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Semiologia em Estomatologia

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Estomatologia
Revisão semiologia
· Anamnese: 
· Queixa principal;
· História da doença atual;
· História médica e odontológica;
· Lesões fundamentais:
· Descrição das lesões - começa descrevendo pela lesão fundamental, seguida das características semiológicas e localização da lesão;
· Hipóteses diagnósticas;
· Variações da normalidade;
· Orientação para descrição de lesões:
· Qual é a lesão fundamental;
· Número de lesões;
· Coloração da lesão;
· Tamanho da lesão;
· Localização da lesão;
· Envolvimento com estruturas adjacentes;
· Caso clínico 1:
· Paciente do sexo feminino, 57 anos, foi encaminhada com queixa de 'bolinha na língua". durante o exame clínico a paciente relatou hipertensão arterial e uso de hidroclorotiazida 25 mg diariamente. Durante o exame físico foi possível observar lesão assintomática próximo ao ápice da lingual. A paciente relatou que a lesão surgiu após trauma de mordida há aproximadamente 2 anos e que durante este período não houve aumento ou regressão.
· O que é preciso pensar:
· Descrição da lesão:
· Nódulo, pediculado, único, de coloração rósea, superfície lisa, com aproximadamente 0,8 cm em seu maior diâmetro, localizado em dorso de língua, próximo a borda lateral do lado esquerdo;
· Qual a queixa principal?
· “Bolinha na língua”;
· Qual a história da doença atual?
· Paciente relata lesão na língua que surgiu após trauma de mordida há 2 anos, assintomática, sem aumento ou regressão;
· Qual a história médica?
· Paciente com histórico de hipertensão arterial e uso de hidroclorotiazida 25 mg diariamente;
· Caso clínico 2:
· Paciente do sexo feminino, 64 anos, fumante, foi encaminhada com queixa de "dor no lábio". Durante a anamnese a paciente relatou problemas no coração e implante de stent há 2 anos. Faz uso de ablock 25 mg, aspirina prevent 100 mg e clopidogrel 75 mg, diariamente. Relatou que a lesão surgiu espontaneamente há aproximadamente 1 mês e que não se recorda de nenhum evento traumático. Procurou cirurgiã-dentista (CD) para tratamento, quando foi prescrito oncilon-A em orabase por 30 dias. A paciente fez uso, mas não houve regressão da lesão.
· O que é preciso pensar:
· Descrição da lesão:
· Ulceração única, com bordas levemente elevadas, leito recoberto por membrana branco-amarelada, com aproximadamente 1,5 cm, localizada em mucos labial superior do lado esquerdo.
· Qual a queixa principal?
· Dor no lábio"
· Qual a história da doença atual:
· Paciente relata surgimento de lesão no lábio, dolorida, há aproximadamente 1 mês, sem associação com eventos traumáticos. Fez uso de oncilon-A em orabase por 30 dias, indicado por CD, mas não houve resolução da lesão.
· Qual a história médica?
· Implante de stent no coração e uso de ablock 25 mg, aspirina prevent 100 mg e clopidogrel 75mg, diariamente.
Patologia epitelial – lesões pigmentadas
· Deposição de pigmentos:
· Endógenos: 
· Melanina;
· Bilirrubina;
· Exógenos: 
· Bactérias;
· Fungos;
· Medicamentos;
· Lesões pigmentadas – pigmentação endógenas:
· Melanoma maligno:
· Definição:
· Neoplasia maligna de origem nos melanócitos;
· Etiologia:
· Pele – radiação ultravioleta;
· Cavidade oral – desconhecida;
· Características clínicas:
· Apresenta duas fases de crescimento:
· Horizontal – radial;
· Vertical – invasão do tecido conjuntivo;
· Nodular, no momento do diagnóstico;
· Gênero: homens
· Homens;
· Idade: 
· 6º e 7º década de vida;
· Local: 
· Palato duro;
· Mucosa alveolar maxilar;
· Semelhança ao Nevo Melanocítico;
· Característica clinicas “ABCDE” do melanoma:
· A= assimetria;
· B= bordas irregulares;
· C= coloração em matriz;
· D= diâmetro maior que 6mm;
· E= evolução;
· Diagnóstico:
· Biópsia;
· Aspectos clínicos + microscópicos + IHQ;
· Nevo Melanocítico aderido:
· Definição: 
· Proliferação benigna e localizada das células névicas;
· Etiologia: 
· Desconhecida / predisposição genética;
· Sítio de acometimento:
· Cabeça e pescoço é mais comum;
· Cavidade oral é menos comum;
· Características clinicas:
· Surge desde a infância;
· Mácula de contornos nítidos;
· Dificilmente forma pápula;
· Locais:
· Palato;
· Gengiva;
· Assintomática e solitária;
· Estágios clínicos x características histopatológicas:
· Nevo juncional:
· Mácula marrom ou negra, fortemente demarcada e menor que 6 mm;
· As células névicas estão confinadas na camada basal e cristas epiteliais;
· Nevo composto:
· Formação de uma pápula com a proliferação das células névicas;
· Células névicas estão no epitélio e tecido conjuntivo;
· Intradérmica/intramucoso:
· Evolução para a superfície papulomatosa e menor pigmentação com pelos;
· As células névicas são vistas somente no tecido conjuntivo;
· Não apresentam alterações na superfície;
· Perdem a pigmentação;
· Diagnóstico:
· Clinico e microscópico;
· Exclusão do melanoma;
· Tratamento e prognóstico:
· Não necessita de tratamento;
· Proservação;
· Sem recidivas;
· Mácula melanótica:
· Definição:
· Aumento localizado de deposição de melanina;
· Sem associação com a exposição solar;
· Características clinicas:
· Idade: 
· Diagnosticada em qualquer idade, principalmente criança ou adolescente;
· Local: 
· Vermelhão do lábio;
· Mucosa jugal;
· Gengiva;
· Palato;
· Descrição clínica: 
· Mácula, oval ou redonda, bem demarcada;
· Solitária;
· Coloração: 
· Marrom-escura ou amarelo-acastanhada;
· Período de evolução até atingir a máxima dimensão;
· Diagnóstico:
· Clínico e microscópico;
· Diagnóstico diferencial: 
· Melanoma;
· Tratamento:
· Nenhum, exceto por razões estéticas;
· Avaliação clínica:
· A= assimetria;
· B= bordas irregulares;
· C= coloração em matriz;
· D= diâmetro maior que 6mm;
· E= evolução;
· Melanoma do fumante:
· Definição: 
· Lesão causada pelo uso crônico do tabaco;
· Resposta da mucosa a uma agressão;
· A melanina pode unir-se a substâncias tóxicas com a função de proteção;
· Características clinicas:
· Máculas de coloração amarronzadas ou enegrecidas, que são distribuídas difusamente pela mucosa ou gengiva;
· Diagnóstico:
· Características clínica + história do fumo;
· Tratamento:
· Interromper o hábito de fumar;
· Pigmentação melânica racial:
· Definição: 
· Deposição excessiva de melanina em vários pontos da cavidade bucal;
· Condição genética;
· Não altera a arquitetura do tecido;
· Vários padrões de pigmentação;
· Características clinicas:
· Distribuição difusa e assimétrica;
· Local: 
· Gengiva;
· Palato;
· Diagnóstico:
· Clinico + exclusão de outras lesões;
· Tratamento e prognóstico:
· Nenhum, exceto razões estéticas;
· Lesões pigmentadas – pigmentação exógenas:
· Tatuagem por amálgama:
· Incorporação de amálgama na mucosa bucal;
· Características clinicas:
· Coloração negro-azulada:
· Assintomática;
· Geralmente próximo a área da restauração;
· Locais:
· Gengiva;
· Mucosa alveolar;
· Mucosa jugal;
· Diagnóstico:
· Clinico + radiográfico;
· Tratamento e prognóstico:
· Nenhum, exceto razões estéticas;
· Sem importância clínica;
· Pigmentação medicamentosa:
· Etiologia: 
· Deposição de drogas nos tecidos ou estimulação de melanina;
· Características clinicas:
· Manchas acastanhadas e difusas na pele e na mucosa;
· Alguns medicamentos causam padrões específicos de pigmentação;
· Medicamentos relacionados a pigmentação oral:
· Antibiótico – minociclina;
· Tranquilizantes – clorpromazina;
· Antimaláricos – cloroquina;
· Quimioterápicos – 5-fluoracil;
· Antirretrovirais – AZT;
· Laxantes – fenolftaleína; 
· Diagnóstico: 
· Aparência clínica + história do uso do medicamento que podem causar pigmentação a pele ou a mucosa;
· Tratamento:
· Suspensão ou troca do medicamento;
· Desaparecimento gradual da pigmentação;
· Língua pilosa negra:
· Acentuado acúmulo de ceratina nas papilas filiformes na superfície dorsal da língua;
· Produção acentuada de ceratina;
· Descamação deficiente;
· Características clinicas:
· Papilas alongadas acastanhadas, amareladas ou enegrecidas;
· Causa:
· Tabagismo;
· Antibioticoterapia;
· Higiene bucal deficiente;
· Debilitação geral;
· Radioterapia;
· Proliferação de bactérias e fungos;
· Diagnóstico:
· Clínico;
· Tratamento:
· Eliminar os fatores associados;
·Higiene bucal + raspadores de linguais;
· Pigmentação endócrinas, metabólicas e pós-inflamatórias:
· Doença de Addison:
· Hipoadrenocorticismo:
· Primário: 
· Abaixa cortisol; 
· Quando o problema é na glândula que produz o hormônio;
· Secundário: 
· Abaixa ACTH; 
· Quando o problema é na estrutura que sinaliza a glândula a produzir o hormônio;
· Causas:
· Destruição auto imune;
· Infecções – tubérculos, HIV;
· Tumores;
· Sinais e sintomas:
· Fraqueza, perda de peso, hipotensão ortostática; 
· Náuseas e vômitos;
· Hiperpigmentação generalizada da pele;
· Manifestações orais:
· Pode ser o primeiro sinal da doença; 
· Pigmentação macular ou em placa marrom e difusa;
· Diagnóstico:
· Exames laboratoriais;
· Estimulação e medição dos níveis de ACTH;
· Hipoadrenocorticismo primário: níveis de ACTH elevados;
· Hipoadrenocorticismo secundário: níveis de ACTH baixo;
· Tratamento e prognóstico:
· Reposição de corticosteroide;
· Com o tratamento adequado a expectativa de vida é normal;
· Caso não reconhecidos ou tratados pode levar a óbito;
· No consultório – evitar estresse;
· Síndrome de Peutz-Jeghers:
· Etiologia:
· Autossômica dominante;
· Mutações no gene STK11/LKB1;
· Características clinicas:
· Início na infância;
· Lesões semelhantes a sardas;
· Lesões em pele e mucosa;
· 50% dos casos:
· Pele;
· Extremidades;
· Na boca:
· Vermelhão do lábio;
· Mucosa labial;
· Mucosa jugal;
· Língua;
· Pólipos intestinais (jejuno e íleo);
· Adenocarcinoma de intestino e outros tumores;
· Diagnóstico:
· Característica clinicas + polipose intestinais (colonoscopia);
· Tratamento:
· Acompanhar devido risco de obstrução intestinal e desenvolvimento de tumores;
· Pigmentação pós-inflamatória:
· Definição:
· Liberação de melanina em resposta à irritação crônica ou inflamação;
· Doenças auto imunes;
· Exemplo: líquen plano oral;
· Conclusões:
· O diagnóstico final depende da associação das:
· Características clinicas;
· Histopatológicas;
· Exclusão de outras condições;
· O tratamento depende do diagnóstico final;
· Atenção especial para as lesões com suspeita de malignidade.
Lesões reacionais mesenquimais
· Lesões reacionais mesenquimais:
· Fibroma – fibroma traumático, hiperplasia fibrosa focal:
· Definição:
· Hiperplasia reacional do tecido conjuntivo fibroso em resposta a uma irritação ou trauma;
· Tumor mais comum da cavidade bucal;
· Características clínicas:
· Nódulo, superfície lisa, coloração semelhante a mucosa;
· Local mais comum:
· Mucosa jugal;
· Tamanhos variados;
· 4º a 6º década de vida;
· Assintomático/ ulceração por trauma;
· Histórico de trauma;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Biopsia excisional = tratamento;
· Recidivas são raras;
· Hiperplasia fibrosa inflamatória - HFI:
· Definição:
· Hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso que se desenvolve em associação com as bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada;
· Características clinicas:
· Pregas de tecido hiperplásico no vestibular alveolar;
· Massa tecidual firme ou fibrosa;
· Local:
· Face vestibular do rebordo alveolar;
· Tamanhos variados;
· Pacientes idosos;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Biopsia excisional = tratamento;
· Importante: remoção do agente irritante;
· Recidivas são raras
· Hiperplasia papilar inflamatória - HPI:
· Definição:
· É um crescimento tecidual residual reacional que acontece abaixo da prótese;
· Granuloma piogênico:
· Definição:
· Resposta tecidual exuberante a uma irritação local ou trauma;
· Não é um granuloma verdadeiro;
· Características clinicas:
· Nódulo plano ou lobulado, pedunculado;
· Cor:
· Róseo, vermelho ou roxo;
· Sangram facilmente;
· Local:
· Gengiva vestibular superior:
· Crianças e adultos jovens;
· Mais comum no sexo feminino;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Excisão cirúrgica / biopsia excisional;
· Remoção do agente irritante;
· Recidivas são comuns;
· Granuloma periférico de células gigantes:
· Definição:
· Lesão reacional provocada por agentes irritantes ou trauma;
· É considerada a contraparte dos tecidos moles do granuloma central de células gigantes;
· Características clinicas:
· Nódulo séssil ou pedunculado;
· Vermelha ou vermelho-azulada;
· Local:
· Gengiva;
· Rebordo edêntulo;
· Mais comum na mandíbula;
· Idade:
· Comum entre a 5º e 6º década de vida;
· Reabsorção em forma de taça – raio-x;
· Comum no sexo feminino;
· Diagnóstico e plano de tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Excisão cirúrgica abaixo do osso – até o periósteo;
· Remover focos de irritação (RAR);
· Variante intra-óssea;
· Hiperparatioroidismo - tumor marrom;
· Lesão radiolúcida;
· Fibroma ossificante periférico:
· Definição:
· Crescimento gengival reacional com componente mineralizado originado de células do periósteo ou ligamento periodontal;
· Características clinicas:
· Exclusivo na gengiva;
· Inicia-se na papila interdental incisivos e caninos;
· Mais comum na maxila;
· Nódulo séssil ou pedunculado;
· Cor vermelho ou róseo;
· Superfície ulcerada;
· Idade:
· Adultos jovens 10 a 19 anos;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Excisão cirúrgica abaixo do periósteo;
· Dentes devem ser raspados;
· Lesão separa-se facilmente do osso;
· Recidivas são comuns.
Desordens potencialmente malignas
· Definições:
· Lesão pré-cancererosa:
· Tecido benigno, morfologicamente alterado, que apresenta um risco maior do que o normal de transformação maligna;
· Condição pré-cancerígena:
· Uma doença ou hábito do paciente que não necessariamente altera a aparência clinica local do tecido, mas está associada com risco maior do que o normal de uma lesão pré-cancerígena ou câncer se desenvolver naquele tecido;
· Tipos de desordens:
· Leucoplasia:
· Definição:
· Placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença (OMS);
· Não corresponde a uma alteração histopatológica específica;
· Características clínicas:
· Mais comum em homens acima de 40 anos;
· 4% evoluem para o câncer oral (CEC);
· 70% são encontrados no vermelhão do lábio;
· Locais:
· Língua;
· Assoalho de boca;
· Vermelhão do lábio;
· Exibem 90% de displasias ou CEC;
· Aparência clínica variada;
· Alteração ao longo do tempo:
· Lesão inicial:
· Placa fina e translúcida;
· Macia e plana;
· Podem ter superfície fissurada ou enrugada;
· Podem evoluir de aparência clínica; 
· Homogênea:
· Lesão mais espessa que a inicial;
· Aparência branca marcante;
· Superfície pode não ser lisa;
· Fissuras mais profundas;
· Consistência de couro a palpação;
· Não homogênea:
· Placa espessa;
· Superfície nodular ou granular;
· Projeções agudas em embotadas – verrucosa;
· Alterações eritoplásicas – Leucoplasia mosqueada;
· Leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP):
· Atualmente é uma unidade distinta;
· Acomete um perfil de pacientes diferente;
· Definição:
· Inicialmente são iguais as lesões comuns de leucoplasia, mas a LVP exibe um crescimento persistente, que ao final do processo torna-se de natureza exofítica (cresce para fora) e verrugosa;
· Características clínicas:
· Não raspável;
· Predileção para o sexo feminino;
· Pacientes mais jovens;
· Sem (ou mínima) associação com o tabaco;
· Múltiplas lesões;
· Tende a se disseminar lentamente – na gengiva;
· Desenvolvem carcinoma espinocelular (CEC);
· Diagnóstico:
· Exclusão de lesões brancas;
· Diagnóstico diferencial:
· Líquen plano – sempre bilateralmente;
· Morsicatio;
· Hiperqueratose friccional;
· Ceratose da bolsa do tabaco;
· Estomatite nicotínica;
· Leucoedema;
· Nevo branco esponjoso;
· Candidíase pseudomembranosa;
· Queimadura química;
· Biópsia – para excluir displasias e CEC;
· Características histopatológicas:
· Hiperceratose;
· Acantose – aumento da camada de células espinhosas;
· Infiltrado crônico de células inflamatórias;
· 5% a 25% apresentam displasias;
· Classificações das displasias:
· Displasia epitelial branda:
· Alterações limitadas as camadas parabasal e basal do epitélio;
· Displasia epitelial moderada:· Alterações ocorrem desde a camada basal até a porção média da camada espinhosa;
· Displasia epitelial severa:
· Alterações ocorrem desde a camada basal até a porção média do epitélio;
· Carcinoma in situ:
· Quando toda a espessura do epitélio é envolvida;
· Confinado nas dimensões epiteliais;
· Ainda não houve metástase;
· Alterações celulares:
· Núcleos e células aumentados;
· Nucléolos grandes e proeminentes;
· Aumento da razão núcleo/citoplasma;
· Núcleos e células pleomórficas;
· Núcleos hipercromáticos;
· Disceratose;
· Aumento da atividade mitóticas e figuras mitóticas anormais;
· Alterações morfológicas no epitélio;
· Cristas epiteliais bulbosas:
· Perda de polaridade;
· Pérolas de ceratina;
· Perda de coesão celular;
· Tratamento:
· Alcançar o diagnóstico histopatológico;
· Biópsia obrigatória;
· Sem displasia:
· Avaliação clínica a cada seis meses;
· Displasia leve:
· Tamanho;
· Acompanhamento;
· Mudanças de hábitos;
· Displasia epitelial moderada a grave:
· Remoção completa;
· Acompanhamento de longa duração;
· Eritroplasia:
· Definição:
· Mancha vermelha que não pode ser clínica ou patologicamente diagnosticada como qualquer outra condição;
· 90% apresentam displasia epitelial, carcinoma in situ ou carcinoma invasivo;
· Menos comum do que a leucoplasia;
· Causa:
· As mesmas associadas ao carcinoma;
· Prevalência:
· 1 para cada 2.500 adultos;
· Pode ocorrer associada a leucoplasia (eritroleucoplasia/leucoplasia mosqueada);
· Características clínicas:
· Mácula ou placa eritematosa bem delimitada, com textura média e aveludada;
· Mais comum em idosos – 65 a 74 anos de idade;
· Sem predileção por gênero;
· Locais mais comuns:
· Assoalho de boca;
· Língua;
· Palato mole;
· Múltiplas lesões podem estar presentes;
· Lesões assintomáticas;
· Características histopatológicas:
· 90% apresentam displasias severa ou carcinoma in situ;
· Epitélio atrófico;
· Ausência de ceratinização;
· Tratamento:
· Biópsia;
· Identificar fontes de irritação, se houver remover e aguardar 2 semanas para reavaliação;
· O tratamento é guiado pelo resultado da biópsia;
· Acompanhamento por longos períodos;
· Queilite actínica:
· Definição:
· Lesão pré-maligna comum do lábio inferior;
· Causa:
· Exposição excessiva à radiação ultravioleta;
· Padrão:
· Pessoas de pele clara, com ocupação ao sol;
· Gênero:
· Mais comum em homens (10:1);
· Idade:
· Acima de 45 anos;
· Características clínicas:
· Progressão lenta;
· Apagamento entre a margem do vermelhão do lábio e a parte cutânea;
· Manchas pálidas e pigmentadas;
· Áreas ásperas e cobertas de escamas;
· Ulcerações e crostas;
· Características histopatológicas:
· Epitélio escamoso estratificado atrófico;
· Aumento da camada de ceratina;
· Graus variados de displasia;
· Leve infiltrado de células inflamatórias;
· Tecido conjuntivo apresenta elastose solar;
· Alteração basofílica, acelular e amorfa;
· Tratamento:
· Filtro solar labial;
· Recomendar o uso de chapéu e boné;
· Biópsia em áreas suspeitas:
· CEC:
· Tratamento apropriado com cirurgião de cabeça e pescoço ou oncologista;
· Displasia:
· Acompanhamento;
· Vermelhectomia;
· Acompanhamento de longa duração;
· Líquen plano oral (LPO):
· Definição:
· Doença mucocutânea mediada imunologicamente;
· Descrita por Erasmus Wilson em 1869;
· Semelhantes aos líquens sobre rochas;
· Características clínicas:
· Gênero:
· Mulheres;
· Idade:
· Meia idade;
· 1% da população tem líquen plano cutâneo;
· 0,1% a 2,2% da população tem líquen plano oral;
· Associado com o estresse e ansiedade;
· A transformação maligna é muito discutida;
· Líquen plano cutâneo;
· Pápulas poligonais púrpuras e pruriginosa;
· Superfícies flexoras de extremidades;
· Estrias de Wickhan – linhas brancas finas semelhantes a um rendilhado;
· Líquen plano oral:
· Líquen plano reticular:
· Variante mais comum;
· Localização:
· Mucosa jugal bilateralmente;
· Estrias brancas que se entrelaçam;
· Estrias de Wickhan;
· Assintomáticos;
· Descobertos por acaso; 
· Líquen plano tipo placa;
· Líquen plano erosivo:
· Áreas eritematosas atróficas;
· Ulceração central;
· Estrias brancas circundando;
· Tamanho e localização variados;
· Erosão circundada pelas estrias de Wickhan;
· Sintomático - ardor, queimação;
· Líquen plano bolhoso;
· Gengivite descamativa:
· Não é exclusivo do líquen plano;
· Condição também observada em outras doenças;
· Características histopatológicas:
· Aumento da camada de ceratina;
· Alterações da espessura da camada espinhosa;
· Cristas epiteliais pontiagudas ou em forma de “dentes de serra”;
· Degeneração hidrópica:
· Destruição da camada basal;
· Infiltrado inflamatório em faixa intenso (linfócitos T);
· Degeneração de ceratinócitos (corpos de Civatte);
· Tratamento:
· Líquen plano reticular:
· Assintomático;
· Acompanhamento;
· Líquen plano erosivo:
· Sintomático;
· Alívio da sintomatologia;
· Acompanhamento;
· Corticoide tópico;
· Ceratose da bolsa do tabaco:
· Também chamado de uso do tabaco sem fumaça, ceratose do tabaco sem fumaça, uso do cuspo do tabaco;
· Causa:
· Hábito de mascar folhas de tabaco;
· Manter folhas de tabaco (rapé) no vestíbulo;
· Características clínicas:
· Recessão gengival;
· Perda do osso alveolar;
· Desgaste oclusal e incisal;
· Pigmentação extrínsecas;
· Cárie;
· Halitose;
· Ceratose do tabaco sem fumaça;
· Usuários crônicos;
· Placa branca pré-cancerosa;
· 1 a 5 anos para o desenvolvimento;
· Baixo potencial para transformação maligna;
· Características histopatológicas:
· Hiperceratose em forma de V;
· Acantose;
· Deposição de material eosinofílico acima das glândulas salivares;
· Displasias não são comuns:
· Vai depender do tempo de uso;
· Local;
· Tipo do tabaco;
· Tratamento:
· Abandono do hábito;
· Biópsia incisional:
· Displasia;
· Carcinoma verrucoso;
· Carcinoma espinocelular – CEC
· Acontece a recuperação da mucosa após o abandono do hábito:
· Lesões que permanecem após 6 semanas sem contato com o tabaco sem fumaça são considerados leucoplasias verdadeiras e devem sem biopsiadas;
· Fibrose submucosa:
· Definição:
· Condição crônica, progressiva, pré-cancerosa e que causa cicatrizes;
· Bastante comum na Índia e Ásia;
· Causa:
· Uso do sachê de betel ou paan;
· Características clínicas:
· Gênero:
· Mulheres;
· Idade:
· Adultos jovens:
· Incapacidade de abrir a boca;
· Dor intensa;
· Locais mais comuns:
· Mucosa jugal;
· Palato mole;
· Área retromolar;
· Estima-se que mais de 600 milhões de pessoas mascam o betel;
· Palidez semelhante ao mármore, não é placa;
· Rigidez progressivas dos tecidos epiteliais;
· Feixes de fibrose submucosos palpáveis;
· Língua, orofaringe e porção superior do esôfago podem estar envolvidos;
· Características histopatológicas:
· Tecido conjuntivo colagenoso;
· Denso e avascular;
· Presença de células inflamatórias;
· 10 a 15% desenvolvem displasias;
· 6% desenvolvem câncer oral
· Tratamento:
· Não regride com a remoção do hábito;
· Casos leves:
· Corticosteroides intralesionais;
· Excisão cirúrgica dos feixes fibrosos;
· Acompanhamento frequente;
· Desenvolvimento do câncer oral;
· Taxa de transformação maligna de 7% em 17 anos;
· Estomatite nicotínica:
· Definição:
· Alteração ceratótica branca do palato associada ao fumo do tabaco;
· Não apresenta natureza pré-maligna;
· Resposta ao calor;
· Mais comum em homens acima de 45 anos;
· Características clínicas:
· Mucosa palatina branca ou cinza;
· Pápulas com pontos centrais avermelhados;
· Diagnóstico:
· Clínico;
· Aparência clínica + história do fumo;
· Características histopatológicas:
· Hiperceratose e acantose;
· Inflamação crônica;
· Metaplasia escamosa dos ductos das glândulas;
· Hiperplasia do epitélio ducal;
· Exsudato;
· Tratamento:
· Abandono do hábito;
· Totalmente reversível.
Patologia epitelial - lesões malignas
· Definições:
· Neoplasias: 
· Crescimento de novo.
· Podem ser malignas ou benignas.
· As neoplasias benignas podem ser epiteliais e mesenquimais.
· A nomenclatura das neoplasias benignas são classificadas com o nome da célula de origem + sufixo OMA.
· As neoplasias malignas podem ter origem mesenquimal ou epitelial.· As neoplasias malignas de origem epitelial são denominadas carcinoma (câncer).
· As neoplasias de origem mesenquimal são denominadas sarcomas.
· Mais de 90% das malignidades orais são Carcinomas de células escamosas (CEC).
· 10% são neoplasias de glândula salivar, neoplasia de origem mesenquimal, neoplasias derivadas de células hematolinfóides.
· O carcinoma de células escamosas são neoplasias originadas no tecido epitelial, inicia-se na camada de células espinhosa, camada espinocelular.
· Classificação:
· Carcinoma de células escamosas;
· Carcinoma verrucoso.
· Carcinoma de células fusiformes
· Carcinoma adenoescamoso
· Epidemiologia: 
· - Doença crônica, alterações que levam tempo para gerar efeitos.
· - Dados sugerem que são esperados para o triênio 11.180 casos novos de câncer na cavidade oral.
· - 5° carcinoma mais comum em homens e 13° carcinoma mais comum em mulheres.
· - Mesma incidência de câncer dos países europeus.
· - Diagnóstico tardio.
· - Carcinoma de cavidade oral: 1620 novos casos no triênio para o estado de Minas Gerais.
· Fatores etiológicos:
· Multifatorial: Não existe um agente etiológico único.
· Fatores de risco extrínsecos: Exposição espontânea, vem do meio ambiente.
· Fatores de riscos intrínsecos: Relacionados ao estado sistêmico do paciente.
· Fatores extrínsecos:
· Tabaco:
· Anos 1940- mais de 60% dos homens fumavam.
· O perfil atual: Menos de 2% fumavam.
· Tabagistas inveterados- Parcela reduzida da população mas de consumo significativo.
· Homens e mulheres fumam igualmente.
· Cigarro eletrônico: efeitos desconhecidos.
· A proporção de pacientes que são diagnosticados com câncer na cavidade oral 
· A proporção de pacientes tabagistas entre os pacientes com CEC oral é de 2 a 3x maior do que a população.
· Dose dependente, quanto maior o consumo maior a chance de desenvolvimento.
· 40 cigarros por dia- risco 5x maior.
· 80 cigarros por dia- risco de 17x maior.
· O fumo de cachimbo e charuto agrega um risco maior para o câncer oral.
· 1 cigarro de palha equivale a 5 de filtro.
· Álcool:
· Uso combinado do álcool+tabaco.
· Ação carcinogênica do álcool quando associado ao tabaco.
· Álcool age irritando a mucosa o que facilita a penetração do tabaco.
· Solvente para carcinógenos.
· Dose dependente e tempo dependente.
· 1/3 dos pacientes com câncer oral são fumantes e alcoolistas.
· Efeito sinérgico, não é um fator etiológico por si só.
· Luz solar:
· Carcinogênico apenas para o carcinoma de vermelhão do lábio.
· CEC- vermelhão de lábio inferior devido a incidência dos raios solares.
· Pacientes de pele clara que se expõe cronicamente ao sol.
· Radiação UVB 2900-3200 nm.
· Tabaco atua como um fator contribuinte.
· Posição do cigarro na boca gera calor facilitando a penetração do carcinógeno em uma área sensibilizada pelos raios solares.
· Irritação mecânica:
· Controvérsias entre pesquisadores.
· Trauma crônico de baixa intensidade, associada à trauma crônico e hábitos carcinogênicos.
· A irritação crônica por si só não é um efeito carcinogênico
· Próteses mal adaptadas.
· Restaurações quebradas.
· Aparelhos ortodônticos.
· Fatores intrínsecos
· Desnutrição e deficiência vitamínica
· Deficiência de ferro.
· Síndrome de Pluummer-Vinson: paciente possui anemia ferropriva grave, maior propensão à desenvolver carcinoma.
· Célula epitelial depende de ferro para a sua duplicação.
· CEC de esôfago, orogaringe e região posterior de boca.
· Desnutrição 
· Imunosupressão
· Fatores promotores de carcinomas na cavidade oral e outros locais.
· Risco aumentado para todos os tipos de neoplasias.
· Pacientes transplantados.
· Quimioterapia e radioterapia.
· AIDS.
· Células neoplasias rompem a barreira de multiplicação que não é suprimida pela barreira imunológica, facilitando o ataque das células neoplásicas. 
· Hereditariedade
· Não existe associação entre CEC oral e hereditariedade.
· HPV
· Vírus
· JHPV 16, 18, 31 e 33.
· Associação ao CEC ainda não comprovada.
· CEC de orofaringe.
· Pouco comum no Brasil, comum em países Europeus, Reino Unido e Estados Unidos.
· HPV: mecanismo de ação- penetra na célula e se multiplica a ação do mecanismo celular, produz duas proteínas E6 e E7 e bloqueiam a p53 e a Rb- proteínas anti-neoplasicas.
· Diminuição pela ampliação da vacinação.
· Tipos de lesões malignas:
· Carcinoma de células escamosas (CEC) 
· Acomete mais pacientes do gênero masculino.
· Entre a quinta e sexta década de vida, acima dos 40 anos.
· 80% são tabagistas e etilistas.
· Inicialmente assintomático 
· O CEC é dividido para compreensão por possuir diferenciação de fatores etiológicos e progressão.
· Diagnóstico tardio (Falta de acesso ao serviços de saúde, falta de informação).
· Localização mais comum: Língua.
· Borda posterior de língua.
· Língua: 50% dos CECs intra-orais.
· Assoalho de boca- 35% dos CECs intraorais.
· Mais comum em homens de idades mais elevadas.
· Podem causar metástase (diagnóstico tardio).
· In-situ: Tratamento mais facilitado, contido dentro do epitélio, não invadiu tecido conjuntivo.
· Metástase desenvolvida: Dificulta tratamento.
· Potencial desenvolvimento para orofaringe quando acomete a região posterior de língua (região de papilas folhadas).
· Carcinoma do vermelhão do lábio
· Corresponde a 30% das neoplasias orais.
· Incidente no Brasil- país tropical.
· 50% ocorrem no lábio inferior.
· Associação com queilite actiníca- Lesão precursora para o câncer de lábio.
· Pessoas de pele clara.
· Histórico de exposição crônica à luz solar.
· Crescimento lento.
· Metástase rara.
· Taxa de sobrevida em 5 anos- 95 a 100%- Chance de esta livre da doença após a remoção.
· Queilite actínica com úlceras e crostas são indicativos.
· Perda da delimitação do vermelhão do lábio, continuidade com a pele.
· Comum em áreas de apoio do cigarro- Áreas sensibilizadas pelos raios solares, calor do cigarro facilitam a penetração dos carcinógenos.
· Não progride- Mutilação do paciente durante a remoção.
· Carcinoma intra-oral ou bucal
· Apresentações clínicas variáveis.
· Faz-se a biópsia para confirmar a suspeita de lesão maligna.
· Leucoplasia
· Placa branca
· Eritoplásica
· Encerram mais frequentemente em carcinoma quando comparadas às leucoplasias.
· Placa vermelha.
· Eritroleucoplásica
· Placa branca e vermelha.
· Exofíticas
· Massa fungiforme, papilar ou verrucosa.
· Endofítica
· Úlcera, invasiva, crateriforme.
· Bordas se enrolam para dentro.
· Infiltração das células malignas em epitélio adjacente e tecido conjuntivo.
· Carcinoma de orofaringe
· Poucos casos no Brasil diagnosticados.
· Localização relacionada ao diagnóstico tardia.
· Sintomas associados são dor ou disfagia.
· Alto índice de metástase no diagnóstico.
· Dor em estágio avançado.
· Fator etiológico: Tabaco e álcool (Brasil).
· Fator etiológico: HPV (EUA e reino unido).
· Base da língua, avança para palato mole e de lá para a orofaringe.
· Cheiro forte: Tecido necrótico.
· Alta taxa de necrose, cuidado para a seleção da área de biópsia para obter o diagnóstico, selecionar uma área que não possua tanto indício de necrose para verificar a presença de células neoplásicas.
· Prognóstico ruim em casos avançados: Evolução para óbito. 
· Características histopatológicas
· Ilhas e cordões invasivos de células epiteliais escamosas malignas.
· Epitélio integro é descontinuado por cristas epiteliais alongadas, deformadas.
· Célula basal rompida.
· Invasão do tecido conjuntivo.
· Ceratinização concêntrica das células: Pérolas de ceratina.
· Graduação histopatológica
· Ocorre de acordo com comportamento biológico do tumor.
· As lesões são graduadas em uma escala de 3 a 4 graus(I, II, III e IV).
· Em cada escala é medido o grau de diferenciação celular- o quanto a célula se parece com o tecido de origem.
· Bem diferenciado- semelhante ao tecido de origem.
· Indiferenciado ou células anaplásicas- características alteradas (estrutura do tecido alterado, não permite reconhecimento do tecido de origem).
· Quanto mais a célula é anaplásica mais agressiva é o tumor.
· Classificação subjetiva: Depende do olhar do patologista.
·Bem diferenciado: Baixo grau, Grau I, célula sofreu pouca alteração neoplásica.
· Moderadamente diferenciado: Grau intermediário, Grau II.
· Pobremente diferenciado ou anaplásico: Alto grau, grau III.
· Dado importante mas não utilizado para o estabelecimento do tratamento.
· Diagnóstico e tratamento
· Biópsia incisional+Análise histopatológica.
· Tratamento: Oncologista + Cirurgião de cabeça e pescoço.
· A cirurgia é a principal modalidade de tratamento.
· Sistema de estadiamento (TNM) e estágio tumoral: Estágio do carcinoma.
· Taxa de sobrevida em 5 anos: 60%.
· Tratamento: Cirurgia- Padrão ouro, diagnóstico: Biópsia incisional- Padrão ouro.
· Tratamentos combinados: Radioterapia e quimioterapia.
· Quimioterapia e radioterapia são normalmente indicados pois o diagnóstico é feito em estágios avançados, ocorrendo metástase.
· Estadiamento
· Sistema pelo qual os carcinomas são definidos clinicamente.
· Medida (não subjetivo).
· O estadiamento do câncer intra-oral envolve exame clínico, palpação, exames imaginológicos.
· Sistema TNM tem como objetivo
· Facilita a troca de informação entre os centros de tratamento.
· Auxiliar no plano de tratamento.
· Indica o prognóstico.
· Auxilia na avaliação dos resultados do tratamento.
· Estadiamento para câncer de cabeça e pescoço
· Quanto maior a classificação pior o prognóstico.
· No Brasil o diagnóstico normalmente é
· Três parâmetros (TNM):
· T: Tamanho do tumor primário;
· N: Envolvimento dos linfonodos locais.
· M: Metástase à distância (Presença de metástase em áreas distantes: Exames de imagem).
· (tabela neville).
· Metástase
· Disseminação metastática: Via hematogênica e linfática.
· Metástase regional CEC oral: Linfonodos cervicais.
· Metástase regional do CEC de lábio e assoalho: Linfonodos submentonianos.
· Linfonodo endurecido, fixo e indolor.
· Metástase a distância: Pulmões, fígados e ossos (Toda metástase possui uma via de drenagem mais comum, ordenada).
· Carcinoma verrucoso
· Características clínicas
· Raros.
· Mais de 90% dos carcinomas na região de cabeça e pescoço são CEC.
· Variante de baixo grau do CEC.
· Corresponde a 1 a 105% de todos os CECs orais.
· Descrito por Ackerman 1948 associado ao cuspo do tabaco.
· Identificação do HPV 16 e 18 em alguns casos.
· Acomete mais homens acima de 55 anos (entre 65 e 70 anos),
· Local: Colocação crônica do tabaco,
· Vestíbulo mandibular, mucosa jugal e palato duro.
· Extenso no diagnóstico (sensibilidade dolorosa ausente).
· Lesão exófítica verrucosa de coloração branca.
· Melhor prognóstico.
· Características histopatológicas
· Aparência microscópica benigna enganadora.
· Produção abundante de ceratina.
· Tampão de ceratina.
· Superfície papilar e verrucosa.
· Cristas epiteliais, largas, alongadas, embotadas.
· Células neoplásicas pouco displásicas.
· Intenso infiltrado inflamatório crônico.
· Diagnóstico e tratamento
· Biópsia incisional adequada (lesão do centro a borda, fatia de bolo).
· Requer que a amostra para biópsia seja bem ampla para um correto diagnóstico do patologista: Incisar do centro às bordas da lesão, englobar a arquitetura completa para possibilitar visão geral da lesão.
· Avaliação geral da lesão.
· 20% apresentam CEC em conjunto.
· Metástase é rara.
· Proliferação mais exofítica, não invade tecido conjuntivo.
· Excisão cirúrgica.
· 90% livres da doença em cinco anos.
· Carcinoma do seio maxilar
· Rose falou alguma coisa aqui!!!!!!
· Variante rara.
· Não associado ao tabaco, sinusite ou pólipos nasais.
· Achado radiográfico.
· Endurecimento nasal crônico unilateral.
· Ulceração ou aumento de volume no palato duro.
· Pode simular dor de dente (diagnóstico diferencial).
· Tratamento radical (Cirurgia-extensa).
· Remoção da maxila no lado envolvido
· Carcinoma de células fusiformes
· Variante rara.
· Neoplasia maligna que acomete células epiteliais, mas com aspecto celular fusiforme.
· Caracterizado por epitélio superficial displásico com um elemento celular fusiforme invasivo (Remete a tecidos mesenquimais).
· Difícil de distinguir de um sarcoma.
· Massa polipóide e pedunculada; úlcera fungiforme; ou massa nodular séssil com dor e parestesia.
· Diagnóstico: Associação clínico e histopatológico.
· Carcinoma de células basais
· Câncer de pele mais comum.
· 85% na pele da cabeça e pescoço.
· Localmente invasivo.
· Exposição crônica à radiação ultravioleta.
· Pacientes de pele clara que se expõe ao sol.
· Pápula firme e umbilicada (ulceração central com formação de crosta, telangectasias- vasos pequenos que circundam lesões na pele)
· Mutilação do paciente no tratamento: Remoção com margem de segurança.
· Diagnóstico diferencial
· Carcinoma de células de Merkel
· Predileção pelas células periorais.
· Malignidade rara e agressiva
· Pele da face exposta ao sol
· Predileção pela borda de vermelhão do lábio inferior.
· Nódulo em forma de cúpula vermelho ou violáceo
· Telangecstasia.
· Carcinoma agressivo com metástase local
· Ampla excisão cirúrgica+radioterapia.
· Linfonodos palpáveis no diagnóstico
· Recorrência em linfonodos.
Neoplasias mesenquimais benignas
· Tumor de célula granular:
· Neoplasia benigna do tecido mole;
· Incomum;
· Origem a partir de células de Schwann ou células neuroendócrinas;
· Células de Schwann:
· Responsáveis pela produção da bainha de mielina que reveste os axônios;
· Células neuroendócrinas:
· Especializadas em liberar hormônios e neurotransmissores no organismo;
· Características clinicas:
· Comuns na cavidade oral e pele;
· Localização:
· Língua - localização mais comum (dorso da lingual);
· Mucosa jugal;
· Sexo feminino; 
· Entre a 4ª e 6ª décadas de vida;
· Negros – múltiplos tumores separados;
· Nódulo séssil, assintomático, com 2 cm ou menos, de coloração rósea ou amarelada;
· Presença de longa data;
· Características histopatológicas:
· Células poligonais com abundante citoplasma eosinófilo e granular;
· Células arranjadas em camadas, cordões ou ninhos;
· Células com margens indefinidas, dando uma aparência sincicial;
· Hiperplasia pseudoepiteliomatosa no epitélio de superfície;
· Lesão não encapsulada, infiltração no tecido conjuntivo;
· Diagnóstico diferencial:
· Carcinoma de células escamosas (CEC);
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Excisão local conservadora;
· Recidivas são raras;
· Evolução para tumor de células granulares maligno – raro;
· Epúlide congênita:
· Neoplasia benigna incomum de tecido mole;
· Ocorre no rebordo alveolar de recém-nascidos;
· Mais comum em maxila;
· Predileção pelo sexo feminino;
· Lateralmente a linha média;
· Tamanho variável - 2 cm a 7,5 cm;
· Aumento de volume polipoide de superfície lisa e coloração que varia de rosa ao vermelho;
· Ocupa a localização dos incisivos e caninos;
· Características histopatológicas:
· Grandes células arredondadas com citoplasma granular eosinofílico e núcleo basofílico de formato arredondado a oval;
· Não há hiperplasia pseudoepiteliomatosa, ao contrário, exibe atrofia das cristas epiteliais;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico é clinico;
· Excisão cirúrgica;
· Recidivas são raras;
· Após o nascimento o tumor cessa seu crescimento e pode até diminuir de tamanho;
· Regressões completas já foram relatadas;
· Neurofibroma:
· A mais comum neoplasia dos nervos periféricos;
· Características clinicas:
· De forma solitária ou como componente da neurofibromatose;
· Adultos jovens;
· Locais: 
· Pele - localização mais frequente;
· Língua e a mucosa jugal; 
· Pode desenvolver dentro do osso – massa radiolúcida na radiografia;
· Pequenos nódulos a grandes massas;
· Características histopatológicas:
· Células de Schwann e fibroblastos perinsurais;
· Tumor bem circunscrito;
· Feixes entrelaçados de células fusiformes;
· Feixes de colágeno delicados;
· Numerosos mastócitos;
· Positivo para S-100;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Excisão cirúrgica local;
· Os pacientes devem ser avaliados em relação a neurofibromatose;
· Transformação maligna é maior para os pacientes com neurofibromatose;
· Neurofibromatose
· Hereditária;· Oito formas;
· Neurofibromatose tipo I ou Doença Cutânea de Von Recklinghausen;
· Herdada como um traço autossômico dominante;
· Mapeado no cromossomo 17;
· Características clinicas:
· Variabilidade clínica;
· Neurofibromas múltiplos;
· Pigmentação café com leite:
· Manchas de bordas regulares, amareladas ou marrom escuras de tamanhos variados;
· Sinal de Crowe – sardas axiliares;
· Nódulos de Lisch – manchas na íris;
· Pode causar:
· Tumores no SNC;
· Deficiência mental;
· Macrocefalia;
· Baixa estatura;
· Escoliose;
· Neurofibromas:
· Podem ocorrer em qualquer localização – principalmente pele;
· Pequenas pápulas e nódulos grandes;
· Bolsas de massas teciduais pedunculadas na pele – sinal patognomônico da doença;
· Iniciam na puberdade;
· Número pequeno a milhares de nódulos;
· Sem sintomatologia;
· Manifestações orais:
· Neurofibromas orais;
· Aumento das papilas fungiformes;
· Aumento unilateral da língua;
· Densidade óssea aumentada;
· Aumento do forame mandibular;
· Ramificação do canal mandibular;
· Diagnóstico e tratamento:
· Não existe tratamento;
· Prevenção das complicações – transformação maligna dos tumores;
· Neurofibrossarcomas – denominação da transformação maligna;
· Linfangioma:
· Tumores hematomatosos benignos dos vasos linfáticos;
· Podem representar malformações congênitas originarias de sequestros do tecido linfático que não se comunica normalmente com o resto do sistema linfático;
· Existem três tipos de linfangiomas:
· Linfangioma simples (linfangioma capilar): 
· Consistem em vasos pequenos do tamanho de capilares;
· Linfangioma cavernoso: 
· Composto de vasos linfáticos grandes e dilatados (mais comum na boca);
· Linfangioma cístico (higroma cístico):
· Que exibem grandes espaços císticos macroscópicos (mais comum no pescoço e axilas);
· Características clinicas:
· Predileção pela região da cabeça e pescoço - 50 a 75%;
· Lesões presentes ao nascimento ou até 2 anos de idade;
· Grupos de vesículas traslucentes que deixam uma aparência pedregosa;
· Hemorragia dentro dos espaços linfáticos;
· Características histopatológicas:
· Vasos linfáticos dilatados e superficiais;
· Infiltram para dentro do tecido conjuntivo;
· Diagnóstico e tratamento:
· Excisão cirúrgica:
· Tamanho;
· Localização;
· Envolvimento de estruturas vitais;
· Alta taxa de recidivas;
· Esclerosamento:
· Sem ação nos linfangiomas;
· Crioterapia:
· Poucos resultados;
· Leiomioma:
· Tumor benigno do músculo liso;
· Comum no útero, trato gastrointestinal e pele;
· Raros na cavidade bucal; 
· Os três tipos são:
· Leiomiomas sólidos – cavidade oral;
· Leiomiomas vasculares (angiomiomas ou angioleiomiomas) – cavidade oral;
· Leiomiomas epitelióides (leiomioblastomas);
· Características clinicas:
· Nódulo mucoso firme de crescimento lento;
· Locais:
· Lábios;
· Palato;
· Língua;
· Mucosa jugal;
· Intraósseos são raros;
· Assintomáticos;
· Coloração normal;
· Sem predileção por idade;
· Características clinicas:
· Tumor bem circunscrito;
· Feixes entrelaçados de células musculares fusiformes;
· Vasos sanguíneos tortuosos com parede espessas;
· Feixes entrelaçados de músculo liso entre as células;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Exames complementares;
· Excisão cirúrgica local;
· Recidivas são raras;
· Rabdomiomas:
· Neoplasias benignas da musculatura esquelética;
· Raros;
· Predileção pela cabeça e pescoço;
· Classificados em:
· Rabdomiomas do adulto:
· Homens de meia idade;
· Locais:
· Faringe;
· Cavidade oral;
· Laringe;
· Assoalho da boca;
· Palato mole;
· Base da língua;
· Nódulo ou massa de grande tamanho;
· Rabdomiomas fetais:
· Criança ou adultos;
· Predileção por homens;
· Locais:
· Face;
· Região periauricular;
· Característica histopatológicas:
· Lóbulos de células grandes poligonais com abundante citoplasma eosinofílico granular;
· Vacuolização periférica, aparência de teia de arranha;
· Diagnóstico e tratamento:
· Diagnóstico clinico e histopatológico;
· Exames complementares;
· Excisão cirúrgica local;
· Recidivas são raras;
· Hemangioma X Malformações vasculares:
· Hemangiomas: 
· Neoplasias benignas da infância, que exibem uma rápida fase de crescimento com proliferação de células endoteliais, seguida pela involução gradual;
· Pode não estar presente no nascimento;
· Pode surgir durante as 8 primeiras semanas de vida;
· Características clinicas:
· São tumores mais comuns da infância;
· 5 a 10% das crianças de 1 ano de idade;
· Cabeça e pescoço – 60%;
· Mais comum no sexo feminino e em brancos;
· 80% dos casos são lesões únicas e 20% lesões múltiplas;
· Fases:
· Inicio:
· Macula pálida;
· Fase proliferativa:
· Aumento de volume de coloração vermelha-clara, firme a palpação;
· Fase de involução:
· Aumento de volume de coloração rosa-escuro e menos firme a palpação;
· Características histopatológicas:
· Massa celular bem circunscrita de células endoteliais arranjadas em agregados lobulares;
· Diagnóstico e tratamento:
· Resolução completa entre 5 e 9 anos de idade;
· Complicações associadas a localização;
· Acompanhamento;
· Ressecção não é indicada;
· Tratamento medicamentoso:
· Corticosteroides;
· Vincristina intravenosa (VI);
· Malformações vasculares:
· São anomalias estruturais dos vasos sanguíneos sem proliferação endotelial;
· Estão presentes ao nascimento e persistem durante toda a vida;
· Características clinicas:
· Tipo de vasos:
· Capilar;
· Venoso;
· Arterial;
· Hemodinâmica:	
· Baixo fluxo ou alto fluxo;
· Mancha “vinho do porto”– malformação capilar;
· Malformação venosa ou arteriovenosa;
· Características histopatológicas:
· Múltiplos vasos sanguíneos grandes e dilatados;
· Diagnóstico e tratamento:
· Tratamento depende da localização e tamanho;
· Combinação:
· Escleroterapia;
· Excisão cirúrgica;
· Laser de luz pulsante para manchas tipo vinho do porto:
· Risco de hemorragias significativas;
· Principalmente nas lesões intraósseas;
· Embolização prévia a cirurgia;
· Angiomatose de Sturge-Weber:
· Rara condição do desenvolvimento;
· Proliferações vasculares harmatomatosa;
· Cérebro e face; 
· Angiomatose meníngea:
· Convulsões;
· Retardo mental;
· Manifestações oculares:
· Problemas de visão;
· Calcificações cerebrais em “linha de trem”, do lado afetado;
· Envolvimento orais são comuns;
· Manchas “vinho do porto” ou nevo flâmeo:
· Manchas presentes ao nascimento;
· Manchas de distribuição unilateral ao longo de um ou mais ramos do nervo trigêmeo;
· Manifestações orais:
· Alterações hipervasculares; 
· Mucosa homolateral;
· Hiperplasia gengival;
· Granuloma piogênico;
· Diagnóstico e tratamento:
· Dependem da severidade;
· Tratamento das complicações neurológicas;
· Na cavidade bucal:
· Pacientes com dificuldade de higienização = orientações;
· Risco para procedimentos cirúrgicos.

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