dependência econômica dos 2 últimos, nas datas definidas pelo 
INSS, o benefício do salário-família será suspenso até que a documentação seja apresentada.
Não é devido salário-família no período entre a suspensão do benefício motivada pela falta 
de comprovação da frequência escolar e o seu reativamento, exceto se provada a frequência 
escolar regular no período.
A comprovação semestral de frequência escolar será feita por meio da apresentação de 
documento emitido pela escola, na forma estabelecida na legislação específica, em nome do 
aluno, de qual conste o registro de frequência regular, ou de atestado do estabelecimento de 
ensino que comprove a regularidade da matrícula e a frequência escolar do aluno.
A empresa e o empregador doméstico deverão conservar, durante o prazo decadencial, os 
comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela 
fiscalização.
oBservAções
O direito ao salário-família cessa automaticamente:
Salário-família cessa 
automaticamente
Morte do filho ou do enteado 
ou do menor tutelado
a contar do mês seguinte ao 
do óbito
Quando o filho, enteado ou 
menor tutelado completar 14 
anos de idade, exceto se 
inválido
a contar do mês seguinte ao 
da data do aniversário
Pela recuperação da 
capacidade do filho, do 
enteado ou do menor 
tutelado inválido
a contar do mês seguinte ao 
da cessação da incapacidade
Pelo desemprego do segurado
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Perceba que o desemprego é situação que determina a cessação da concessão da cota do 
salário-família. O pior é que é nesse momento que o segurado mais necessita do benefício. En-
tretanto,como é a empresa que concede o benefício para o empregado, inexistindo a relação 
de empresa, o mesmo deixará de ser concedido.
Por fim, as cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salá-
rio ou ao benefício.
Resumo
Salário-família
Evento 
determinante
Segurado de baixa renda que possuir filhos ou 
enteados ou menores tutelados até 14 anos 
idade ou inválidos
Beneficiários Segurado empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso
Carência Independe de carência
Renda mensal do 
benefício Rem. até R$ 1.655,98 - R$ 56,47
Início do 
pagamento
A partir da data da apresentação da certidão 
de nascimento do filho ou da documentação 
relativa ao enteado ou ao menor tutelado
Condicionado à apresentação anual de 
atestado de vacinação obrigatória, até 6 anos 
de idade, e de comprovação semestral de 
frequência à escola do filho ou enteado ou 
menor tutelado, a partir dos 4 anos de idade 
(tal regra não se aplica ao empregado 
doméstico)
002. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2016) No que se refere aos be-
nefícios previdenciários regulamentados pela Lei n. 8.213/1991, julgue o item subsequente.
O salário-família devido ao segurado empregado é pago pelo empregador, enquanto o salário-
-família devido ao segurado contribuinte individual é pago pelo INSS.
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O salário-família devido ao segurado empregado é pago pela empresa. Entretanto, o contribuin-
te individual não faz jus ao salário-família.
Errado.
sAlário-mATernidAde
evenTo deTerminAnTe
O salário-maternidade possui diversos eventos determinantes para a sua concessão, que 
são: o parto, o aborto espontâneo (tratado pela legislação previdenciária como aborto não cri-
minoso), a adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança.
Eventos determinantes para a 
concessão do salário-
maternidade
Parto, inclusive do natimorto
Aborto espontâneo
Adoção de criança
Guarda judicial para fins de adoção de criança
Considera-se parto o evento que gerou a certidão de nascimento ou a certidão de óbito 
da criança.
Natimorto é a denominação dada ao feto que morreu dentro do útero ou durante o parto. 
Tecnicamente falando, para se considerar natimorto, a morte deverá ter ocorrido antes da ex-
pulsão ou de sua extração completa do corpo materno após a 20ª semana de gestação.
O período do salário-maternidade no caso do parto é de 120 dias, podendo, em casos 
excepcionais, os períodos de repouso anterior e posterior ao parto ser aumentados de mais 2 
semanas, mediante atestado médico específico submetido à avaliação medico-pericial (situ-
ações em que exista algum risco de vida do feto ou criança ou mãe).
O aborto espontâneo é o término acidental de uma gravidez, ou seja, é quando ocorre o 
óbito fetal antes da 20º semana.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Feto
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9Atero
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parto
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É importante conhecermos o conceito de parto e aborto espontâneo, tendo em vista que 
os períodos do salário-maternidade são distintos. Enquanto que o período do salário-mater-
nidade no caso do parto é de 120 dias, o período do salário-maternidade no caso do aborto 
espontâneo é de 2 semanas.
No caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção de criança, o período do salário-
-maternidade, com base na MP n. 619, de 06 de junho de 2013, convertida na Lei n. 12.873/13, 
é de 120 dias.
Período do salário-
maternidade
Parto
120 dias
Os períodos de repouso anterior e 
posterior ao parto podem ser 
aumentados, em casos 
excepcionais, de mais 2 semanas, 
mediante atestado médico 
específico
Aborto espontâneo 2 semanas
Adoção ou guarda judicial 
para fins de adoção de 
criança
120 dias
Em razão da Lei n. 12.873/13, o segurado adotante ou guardião passou a fazer parte do rol 
de beneficiários do salário-maternidade. Dessa forma, ao segurado ou segurada da Previdên-
cia Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança (até 12 anos de 
idade) é devido salário-maternidade pelo período de 120 dias.
O salário-maternidade é devido ao segurado ou segurada independentemente de a mãe 
biológica ter recebido o mesmo benefício quando do nascimento da criança.
Ademais, ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe biológica, não poderá 
ser concedido o benefício a mais de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção 
ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a Regime Próprio de 
Previdência Social.
EXEMPLO
Imagine Maria, segurada do RGPS, casada com João, servidor público efetivo da União, vincu-
lado, portanto, ao Regime Próprio de Previdência Social da União. O citado casal resolve adotar 
uma criança, constando na nova certidão de nascimento da criança o nome de ambos. Nessa 
situação, caso Maria faça jus ao salário-maternidade pago pelo INSS, João não irá fazer jus ao 
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benefício, tendo em vista que não pode ser concedido o benefício salário-maternidade a mais 
de um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges 
ou companheiros estejam submetidos a regimes previdenciários distintos.
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-
-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria 
direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no 
caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salá-
rio-maternidade. O pagamento desse benefício deverá ser requerido até o último dia do prazo 
previsto para o término do salário-maternidade originário.
EXEMPLO
Assim sendo, imagine Maria, segurada do RGPS, casada com João, também segurado do 
RGPS. Maria, tendo em vista o parto, fez jus ao salário-maternidade, tendo recebido o benefí-
cio pelo período de 30 dias. Entretanto, infelizmente, Maria sofreu um grave acidente de carro, 
vindo a falecer. Nessa situação, como João é segurado do RGPS, ele irá fazer jus ao benefício 
pelo período restante a que Maria teria direito, ou seja, pelo período de 90 dias.
Cabe ressaltar que o pagamento do benefício deverá ser requerido até o último dia do pra-
zo para o término do salário-maternidade originário. Ou seja, no nosso caso concreto, após o 
falecimento de Maria, João tem 90 dias para requerer o benefício (prazo previsto para o térmi-
no do salário-maternidade originário), fazendo jus ao benefício pelo período de 90 dias.
Confuso, não? Vou tentar explicar em outras palavras. Maria já usufruiu o benefício salá-
rio-maternidade pelo período de 30 dias. Assim, ela fazia jus, ainda, ao benefício pelo período 
de 90 dias. Esse prazo de 90 dias é o prazo que João tem para requerer o benefício, pois é o 
prazo previsto para o término do salário-maternidadeoriginário. Uma vez requerido o benefício 
dentro desse lapso temporal, João fará jus ao benefício pelo período restante a que Maria teria 
direito, ou seja, pelo período de 90 dias.
Visualiza-se o caso do João por meio de um esquema ilustrativo:
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A percepção do salário-maternidade, inclusive no caso de falecimento da segurada ou 
segurado, onde os cônjuges ou companheiros sobreviventes irão receber o benefício, está con-
dicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada, sob pena 
de suspensão do benefício.
Para a concessão do salário-maternidade é indispensável que conste da nova certidão de 
nascimento da criança, ou do termo de guarda, o nome do(a) segurado(a) adotante ou guar-
dião(ã), bem como, deste último, tratar-se de guarda para fins de adoção.
Portanto, o salário-maternidade não é devido quando o termo de guarda não contiver a 
observação de que é para fins de adoção.
Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de mais de uma criança, é devido 
um único salário-maternidade.
Salário-maternidade no 
caso de guarda judicial para 
fins de adoção ou adoção
É devido ao segurado ou segurada independentemente de a 
mãe biológica ter recebido o mesmo benefício quando do 
nascimento da criança
Ressalvado o pagamento do salário-maternidade à mãe 
biológica, não poderá ser concedido o benefício a mais de 
um segurado, decorrente do mesmo processo de adoção ou 
guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam 
submetidos a RPPS
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer 
jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será 
pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria 
direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha 
a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do 
filho ou de seu abandono
A percepção do salário-maternidade, inclusive no caso de 
falecimento da segurado ou segurado, onde os cônjuges ou 
companheiros sobreviventes irão receber o benefício, está 
condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou 
da atividade desempenhada, sob pena de suspensão do 
benefício
Quando houver adoção ou guarda judicial para adoção de 
mais de uma criança, é devido um único salário-maternidade
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sAlário-mATernidAde x licençA-mATernidAde
Importante deixar bem claro que o salário-maternidade não se confunde com a licença-ma-
ternidade. Enquanto que o salário-maternidade é um benefício previdenciário, a licença-ma-
ternidade é o período de repouso garantido para a empregada, sem prejuízo do emprego e do 
salário, em razão da gravidez ou de uma adoção.
Salário-maternidade
• Benefício previdenciário
Licença-maternidade
• Período de repouso garantido 
para a empregada, sem prejuízo 
do emprego e do salário, em 
razão da gravidez ou de uma 
adoção
Em regra, os períodos são coincidentes. Entretanto, em certas situações, esses períodos 
podem ser distintos. Explica-se!
A Lei n. 11.770/08 instituiu o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar por 60 dias 
a duração da licença-maternidade mediante concessão de incentivo fiscal.
Assim, caso a empresa tributada com base no lucro real faça adesão ao citado programa, 
poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração in-
tegral da empregada pago nos 60 dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a 
dedução como despesa operacional.
Tal fato em nada modifica o período do salário-maternidade, que, no caso de parto, será 
de 120 dias.
Assim, a empresa irá pagar o benefício durante o período de 120 dias, reembolsando esse 
valor quando do recolhimento da sua contribuição previdenciária, enquanto que o salário re-
ferente à prorrogação de 60 dias da licença-maternidade será arcado pela empresa, sendo 
deduzido do imposto devido, conforme explicado anteriormente.
Portanto, não confunda para fins de prova!
Beneficiários
São beneficiários do salário-maternidade:
• Todas as seguradas do RGPS;
• O segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial 
para fins de adoção de criança; e
• No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do sa-
lário-maternidade, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de 
segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
cArênciA
O salário-maternidade exige carência de 10 contribuições mensais para os segurados con-
tribuinte individual, facultativo e especial. Para os demais segurados, o salário-maternidade 
independe de carência para a sua concessão.
Lembrando que, no caso do(a) segurado(a) especial, não se exige a comprovação de 10 
contribuições mensais vertidas para o sistema, mas apenas que a segurada especial compro-
ve que durante 10 meses exerceu a sua atividade rural, ainda que de forma descontínua.
E se o parto for antecipado? O que acontece com a carência exigida para a concessão 
do salário-maternidade para as seguradas contribuinte individual, facultativa e segurada 
especial?
Em caso de parto antecipado, o período de carência será reduzido em número de contri-
buições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
rendA mensAl do Benefício
A renda mensal do salário-maternidade é diferente para cada tipo de segurado.
No caso da empregada, consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral, 
sendo pago o benefício pela empresa, salvo a empregada do MEI (microempreendedor indivi-
dual), cujo benefício é pago diretamente pelo INSS, sendo o valor da contribuição previdenci-
ária do MEI deduzido da renda mensal do benefício. Cabe ao MEI recolher a contribuição previ-
denciária a seu cargo durante a percepção do salário-maternidade pela segurada a seu serviço.
Cabe ressaltar que a empresa, quando paga o salário-maternidade para a segurada em-
pregada, está fazendo às vezes do INSS. Assim, quando a empresa apurar o valor devido à 
previdência social, deduzirá o valor pago a título de salário-maternidade. Essa sistemática é 
conhecida como “reembolso”.
Para que o reembolso seja realizado, a empregada deve dar quitação à empresa dos reco-
lhimentos mensais do salário-maternidade na própria folha de pagamento ou por outra forma 
admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.
A empresa deve conservar, durante o prazo decadencial, comprovantes dos pagamentos e 
atestados ou das certidões correspondentes para exame pela fiscalização.
No caso da empregada(o) guardiã(ão) ou adotante, o benefício é pago diretamente pela 
previdência social.
É importante frisar que, no caso de atividades concomitantes, a segurada fará jus ao salá-
rio-maternidade relativo a cada atividade para a qual tenha cumprido os requisitos exigidos, 
observadas as seguintes condições:
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
• Na hipótese de uma ou mais atividades ter remuneração ou salário de contribuição 
inferior ao salário mínimo mensal, o benefício somente será devido se o somatório 
dos valores auferidos em todas as atividades for igual ou superior a 1 salário mínimo 
mensal;
• O salário-maternidade relativo a uma ou mais atividades poderá ser inferior ao salário-
-mínimo mensal; e
• O valor global do salário-maternidade, consideradas todas as atividades, não poderá 
ser inferior ao salário-mínimo mensal.
O salário-maternidade devido à empregada intermitente será pago diretamente pela pre-
vidência social e o valor da contribuição previdenciária será deduzido da renda mensal do 
benefício. Nessa situação, o salário-maternidade consiste na média aritmética simples das 
remunerações apuradas no período referente aos 12 meses que antecederem o parto, a ado-
ção ou a obtenção da guarda para fins de adoção.
Na hipótese de empregos intermitentes concomitantes, a média aritmética será calculada 
em relação a todos os empregos e será pago somente 1 salário-maternidade.
A contribuição previdenciária a cargo da empresa terá como base de cálculo a soma das 
remunerações pagas no período de 12 meses anteriores à data de início do salário-maternida-
de, dividida pelo número de meses em que houve remuneração.
O salário-maternidade devido à empregada com jornada parcial cujo salário de contribui-
ção seja inferior ao seu limite mínimo mensal, será pago diretamente pela previdência social, 
e o valor da contribuição previdenciária deverá ser deduzido da renda mensal do benefício. 
Nessa situação, o valor do salário-maternidade será de um salário-mínimo.
Na hipótese de empregos parciais concomitantes, se o somatório dos rendimentos au-
feridos em todos os empregos for igual ou superior ao limite mínimo mensal do salário de 
contribuição, o salário-maternidade será pago pelas empresas.
A empresa que pagar remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contri-
buição deverá exigir da empregada cópia dos comprovantes de pagamento efetuado pelas 
demais empresas. Nessa situação, a empresa deverá conservar, durante o prazo decadencial, 
os citados comprovantes de pagamento, para exame pela fiscalização.
Cabe à empresa recolher a contribuição previdenciária a seu cargo durante a percepção do 
salário-maternidade pela segurada a seu serviço, mesmo na hipótese de o benefício ser pago 
pela previdência social. A citada contribuição terá como base de cálculo a remuneração inte-
gral que a empresa pagava à empregada antes da percepção do salário-maternidade.
No caso da trabalhadora(or) avulsa(o), consiste numa renda mensal igual à sua remunera-
ção integral, sendo pago diretamente pela previdência social.
Para a empregada(o) doméstica(o), consiste em valor correspondente ao do seu último 
salário de contribuição.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Para a segurada(o) especial, consiste em 1 salário mínimo.
Já para as seguradas(os) contribuinte individual, segurada(o) facultativa(o) e para as(os) 
que mantenham a qualidade de segurada, consiste em 1/12 da soma dos 12 últimos salários 
de contribuição, apurados em período não superior a 15 meses.
Repare que eu não mencionei que são os 12 maiores apurados em período não superior a 
15 meses, mas sim os 12 últimos.
Assim, a previdência social analisa os 12 últimos meses e verifica se existem salários de 
contribuição nesses meses. Caso a segurada deixe de verter contribuições nesse período, a 
previdência social amplia o prazo para tentar achar 12 salários de contribuição para efetuar o 
cálculo do benefício.
É importante frisar que a previdência social pode encontrar durante esses 15 meses ape-
nas 10 contribuições vertidas. Nesse caso, as 10 contribuições serão somadas e divididas por 
12. Caso o valor encontrado seja inferior a 1 salário mínimo, será concedido o benefício no 
valor de 1 salário mínimo, tendo em vista que o salário-maternidade é benefício remuneratório 
(substituidor), ou seja, visa substituir a remuneração da segurada, não podendo, portanto, ser 
inferior a 1 salário mínimo.
O documento comprobatório para requerimento do salário-maternidade da segurada que 
mantenha esta qualidade é a certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto es-
pontâneo, quando deverá ser apresentado atestado médico, e, no de adoção ou guarda para 
fins de adoção, o evento gerador do benefício deve ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do 
período em que a(o) segurada(o) mantenha a sua qualidade.
Beneficiária(o) Quem concede o benefício? Renda Mensal do Benefício
Empregada gestante Empresa Remuneração
Empregada gestante do MEI INSS Remuneração
Empregada(o) guardiã(ão)/
adotante INSS Remuneração
Empregada intermitente INSS
Média aritmética simples das 
remunerações apuradas no período 
referente aos 12 meses que 
antecederem o parto, a adoção ou 
a obtenção da guarda para fins de 
adoção.
Empregada com jornada de 
trabalho parcial cujo SC seja 
inferior ao limite mínimo 
mensal
INSS 1 salário mínimo
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Beneficiária(o) Quem concede o benefício? Renda Mensal do Benefício
Trabalhadora(or) avulsa(o) INSS Remuneração referente a 1 mês de trabalho
Empregada(o) doméstica(o) INSS Último salário de contribuição
Segurada(o) especial INSS 1 salário mínimo
Contribuinte individual, 
segurada(o) facultativa(o) 
e as(os) que mantenham a 
qualidade
INSS
1/12 da soma dos 12 últimos SC, 
apurados em período não superior a 
15 meses
Analisando o nosso quadro acima, conclui-se: para a segurada empregada gestante (sal-
vo a empregada do MEI, a empregada intermitente e a empregada com jornada de trabalho 
parcial cujo salário de contribuição seja inferior ao limite mínimo mensal), o benefício é pago 
pela empresa, enquanto que, para os demais casos, o benefício é pago diretamente pelo INSS.
dATA do início do pAgAmenTo
Regra geral, o salário-maternidade tem início 28 dias antes e término 91 dias de-
pois do parto.
Ué, professor! Se você disse 28 dias antes e 91 dias após, temos apenas 119 dias! Mas, o 
salário-maternidade não é pago pelo período de 120 dias?
Sem dúvida, querido(a) aluno(a)! Ele é pago por 120 dias, pois são 28 dias antes, somado 
com o dia do parto, além de 91 dias após!
Na prática, isso acaba não acontecendo, pois a segurada trabalha, se possível, até o dia do 
parto, para poder usufruir o maior tempo possível com o bebê. Aliás, a segurada, geralmente, 
tenta cumular férias após o período do salário-maternidade.
É apenas importante frisar que, conforme determina o art. 394-A da CLT, sem prejuízo da 
remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser 
afastada da atividade insalubre.
Entretanto, quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada da atividade 
insalubre exerça suas atividades em localsalubre na empresa, a hipótese será considerada 
como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei n. 
8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período de afastamento.
oBservAções
Compete à interessada instruir o requerimento do salário-maternidade com os atestados 
médicos necessários.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Quando o benefício for requerido após o parto, o documento comprobatório é a certidão 
de nascimento, podendo, no caso de dúvida, a segurada ser submetida à avaliação pericial 
junto ao INSS.
O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade.
EXEMPLO
Imagine, portanto, uma segurada empregada que sofra um acidente que determine a sua inca-
pacidade para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos, saindo em gozo do auxílio por inca-
pacidade temporária. O fato de estar em gozo do auxílio por incapacidade temporária não é 
situação impeditiva do cumprimento das obrigações matrimoniais (rsrsrsrsrs...). Assim, após 
9 meses de uma bela noite de amor, ocorre o parto. Nessa situação, o auxílio por incapacidade 
temporária é suspenso para que a segurada faça jus ao salário-maternidade. Após o período 
do salário-maternidade, caso a incapacidade persista, o auxílio por incapacidade temporária é 
reaberto.
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.
Por fim, cabe ressaltar que o segurado aposentado que retornar à atividade fará jus ao 
pagamento do salário-maternidade.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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Resumo
Salário-
maternidade
Evento 
determinante
Parto, aborto espontâneo, adoção e guarda judicial 
para fins de adoção de criança. 
Beneficiários
Todas as seguradas
Segurada(o) da Previdência Social que adotar ou 
obtiver guarda judicial para fins de adoção de 
criança
No caso de falecimento da(o) segurada(o) que fizer 
jus ao recebimento do salário-maternidade, ao 
cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a 
qualidade de segurado, exceto no caso do 
falecimento do filho ou de seu abandono
Carência
10 CM para os segurados CI, facultativo e especial
Caso o parto seja antecipado, a carência será 
reduzida em relação ao número de meses em que o 
parto foi antecipado
Renda mensal do 
benefício
Diferente para cada tipo de segurado(a) - Vide 
quadro do item 3.5
Início do pagamento Regra geral, o salário-maternidade tem início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto.
003. (CESPE/BRB/ADVOGADO/2010) Maria, contribuinte individual do Regime Geral de Pre-
vidência Social, em virtude de problemas em sua gestação, teve que antecipar seu parto em 
dois meses. Nessa situação, considerando a legislação previdenciária de regência, Maria deve 
ter pago no mínimo dez contribuições mensais para ter direito ao benefício previdenciário de-
nominado salário-maternidade.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
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No caso de parto antecipado, a carência é reduzida em relação ao número de meses em que 
o parto é antecipado. Assim, tendo em vista que o parto foi antecipado em 2 meses, Maria 
terá que comprovar que verteu 8 contribuições mensais para o sistema e não 10 contribui-
ções mensais.
Errado.
Auxílio-AcidenTe
inTrodução
Para facilitar o estudo em relação ao auxílio-acidente, vou trabalhar de forma diferente dos 
demais benefícios estudados até agora.
Vou fazer uma introdução para que você entenda a lógica do benefício. Após o entendi-
mento, estuda-se o evento determinante, beneficiários, carência, renda mensal do benefício, 
data do início do pagamento e observações finais.
O auxílio-acidente é uma indenização concedida pela previdência social aos segurados 
empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos e segurados especiais em razão 
de um acidente de qualquer natureza, o qual resulta em uma sequela definitiva que implique na 
redução da capacidade laborativa do segurado.
O início da concessão do auxílio-acidente é o dia seguinte à cessação do auxílio por inca-
pacidade temporária. Portanto, antes do recebimento do auxílio-acidente, o segurado ficará em 
gozo do auxílio por incapacidade temporária, para fins de acompanhamento da consolidação 
das sequelas e a consequente redução da capacidade laborativa.
Acompanhado por perícias, em uma delas, o segurado é liberado para retornar à atividade. 
Entretanto, tendo em vista a sequela definitiva cumulada com a redução da capacidade labora-
tiva, o segurado será indenizado pelo INSS, recebendo, portanto, o auxílio-acidente.
Perceba que o segurado retornou à atividade, ou seja, volta a auferir remuneração, e ainda 
recebe ao mesmo tempo o auxílio-acidente do INSS.
Assim, conclui-se que o auxílio-acidente não visa substituir a remuneração do segurado, 
mesmo porque ele volta a trabalhar. O intuito é apenas complementar a remuneração do segu-
rado, tendo em vista a sequela definitiva cumulada com a redução da capacidade laborativa. 
Portanto, o auxílio-acidente pode ser inferior a 1 salário mínimo.
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Benefícios do RGPS
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Bernardo Machado
Visualiza-se o explicado por meio de um esquema ilustrativo.
Uma vez entendida a lógica do benefício, estuda-se as informações acerca do auxí-
lio-acidente.
evenTo deTerminAnTe
O auxílio-acidente é concedido, como indenização, ao segurado empregado, ao emprega-
do doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das 
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, que impli-
que redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
Não dará ensejo ao benefício o caso:
• Que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão 
na capacidade laborativa; e
• De mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, 
como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
Auxílio-acidente
Indenização
Consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer 
natureza
Resultar sequela definitiva
Não enseja a concessão do 
auxílio-acidente
Que apresente danos funcionais ou redução da capacidade 
funcional sem repercussão na capacidade laborativa
De mudança de função, mediante readaptação profissional 
promovida pela empresa, como medida preventiva, em 
decorrência de inadequação do local de trabalho
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