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Aula 01_Introdução à Bioquímica Clínica

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Introdução à Bioquímica 
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai aprender como a Bioquímica Clínica é útil para o 
diagnóstico, prognóstico e tratamento das doenças. Além disso, você vai conhecer os perfis 
bioquímicos que auxiliam os médicos a tratar de seus pacientes. Os componentes bioquímicos 
encontram-se em uma quantidade estável no sangue e fluidos biológicos, porém quando há uma 
alteração na homeostase, podem sugerir testes bioquímicos alterados que indicam alguma doença.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Indicar os analitos que podem ser determinados no laboratório de Análises Clínicas;•
Reconhecer a importância do perfil bioquímico e sua interpretação para o diagnóstico e 
tratamento médico;
•
Identificar que um perfil bioquímico alterado pode fornecer informações quanto a saúde do 
paciente.
•
Desafio
O surgimento da Bioquímica Clínica
Desde o período de 400 a.C., existem relatos que os médicos utilizavam a urina dos pacientes para 
basear suas hipóteses diagnósticas. Hipócrates, considerado o "Pai da Medicina", atribuía alterações 
nos fluidos dos pacientes com todas as doenças. Além disso, o médico Ephesus descreveu a 
presença de sangue na urina (conhecida como hematúria) e a análise da urina foi o principal fluido 
biológico utilizado pelos médicos até a época da Idade Média. No século XVI, surgiram métodos 
para o isolamento de proteínas, além da descoberta de como é o funcionamento da circulação 
sanguínea.
Diante de tal contexto, você foi desafiado a responder:
a) Durante muito tempo, Hipócrates provava a urina dos pacientes para diagnóstico do diabetes. 
Explique esta afirmação.
b) O químico Otto Folin desenvolveu métodos para a quantificação de analitos na urina, tais como 
amônia, nitrogênio não proteico, ácido úrico, adrenalina e ureia. Qual foi a importância desses 
exames para o diagnóstico?
Infográfico
Na ilustração a seguir, está representada uma visão geral do que será abordado na Bioquímica 
Clínica.
 
Conteúdo do livro
Compreender os mecanismos pelos quais o organismo vivo se manifesta compõe o estudo da 
bioquímica básica. Mesurar essas reações fazem parte dos estudos voltados para a bioquímica 
Clínica. Parâmetros bioquímicos são de grande importância na compreensão de diversas patologias 
bem como na avaliação do estado geral de saúde do paciente. Avaliar perfis como lipídico, glicídico, 
funções renais, hepáticos dentre outros fazem parte da rotina clínica e conferem ao profissional de 
saúde informações precisas e importantes no processo de saúde doença. 
Nessa Unidade de aprendizagem você será convidado a compreender aspectos de grande 
importância envolvendo a bioquímica clínica bem como avaliar a real função dessa ciência no 
entendimento do corpo e estiar valores de referência nos mais diversos exames bioquímicos. 
Boa leitura. 
INTRODUÇÃO 
A BIOQUÍMICA
Ana Daniela Coutinho Vieira
Introdução à 
bioquímica
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 > Indicar os analitos que podem ser determinados no laboratório de análises 
clínicas.
 > Reconhecer a importância do perfil bioquímico e sua interpretação para o 
diagnóstico e tratamento médico.
 > Identificar um perfil bioquímico alterado e as informações sobre a saúde 
do paciente.
Introdução
A bioquímica consiste na interação entre as moléculas orgânicas e inorgânicas e os 
processos metabólicos e moleculares aos quais elas são integradas dentro de um 
sistema. Em um organismo vivo, como no corpo humano, essas moléculas são sinte-
tizadas e degradadas de forma contínua, gerando energia e metabólitos sem os quais 
a manutenção fisiológica do corpo seria impossível (NELSON; COX, 2014). Por sua vez, a 
bioquímica clínica é a integração desses princípios em um âmbito médico-laboratorial.
Neste capítulo, você irá conhecer um dos principais setores de um laboratório 
de análises clínicas — o de bioquímica —, responsável por um grande volume de 
exames diários. A partir de amostras biológicas variadas, as análises realizadas 
nesse setor geram resultados capazes de diagnosticar doenças, acompanhar 
evoluções clínicas e avaliar a fisiologia corporal de uma forma ampla e diversa. A 
partir dessas informações, você irá então conhecer quais são as amostras utilizadas 
para tais análises, além dos principais analitos avaliados. Com isso, será também 
capaz de compreender a importância dos perfis bioquímicos e das informações 
passadas por meio deles para o diagnóstico e o tratamento de diversas condições, 
colaborando diretamente para um melhor desfecho clínico dos pacientes.
Bioquímica no contexto laboratorial
Os exames bioquímicos compõem uma porção consideravelmente elevada 
dentro das análises realizadas em um laboratório clínico. Eles são requisi-
tados em situações variadas, por vezes mais específicas, como na avaliação 
de glicemia em suspeitas de diabetes, e por vezes de forma complementar, 
como na monitorização de função hepática em pacientes acometidos por 
hepatites virais (MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019). Por meio dos achados 
bioquímicos, é possível determinar o estado funcional dos mais diversos 
órgãos e sistemas corporais, realizar a triagem e o acompanhamento de 
distúrbios metabólicos, avaliar a resposta a tratamentos, entre outras tantas 
possibilidades que fazem com que o setor de bioquímica seja essencial na 
composição de um laboratório, seja este de pequeno ou grande porte, com 
atendimento ambulatorial ou hospitalar.
Alguns desses exames são considerados rotineiros, pois fazem parte da 
generalidade dos pedidos médicos e testam analitos envolvidos na avaliação 
de doenças metabólicas bastante comuns na Medicina, e em condições de 
monitoramento terapêutico, ou ainda relacionados à avaliação da condição 
fisiológica dos pacientes. Tais exames costumam compor os perfis bioquímicos 
mais frequentemente solicitados e, portanto, fazem parte da listagem de 
procedimentos de laboratórios de todos os portes. O exemplo mais habitual 
desse tipo de exame é a dosagem dos níveis de glicose, que é frequentemente 
utilizada no acompanhamento dos pacientes diabéticos. Da mesma forma, as 
dislipidemias, fundamentais na avaliação do risco cardiovascular, também 
fazem parte da rotina diária de um laboratório de bioquímica, assim como a 
creatinina e a ureia, continuamente utilizadas na avaliação da função renal, 
e as enzimas hepáticas que são usadas na avaliação da qualidade funcional 
do fígado (BARCELOS; AQUINO, 2018; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019). Do 
mesmo modo, os eletrólitos, como sódio, potássio, cloreto e bicarbonato, 
indispensáveis para a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e da pressão 
osmótica, também são avaliados a partir de parâmetros bioquímicos. De forma 
ainda mais completa, a gasometria arterial fornece uma avaliação geral do 
Introdução à bioquímica2
estado metabólico do paciente ao utilizar dados de pressão de oxigênio e 
dióxido de carbono, pH sanguíneo, entre outros parâmetros.
Esses exames frequentemente solicitados compõem os principais perfis 
bioquímicos avaliados em laboratório. Os perfis são assim chamados por 
formarem uma série de exames que, ao serem analisados em conjunto, for-
necem uma ideia mais ampla e completa da função de um determinado órgão 
ou sistema. Confira a seguir alguns dos principais perfis (BARCELOS; AQUINO, 
2018; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
 � Perfil lipídico: composto principalmente pelas análises dos níveis sé-
ricos de colesterol total, colesterol HDL, colesterol não HDL, colesterol 
LDL e triglicerídeos.
 � Perfil cardíaco: avaliado pela dosagem dos níveis séricos de troponinas 
e de forma secundária pelos níveis de creatinoquinase fração MB e 
mioglobina.
 � Perfil renal: níveis séricos de creatinina e ureia e taxa de filtração 
glomerular e depuração da creatinina e da proteinúria.
 � Perfil proteico: determinado, principalmente, pela avaliação dacon-
centração de proteínas séricas totais e pela determinação da relação 
albumina/globulina, podendo ser avaliadas proteínas de forma indi-
vidualizada, como as globulinas.
 � Perfil hepático: avaliado essencialmente pelos níveis séricos das enzi-
mas alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, fosfatase 
alcalina e γ-glutamiltransferase e dos níveis séricos de bilirrubinas e 
proteínas totais.
Os exames considerados especializados, por outro lado, envolvem analitos 
menos solicitados, pois são considerados de diagnóstico personalizado e, em 
geral, envolvem tecnologias diferenciadas. É o caso das dosagens hormonais 
(utilizadas para avaliações endócrinas) e das dosagens de vitaminas, de 
metabólicos intermediários ou de proteínas mais específicas. Habitualmente, 
essas análises são realizadas em laboratórios de maior porte ou em centros 
de referência (terceirizados). Além da categorização em relação à frequência 
de solicitação, ainda deve ser considerada a necessidade de urgência da 
liberação de um resultado de exame, visto que a avaliação de determinados 
analitos é decisiva na tomada de decisões em relação a procedimentos e à 
conduta terapêutica e médica. Nesses casos, o laboratório deve dispor de 
estrutura e equipe compatíveis com as demandas recebidas, especialmente 
em se tratando do nível hospitalar (MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
Introdução à bioquímica 3
Amostras biológicas utilizadas em bioquímica
Para realizar essa diversidade de exames, as principais amostras utilizadas nas 
análises bioquímicas são sangue e urina, entretanto, também é possível analisar 
padrões bioquímicos em outras amostras, como saliva, líquido cefalorraquidiano 
e outros líquidos corporais (MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019). As análises de 
sangue, particularmente, merecem uma atenção especial, pois, além de serem as 
mais frequentes no setor de bioquímica, também apresentam uma variação em 
relação à sua forma de utilização. Mais frequentemente os testes são realizados 
utilizando amostras de plasma ou soro, mas sangue total com anticoagulantes 
também pode ser empregado em alguns casos. Tanto o plasma quanto o soro 
são denominados como porção líquida do sangue, ou seja, sem as células após 
um processo de centrifugação. A diferença essencial entre eles é que o soro 
é a porção líquida gerada a partir de um sangue colhido sem anticoagulantes 
e que, portanto, consumiu os fatores de coagulação. Já o plasma é separado 
a partir de uma amostra colhida com anticoagulante e que, por isso, mantém 
intactos os fatores de coagulação e o fibrinogênio, o que possibilita, inclusive, 
a sua dosagem (FLEURY, 2019; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
O Manual de coleta em laboratório clínico, elaborado pelo Programa 
Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), abrange detalhadamente 
as particularidades referentes à coleta, ao transporte e ao acondicionamento 
de amostras biológicas.
O tipo de amostra de urina usualmente utilizada em avaliações bioquí-
micas é a urina de 24h. Essa preferência ocorre pelo fato de que a excreção 
de substâncias na urina varia bastante durante o decorrer do dia. Por essa 
razão, esse tipo de amostra apresenta uma melhor representatividade em 
relação às amostras isoladas, apesar de essa última ser aceita em alguns casos 
específicos (RECOMENDAÇÕES..., 2017; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
Processamento laboratorial e erros 
em potencial
Para que o resultado de um exame bioquímico seja representativo da real 
condição do paciente, diversos critérios devem ser levados em consideração 
durante a execução do exame, tais como a metodologia a ser utilizada, o tipo 
Introdução à bioquímica4
de amostra clínica e os interferentes in vitro e in vivo. Uma análise apurada 
desses critérios pode minimizar substancialmente a ocorrência de erros labo-
ratoriais e, por consequência, elevar a confiabilidade do exame em questão.
Os erros laboratoriais podem ocorrer em qualquer fase da realização de um 
exame, seja nas fases pré-analítica, analítica ou pós-analítica. A fase pré-analítica 
compreende todas as atividades desde a requisição do exame, conforme pedido 
médico, até o início do procedimento analítico em si. Essa fase inclui o preparo do 
paciente, a coleta, o transporte e o acondicionamento de amostras. Nessa etapa, 
por exemplo, o jejum é um dos principais interferentes relacionados ao preparo 
do paciente, tanto pela ocorrência de alterações nos níveis séricos de alguns me-
tabólitos, quanto pela ocorrência de lipemia (excesso de lipídios no sangue), que 
prejudica diversas dosagens séricas. Para a maioria dos exames, recomenda-se 
um jejum de 8h, sendo que esse tempo pode ser reduzido para 4h na maioria dos 
casos. Deve-se levar em consideração que o jejum excessivamente prolongado 
também pode ser prejudicial (BARCELOS; AQUINO, 2018; SOARES et al., 2012).
Em dezembro de 2016, foi publicado o Consenso Brasileiro para a 
Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico, que 
consiste em uma revisão da necessidade de jejum para a realização dos exames de 
perfil lipídico: colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL, colesterol não HDL 
e triglicerídeos. Esse documento dispensa a obrigatoriedade do jejum de 12h para 
esses exames, desde que no laudo seja relatado o estado de jejum (quantas horas 
decorrentes desde a última alimentação), e leva em consideração a possibilidade 
de flexibilização do jejum em decorrência de solicitação médica específica.
Para a adequação a essas situações, o Consenso recomenda a interpretação dos 
valores de referência e de alvo terapêutico levando em consideração o motivo do 
exame, o estado metabólico do paciente e a estratificação de risco cardiovascular.
A utilização de medicamentos é um importante interferente, visto que 
pode causar alterações in vivo e in vitro. Quando um medicamento, ou seus 
metabólitos, gera uma alteração na fisiologia e no metabolismo do paciente, 
essa interferência é considerada in vivo; quando o uso de medicamentos 
causa uma alteração durante a realização do exame, seja por propriedades 
físicas ou químicas de interação com a técnica, considera-se que esta é uma 
interferência in vitro (BARCELOS; AQUINO, 2018).
Ainda na etapa de pré-análise, um ponto crítico é a coleta de material 
biológico. Um dos principais interferentes em dosagens laboratoriais é o 
desenvolvimento de hemólise da amostra, ou seja, destruição das hemácias 
em uma amostra de sangue. Essa intercorrência geralmente acontece devido 
Introdução à bioquímica 5
a coletas demoradas ou difíceis e à manipulação incorreta de amostras 
(BARCELOS; AQUINO, 2018; FLEURY, 2019). Por esses e outros motivos, a fase 
pré-analítica é considerada crítica, visto que diversos fatores podem alterar 
a qualidade da amostra e, inclusive, destruir componentes, inviabilizando a 
execução do exame. É nessa etapa, portanto, que se concentra a maioria dos 
erros laboratoriais (SOARES et al., 2012; BARCELOS; AQUINO, 2018).
A fase analítica compreende a etapa instrumental da realização de um exame: 
o processamento realmente dito. É nesse momento que ocorre a centrifugação 
e o preparo de amostras, a execução do exame (de forma automatizada ou 
semiautomatizada) e a leitura dos resultados. Essa etapa se relaciona com o 
desempenho do analista clínico e dos equipamentos e com a qualidade dos 
reagentes utilizados. A partir desses processos, podem ocorrer tanto erros 
sistemáticos, considerados previsíveis, quanto erros aleatórios e imprevisíveis 
(Quadro 1). Considera-se que os erros sistemáticos estão mais relacionados ao 
operador (analista), aos instrumentos e às suas calibrações, de modo a causar 
resultados sem exatidão. Já os erros aleatórios são associados à variabilidade 
analítica e geram resultados imprecisos. Para evitar, ou ao menos minimizar a 
ocorrência desses erros, o laboratório de análises clínicas deve contar com a uti-
lização de sistemas de verificação e de controle interno e externo da qualidade.
Quadro 1. Erros laboratoriaisna fase analítica
Erros sistemáticos Erros aleatórios
Origem Previsível Imprevisível
Fontes Instrumento, calibração, operador Variabilidade analítica
Quantificáveis Sim Não
Resultado Inexato (não há concordância 
entre o valor real e o valor obtido 
na análise)
Impreciso (não há 
reprodutibilidade entre os 
resultados)
Exemplos Preparo incorreto de reagentes,
diluição inadequada de 
reagentes, mudança de lotes de 
reagentes ou calibradores
Bolhas de ar na tubulação, 
microcoágulos na 
amostra ou no pipetador, 
temperatura instável do 
equipamento
Fonte: Adaptado de Xavier, Dora e Barros (2016) e Barcelos e Aquino (2018).
Introdução à bioquímica6
Embora haja consenso quanto à necessidade de minimização de erros 
em todas as etapas laboratoriais, é impossível evitar completamente a 
sua ocorrência, dessa forma, torna-se necessário saber identificar correta 
e rapidamente a possibilidade de comprometimento da amostra bioló-
gica em decorrência de possíveis falhas no processo. Como abordado 
anteriormente, o ponto crítico nesse seguimento é a fase pré-analítica, 
sendo que as amostras bioquímicas são especialmente afetadas por erros 
nas etapas de preparação do paciente e de coleta das amostras (MUPHY; 
SRIVASTAVA; DEANS, 2019). Muitas vezes, o erro pré-analítico se inicia 
muito antes da colheita da amostra, como acontece nos casos em que 
há descumprimento das recomendações ao paciente. Tanto a diminuição 
quanto o aumento do tempo de jejum, por exemplo, podem causar alte-
rações significativas nos exames. Além disso, hábitos não alimentares, 
mas relacionados ao estresse, ao consumo de álcool e cigarro e à prática 
de exercício físico podem alterar os resultados desses exames. Analitos 
como a bilirrubina, a aldosterona, o glicerol, o ácido úrico, a ureia e os 
triglicerídeos são particularmente afetados por tempos excessivos de 
jejum. Já a glicose é afetada por situações diversas, como estresse, ciclo 
circadiano, tabagismo e consumo de álcool (BARCELOS; AQUINO, 2018; 
MUPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
A etapa de coleta de amostras é outro ponto de atenção crítico em relação 
a erros laboratoriais. Uma coleta de amostra de sangue demorada ou de 
difícil punção pode levar à destruição de hemácias (hemólise) e, conse-
quentemente, à liberação de potássio e outros constituintes intracelulares, 
causando, por consequência, uma falsa elevação desses analitos. A demora 
na punção após o garroteamento também pode gerar um extravazamento 
de água do vaso sanguíneo para o espaço intersticial, com isso, eleva-se a 
concentração de componentes sanguíneos, especialmente de proteínas. Por 
outro lado, a utilização incorreta de anticoagulantes também pode gerar 
inaptidão e rejeição de amostras, pois cada análise tem suas particulari-
dades e requer a utilização de tubos de coleta específicos. A utilização de 
tubos contendo fluoreto de sódio, por exemplo, é fortemente recomendada 
na avaliação de perfil glicêmico, pois o fluoreto inibe a via da glicólise, o 
que impede o consumo da glicose na amostra. Algumas propriedades refe-
rentes aos principais anticoagulantes usados em bioquímica clínica estão 
demonstradas no Quadro 2 (BARCELOS; AQUINO, 2018; MUPHY; SRIVASTAVA; 
DEANS, 2019).
Introdução à bioquímica 7
Quadro 2. Principais tubos de coleta utilizados em bioquímica clínica
Tubos de coleta
Cor da tampa 
do tubo Uso indicado
Sem anticoagulante Vermelha Testes bioquímicos em 
geral
Ativador de 
coagulação e gel 
separador
Amarela
Heparina de sódio 
ou lítio
Verde Testes bioquímicos e 
enzimáticos
Fluoreto de sódio + 
EDTA
Cinza Testes de avaliação do 
metabolismo da glicose
Fonte: Adaptado de Fleury (2019).
Na fase analítica, há a confecção do laudo a partir da transcrição 
dos resultados e da avaliação dos resultados pelo médico. Nessa etapa, 
é de fundamental importância que os resultados sejam relatados de 
forma nítida, completa e correta para que a interpretação seja efetiva e 
resulte uma conduta clínica condizente com a situação do paciente. Para 
minimizar erros, como transcrição incorreta de resultados, informações 
mal expressas ou cálculos incorretos, a automatização dos equipa-
mentos com interfaceamento direto dos resultados para um sistema 
de gerenciamento laboratorial se apresenta como uma excelente — e 
acessível — alternativa, aliada a bons processos de controle de qualidade 
(BARCELOS; AQUINO, 2018). Para a avaliação das informações geradas 
pelos resultados laboratoriais, ao receber o laudo de um exame, o médico 
assistente do paciente irá utilizar os critérios de intervalo ou os valores 
de referência para a sua tomada de decisão frente ao caso (MUPHY; 
SRIVASTAVA; DEANS, 2019). 
Introdução à bioquímica8
Avaliação de resultados e métodos 
diagnósticos em bioquímica
Os valores de referência são norteadores da interpretação de um exame 
laboratorial. Teoricamente, a determinação desses parâmetros leva em 
consideração a média dos valores de um analito encontrada em 95% de 
indivíduos considerados saudáveis. A recomendação é que cada labora-
tório produza seus próprios valores de referência por meio de estudos na 
população atendida, porém, esses estudos são onerosos, demorados e nem 
sempre adequados, devido a isso, esses padrões podem ser obtidos a partir 
da recomendação de sociedades especializadas, como a Sociedade Brasi-
leira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e a Sociedade 
Brasileira de Análises Clínicas, além das recomendações do fabricante do 
teste ou de bibliografias prévias, cujos resultados são obtidos em estudos 
e pesquisas que visam à padronização desses valores (SOARES et al., 2012; 
MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
É importante ter em mente que, por ser uma avaliação que leva em con-
sideração os resultados de 95% de uma população saudável, e não a sua 
totalidade, é natural que se espere que os 5% restantes da população apre-
sentem resultados fora dos limites de referência, os quais estarão abaixo ou 
acima desses valores preestabelecidos, mesmo que sejam considerados cida-
dãos saudáveis (Figura 1). Ou seja, uma pequena porcentagem de indivíduos 
considerados saudáveis para um determinado parâmetro pode apresentar 
valores que serão considerados fora dos padrões de referência, mesmo sem 
apresentar qualquer distúrbio nesse quesito (SOARES et al., 2012; MURPHY; 
SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
Além desse viés, também deve ser levado em consideração o fato de que 
as definições de normal e anormal para um resultado laboratorial precisam 
avaliar a condição fisiológica do paciente, haja vista que fatores como sexo e 
idade geralmente causam diferenças significativas nos resultados esperados 
para cada grupo. Da mesma forma, diferentes dietas, ocorrência de gravidez, 
histórico médico, uso de medicamentos e até mesmo o ciclo biológico de um 
indivíduo podem influenciar a resposta a um teste sem necessariamente 
indicarem alguma patologia. Por essa razão, os valores de referência devem 
ser considerados uma indicação de interpretação dos resultados e não um 
guia restrito (Figura 1).
Introdução à bioquímica 9
Por outro lado, os valores críticos são, sim, resultados que devem ser 
avaliados de forma rígida e reportados de acordo com as recomendações. 
Chamam-se valores críticos os resultados de exames laboratoriais que re-
presentam risco grave à saúde do paciente. Por isso, os laboratórios têm o 
dever de comunicá-los imediatamente ao médico assistente do paciente. 
Diversos exames bioquímicos têm valores críticos (BARCELOS; AQUINO, 2018): 
 � ácido úrico > 13,0mg/dL;
 � amilase > 200UI/L; 
 � bilirrubina total > 15,0mg/dL;
 � lactato > 45mg/dL. 
Os valores aqui citados podem ser consultados em documentos ofi-
ciais, como na tabela publicada pelo PNCQ: Valores críticos de exames 
laboratoriais que necessitam de imediata tomada de decisão, em atendimento 
à RDC 302:2005 da Anvisa.
Além dos parâmetros utilizados para avaliar os resultados laboratoriais, 
alguns importantes índices são empregados no julgamento daeficiência dos 
métodos e testes escolhidos. Nesse sentido, a sensibilidade e a especificidade 
Figura 1. Representação da definição dos valores de referência.
Fonte: Murphy, Srivastava e Deans (2019, p. 1026).
Introdução à bioquímica10
dos testes são peças-chave na escolha de uma metodologia a ser utilizada 
(BARCELOS; AQUINO, 2018; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
Sensibilidade diagnóstica é como é designada a capacidade de um teste 
obter um resultado positivo mediante a presença da doença (ou do marcador 
da doença) no paciente, ou seja, trata-se de um resultado verdadeiro-positivo 
(VP), ao passo que a especificidade diagnóstica é a capacidade de um teste 
obter um resultado negativo na ausência da doença (ou do marcador da 
doença) no paciente (verdadeiro-negativo [VN]). Dessa forma, a proporção 
entre os VPs e os VNs, em relação ao total de testes, define a acurácia do 
método (BARCELOS; AQUINO, 2018; SOARES et al., 2012).
Esses índices são importantes para a elaboração dos valores preditivos. O 
valor preditivo positivo (VPP) é a probabilidade de o paciente ter a doença (ou 
o marcador da doença) e apresentar o teste positivo. Esse índice é importante 
na escolha de testes confirmatórios, ou seja, nos quais é necessário que os 
pacientes doentes/positivos sejam corretamente identificados. Isso quer 
dizer que os testes com alto VPP serão os testes com alta especificidade 
(BARCELOS; AQUINO, 2018; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019). Já os testes 
com alto valor preditivo negativo serão aqueles com alta probabilidade de o 
paciente que não está com a doença (ou o marcador da doença) apresentar 
o resultado negativo. Esse tipo de desempenho exige uma alta sensibilidade 
e é bastante útil em testes de triagem, nos quais é mais importante que os 
pacientes sadios/negativos sejam corretamente identificados (Quadro 3) 
(BARCELOS; AQUINO, 2018; MURPHY; SRIVASTAVA; DEANS, 2019).
Quadro 3. Avaliação de testes diagnósticos
Doente/Com marcador Sadio/Sem marcador
Teste positivo VP Falso-positivo (FP)
Teste negativo Falso-negativo (FN) VN
Sensibilidade = VP / VP + FN e Especificidade = VN / VN + FP
Fonte: Adaptado de Barcelos e Aquino (2018) e Murphy, Srivastava e Deans (2019).
Para que a escolha entre a sensibilidade e a especificidade seja mais 
balanceada durante a elaboração de uma técnica analítica, utiliza-se uma 
curva ROC (Figura 2). Essa curva consiste na demonstração gráfica da relação 
entre a proporção de FPs e VPs para diferentes pontos de corte de um teste. 
Introdução à bioquímica 11
Por meio dela, diferentes métodos podem ser comparados, o que facilita, 
por consequência, a análise e a escolha de testes mais acurados (XAVIER; 
DORA; BARROS, 2016).
Esses índices são de extrema importância na avaliação de um teste 
diagnóstico, pois, quanto maior a sensibilidade, menor será a ocorrência 
de FNs, e quanto maior a especificidade, menor será o índice de FPs. Em um 
mundo ideal, um teste deveria ser considerado ótimo quando apresentasse 
especificidade e sensibilidade de 100%, ou seja, uma acurácia perfeita, 
apesar disso, esse perfil dificilmente é atingido devido a limitações próprias 
Figura 2. Exemplificação da curva de ROC. O eixo das ordenadas apresenta a sensibilidade 
(taxa de VPs) de um teste em diferentes pontos de corte. No eixo das abscissas, está repre-
sentada a taxa de FPs (100% - especificidade). Para a avaliação dos testes, mede-se a área 
sob a curva, da curva ROC, que é representativa do poder de discriminação do teste, ou seja, 
sua capacidade preditiva. Nesse exemplo, o exame A apresenta uma maior área sob a curva 
e, portanto, é um melhor teste.
Fonte: Xavier, Dora e Barros (2016, p. 76).
Introdução à bioquímica12
das técnicas (BARCELOS; AQUINO, 2018). Por essa razão, a associação de 
diferentes marcadores em um perfil bioquímico se torna tão importante. Na 
avaliação do perfil enzimático hepático, por exemplo, os níveis de alanina 
aminotransferase e γ-glutamiltransferase não devem ser avaliados isola-
damente, visto que essas enzimas são consideradas bastante sensíveis, 
mas inespecíficas na avaliação de dano hepático. Por isso, a integração de 
uma variedade de marcadores fornece resultados mais fidedignos e seguros 
(BARCELOS; AQUINO, 2018).
Por fim, deve-se estar atento ao fato de que a sensibilidade analítica é 
um parâmetro diferente da sensibilidade diagnóstica. A analítica, também 
conhecida como limiar de detecção, refere-se ao menor nível de um analito 
que um determinado método consegue detectar com precisão e que também 
deve ser considerado com ponderação durante a escolha de uma metodologia 
(BARCELOS; AQUINO, 2018). Para esse fim, na bioquímica clínica, uma ampla 
variedade de metodologias pode ser utilizada para a execução dos exames, 
dependendo da necessidade e da capacidade de cada laboratório. Em geral, 
as técnicas são divididas em fotométricas, potenciométricas, eletroforéticas, 
cromatográficas, imunoensaios ou as que se baseiam em espectrofotometria 
de massa. De certa forma, a maioria desses métodos expressa os valores 
de forma quantitativa, em unidades numéricas, e consiste na utilização de 
diferentes técnicas de medida das reações bioquímicas, ou seja, interações 
entre substratos consumidos e produtos gerados. 
Referências
BARCELOS, L. F.; AQUINO, J. L. (ed.). Tratado de análises clínicas. Rio de Janeiro: Atheneu, 
2018.
FLEURY, M. K. Manual de coleta em laboratório clínico. 3. ed. [Rio de Janeiro]: Programa 
Nacional de Controle de Qualidade, 2019.
MURPHY, M.; SRIVASTAVA, R.; DEANS, K. Bioquímica clínica. 6. ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2019.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2014.
RECOMENDAÇÕES da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial 
(SBPC/ML): realização de exames em urina. Barueri: Manole, 2017.
SOARES, J. L. M. et al. (org.). Métodos diagnósticos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. 
(Consulta Rápida).
XAVIER, R. M.; DORA, J. M.; BARROS, E. Laboratório na prática clínica. 3. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2016. (Consulta Rápida).
Introdução à bioquímica 13
Leituras recomendadas
CONSENSO brasileiro para a normatização da determinação laboratorial do perfil 
lipídico. [2016]. Disponível em: http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/consenso_je-
jum_dez2016_final.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE. Valores críticos de exames la-
boratoriais que necessitam de imediata tomada de decisão, em atendimento à RDC 
302:2005 da Anvisa. 2017. Disponível em: https://www.pncq.org.br/uploads/pdfs/2015/
Valores%20cr%C3%ADticos%20no%20laborat%C3%B3rio%20cl%C3%ADnico%20.pdf. 
Aceso em: 26 ago. 2020.
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Introdução à bioquímica14
Dica do professor
O vídeo apresenta a importância dos testes bioquímicos no laboratório de Análises Clínicas na 
detecção e tratamento de patologias.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Exercícios
1) 
Assinale a alternativa correta em relação ao conceito dos valores de referência.
A) a) É sempre expresso em unidades do SI (Sistema Internacional de nomenclatura).
B) b) É um valor fixo representado em mg/dL.
C) c) O valor de referência é obtido através da média ± desvio-padrão (DP).
D) d) Não sofre interferência, segundo a idade, gênero do paciente e horário da coleta.
E) e) Os valores de referência serão iguais em todos os laboratórios de Análises Clínicas.
2) 
Os eletrólitos desempenham muitas funções no organismo, entre eles o equilíbrio ácido-
básico e o volume sanguíneo. Assinale o eletrólito menos abundanteno plasma e menos 
requisitado com a rotina no setor de Bioquímica Clínica.
A) a) Sódio.
B) b) Magnésio.
C) c) Potássio.
D) d) Cloreto.
E) e) Bicarbonato.
3) 
O ferro é essencial para a síntese da hemoglobina e consequentemente no transporte de 
oxigênio para os tecidos. Assinale a alternativa correta em situações que os níveis de ferro 
estão elevados.
A) a) Anemia ferropriva.
B) b) Anemia hemolítica.
C) c) Hemorragias.
D) d) Anorexia.
E) e) Má absorção intestinal.
4) 
O fígado é um órgão central no nosso organismo exercendo inúmeras funções. Cite cinco 
enzimas mais utilizadas para determinação da função hepática.
A) a) Creatina quinase (CK), fosfatase ácida (ACP), lactato desidrogenase (LDH), aspartato 
aminotransferase (AST) e hormônio estimulante da tireoide (TSH).
B) b) Fosfatase ácida (ACP), alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (ALP), creatina 
quinase (CK) e ácido úrico.
C) c) Fosfatase alcalina (ALP), lactato desidrogenase (LDH), alanina aminotransferase (ALT), 
aspartato aminotransferase (AST) e gama glutamil transferase (GGT).
D) d) Lactato desidrogenase (LDH), fosfatase alcalina (ALP), creatina quinase (CK), hormônio 
estimulante da tireoide (TSH) e fosfatase ácida (ACP).
E) e) Alanina aminotransferase (ALT), gama glutamil transferase (GGT), colesterol de alta 
densidade (HDL), aspartato aminotransferase (AST) e hormônio estimulante da tireoide (TSH).
5) 
Qual dos seguintes testes bioquímicos não é útil para diagnóstico de doenças renais?
A) a) Creatinina.
B) b) Ácido úrico.
C) c) Ureia.
D) d) Glicose.
E) e) Bilirrubina.
Na prática
Acompanhe uma doença que o hormônio do crescimento em excesso pode causar.
 
 
A causa mais comum dessa doença é um tumor benigno na glândula hipófise, no qual é chamado de 
adenoma. O excesso de GH produzido na hipófise estimula o fígado a produzir IGF-1 e os efeitos 
são o crescimento de ossos e cartilagens. Particularmente ocorre um alongamento da mandíbula, 
feições grosseiras no rosto e crescimento das mãos e pés.
O setor de Bioquímica Clínica é extremamente útil porque painéis endócrinos permitem a dosagem 
do GH. Além disso, os resultados laboratoriais do GH associados com sintomas clínicos e exames 
de imagem permitem ao médico o diagnóstico da acromegalia.
*Sinônimos do GH: HGH, GH, hormônio somatotrófico ou somatotrofina.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Bioquímica Ilustrada de Harper
Rodwell, Victor; Bender, David; Botham, Kathleen; Kennelly, Peter; Weil, Anthony
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Princípios de Bioquímica de Lehninger
Nelson, David L.; Cox, Michael M.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!

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