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Síntese do Complexo Cloreto de Hexaureiacromo

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Síntese do Complexo Cloreto de Hexaureiacromo(III) [Cr(CH4N2O)6]Cl3
Introdução 
Atualmente, sabemos a relevância que os compostos ou complexos de coordenação exibem em nossa vida, especialmente aqueles formados por metais de transição do bloco d. A título de exemplo, podemos citar o uso clínico da cis-platina, um agente quimioterápico bastante eficaz no tratamento de alguns tipos de tumores (LIPPERT, 1999). Um composto de coordenação é definido como sendo um átomo ou íon central, geralmente de um metal, coordenado por uma série de ligantes. Os ligantes são íons ou moléculas que podem ter uma existência independente. Em outras palavras, um composto de coordenação resulta da combinação de um ácido de Lewis (átomo ou íon central) com um determinado número de bases de Lewis (os ligantes) (BARROS, 1992; LEE, 1999; RODGERS, 2016; SHRIVER, 2008), como representando no Esquema 1. 
Esquema 1. Reação de formação do composto de coordenação Complexo Cloreto de Hexaureiacromo(III) . 
 CrCl3.6H2O + 6NH2CONH2 → [Cr(CH4N2O)6]Cl3 + 6H2O
Alfred Werner (1866-1919) foi o primeiro cientista a tentar explicar a natureza da ligação química existente nos compostos de coordenação, e, por isto, é considerado “o pai” da Química de Coordenação. Werner propôs a existência da valência primária (número de oxidação) e da valência secundária (número de coordenação) nos metais que formavam os complexos de coordenação. Essa teoria foi desenvolvida antes de ser elucidada a configuração eletrônica dos elementos químicos e sua relação com o comportamento da matéria (BARROS, 1992; LEE, 1999; RODGERS, 2016). Portanto, sabemos que atualmente essas definições não se aplicam, sendo mais adequado o uso dos termos número de oxidação e número de coordenação do metal, respectivamente. 
Werner estudou extensivamente os complexos de cobalto com aminas, que foram essenciais para o esclarecimento da geometria e para o desenvolvimento da estereoquímica dos compostos de coordenação. Compostos de fórmula empírica do tipo [MA6] n exibem, em sua grande maioria, geometria octaédrica perfeita ou com pequenas distorções (BARROS, 1992; SHRIVER, 2008). 
Objetivos 
Síntese do complexo cloreto de hexaureiacromo(III) a partir do cloreto de cromo(III) hexa-hidratado. (1) 
Materias e reagentes utilizados
Chapa de aquecimento; Banho de gelo; Balança analítica; Bomba de vácuo e conexões adequadas para filtração à pressão reduzida; Béquer de 500 mL (para o banho de vapor); Cápsula de porcelana 50 mL; Espátula (2); Proveta de 10 mL (3). Bastão de vidro; Béquer de 100 mL (2); Funil de Büchner de 50 mL para filtração a pressão reduzida (2); Kitassato de 500 mL (1); Provetas de 5 mL (2); Vidro de relógio (2); Pipeta de Pasteur (2); Frasco apropriado para armazenar o produto de síntese. Ácido clorídrico concentrado; Água destilada; Éter etílico; Etanol; Cloreto de cromo(III) hexa-hidratado; Ureia (concentrada);
Procedimento
1. Em um béquer de 500 ml, adicione 200 ml de água destilada e coloque-o na chapa aquecedora para o banho de vapor e solubilização do produto, a água quente será utilizada nos itens 6 e 7 do procedimento.
2. Em um béquer de 50 ml adicione 20 ml de etanol e em outro béquer de 50 ml adicione 15 ml de éter etílico absoluto e leve para o banho de gelo. Estes elementos serão utilizados no item 9 do procedimento.
3. Utilize um vidro relógio e com auxílio de uma espátula utilize a balança analítica para medir 1,27 g (4,8 mmol) de cloreto de cromo (lll) hexa-hidratado e em uma cápsula de porcelana 50 ml dissolva em 5 ml de água destilada.
4. (CAPELA) Meça em um vidro relógio 1,73g (28,92 mmol) de ureia e adicione ao béquer com a solução de cloreto de cromo (lll) hexa-hidratado agite com o bastão de vidro até obter uma solução homogênea.
5. (CAPELA) Adicione 3 gotas de HCl a 1,0 mol/L na solução
6. (CAPELA) Aqueça lentamente a solução em banho de vapor até a formação de uma crosta
7. Dissolva o produto com o mínimo possível de agua quente e esfrie a solução em banho de gelo até a observar a formação de cristais verdes
8. Filtre o precipitado em um funil de Buncher sob pressão reduzida 
9. Lave o sólido com etanol (3 x 5 ml) e finalize com éter etílico (2 x 5 ml)
10. Armazene a substância obtida em frasco apropriado e etiquetado. Meça a massa do sólido em balança analítica e calcule o rendimento da reação. 
Referências 
1) Apostila de Química Inorgânica Experimental. Camila Grossi Vieira, Kelly Alessandra da Silva Rocha e Marcelo Gonçalves Rosmaninho, p- 1,2.
2) Szafran, Z.; Pike, R.M.; Singh, M.M. “Microscale Inorganic Chemistry: A
Comprehensive Laboratory Experience”, 1991, John Wiley & Sons, New York, NY.
3) J. C. Bailar, Jr. e E. M. Jones, Inorganic Syntheses, vol. 1, H. S, Booth ( ed.), McGrawHill, New York, 1939, pp. 35-38
Discentes: Sthefanny Marcelino e Maria Eduarda Fonseca

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